Nestes últimos dias de 2011, terríveis forças mobilizam seus corpos, mentes e espíritos contra a concreta possibilidade do quinto título brasileiro do Corinthians.
Se esta mobilização estivesse limitada à urucubaca e olho gordo dos frustrados e ressentidos, bastaria invocarmos a espada de São Jorge para nos proteger do fogo do dragão.
Mas o que está em jogo é algo muito maior do que o futebol.
Desde sua fundação, na primeira década do século passado, o Corinthians provoca absoluto incômodo no establishment da sociedade paulistana.
Quando o futebol era somente um esporte da elite, o surgimento do primeiro clube assumidamente proletário desencadeou uma série de reações adversas dos mais notáveis cavalheiros da aristocracia paulista.
Para o Corinthians se estabelecer, teve de enfrentar as mais perversas forças escravocratas que tentaram de toda forma deixar o time do povo de fora da panela futebolística.
Nenhuma característica é mais marcante no time do Parque São Jorge do que a superação das adversidades. Embora nossa tarefa tenha sido árdua, nos multiplicamos e nos tornamos a maior torcida do país.
Quando o futebol virou um negócio e seu principal ativo se tornou o mercado consumidor, a fiel torcida pôde realizar o que tentou desde o início dos dias corinthianos, sustentar o seu clube e torná-lo grande.
A emancipação do Corinthians, a partir do potencial de consumo da sua torcida, possibilita dois objetivos aparentemente antagônicos: Elevar o Corinthians ao patamar dos grandes clubes de futebol do mundo, mas ao mesmo tempo não distanciá-lo da realidade dos milhões de maloqueiros. Por isso, a construção do nosso estádio justamente em Itaquera foi uma grande conquista. Teremos um dos estádios mais modernos do mundo, mas vamos permanecer no seio da Zona Leste operária. No meio da “corinthianada”.
Enquanto o Corinthians era uma espécie de “coitadinho” do futebol brasileiro (Marginal Tietê s/n), provocava apenas o escárnio dos adversários.
Mas agora, com a República Popular do Corinthians prestes a comemorar seu quinto título brasileiro e com as infinitas possibilidades futuras que se abrem para a nossa nação, o desprezo dos rivais se transformou rapidamente em ódio irracional e preconceito.
A realidade de que o Corinthians é o maior clube do Brasil é absolutamente insuportável para algumas pessoas. Como este crescimento é inaceitável, a ordem é desqualificar as vitórias corinthianas. Os rivais mais odiosos querem corromper a história e desmentir os grandes feitos alvinegros. Qualquer grande título corinthiano tornou-se objeto de difamação e boçalidade.
Os ressentidos se unem agora para evitar a insuportável nova conquista do Corinthians.
Pobres incautos!
Mal sabem vocês que a natureza do nosso poder e da nossa razão de existir está completamente desvinculada da ostentação de troféus alegóricos.
Somos uma república. Temos uma identidade social forjada no sofrimento e na superação.
O Corinthians será campeão no domingo. Vamos enfrentar esta peleja com muita honra e muita garra.
Mas ainda que não aconteça, não seria isso que desintegraria o que temos de mais valioso que é a nossa identidade.
Enquanto os falsos moralistas editam vídeos com supostos “favorecimentos” ao Corinthians, tentando fraudar a realidade e macular nossas vitórias, nossa gente sabe quantos roubos tivemos de enfrentar neste campeonato por conta da pressão que os anticorinthianos exerceram sobre árbitros.
Mas não somos do tipo que reclama da sorte chorando pelos cantos.
Nós vamos sempre à luta e vencemos nosso inimigo usando como único recurso a força dessa gente guerreira.
“Vocês” adotaram este discursinho anticorinthiano ressentido?
Invocam uma razoabilidade servil e oportunista para desqualificar o Corinthians?
Retorcem seus complexos de vira-latas que habitam em suas vísceras ao assistirem a glória do time do povo?
Pois nós não precisamos dessa frescura!
Nós vamos pra cima e enfrentamos a todos com as roupas e as armas de Jorge!
Aqui é Corinthians!
blog do Rafael castilho
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