sábado, 12 de novembro de 2011
Pré-sal e a mensagem da Líbia
“Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”.
Provérbio romano
Se quiser de fato ter soberania nacional sobre o petróleo pré-sal, o Brasil deve investir, até 2030, nada menos que 223,5 bilhões de reais para dotar o país de poder naval do porte das riquezas a defender. Essa, a tônica em audiência pública realizada no Senado, com a presença de autoridades militares: Como defender o pré-sal? Despertou vivo interesse corpo diplomático, mas, não teve cobertura midiática à altura da envergadura dos temas ali tratados., decisivos para os destinos da Nação. Vale constatar: defesa nacional não é debate prioritário na sociedade brasileira. Tampouco é tema com presença regular na agenda das forças progressistas, muito embora o Governo Lula tenha dado uma boa mexida na Política Nacional de Defesa.
As autoridades militares deram o tamanho do problema: o Brasil precisa ter 20 novos submarinos convencionais e pelo menos seis nucleares. Precisa ainda de uma segunda esquadra. Enfatizou-se: isto não é megalomania, mas indispensável poder de dissuasão em tempos de paz. Leia-se, tempos em que o mundo dispõe de reservas petrolíferas para apenas mais 45 anos e os EUA para apenas mais 10 anos. Tempos em que os EUA estão tomando na marra as riquezas energéticas de quem as possui, invadindo o Iraque, o Afeganistão e agora, com carnificina selvagem, a Líbia.
Foi dito também que a Aeronáutica aguarda ansiosa a decisão sobre a compra dos jatos supersônicos. Mas, Ozires Silva, fundador da Embraer, disse que estes contratos devem se dados não a estrangeiros, mas àquela indústria nacional, assegurando que ela teria plenas de fabricar aqui mesmo os caças indispensáveis. Por enquanto, pode-se dizer, diante do porte do país e das riquezas a defender o Brasil anda desarmado. A audiência foi encerrada com citação de provérbio romano: “Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”. Tudo indica, na caserna entendeu-se com mais realismo a Mensagem da Líbia enviada pelo império, consumidor viciado em petróleo. Não devem as forças progressistas agendar concretamente o debate da sinistra Mensagem da Líbia.?
Beto Almeida, Jornalista
No SOA Brasil
No SOA Brasil
via com textolivre
Fiscalização do governo ou poder paralelo?
No clássico Four Theories of the Press, de Siebert, Peterson e Schramm – uma das consequências indiretas do longo trabalho da Hutchins Commission, originalmente publicado no auge da Guerra Fria (University of Illinois Press, 1956) –, uma das funções descritas para a imprensa na chamada “teoria libertária” era exercer o papel de “sentinela” da liberdade.
Em outro livro, também clássico, que teve uma pouco conhecida tradução brasileira (Os Meios de Comunicação e a Sociedade Moderna, Edições GRD, 1966), Peterson, Jensen e Rivers assim descrevem a função:
Os libertários geralmente consideravam o governo como o inimigo mais temível e tradicional da liberdade; e, mesmo nas sociedades democráticas, os que exercem funções governamentais poderiam usar caprichosa e perigosamente o poder. Portanto, os libertários atribuíam à imprensa a tarefa de inspecionar constantemente o governo, de fazer o papel da sentinela, chamando a atenção do público sempre que as liberdades pessoais estivessem perigando (p. 151-152).
Nos Estados Unidos, a teoria libertária foi substituída pela teoria da responsabilidade social, mas o papel de fiscalização sobre o governo permaneceu, lá e cá, geralmente aceito como uma das funções fundamentais da imprensa nas democracias liberais representativas....
Sociologia e símbolos
“Sociólogo analisa o significado que os jovens atribuem às tatuagens e aos body piercings
O livro “Marcas que Demarcam: Tatuagem, body piercing e culturas juvenis”, procura traduzir o significado das tatuagens.
As tatuagens deixaram de ser privilégio de grupos marginais e transformaram-se em certificados de autenticidade num mundo em que tudo é precário e fugaz. Esta é a tese inscrita no livro “Marcas que Demarcam – Tatuagem, body piercing e culturas juvenis”, que o sociólogo Vítor Sérgio Ferreira lança hoje, no âmbito do X Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, na Universidade do Minho, em Braga.Numa sociedade “desordenadora e rápida”, em que os jovens se sentem pressionados a desempenhar papéis que lhes são impostos (pela escola, pelos pais, por empregos precários…), o recurso às tatuagens “é uma forma de eles continuarem a ser eles próprios e de preservarem alguma originalidade”, interpreta o investigador do Instituto de Ciências Sociais, cujo trabalho de campo decorreu entre 1999 e 2003, em vários estúdios de tatuagens e body piercing de Lisboa.Não se trata de transformar o corpo num manifesto social. O que estas pessoas procuram é uma individualidade para uso próprio. “Eles sabem que, no emprego, têm que manter o corpo tapado e, portanto, não têm problemas em não tatuar do pescoço para cima, sabendo que em casa podem pôr-se em frente a um espelho e dizer ‘este é o meu corpo e ninguém tem nada a ver com isso”, descreve, sublinhando que “as tatuagens têm muito dessa reivindicação da propriedade do corpo”.
