sábado, 17 de dezembro de 2011
A "JUVENTUDE" do PSDB quer acabar com carteira de estudante.
PSDB é contra a carteirinha
A Juventude do PSDB vai divulgar amanhã, ao final de seu primeiro congresso nacional, a Carta de Goiânia. Nela, os tucanos vão pedir o fim da carteira de estudante, que dá direito à meia-entrada em cinemas, teatros e shows. As carteirinhas são emitidas pela UNE e pela Ubes, que usam o dinheiro que recebem para custear suas atividades. O PSDB quer que a meia seja garantida aos jovens via carteira de identidade.
Com esta atitude, o PSDB só mostra quem ele realmente é.
O PSDB esconde sua veia elitista por trás da reivindicação de que a meia entrada seja garantida pela carteira de identidade. Parece uma ação inocente, pois, na verdade, eles não querem que a meia entrada acabe. Mas com isso, a "juventude" do PSDB quer minar e eliminar a única entidade que, verdadeiramente, representa os estudantes no país.
A UNE é uma entidade combativa, em prol dos estudantes. E hoje, durante o governo da esquerda, a UNE está mais forte do que nunca e os estudantes se sentem representados pela entidade.
A direta, representada pelo PSDB, prega a desigualdade social e de distribuição de renda. Eles dizem que não. Mas quando se coloca o mercado como regulador da economia, podem acontecer duas coisas: os pobres se tornam cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, aumentando o abismo social ou a ganância capitalista pode arrastar o país para uma crise como a que vivem Europa e USA.
É a lei dos mais fortes!!! E os fracos que se f...
No Tô de Olho Malandragem!
"A vã procura por uma gostosa"
O jornalismo de entretenimento é uma seara curiosa. Numa revista masculina, por exemplo, a escrita é quase um penduricalho. Quem folheia, ou clica, quer saber das fotos, das curvas, das poses. No máximo, bate os olhos nas legendas.
Por isso talvez tenha passado desapercebida a gracinha de página inteira feita por uma certa publicação que, num lapso de criatividade, resolveu tirar sua casquinha no Judas da vez: os estudantes da USP que entraram em evidência graças aos invasores da reitoria.
A ideia era de fazer inveja a “Borat”, o personagem de Sacha Baron Cohen escalado para retratar a sociedade americana sob a ótica de um repórter do Cazaquistão. O desafio, por estes lados, era circular entre os estudantes da maior universidade do seu continente à procura da versão tupiniquim da Camila Vallejo, a lindíssima estudante chilena que ganhou o mundo por conta dos olhos azuis e da atuação política. Se fosse encontrada, a uspiana seria convidada a posar nua na revista – mas era uma piada, avisa a reportagem.
O título: “A vã procura por uma gostosa na USP”.
Não se sabe onde a apuração foi concentrada. Mas, pelo trabalho, a conclusão foi que, na USP, a “práxis” estudantil é mais recorrente que o “xampu”. E que blusinhas usadas pelas meninas só servem para esconder os “seios nada volumosos”. Que seria mais fácil colocar as “comunas” da USP em revistas de bizarrices. E que a única revolução realmente necessária na universidade é a revolução estética.....
Folha ignora ombudsman e omite fatos sobre privataria tucana
Este é o caso mais emblemático que já surgiu sobre a transformação dos maiores meios de comunicação do país em um partido político dissimulado do qual o jornalismo passa longe. Leia com atenção, porque este post contém a prova final de que não se deve dar o menor crédito ao “jornalismo” que veículos como o jornal Folha de São Paulo dizem fazer.Ao fim da tarde da última quinta-feira (15/12), recebi e-mail de uma fonte que, por sua vez, recebeu de alguém que trabalha na redação da Folha cópia da “crítica interna” diária que os ombudsmans do jornal fazem circular há anos entre seus jornalistas. É uma bomba...
Este é o caso mais emblemático que já surgiu sobre a transformação dos maiores meios de comunicação do país em um partido político dissimulado do qual o jornalismo passa longe. Leia com atenção, porque este post contém a prova final de que não se deve dar o menor crédito ao “jornalismo” que veículos como o jornal Folha de São Paulo dizem fazer.
