sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Brasil como alternativa




Mair Pena Neto, Direto da Redação

“A última coluna do ano é hora de fazer votos. Às vésperas de 2012, estamos mergulhados num mundo de incertezas políticas, econômicas, sociais e ecológicas. A crise causada pela falta de regras e irresponsabilidade do capital financeiro deixa o planeta à deriva. A Europa ruma para a recessão, os Estados Unidos se seguram nos títulos comprados pelos chineses, e as novas potências têm pela frente o desafio de chegar a níveis de desenvolvimento e de bem estar social que jamais proporcionaram a suas populações.

Este é o aspecto mais interessante, construtivo e animador. Se tomarmos o Brasil como referência, o país ganhou importância inegável no cenário mundial e tende a ser voz ativa em todos os fóruns internacionais. Tal protagonismo precisa ser aproveitado para a construção de uma nova agenda, desenvolvimentista e preocupada com o homem. Se o Brasil, ao lado de China, Índia e Rússia, passará a dar as cartas em algum momento, que seja com outro discurso, e não com a velha cantilena que levou os ditos países desenvolvidos ao córner.

A experiência brasileira dos últimos anos prova que o melhor caminho para enfrentar a crise é o crescimento. O Brasil atravessou os períodos mais críticos do abalo que sacudiu Estados Unidos e Europa apostando no seu mercado interno e renegando as prescrições de rigidez fiscal, causadora de retração e desemprego. O Brasil seria voz de Keynes em meio à selva monetarista que continua a não enxergar nada além de Chicago.”
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