Quanto à forma como estas marcas são percepcionadas, “apesar de haver mais tolerância, estas pessoas continuam a sentir-se observadas; alguns disseram mesmo que, na vida quotidiana, só se sentem bem no Bairro Alto. É como se as tatuagens colocassem os seus corpos sob suspeita”.Mas há diferenças a assinalar. Fazer uma tatuagem não é o mesmo que colocar um piercing. “O piercing é uma questão estética, não tem o valor de permanência da tatuagem.” Do mesmo modo, experimentar uma tatuagem uma vez não é o mesmo que fazer disso um projecto de vida. “Um miúdo pode ver na tatuagem um gesto desafiador dos pais ou da escola, que são instâncias disciplinadoras dos seus corpos”, distingue Vítor Sérgio Ferreira. As tatuagens podem também funcionar como marcos autobiográficos. “Faz-se uma tatuagem quando se começa a namorar, quando se entra na universidade…”.
Nada que se possa comparar, porém, às memórias da tropa ou às frases como “Amor de mãe”. “Isso remetia para a celebração de um colectivo e qualquer pessoa reconhecia o seu sentido. Hoje, as tatuagens fazem parte do segredo da biografia do indivíduo. E quem se tatua gosta disso: de olhar para o seu corpo como para um álbum fotográfico que lhe recorda os momentos que perduram.” E, numa sociedade muito “de usar e deitar fora”, marca-se o corpo porque é “o único capital seguro, a única coisa que os acompanha desde o nascimento até à morte”.”
Fonte: http://www.mlfonseca.net/2009/02/06/sociologia-da-tatuagem-update-e-upgrade/
Uma boa sugestão de trabalho com os educandos é orientar para que eles realizem pesquisa de campo (entrevistas) a fim de identificarem os significados de símbolos utilizados por diversos grupos, como por exemplo, a roupa dos rockeiros, o desenhos dos pixadores, símbolos religiosos de alguma demonimação ou religião... fica a dica!
Fonte: Blog Café com Sociologia, via Opinião &cia.
O livro “Marcas que Demarcam: Tatuagem, body piercing e culturas juvenis”, procura traduzir o significado das tatuagens.
As tatuagens deixaram de ser privilégio de grupos marginais e transformaram-se em certificados de autenticidade num mundo em que tudo é precário e fugaz. Esta é a tese inscrita no livro “Marcas que Demarcam – Tatuagem, body piercing e culturas juvenis”, que o sociólogo Vítor Sérgio Ferreira lança hoje, no âmbito do X Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, na Universidade do Minho, em Braga.Numa sociedade “desordenadora e rápida”, em que os jovens se sentem pressionados a desempenhar papéis que lhes são impostos (pela escola, pelos pais, por empregos precários…), o recurso às tatuagens “é uma forma de eles continuarem a ser eles próprios e de preservarem alguma originalidade”, interpreta o investigador do Instituto de Ciências Sociais, cujo trabalho de campo decorreu entre 1999 e 2003, em vários estúdios de tatuagens e body piercing de Lisboa.Não se trata de transformar o corpo num manifesto social. O que estas pessoas procuram é uma individualidade para uso próprio. “Eles sabem que, no emprego, têm que manter o corpo tapado e, portanto, não têm problemas em não tatuar do pescoço para cima, sabendo que em casa podem pôr-se em frente a um espelho e dizer ‘este é o meu corpo e ninguém tem nada a ver com isso”, descreve, sublinhando que “as tatuagens têm muito dessa reivindicação da propriedade do corpo”.
Quanto à forma como estas marcas são percepcionadas, “apesar de haver mais tolerância, estas pessoas continuam a sentir-se observadas; alguns disseram mesmo que, na vida quotidiana, só se sentem bem no Bairro Alto. É como se as tatuagens colocassem os seus corpos sob suspeita”.Mas há diferenças a assinalar. Fazer uma tatuagem não é o mesmo que colocar um piercing. “O piercing é uma questão estética, não tem o valor de permanência da tatuagem.” Do mesmo modo, experimentar uma tatuagem uma vez não é o mesmo que fazer disso um projecto de vida. “Um miúdo pode ver na tatuagem um gesto desafiador dos pais ou da escola, que são instâncias disciplinadoras dos seus corpos”, distingue Vítor Sérgio Ferreira. As tatuagens podem também funcionar como marcos autobiográficos. “Faz-se uma tatuagem quando se começa a namorar, quando se entra na universidade…”.
Nada que se possa comparar, porém, às memórias da tropa ou às frases como “Amor de mãe”. “Isso remetia para a celebração de um colectivo e qualquer pessoa reconhecia o seu sentido. Hoje, as tatuagens fazem parte do segredo da biografia do indivíduo. E quem se tatua gosta disso: de olhar para o seu corpo como para um álbum fotográfico que lhe recorda os momentos que perduram.” E, numa sociedade muito “de usar e deitar fora”, marca-se o corpo porque é “o único capital seguro, a única coisa que os acompanha desde o nascimento até à morte”.”