Ao fim da tarde da última quinta-feira (15/12), recebi e-mail de uma fonte que, por sua vez, recebeu de alguém que trabalha na redação da Folha cópia da “crítica interna” diária que os ombudsmans do jornal fazem circular há anos entre seus jornalistas. É uma bomba...
Brasil é a 6ª potência mundial
O Brasil ultrapassou o Reino Unido, avança a "Economist Intelligence Unit", empresa de consultadoria pertencente ao grupo da revista "The Economist".
Brasil ultrapassará a Alemanha em 2020 |
A informação é da empresa de consultadoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), confirmando assim, e antecipando, as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2011.
Tanto o FMI como a EIU e o Business Monitor International (BMI) haviam previsto que o Brasil ultrapassaria até ao final do ano o Reino Unido, passando a ocupar o lugar de sexta maior economia mundial.
De acordo com as projeções da EIU, o Brasil perderá a 6ª posição para a Índia em 2013 mas voltará a recuperar o lugar no ranking em 2014, ano do Mundial de Futebol, ao ultrapassar a França.
PIB cresce acima dos países ricos
A diferença do PIB estimado para o Brasil até ao final do ano - 2,44 mil milhões de dólares (mesmo considerada a redução da projeção de crescimento de 3,5% para 3%) e o PIB do Reino Unido (2,41 mil milhões, com crescimento de 0,7%) é de 1,2%, diferença que poderá facilmente triplicar.
Segundo o jornal "Folha de São Paulo", a subida do Brasil no ranking das maiores economias do mundo deve-se à crise dos países desenvovlidos. De acordo com a agência Terra, a tendência de ascensão dos países emergentes era esperada por especialistas há anos, mas acentuou-se devido à crise global.
A EIU refere que o Brasil continuará a subir no ranking das grandes potências, de modo a que até ao fim da década - de acordo com as projeções - o PIB brasileiro será maior do que o de todos os países europeus.
Segundo o "The Word Economy", de Angus Maddison, em 1820 o PIB britânico, sem as colónias, era 12,4 vezes maior do que o do Brasil; em 1870 era 14,3 vezes superior; e em 1913, 11,7 vezes mais elevado.
Em 2009, o PIB do Brasil ultrapassou os do Canadá e Espanha, passando a ser o oitavo do mundo, e em 2010 ultrapassou o de Itália.
De acordo com a "Folha", o crescimento do PIB que coloca o Brasil em posição favorável en relação às maiores economias mundiais é influenciado também pelo aquecimento da economia em 2010, pautada por uma política monetária de estímulo ao consumo - com uma série de subsídios e isenções de impostos iniciada no pós-crise.
"Enquanto a maioria das economias desenvolvidas ainda gatinhava na recuperação, o Brasil registou no ano passado o maior crescimento desde 1986, chegando a 7,5%. Em 2009, no entanto, a variação da economia brasileira foi negativa."
O jornal ressalta, ainda, que houve uma desaceleração na relação trimestral este ano, influenciada pela contenção do crédito, da valorização do câmbio, de juros mais elevados e do consequente arrefecimento da indústria provocado por estes fatores.
Maria Luiza RolimNo Expresso
Marcos Coimbra, CartaCapital
“Vamos imaginar que o Congresso aprovou e a presidenta Dilma Rousseff sancionou uma lei alterando o nosso sistema eleitoral. Que não vingou a proposta de passarmos para o voto distrital, mantivemos o voto proporcional, mas que adotamos o chamado voto em “lista partidária fechada”.
Vamos ainda imaginar que isso aconteceu antes de outubro de 2013, e que a nova lei previa que entraria em vigor imediatamente. A eleição de 2014 seria realizada sob sua égide.
Isso quer dizer que escolheríamos deputados federais e estaduais de uma maneira diferente da que conhecemos desde 1945, quando começamos, na prática, a votarcomoagora. Mesmo durante a ditadura, preenchemos esses cargos – e os de vereador –, usando outro princípio, o voto nominal.
A diferença entre os dois está expressa em seus nomes. No atual, escolhemos basicamente uma pessoa. No novo, um partido.
Na verdade, em ambos, o voto é simultaneamente no indivíduo e na legenda. Nossa legislação eleitoral estabelece, a rigor, o voto em “lista partidária aberta”, ao exigir a filiação partidária dos candidatos – não aceitando o chamado voto avulso – e permitir o voto de legenda. E somam-se os votos dos candidatos de cada partido para calcular o número de vagas a que têm (individualmente ou em coligação) direito.
