sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Dia da Consciência negra



Do blog Vi o mundo de Luiz carlos Azenha.

SANTO DE CASA FAZ MILAGRE

MAIS VALE ACENDER UMA LUZ

QUE MALDIZER A ESCURIDÃO


Na Câmara Municipal, o clima de oba oba, discussão de matérias irrelevantes e de omissão diante de questões fundamentais para o bom funcionamento do município parece estar mudando , pelo menos um pouquinho. No debate sobre o Plano de Saneamento promovido pelo Partido dos Trabalhadores no último dia 13, a presença do vereador Rogério Frediani livrou a Câmara Municipal do vexame de completa omissão. Demonstrando a sua sensibilidade para os problemas locais, na terça feira, o mesmo Frediani trouxe de volta para Ubatuba a Sra. Maria Regina Filomena de Luca Miki, filha do Dr. De Luca, médico muito querido por todos aqueles que o conheceram quando vivo entre nós.

O motivo do convite e da homenagem prestada à Dra. Maria Regina foi a competência demonstrada por ela quando nomeada para exercer o cargo de Secretária de Segurança de Diadema, cidade do ABCD conhecida pelo seu alto índice de violência e de homicídios.

De acordo com seu relato, ficou sabendo de sua nomeação quando procurada pelos jornalistas para saber quais seriam a medidas a serem tomadas por ela. Lembra que se sentia completamente incapaz e sem qualquer experiência nessa área. O conhecimento e o reconhecimento de sua competência foram conquistados pelo seu trabalho na área de regularização fundiária.

Essa experiência levou-a a colocar como prioridade o mapeamento da cidade de maneira a identificar as áreas e horários de maior índice de violência. O mapa demonstrou que a violência e o crime cresciam onde o Estado não se fazia presente. Em bairros onde não havia equipamentos de lazer e de cultura, o único ponto de encontro eram os bares, onde o consumo exagerado de álcool e drogas era um dos fatores decisivos dessa violência. Suas vítimas eram jovens do sexo masculino, pobres e negros. Para implantar a limitação de horário dos bares no período noturno, o apoio dos evangélicos foi fundamental. Os que eram contra alegavam que haveria perda de empregos e diminuição da economia local. Apesar disso, apenas um vereador votou contra e nunca mais foi reeleito. O índice de homicídios despencou de 120 para 14 a cada 100 mil habitantes.. Com isso, a confiança dos empresários na segurança do município aumentou e a renda passou de 209 milhões para 600 milhões anuais.

Para conseguir a confiança da população e a sua adesão, foi necessário um trabalho fora do gabinete, no contato com a população, chegando-se a realização de mais de 100 audiências públicas no espaço de dez meses. O bens públicos colocados à disposição e ao uso da população, passou a ser gerenciado por essa mesma população como bens que a ela pertencem e que a ela cabe zelar. Como resultado dessa postura, diminuiu a depredação.

Para superar a falta de recursos foi necessária a parceria em projetos com as secretarias com mais recursos humanos e materiais – a educação e a saúde – para proporcionar equipamentos de lazer e cultura. Consciente de que a segurança é um direito da população e, respaldada pelos resultados alcançados, passou a lutar pela garantia de mais recursos para ampliar e dar continuidade as ações planejadas.

Os resultados positivos do trabalho ganharam divulgação mundial, ocasionando convites para apresentação da metodologia, inclusive para a Rainha da Inglaterra. Hoje, o trabalho passou do município para o âmbito federal devido ao fato da Sra. Regina ser uma das principais assessoras do Ministro da Justiça, Tarso Genro, e de fazer parte Conselho Mundial de Democracia e Combate às Drogas.

Concluindo a sua fala, a Sra. Regina agradeceu às pessoas que contribuíram para a sua formação e se colocou à disposição do município no que lhe for possível e de sua competência.

Cumpre lembrar que no início do primeiro mandato do Sr. Prefeito Eduardo César, tivemos entre nós parte da equipe do Projeto RAC – Redescobrindo o Adolescente na Comunidade, desenvolvido no Jardim Ângela, na cidade de São Paulo, e que também conseguiu reduzir muito a taxa de homicídios na região, tendo como um dos seus produtos a edição de um livro patrocinado pela Telefônica, no qual a equipe relata e analisa o desenvolvimento do Projeto.