Fonte: http://www.mlfonseca.net/2009/02/06/sociologia-da-tatuagem-update-e-upgrade/
Uma boa sugestão de trabalho com os educandos é orientar para que eles realizem pesquisa de campo (entrevistas) a fim de identificarem os significados de símbolos utilizados por diversos grupos, como por exemplo, a roupa dos rockeiros, o desenhos dos pixadores, símbolos religiosos de alguma demonimação ou religião... fica a dica!
Fonte: Blog Café com Sociologia, via Opinião &cia.
A Vida Que Nos Escapa Entre os Dedos
Volta-se o rico para os prazeres da carne e a maior parte do mundo faz o mesmo. E não sem acerto, porque todas as coisas agradáveis devem ser tidas como inocentes, e até que se provem culpadas todas as presunções pendem a seu favor. A vida já é bastante penosa para que ainda a agravemos com proibições e obstáculos aos seus deleites; tão arisca se mostra a felicidade que todas as portas por onde ela queira entrar devem permanecer escancaradas. A carne enfraquece muito precocemente - e os olhos olham com melancolia para os prazeres de outrora. Muito rápidamente todas as alegrias perdem a vivacidade - e admiramo-nos de como pudessem ter-nos interessado tanto. O próprio amor torna-se grotesco logo que atinge os seus fins. Guardemos o ascetismo para a estação própria - a velhice.
É este o grande drama do prazer; todas as coisas agradáveis acabam por amargar; todas as flores murcham quando as colhemos, e o amor morre tanto mais depressa quanto é mais retribuído. Por isso o passado parece-nos sempre melhor que o presente; esquecemos os espinhos das rosas colhidas; saltamos por cima dos insultos e injúrias e demoramo-nos sobre as vitórias. O presente parece muito mesquinho diante de um passado do qual só retemos na memória o bom, e diante de um futuro que ainda é sonho. O que alcançamos nunca nos contenta; «olhamos para diante e para trás em procura do que não está ali»; não somos bastante sábios para amar o presente do mesmo modo que o amaremos quando se tornar passado. Quando mergulhamos num prazer, o nosso olhar vai para longe - a felicidade ainda não está alcançada apesar de termos o deleite nos nossos braços. Que mau demónio nos afeiçoou assim?
Will Durant, in "Filosofia da Vida"
Will Durant, in "Filosofia da Vida"
Poiétiko
A indústria continua nos envenenando
por Sergio Vaisman*
A toxicidade potencial de alimentos industrializados que utilizam corantes artificiais é complexa e controversa. Estes aditivos, cada vez mais comuns, são usados principalmente para fazer com que os alimentos ricos em calorias e pobres em nutrientes se mostrem com melhor aparência, parecendo saudáveis. Muitos deles, segundo especialistas, são tóxicos ou cancerígenos. Geralmente aparecem nos invólucros dos produtos como uma cor ou um simples código numérico.
Alguns dos aditivos alimentares que colorem produtos industrializados podem até não ser tão nocivos, mas existe atualmente uma pressão maior sobre os fabricantes para utilizarem substâncias corantes provenientes de plantas, ao invés de elementos quimicos sintéticos, potencialmente lesivos....
Essa eu já sabia: pesquisa indica que homofóbicos sentem excitação por homossexuais
Em pesquisa realizada, maioria dos homofóbicos sentiram-se excitados ao confrontados com cenas homossexuais. O mesmo não ocorreu com os não-homofóbicos
- Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo
Desde o fim do ano passado, em São Paulo, assistimos a uma série de ataques brutais contra homossexuais ou homens que seriam homossexuais aos olhos de seus agressores.
No fim de 2010, por decreto da Presidência da República, foi estabelecida a finalidade do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (parte da Secretaria de Direitos Humanos).
Mais recentemente, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo como unidade familiar. Não me surpreende que uma explosão de homofobia aconteça logo agora, pois, em geral, o ódio discriminatório aumenta de maneira diretamente proporcional aos avanços da tolerância.
Funciona assim: quanto mais sou forçado a aceitar o outro como igual a mim, tanto mais, num âmago que mal reprimo, eu o odeio e quero acabar com ele. Mas por que eu preferiria que o outro se mantivesse diferente de mim? Por que não quero reconhecê-lo como igual? O termo de homofobia, inventado no fim dos 1960, designa, mais que um preconceito, uma reação emocional à presença de homossexuais (ou presumidos homossexuais), num leque que vai do desconforto à ansiedade, ao medo e, por fim, à raiva e à agressão.
Numa entrevista na "Trip" de outubro (http://migre.me/6563w), apresentei a explicação clássica da homofobia do ponto de vista da psicanálise: "Quando as minhas reações são excessivas, deslocadas e difíceis de serem justificadas é porque emanam de um conflito interno. Por que afinal me incomodaria meu vizinho ser homossexual e beijar outro homem na boca? De forma simples, o que acontece é: 'Estou com dificuldades de conter a minha própria homossexualidade, então acho mais fácil tentar reprimir a homossexualidade dos outros, ou seja, condená-la, persegui-la e reprimi-la, se possível até fisicamente, porque isso me ajuda a conter a minha'".
Exemplo: se eu sinto (e não quero sentir) atração por um colega de classe do mesmo sexo, o jeito, para me convencer que não sinto atração alguma, é chamar esse colega de veado, juntar um grupo que, como eu, odeie homossexuais e esperar o colega na saída da escola para enchê-lo de porradas.