Se adotássemos o voto em lista fechada, teríamos um hibridismo semelhante. De acordo com o que se discute, ele não seria dado, puramente, aos partidos, mas a uma relação de candidatos, conhecida pelos eleitores. Seria possível dizer que o voto continuaria a ser dado indiretamente a determinados indivíduos.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Estoque de investimento estrangeiro no setor produtivo ficou em US$ 660,5 bi em 2010
Kelly Oliveira, Agência Brasil
“O estoque total de investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 660,5 bilhões, o equivalente a 30,8% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), em 2010. A informação foi apurada pelo Banco Central (BC) por meio do Censo de Capitais Estrangeiros no País 2011, na data-base 31 de dezembro de 2010.
Esse montante é US$ 188 bilhões superior ao estimado anteriormente (US$ 472,6 bilhões, 22% do PIB). Segundo o BC, “essa diferença deveu-se, fundamentalmente, à mudança no critério de valoração dos investimentos”. Anteriormente, era considerado o saldo apurado no último censo acrescido dos fluxos mensais líquidos de IED em valores nominais. Assim, não eram consideradas eventuais variações nos valores desses ativos após o ingresso no país. Nesse relatório, o BC passou a considerar o valor de mercado, “em conformidade com o padrão estatístico internacional”.
Esse estoque de investimentos é dividido em duas partes – participação no capital da empresa e empréstimos intercompanhia. No caso da participação de capital, o estoque atingiu US$ 579,6 bilhões, equivalentes a 27% do PIB. O estoque de IED-empréstimos intercompanhia, estatística divulgada pela primeira vez no censo, atingiu US$ 80,9 bilhões.”
Matéria Completa, ::Aqui::
Leila Cordeiro, Direto da Redação
“Neste meu último artigo do ano, queria escolher um assunto que fosse destaque neste 2011 e, disparado, escolhi a televisão, seus filhotes e nuances. Nunca a audiência de todas as emissoras esteve tão mal das pernas. Cada uma, à sua maneira, fez por onde para causar essa derrocada dos números.
A Record que vinha insistindo na sua programação “a caminho da liderança” acabou perdendo o bonde e começou a trocar os pés pelas mãos resgatando um perfil do SBT dos velhos tempos, ao tirar programas do ar da noite para o dia, desrespeitando telespectadores e patrocinadores , em nome de conseguiur recuperar alguns míseros pontinhos que nem de longe podem levá-la a confortável e almejada posição de líder, obssessivamente batalhada por seus bispos-diretores.
Até porque o SBT, que acabou amargando um terceiro lugar na época das vacas gordas da emissora do Bispo Macedo, vem agora recuperarando posição no ranking correndo por fora.
Agora “sob nova direção”, a emissora do homem do baú, Silvio Santos, está deixando cair a ficha e correndo atrás do prejuízo respeitando, pelo menos, os horários e dando chance de programas se firmarem na programação. Assim mesmo, o SBT ainda deixa a desejar no jornalismo que parece sempre uma promessa de credibilidade na emissora, mas acaba morrendo na praia da obviedade.
A Rede TV!, que parece aquele irmão pobre que faz tudo para parecer rico diante da família, vive alardeando que vai fazer e acontecer, mas não consegue realizar seus projetos. Vive da fama do Pânico que também já está precisando ser reformulado. Haja criatividade quando a baixaria dá o tom do programa, porque acaba caindo na grosseria e o resultado são os números descendo cada vez mais a ladeira, mesmo com todos os peitos e bundas de fora disponíveis e talhados a silicone. Um horror só!
E a Band? Essa é até digna de pena. Dizem os maldosos de plantão que ali no Morumbi deve ter caveira de burro enterrada porque nada dá certo naquelas paragens. Também diz a maledicência que a Band deveria ser chamada de Ponto Frio, tamanha a fila de profissionais que estão na geladeira. É eles entrarem no ar e a audiência cair vertiginosamente. E a Band vai congelando um a um, pagando caro por eles sem saber onde colocá-los. Puro desperdício!”
Artigo Completo, ::Aqui::
Pesquisa do Ipea: 50% dos brasileiros temem que o Brasil seja atacado por causa da Amazônia
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 50% dos entrevistados acreditam "totalmente" ou "muito" que nos próximos 20 anos o Brasil será alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal.