Rui Grilo – ragrilo@terra.com.br

Maria Inês Nassif: O voto de Mello

Mello interrompeu escalada golpista
Do Valor Econômico
Voto decisivo contra Battisti ficou às claras
Maria Inês Nassif
19/11/2009


A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao pedido de extradição do ex-militante da esquerda armada Cesare Battisti, feito pelo governo italiano, marca o auge de uma escalada “autonomista” do tribunal, entendida não como exercício de autonomia na decisão judiciária em relação a pressões externas contra liberdades individuais e coletivas, mas como o exercício de um poder de Justiça que se sobrepõe aos demais poderes constituídos. O voto do ministro Marco Aurélio Mello, que na semana passada empatou a votação do plenário – desempatada ontem, contra Battisti, pelo voto do presidente do tribunal, Gilmar Mendes -, é um alerta sobre essa escalada. Para Mello, a invasão do STF à seara do governo federal, em uma decisão sobre política externa, remete “à pior ditadura, a do Judiciário”, porque é uma ação inconstitucional praticada pelo tribunal cuja maior prerrogativa constitucional é a de zelar pela Carta Magna.


Mello foi definitivo: “Compete privativamente [ao presidente da República] manter relações com Estados e seus representantes diplomáticos, celebrar tratados internacionais”; “o Supremo não há de substituir-se ao Executivo, adentrando seara que não lhe está reservada constitucionalmente e (…) simplesmente menosprezando a quadra vivenciada à época na Itália e retratada com todas as letras na decisão proferida”, continuou.


O voto do ministro Marco Aurélio Mello foi importante não apenas porque ele nadou contra uma corrente muito forte de opinião pública, mas porque despiu o julgamento do conteúdo excessivamente politizado, no mau sentido, a que foi submetido. O movimento para que o governo brasileiro entregue Battisti ao governo italiano veio repleto de dogmas. O processo de extradição foi empacotado por máximas sobre as quais não se admitiu questionamento – e que, tomadas em separado, mostram o seu inegável caráter ideológico. Abaixo, algumas delas:


1) O governo brasileiro é destituído de qualquer discernimento jurídico que lhe permita decidir contra o saber jurídico italiano, que condenou o ex-militante à prisão perpétua;


2) O Judiciário brasileiro, depositário do monopólio do saber jurídico nacional, não pode se opor ao governo italiano porque isso seria se negar como depositário desse saber;


3) um poder que tem o monopólio do conhecimento jurídico não apenas tem legitimidade, mas deve se precaver contra ações desatinadas de um Poder Executivo escolhido pelo voto – e o voto, que emerge igualmente de letrados e iletrados, não raro precisa de correção;


4) jamais um ministro da Justiça do governo Lula, sem pedigree jurídico (que o ministro Márcio Thomaz Bastos, por exemplo, tinha), mas cuja carreira é política, poderia se contrapor a um movimento ilustradamente jurídico – Tarso Genro fez isso e, além de não ter pedigree, ele veio maculado por uma militância na esquerda radical nos nossos anos de chumbo;


5) Battisti não andou na seara dos confrontos políticos – e tirar os supostos (sim, supostos, pois o italiano alega inocência e um julgador não pode simplesmente desprezar isso) crimes do âmbito político é fundamental para deslegitimar o asilo político concedido pelo governo brasileiro e também para “despolitizar” os graves conflitos ocorridos na Itália dos anos 70, já conhecidos pela história como “anos de chumbo” deles.
Mello desconstruiu esses dogmas, a começar pelo mais importante deles na formulação dos argumentos políticos e jurídicos a favor da extradição, a de que Battisti não cometeu crimes políticos, e sim comuns. O ministro disse que a configuração do crime político era “escancarada” – e em favor de sua tese citou as próprias pressões do governo italiano para o governo brasileiro extraditar Battisti. “Assim procederiam, se na espécie não se tratasse de questão política?