Um amigo me perguntou se essa interpretação da homofobia não era sobretudo uma forma de vingança: você gosta de agredir homossexuais pelas ruas da cidade? Olhe o que isso significa: você mesmo é homossexual. Gostou? O amigo continuou: "Isso não é bonito demais para ser verdade?".
Pois bem, anos atrás, pesquisadores da Universidade da Georgia selecionaram 64 homens que (na escala Kinsey) se apresentavam como sendo exclusivamente heterossexuais. Todos foram testados por uma entrevista (clássica, o IHP) que estabelece o índice de homofobia, de 0 a 100. Com isso, foram compostos dois grupos: os não homofóbicos (IHP de 0 a 50) e os homofóbicos (IHP de 50 a 100).
Nota: chama-se pletismógrafo um instrumento com o qual se registram as modificações de tamanho de uma parte do corpo. Pois bem, todos vestiram um pletismógrafo peniano, graças ao qual qualquer ereção, até incipiente e mínima, seria medida e registrada. Depois disso, todos os 64 foram expostos a vídeos pornográficos de quatro minutos mostrando atividade sexual consensual entre adultos heterossexuais, homossexuais masculinos e homossexuais femininos.
À diferença do que aconteceu com o grupo de controle (ou seja, com os não homofóbicos), a maioria dos homofóbicos teve tumescência e ereção significativas diante dos vídeos de sexo entre homossexuais masculinos. Confirmando a interpretação da psicologia dinâmica: indivíduos homofóbicos demonstram excitação sexual diante de estímulos homossexuais.
Existe a possibilidade de que a excitação manifestada pelos homofóbicos seja efeito, por exemplo, de sua vontade de quebrar a cabeça dos protagonistas dos vídeos -existe, mas é remota (porque os 64 indivíduos da amostra passaram todos por um questionário que mede a agressividade, e ninguém se mostrou especialmente agressivo).
Para quem quiser conferir, a pesquisa, de Henry E. Adams e outros, foi publicada no "Journal of Abnormal Psychology" (1996, vol. 105, n.3), com o título "Is Homophobia Associated with Homosexual Arousal?" (a homofobia é associada à excitação homossexual?) e é acessível na internet.
- Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo
No fundo, no fundo, ele gosta! |
No fim de 2010, por decreto da Presidência da República, foi estabelecida a finalidade do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (parte da Secretaria de Direitos Humanos).
Mais recentemente, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo como unidade familiar. Não me surpreende que uma explosão de homofobia aconteça logo agora, pois, em geral, o ódio discriminatório aumenta de maneira diretamente proporcional aos avanços da tolerância.
Funciona assim: quanto mais sou forçado a aceitar o outro como igual a mim, tanto mais, num âmago que mal reprimo, eu o odeio e quero acabar com ele. Mas por que eu preferiria que o outro se mantivesse diferente de mim? Por que não quero reconhecê-lo como igual? O termo de homofobia, inventado no fim dos 1960, designa, mais que um preconceito, uma reação emocional à presença de homossexuais (ou presumidos homossexuais), num leque que vai do desconforto à ansiedade, ao medo e, por fim, à raiva e à agressão.
Numa entrevista na "Trip" de outubro (http://migre.me/6563w), apresentei a explicação clássica da homofobia do ponto de vista da psicanálise: "Quando as minhas reações são excessivas, deslocadas e difíceis de serem justificadas é porque emanam de um conflito interno. Por que afinal me incomodaria meu vizinho ser homossexual e beijar outro homem na boca? De forma simples, o que acontece é: 'Estou com dificuldades de conter a minha própria homossexualidade, então acho mais fácil tentar reprimir a homossexualidade dos outros, ou seja, condená-la, persegui-la e reprimi-la, se possível até fisicamente, porque isso me ajuda a conter a minha'".
Exemplo: se eu sinto (e não quero sentir) atração por um colega de classe do mesmo sexo, o jeito, para me convencer que não sinto atração alguma, é chamar esse colega de veado, juntar um grupo que, como eu, odeie homossexuais e esperar o colega na saída da escola para enchê-lo de porradas.
Um amigo me perguntou se essa interpretação da homofobia não era sobretudo uma forma de vingança: você gosta de agredir homossexuais pelas ruas da cidade? Olhe o que isso significa: você mesmo é homossexual. Gostou? O amigo continuou: "Isso não é bonito demais para ser verdade?".
Pois bem, anos atrás, pesquisadores da Universidade da Georgia selecionaram 64 homens que (na escala Kinsey) se apresentavam como sendo exclusivamente heterossexuais. Todos foram testados por uma entrevista (clássica, o IHP) que estabelece o índice de homofobia, de 0 a 100. Com isso, foram compostos dois grupos: os não homofóbicos (IHP de 0 a 50) e os homofóbicos (IHP de 50 a 100).
Nota: chama-se pletismógrafo um instrumento com o qual se registram as modificações de tamanho de uma parte do corpo. Pois bem, todos vestiram um pletismógrafo peniano, graças ao qual qualquer ereção, até incipiente e mínima, seria medida e registrada. Depois disso, todos os 64 foram expostos a vídeos pornográficos de quatro minutos mostrando atividade sexual consensual entre adultos heterossexuais, homossexuais masculinos e homossexuais femininos.