Os dados integram o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) do Ipea, que, nesta edição, mediu o temor da população a ameaças. Segundo o Ipea é a primeira vez que o instituto analisa o temor da população sobre questões de segurança nacional....
Por que a imprensa fingia que não via PRIVATARIA TUCANA
(CLIQUE E AMPLIE AS CAPAS)
AOS QUE DIZEM QUE É PRECISO IGNORAR O LIVRO PORQUE O AUTOR FOI ACUSADO DISSO OU DAQUILO, BASTA LEMBRAR DE UM QUE FOI ESCRITO POR PEDRO COLLOR DE MELLO E, VEJAM SÓ, COM A JORNALISTA DORA KRAMER
Mário Marona
Por que, então, os colunistas, editores e jornalistas da maioria dos grandes veículos fingem ignorar o livro?
Porque obedecem à linha editorial dos jornais e das emissoras em que trabalham. Obedecem, agora, e sempre obedeceram. [E aqui, em nome da isenção, acrescento a parte que me toca: eu mesmo, quando trabalhei nas grandes redações, me sujeitei às linhas editoriais dos veículos e se eventualmente me insurgia internamente contra elas, tentando modificá-las, nunca deixei de segui-las disciplinadamente, uma vez derrotado em minhas posições. Ou pedia o meu boné.]
O que mudou, então? Por que os jornalistas se vêem obrigados a depreciar publicamente um colega de profissão, como o Amaury, com quem, aliás, muitos deles conviveram amistosamente? E por que estamos vendo jornalistas importantes entrando em guerra com seus leitores por causa de um livro que, se pudessem, tratariam como notícia ou comentariam?
Arrisco uma resposta: porque hoje os leitores pisam nos calos destes jornalistas, o que há uma década atrás – ou menos - não acontecia.
No meu tempo, e vale dizer também no tempo do Noblat, da Dora, da Eliane, do Merval, o leitor não existia como figura real. Era um anônimo, mal representado, diariamente, em uma dúzia de cartas previamente selecionadas para publicação e devidamente “corrigidas” em seus excessos de linguagem. Tem gente que não lembra, porque começou a ler jornal depois, mas naquele tempo nem e-mail existia, exceto, talvez, como forma de comunicação interna das empresas.
Noblat, Dora, Merval, Eliane [e eu] escreviam, editavam e publicavam o que queriam, desde que não contrariassem os acionistas, representados pelos diretores de redação. Por acaso, dois dos citados foram diretores de redação e eu fui editor-chefe adjunto no Globo e editor-chefe do JN. Não eram – não éramos - contestados por ninguém. Quem não gostasse que se queixasse ao bispo, ao editor de cartas - por carta, claro - ou então que suspendesse a assinatura ou mudasse de canal.
Publicavam o que queriam, autorizados pelos donos, e continuam agindo da mesma maneira, mas hoje são imediatamente incomodados, cobrados, questionados, xingados pelos leitores, por e-mail, em blogs, por tuites e por caneladas no Facebook.
Fazem a mesma coisa – obedecer à linha dos seus jornais – só que agora têm que dar explicações a um grupo crescente de chatos, nem sempre bem educados, e não podem botar a culpa no patrão. Não podem dizer no twitter: “Olha, gente, eu não vou escrever sobre o livro do Amaury porque o meu jornal decidiu ignorá-lo, pelo menos por enquanto”.
Mas aos que alegam que é preciso ignorar o livro do Amaury porque ele foi acusado disso ou daquilo e não seria um autor confiável, responde com uma experiência pessoal. Editor do Globo em 1992, uma noite recebeu na redação o livro “Passando a limpo, a Trajetória de um Farsante”, de autoria de Pedro Collor de Mello e, vejam só, da Dora Kramer! O livro trazia acusações tão pesadas contra Fernando Collor que, em alguns casos, a prova dependeria de exame de corpo de delito. O editor teve que ler o livro em duas horas, para escrever uma resenha rápida, que seria publicada na edição do dia seguinte.
Naquela época, no Globo e, creio, nos demais jornais, não era possível ignorar uma peça de acusação tão enfática, ainda que desprovida de provas. Nem era possível guardar para ler depois. E pouco importava se a origem das acusações de Pedro contra Fernando era uma briga entre irmãos envolvendo até mulher. Era notícia, e pronto.
Fonte: http://brasil247.com.br/
Artes das Capas: João de Deus Netto - JenipapoNews
Editora de política do Valor Econômico diz que Grande Mídia é partidária!
Editora de política do Valor Econômico chama imprensa de partidária
Artigo da jornalista Maria Cristina Fernandes do jornal Valor Econômico coloca o dedo na ferida com relação ao silêncio que a mídia faz sobre o livro “Privataria Tucana”, cuja primeira tiragem esgotou-se em 48 horas.
Nota que a discrepância entre a movimentação na internet causada pela obra e os registros do caso na imprensa denota partidarização dos meios de comunicação.
Ela chama a atenção dos leitores para o fato de que o assunto explorado pelo livro é menos partidário do que o uso que se vem fazendo dele. Se Amaury foi indiciado pela polícia federal por envolvimento em bisbilhotagem nas eleições passadas, isso não desmerece seu depoimento mais que o de outros denunciantes que em escândalos pregressos tiveram suas denúncias amplamente repercutidas na imprensa desde que o acusado fosse o partido no governo....
Procuradores apresentam diretrizes para responsabilização de prefeitos
Palestras foram realizadas no 11º Encontro Nacional da 2ª Câmara
A atuação no combate ao desvio de verbas federais repassadas por convênios realizados com prefeituras foi tema das palestras realizadas no primeiro dia do 11º Encontro Nacional da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal. O evento teve início ontem, dia 12 de dezembro, e segue até esta quarta-feira, dia 14.
A procuradora regional da República e membro suplente da 2ª CCR, Mônica Nicida, contou que o Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Corrupção, Apropriação e Desvio de Verbas Federais nos Municípios foi criado a partir da percepção de que compartilhar experiências e disseminar boas práticas seria mais eficiente do que continuar a exercer um trabalho individual.
Mônica Nicida destacou também que, apesar de parecer evidente e banal a ideia de que a não-aplicação de verbas atinge diretamente os direitos humanos, não foi esse o enfoque que motivou o início do movimento internacional de combate à corrupção. Na verdade, ressaltou ela, o mote inicial foi o interesse de multinacionais norte-americanas que queriam garantir a concorrência no exterior, estendendo aos demais países a proibição de dar propinas a funcionários estrangeiros para obter grandes contratos.
Em sua apresentação, a procuradora regional da República Janice Ascari afirmou que o GT de Enfrentamento à Corrupção, do qual é coordenadora, foi criado em 2010 na perspectiva do uso do direito penal como instrumento de proteção dos direitos humanos e é formado apenas por procuradores regionais da República.
Atuação integrada - Já no início do GT, a Procuradoria Geral da República assinou um protocolo de atuação integrada com a Controladoria Geral da União. Além disso, tem realizado atuações conjuntas com outros órgãos de controle e fiscalização, como o Tribunal de Contas da União e a Polícia Federal. O foco do grupo são os convênios com prefeituras para a transferência de verbas federais.
“Há muitos convênios para os quais nem se prestam contas. Vamos chamar os prefeitos à sua responsabilidade criminal, para serem processados e julgados ainda no exercício do cargo, e, como consequência, enquadrá-los na Ficha Limpa”, explicou. O GT também tem como meta a atuação simultânea e coordenada entre as cinco Procuradorias Regionais da República, integração entre os três graus de atuação do MPF e interface com a improbidade.
Janice Ascari ressaltou que, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a corrupção custou ao Brasil entre R$ 50,8 bilhões e R$ 84,5 bilhões em 2010, ou seja, entre 1,38 a 2,3% do Produto Interno Bruto.
Procedimentos - Na primeira fase do trabalho, o GT pediu informações à CGU sobre convênios celebrados entre atuais prefeitos e os Ministérios da Saúde, da Educação e do Transporte sobre os quais não houve prestação de contas, o que somava mais de R$ 513 milhões. Em um segundo momento, foram incluídos também os Ministérios dos Esportes e das Cidades, e o GT recebeu dados de convênios com os cinco Ministérios, que totalizaram mais de R$ 180 milhões. Nessa fase, além da ausência de prestação de contas, foi ampliado o objeto para a tomadas de contas especiais e os relatórios de demandas especiais.