À diferença do que aconteceu com o grupo de controle (ou seja, com os não homofóbicos), a maioria dos homofóbicos teve tumescência e ereção significativas diante dos vídeos de sexo entre homossexuais masculinos. Confirmando a interpretação da psicologia dinâmica: indivíduos homofóbicos demonstram excitação sexual diante de estímulos homossexuais.
Existe a possibilidade de que a excitação manifestada pelos homofóbicos seja efeito, por exemplo, de sua vontade de quebrar a cabeça dos protagonistas dos vídeos -existe, mas é remota (porque os 64 indivíduos da amostra passaram todos por um questionário que mede a agressividade, e ninguém se mostrou especialmente agressivo).
Para quem quiser conferir, a pesquisa, de Henry E. Adams e outros, foi publicada no "Journal of Abnormal Psychology" (1996, vol. 105, n.3), com o título "Is Homophobia Associated with Homosexual Arousal?" (a homofobia é associada à excitação homossexual?) e é acessível na internet.
Tudo em cima
Mídia omite desdobramentos do caso Agnelo
O Estadão, porém, publicou uma pequena matéria que não esconde o mau estar do jornal com o desdobramento do caso. É uma pérola que desperta um certo interesse no analista, por se tratar de um texto 100% político, que se restringe a ridicularizar uma confraternização de aniversário.
Até o Correio Braziliense resolveu esquecer o caso. Ninguém está curioso para saber a veracidade da história de que o irmão daquela deputada de oposição estaria por trás da armação para denunciar Agnelo? Ninguém está interessado em descobrir, afinal, se foi armação ou não? Eu estou. Não boto a mão no fogo por Agnelo Queiroz. Mas sou um cidadão curioso e gostaria de saber se é verdade ou não que o irmão da deputada subornou o rapaz para que denunciasse o governador. Subornar uma testemunha é um crime político hediondo, e seria importante o Brasil soubesse que isso acontece com frequência.
No O cafezinho
IPCA recuou para 0,43% em outubro
Urubóloga errou outra vez!!! |
Com este resultado, o acumulado em 12 meses passa de 7,31% para 6,97% em outubro, segundo cálculos.
Embora ainda acima, o índice fica mais próximo do teto da meta do governo - de 6,5% para 2011 - e atende as expectativas de desaceleração da inflação.
A inflação acumulada no ano chega a 5,4%.
via Com textolivre
Manchetes
Ler manchetes é uma aventura. Jornais têm um contrato com seus leitores, dizem estudiosos do discurso. O fundamental é o da veracidade: o leitor deveria poder acreditar que o que lê no jornal é verdadeiro. Trata-se de uma "verdade" precária, de fato. Não sei o que seria dos historiadores se sua única fonte fosse a mídia. Ainda bem que podem analisar as guias de importação e de exportação e outros documentos (testamentos, escrituras, livros que registram contas secretas ou dinheiro não contabilizado etc.).
Além de acharem que sustentam esse contrato, jornalistas são levados a crer que as línguas podem ser exatas: bastaria alguma competência e um pouco de caráter para tornar as notícias objetivas. Ledo engano. É claro que línguas, às vezes, podem ser objetivas. Melhor dizendo: alguns textos podem até ser objetivas, considerado um contexto histórico e um conjunto de pressupostos.
Mas os jornais parecem fazer um esforço especial para dar trabalho aos leitores. Uma das manchetes da Folha de 8/11/2011, por exemplo, é "DILMA NOMEIA PARA VAGA DO SUPREMO GAÚCHA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO". Um estudioso de processamento mental de sequências mais ou menos "simples" testaria esta manchete contra esta outra: DILMA NOMEIA GAÚCHA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA VAGA DO SUPREMO. Creio que obteria resultados interessantes sobre maiores ou menores dificuldades de interpretação de estruturas mais ou menos "diretas".
Mas uma manchete desse tamanho é um escândalo - quase não é manchete. Um chefe poderia propor DILMA NOMEIA GAÚCHA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA O SUPREMO, deixando para o leitor (ou leitor da Folha não é qualquer um, o chefe poderia dizer ao foca) a "descoberta" de que se trata de preencher uma vaga. O leitor real ainda sonado agradeceria.
Parênteses: ritmo e relevância deveriam ser os traços fundamentais da manchete: MORRE AOS 67 ANOS JOE FRAZER, LENDA DO BOXE MUNDIAL, na Folha do dia 9/11/2011, é o fim da picada! Por que não "MORRE JOE FRAZER, LENDA DO BOXE"? Alguém vai achar que é brasileiro? E por que informar a idade na manchete, a não ser que fosse de relevância extrema?
O jornal gosta de correr riscos. Em outro caderno, cravou EMBRAER É ALVO DE PROTECIONISMO NOS EUA. A xícara parou a meio caminho. Me perguntei se era isso mesmo: o que poderia significar "alvo de protecionismo"? Os EUA estariam protegendo a Embraer? Não podia ser isso, não porque esse não pudesse ser o sentido da manchete. Simplesmente, achei que o fato seria incompatível com posições americanas típicas.
O texto informa que a Embraer está sendo combatida nos EUA para que não vença uma licitação. Ou seja, os EUA estão protegendo companhias americanas (na verdade, atacando a Embraer). O protecionismo dos EUA é a proteção de suas empresas.
Ser alvo de protecionismo significa, considerado o texto, que a Embraer é atacada para que empresas americanas sejam protegidas. Ou seja, empresas americanas são objeto de protecionismo. A Embraer ser alvo significa que é combatida com medidas de proteção (protecionistas) a suas concorrentes?
Peço ajuda aos universitários...
Sírio Possenti é professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp e autor de Por que (não) ensinar gramática na escola, Os humores da língua, Os limites do discurso, Questões para analistas de discurso e Língua na Mídia.
No Terra Brasilis, via Com textolivre
No Terra Brasilis, via Com textolivre
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
São 11h11min11seg
Do dia
A data de 11 de novembro de 2011 já é curiosa, a princípio, simplesmente pela repetição dos números (11/11/11). Muitas pessoas, no entanto, veem nisso um significado – em diversas áreas – e têm a crença de que este é um dia místico. Um exemplo de quem aposta em como a data é especial são os músicos da clássica banda de heavy metal Black Sabbath, que vão aproveitar o dia para fazer um “anúncio especial”. O espaço escolhido foi a casa de shows Whysky A Go-Go, a mesma em que o grupo fez sua primeira apresentação em Los Angeles, no mesmo dia, há exatos 41 anos.
A cantora Katy Perry foi outra que aproveitou o dia marcante para lançar seu novo clipe “The One That Got Away”. O diretor Darren Bousman, conhecido por dirigir os filmes “Jogos Mortais 2, 3 e 4”, foi mais longe: fez uma produção de terror e suspense inspirado na crença da mística data. Na história do filme, em “11-11-11”, um famoso escritor viaja até a Espanha para rever seu irmão e seu pai moribundo. Não tarda para que ele comece a ter encontros sombrios, acompanhados pelo avistamento do número 11. A curiosidade logo vira obsessão e Joseph descobre que 11/11/11 não é apenas uma data, mas um aviso. O filme, claro, estreia hoje nos cinemas.
Também há quem diga que esta é uma data especial por acreditarem que acontecerá a abertura de um “portal de energia” devido ao alinhamento dos planetas, fato que traria novas tendências ao cotidiano das pessoas. Os palpites de quais seria estas novas tendências são divergentes entre os crentes na abertura do ‘portal’, e vão desde anjos a disco voadores. Já de acordo com a numerologia, este dia pode ser preocupante para os Estados Unidos e para a Europa, visto que o número 11 aparece várias vezes em datas de atentados terroristas nesses locais, a exemplo do marcante 11 de setembro, quando houve o ataque às Torres Gêmeas, em Nova York.
Que venha
12.12.12
Grandes operações da PM de SP não são contra bandidos
Nas primeiras horas da última terça-feira, um efetivo de 400 policiais militares de São Paulo usou 50 veículos, dois helicópteros e um pequeno exército de jornalistas apoiadores para prender cerca de 70 garotos e garotas magrelos que ocupavam a reitoria da USP armados com livros e cadernos de alto calibre. Foram quase seis policiais militares para cada estudante.
Armados com fuzis, escopetas, bombas e o que mais se puder imaginar em termos de armamento pesado, a operação em tela foi uma das maiores que a Polícia Militar de São Paulo empreendeu neste ano. Cada um dos parrudos policiais militares armados até os dentes que se envolveram naquela operação teria condições de render, agora sim, pelo menos seis manifestantes....
Monty Phyton ensina: "Se a vida lhe der as costas, passe a mão na bunda dela!"
Em "A vida de Brian", Monty Phyton coloca o politicamente correto e o incorreto, lado a lado. Questiona religião, política e comportamento.
Tudo com um humor, britânico, surpreendente.
Revisitei alguns clássicos do grupo junto com o meu filho de 12 anos, que já havia conhecido o "Sentido da Vida", outro grande filme deles.
Tiramos o último feriado para fuçar no Youtube e nos deleitamos com a vida deste contemporâneo de Jesus, que também foi crucificado mas não teve a mesma glória.
Descoberta para o meu filho e uma grata redescoberta para mim.
E qual é a grande lição? Ora, que tudo tem o seu lado positivo. Inclusive a própria morte!
Tem o engano dos reis magos, a turma do fundão que não ouviu direito o sermão da montanha, um Pilatos que fala errado, o ex-leproso serelepe e um monte de situações engraçadíssimas.
Veja a última cena, assovie no refrão e reveja o filme todo pois vale a pena!
Tudo com um humor, britânico, surpreendente.
Revisitei alguns clássicos do grupo junto com o meu filho de 12 anos, que já havia conhecido o "Sentido da Vida", outro grande filme deles.
Tiramos o último feriado para fuçar no Youtube e nos deleitamos com a vida deste contemporâneo de Jesus, que também foi crucificado mas não teve a mesma glória.
Descoberta para o meu filho e uma grata redescoberta para mim.
E qual é a grande lição? Ora, que tudo tem o seu lado positivo. Inclusive a própria morte!
Tem o engano dos reis magos, a turma do fundão que não ouviu direito o sermão da montanha, um Pilatos que fala errado, o ex-leproso serelepe e um monte de situações engraçadíssimas.