Segundo Janice Ascari, entre os problemas encontrados para a atuação do GT estão a ausência de norma que defina o prazo para a prestação de contas, a falta de regularidade na alimentação do Sistema de Gestão de Convênio (Sicov) e a ausência de sanções no caso de não-inserção desses dados.
Denúncias oferecidas - A coordenadora do GT afirmou que, até o momento, a PRR1 ofereceu 77 denúncias, com 11 recebidas e três rejeitadas, e a PRR3 ofereceu 5 denúncias, com uma recebida e uma rejeitada. Além disso, procedimentos de investigação estão em andamento em todas as PRR's.
Para a procuradora regional da República Raquel Branquinho, o GT trouxe um enfoque diferenciado ao trabalho dos procuradores regionais, que até então não tinham uma dinâmica de atuação proativa na investigação de crimes com prerrogativa de foro. “A gente atuava mais a reboque do trabalho de primeira instância, quando havia a remessa porque algum investigado detinha prerrogativa ou por denúncias esparsas, sem metodologia”, explicou.
Nessa perspectiva, complementa Raquel Branquinho, o membro do MPF pode evitar a prescrição atuando originariamente na investigação ou pela instauração de um inquérito policial direcionado para os fatos que ele já verificou e vão ter repercussão penal, e com as diligências que ache necessária, especialmente em relação à autoria.
A procuradora regional explicou como foram as etapas de atuação da PRR1, que possui grande abrangência territorial, nesse trabalho.
Ex-prefeitos - Também presente no evento, o procurador da República José Godoy apresentou as diretrizes para a persecução de crime de responsabilidade de ex-prefeito. Além disso, destacou as dificuldades para esse trabalho, como a proximidade da prescrição e a dificuldade na juntada de provas, e citou as formas como os crimes chegam ao conhecimento do MPF, que é o caso dos relatórios da CGU, conclusão de processos do TCU e dos Ministérios concedentes, representações, denúncias anônimas e declínios de atribuição das PRR's.
Para José Godoy, é importante a integração com órgãos envolvidos na fiscalização da aplicação dos recursos e a existência de uma equipe de servidores integrados e motivados.
(informações da Assessoria de Comunicação da Procuradoria-Geral da República)
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Hora de rever as privatizações
Se outros efeitos não causar à vida nacional o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., suas acusações reclamam o reexame profundo do processo de privatizações e suas razões. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo.
Se outros efeitos não causar à vida nacional o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., suas acusações reclamam o reexame profundo do processo de privatizações e suas razões. Ao decidir por aquele caminho, o governo Collor estava sendo coerente com sua essencial natureza, que era a de restabelecer o poder econômico e político das oligarquias nordestinas e, com elas, dominar o país. A estratégia era a de buscar aliança internacional, aceitando os novos postulados de um projetado governo mundial, estabelecido pela Comissão Trilateral e pelo Clube de Bielderbeg. Foi assim que Collor formou a sua equipe econômica, e escolheu o Sr. Eduardo Modiano para presidir ao BNDES - e, ali, cuidar das privatizações.
Primeiro, houve a necessidade de se estabelecer o Plano Nacional de Desestatização. Tendo em vista a reação da sociedade e as denúncias de corrupção contra o grupo do presidente, não foi possível fazê-lo da noite para o dia, e o tempo passou. O impeachment de Collor e a ascensão de Itamar representaram certo freio no processo, não obstante a pressão dos interessados.
Com a chegada de Fernando Henrique ao Ministério da Fazenda, as pressões se acentuaram, mas Itamar foi cozinhando as coisas em banho-maria. Fernando Henrique se entregou à causa do neoliberalismo e da globalização com entusiasmo. Ele repudiou a sua fé antiga no Estado, e saudou o domínio dos centros financeiros mundiais – com suas conseqüências, como as da exclusão do mundo econômico dos chamados “incapazes” – como um Novo Renascimento.
Ora, o Brasil era dos poucos países do mundo que podiam dizer não ao Consenso de Washington. Com todas as suas dificuldades, entre elas a de rolar a dívida externa, poderíamos, se fosse o caso, fechar as fronteiras e partir para uma economia autônoma, com a ampliação do mercado interno. Se assim agíssemos, é seguro que serviríamos de exemplo de resistência para numerosos países do Terceiro Mundo, entre eles os nossos vizinhos do continente.