Veja a última cena, assovie no refrão e reveja o filme todo pois vale a pena!
por Clipping do Mário
Ui! Será que saiu do armário? Silas Malafaia diz que vai "fornicar" Toni Reis, líder da causa gay
VVeja o vídeo aos 8min e 17 seg o pastor diz que "é para a igreja católica entrar de pau em cima desses cara, baixar o porrete em cima para esses caras aprender".
Em guerra com militantes da causa gay, o pastor evangélico Silas Mafalaia, da Igreja Vitória em Cristo, disse que vai “fornicar”, “arrombar” e “arrebentar” Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). As declarações foram feitas em entrevista a ÉPOCA nesta quinta-feira (10). Malafaia chama Reis de “bandido” e “safado”. Diz ainda que vai entrar com queixa crime contra ele por causa da polêmica de um vídeo de 41 segundos colocado no YouTube.
O vídeo em questão tenta associar uma fala de Malafaia a agressões sofridas por um um casal homossexual na avenida Paulista, em São Paulo. Mafalaia aparece no vídeo fazendo a seguinte declaração: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, baixar o porrete em cima”. O pastor falava sobre um grupo de homossexuais que, segundo ele, teriam ridicularizado símbolos católicos na Parada Gay de São Paulo. Após essa fala, o vídeo mostra uma reportagem a respeito das agressões contra o casal gay. Toni Reis encaminhou o material ao Ministério das Comunicações e à procuradora geral dos Direitos do Cidadão, Gilda Carvalho, pedindo para verificar se o caso configura incentivo à violência e à discriminação.
Para Malafaia, a edição do vídeo no YouTube é tendenciosa e leva as pessoas a concluírem que ele incita a violência a homossexuais. “Nunca mandei bater em homossexual porque não sou imbecil nem idiota”, afirmou. “Eu vou arrebentar o Toni Reis. Eu não tenho advogado de porta de xadrez (cadeia). A minha banca aqui de advogados é uma das maiores que tem. Eu vou fornicar esse bandido, esse safado.” Em seguida, afirma que “baixaria do movimento gay” é “coisa de bandido” e de “mau caráter”. Depois de citar a queixa crime, diz, sem completar: “Eu vou arrombar com esses...”
Reis ironizou as declarações de Malafaia. “Ele não faz o meu tipo. Não vou deixar ele me fornicar, embora eu goste da coisa. (Para fazer isso) vai ter de me conquistar, mas eu estou muito bem casado com um inglês. Se fizer sem eu permitir, é estupro, atentado violento ao pudor.” Em seguida, sério, Reis lamentou as afirmações do pastor da Igreja Vitória em Cristo. “Isso não é postura de um pastor.”
Brasil: sexta economia do mundo
Segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de consultoria e pesquisa ligada à revista The Economist, o Brasil já se tornou, neste ano de 2011, a sexta maior economia do mundo, ou seja, o sexto maior produto interno bruto medido em dólares à taxa de câmbio corrente.
Como o câmbio tem sofrido flutuações bruscas, quem acha que é o caso de estourar um champanhe deveria esperar pelo fim do ano, quando se poderão fazer as contas com precisão: a diferença entre o PIB estimado para o Brasil, 2,44 trilhões de dólares (mesmo considerada uma redução da projeção de crescimento de 3,5% para 3%) e o do recém-ultrapassado Reino Unido, 2,41 trilhões (com crescimento de 0,7%) é de 1,2%, diferença que pode facilmente triplicar ou se inverter num só dia de oscilação cambial.
Ainda assim, é de se notar que a dimensão da economia brasileira tenha ultrapassado ou esteja para ultrapassar aquela que foi a maior potência econômica do Ocidente – ou considerando-se seu enorme império colonial, de todo o mundo – de meados do século XIX até a I Guerra Mundial. Segundo The World Economy, obra de Angus Maddison, em 1820, o PIB britânico (sem as colônias) era 12,4 vezes maior que o do Brasil; em 1870, era 14,3 vezes maior; em 1913, 11,7 vezes maior. Em 1992 (segundo a OCDE), essa relação tinha caído para 2,6 e em 1995, com o câmbio semicongelado pelo Plano Real, para 1,5, mas o colapso da malfadada políticas cambiais de Gustavo Franco e Chico Lopes a fez voltar a subir para 2,62 em 1999 e 3,35 em 2003. Desde então, a relação caiu continuamente: 2,04 em 2007, 1,61 em 2008, 1,36 em 2009 (ano em que o PIB do Brasil ultrapassou os do Canadá e Espanha e se tornou o oitavo do mundo), 1,07 em 2010 (quando ultrapassou a Itália) e 0,99 agora.
Segundo as projeções da EIU, a economia brasileira será ultrapassada em dimensão pela Índia em 2013 (o que é justo, visto ser um país com população cinco vezes maior), mas ultrapassará a França em 2014 e a Alemanha em 2020. Neste ano, portanto, o Brasil será a quinta maior economia do mundo, superado por EUA, China, Japão e Índia – caso a crise econômica ora em curso na Europa não arraste essas projeções água abaixo.