Alguns dos mais importantes pensadores contemporâneos- entre eles Federico Mayor Zaragoza, em artigo publicado em El País há dias, e Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia - constataram que o desmantelamento do Estado, a partir dos governos de Margareth Thatcher, na Grã Bretanha, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, foi a maior estupidez política e econômica do fim do século 20. Além de concentrar o poder financeiro em duas ou três grandes instituições, entre elas, o Goldman Sachs, que é hoje o senhor da Europa, provocou o desemprego em massa; a erosão do sistema educacional, com o surgimento de escolas privadas que só servem para vender diplomas; a contaminação dos sistemas judiciários mundiais, a partir da Suprema Corte dos Estados Unidos – que, entre outras decisões, convalidou a fraude eleitoral da Flórida, dando a vitória a Bush, nas eleições de 2000 -; a acelerada degradação do meio-ambiente e, agora, desmonta a Comunidade Européia. No Brasil, como podemos nos lembrar, não só os pobres sofreram com a miséria e o desemprego: a classe média se empobreceu a ponto de engenheiros serem compelidos a vender sanduíches e limonadas nas praias.
É o momento para que a sociedade brasileira se articule e exija do governo a reversão do processo de privatizações. As corporações multinacionais já dominam grande parte da economia brasileira e é necessário que retomemos as atividades estratégicas, a fim de preservar a soberania nacional. É também urgente sustar a incontrolada remessa de lucros, obrigando as multinacionais a investi-los aqui e taxar a parte enviada às matrizes; aprovar legislação que obrigue as empresas a limpa e transparente escrituração contábil; regulamentar estritamente a atividade bancária e proibir as operações com paraísos fiscais. É imprescindível retomar o conceito de empresa nacional da Constituição de 1988 – sem o que o BNDES continuará a financiar as multinacionais com condições favorecidas.
A CPI que provavelmente será constituída, a pedido dos deputados Protógenes Queiroz e Brizola Neto, naturalmente não se perderá nos detalhes menores – e irá a fundo na análise das privatizações, a partir de 1990, para que se esclareça a constrangedora vassalagem de alguns brasileiros, diante das ordens emanadas de Washington. Mas para tanto é imprescindível a participação dos intelectuais, dos sindicatos de trabalhadores e de todas as entidades estudantis, da UNE, aos diretórios colegiais. Sem a mobilização da sociedade, por mais se esforcem os defensores do interesse nacional, continuaremos submetidos aos contratos do passado. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo.
Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.
Desvendando o surto da ética seletiva da Rede Globo, Folha, Estadão, Veja e assemelhados.
Vídeo mostra de que forma a mídia, seja denunciando ou seja omitindo a corrupção, no fundo trabalha por seus próprios interesses; para beneficiar a velha política conservadora que ajudou a construir esse oligopólio midiático de bilionárias famílias ("brancas e de olhos azuis") que se lixam para o Brasil.
Um livro e suas lições
O que se aprendeu com esse episódio do livro "A Privataria Tucana" é que a chamada "grande imprensa" já não é mais tão hegemônica assim, tem grandes fissuras e fraquezas, embora ainda seja poderosa como arma dos grupos econômico e social dos quais faz parte.
Outra coisa é que não dá para esperar que ela aja de acordo com nada além dos seus próprios interesses, que são simplesmente negociar informações para quem pagar mais ou para que for amigo.
Jornalismo, hoje, é artigo raro. Um ou outro abnegado se dedica a ele - e sofre as consequências disso.
O episódio serviu ainda para mostrar que a internet já é uma mídia poderosa e que, muito em breve, será tão ou mais importante que todas as outras.
A mobilização para divulgar o livro e os resultados que esse movimento espontâneo apresentou são uma espécie de marco na internet brasileira.
Posso estar enganado, mas neste instante, muita gente que trabalha nos jornalões deve estar se reunindo para tentar entender o que se passou, para ver se eles realmente compreenderam o que é a internet e a sua força.
Tudo isso que estamos vendo pode dar em nada - aliás, é muito provável que, mais uma vez, os nossos ilustres políticos se entendam num grande acordo.
De qualquer forma, porém, um caminho foi descoberto. E ele parece conduzir a um destino cheio de esperança.
Crônicas do Motta
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