Não significa que o Brasil terá qualidade de vida superior à dos países europeus em 2020, nem autoriza ufanismos de grande potência. Mas é sintomático da rapidez inesperada com que desliza rumo aos BRICS o centro de gravidade da economia mundial, que parecia imutável nos anos 1990. Em 2001, quando Jim O’Neill, analista do Goldman Sachs, inventou o acrônimo BRIC (ainda sem o S de África do Sul), previa que a economia brasileira ultrapassaria a italiana em 2025 e as francesa e britânica a partir de 2035. O futuro está chegando mais rápido do que esperávamos. Estamos preparados?
Antonio Luiz M.C. Costa
No CartaCapital
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Rinoceronte negro do oeste africano está oficialmente extinto
Foto: Shutterstock
VÍTIMA DE CAÇADORES INTERESSADOS EM SEUS VALIOSOS CHIFRES, ANIMAL NÃOPODE MAIS SER ENCONTRADO NA NATUREZA
Lucas Reginato_247 – Mais uma espécie está oficialmente extinta da vida selvagem. O rinoceronte negro da África ocidental não pode mais ser encontrado em seu habitat natural, onde vivia em ambientes de matas rarefeitas da savana.
O “diceros bicornis” já constava na lista vermelha da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), entidade que cataloga espécies em perigo. No levantamento de 2008, quase 20 mil espécies animais receberam o alerta vermelho. O índice é de 25% entre os mamíferos, como os rinocerontes. De acordo com a instituição, o rinoceronte branco, que vive na África Central, também corre risco de ser extinto.
Segundo a International Rhino Fundation, os rinocerontes negros já estiveram prestes a desaparecer entre 1970 e 1992. No entanto, biólogos e ambientalistas conseguiram, naquela época, retomar o crescimento da espécie, que chegou a 4.240 em 1993. Estima-se que a população original era de aproximadamente 65 mil animais.
Desta vez, porém, os defensores não foram páreos para a caça ilegal. Os chifres visados por caçadores tem alto valor no mercado negro e a localização do animal dificultava a fiscalização. Em entrevista à BBC News, Simon Stuart, presidente da Comissão pela Sobrevivência de Espécies da IUCN, lamentou e deu um panorama da dificuldade de monitoração do animal. “É preciso imaginar o animal andando por aí com um chifre de ouro. Esta é a imagem, este é o valor e para isso é preciso ter um alto nível de segurança”.
Petrobras: poço confirma potencial da área de Franco no pré-sal
“A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (9/11) que o primeiro poço perfurado comprovou a extensão dos reservatórios de óleo localizados na área de Franco, no pré-sal da Bacia de Santos.
"A descoberta foi comprovada por meio de amostragens de petróleo de boa qualidade obtidas em teste a cabo", afirma o comunicado da estatal petrolífera divulgado nesta quarta-feira (9/11).
De acordo com a estatal, "concluída a etapa de perfuração, a Petrobras dará continuidade às atividades e investimentos previstos no Programa Exploratório Obrigatório (PEO) do contrato de cessão onerosa".
Esse é o primeiro poço perfurado após a assinatura do contrato de cessão onerosa.
Quando da megacapitalização da Petrobras realizada no ano passado com o objetivo de levantar recursos para explorada a camada do pré-sal, foi firmado um acordo em que o governo cedeu reservas de até cinco bilhões de barris de óleo equivalente em áreas não licitadas no pré-sal da bacia de Santos. Em pagamento, recebeu ações da empresa.
COISA NOSSA. Um país em desconstrução
Qualquer atitude em direção ao fenômeno crime organizado, mais incisiva que seja por parte da magistratura de primeiro grau, e dentro dos limites institucionais, assume propriamente riscos e conotações como se fruto fosse de organismo à margem do Estado. Do Estado de Direito. Ilegalidade, arbitrariedade, saudosismo da ditadura, adoção da Lei e da Ordem, do Direito Penal do Inimigo etc. etc. etc. Inconstitucionalidade. Tratam como se estivéssemos num campo de discricionariedade da atividade judicial que não teria lugar, ainda que preventivamente.
Uma análise minimamente exauriente deve levar em consideração a emergência do fenômeno e a resposta adequada. Acredita-se ingenuamente que tal emergência em algum momento tenha refreado, mas, ao contrário, além de resistir, aumenta substancialmente e sequer se cogita de uma contenção institucional.
O que se observa, de fato, é a grave dilaceração do tecido democrático, uma dor moral (irreparável) aos valores sociais, colocando em perigo ou fulminando práticas políticas salutares e legitimando gravíssimos fatos ilícitos contra o Estado....
Insanidade de Israel põe o mundo em tensão
O mundo está em estado de tensão. Além da crise grega, que ocupa grandes espaços na mídia de mercado com advertências dos neoliberais sobre reflexos de uma quebra do país em outras partes do mundo, o primeiro-ministro de Israel, o militarista Benyamin Netanyahu mostrou mais uma vez a sua cara. Primeiro, ao cortar a contribuição anual de Israel à Unesco em represália ao ingresso da Palestina no organismo da ONU para a cultura, além da suspensão da cota destinada ao país que Israel não quer reconhecer e usa sofismas para não deixar claro a sua posição. Os EUA fez a mesma coisa que Israel em relação à Unesco....
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