Seria ingenuidade acreditar no inverso do que surge repleto de obviedade maior”, disse o ministro. “Façam justiça ao ministro Tarso Genro, cujo domínio do direito todos conhecem”, continuou Mello, que ainda pediu ao plenário para reconhecer o “momento histórico” vivido pela Itália na época dos fatos e, mais do que isso, até a admitir que as acusações contra o ex-militante podem não ter fundamento. “As acusações não buscam esteio em provas periciais, fundamentando-se em uma testemunha de acusação”, disse. Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país com base no instituto da delação premiada, e foi acusado pelos três militantes do grupo político a que pertencia e que eram os apontados como responsáveis por esses crimes. Battisti já estava foragido.


O julgamento final do ex-militante italiano pelo STF estava em andamento no fechamento desta coluna. O ministro Gilmar Mendes proferiu o voto da forma como era esperado que fizesse: atendendo ao pedido do governo da Itália, pela extradição de Battisti. Conforme também era esperado, não aceitou a janela aberta no voto de Mello, para que transformasse em “autorizativa” a decisão de extradição. Mendes decidiu que o STF é competente inclusive para decidir a extradição do ex-militante italiano. Independente da decisão final do plenário do Supremo, a posição do ministro Marco Aurélio Mello teve o poder de destituir de um caráter pretensamente neutro o voto de desempate dado contra o asilado. As coisas pelo menos ficam mais claras dessa maneira.

Yes, nós temos Fernando Lugo



Do blog A P L

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PSDB é prejudicial ao País que sonhamos e queremos

Em 11 de março de 1999 toda a região Sudeste/Sul/Centro-Oeste do Brasil ficou no escuro com um apagão de proporção escatológica. O país ficou no escuro por mais de 4 horas.Se iniciava a crise do apagão de energia.

O início do blecaute se deu às 22h16min em uma subestação de energia elétrica da CESP localizada no município de Bauru, SP. Atingiu mais 50 milhões de pessoas em dez estados brasileiros das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, juntamente com o Distrito Federal, o Acre, na região Norte, e parte do Paraguai. Teve fim às 3h39min de sexta-feira, 12 de março de 1999, quando a energia foi restabelecida em São Paulo.

A versão oficial do acontecimento, diz que o apagão foi causado pela queda de um raio na subestação de Bauru. Porém, foram realizados estudos meteorológicos que comprovaram que não houve tempestade de raios na região no dia 11 de março.

O Ministério de Minas e Energia admitiu que havia redução dos níveis de segurança e manutenção da subestação

Transtornos nas cidades

Durante o blecaute, houve caos no trânsito de grandes metrópoles do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Muitas pessoas foram assaltadas nessas cidades e hospitais ficaram sem luz

Em São Paulo, a polícia saiu às ruas para evitar arrastões. Os trens urbanos e metrôs ficaram parados por quase uma hora, deixando seus passageiros presos. Os aeroportos de Congonhas, na capital paulista e Cumbica, em Guarulhos, ficaram totalmente sem luz, túneis foram fechados, os 4.700 semáforos deixaram de funcionar e os hospitais funcionaram precariamente.

Em Porto Alegre, a linha de trens urbanos Trensurb ficou paralisada. Os maiores transtornos no trânsito da capital gaúcha, ocorreram nas avenidas Goethe e Ipiranga. Uma partida de futebol entre Grêmio e ABC, no Estádio Olímpico, também foi paralisada com a falta de luz e terminou em empate (3x3)

Com o apagão, muitas emissoras de televisão brasileiras que não contavam com geradores saíram do ar. As emissoras que tinham gerador não puderam ser assistidas durante quatro horas nas cidades onde a energia não pôde ser restabelecida pelas companhias elétricas locais. Em função disso, a Rede Globo, que transmitiu ao vivo em seu Plantão as imagens de São Paulo direto do Globocop, exibiu, no dia seguinte, dois capítulos seguidos da minissérie brasileira Chiquinha Gonzaga, que não foi ao ar em consequência do blecaute.

Nos dias seguintes, o apagão foi assunto nos principais telejornais do país. Na Rede Globo, os programas Domingão do Faustão e Casseta & Planeta, Urgente! fizeram sátiras do acontecimento (Apagão do Faustão e Apagão do Casseta).

No Rio Grande do Sul, o blecaute não atingiu apenas a região central do estado, que possuía geração própria de energia elétrica. As regiões Norte, com exceção do Acre, e Nordeste do Brasil também não foram atingidas.


O escândalo do apagão

Dois anos após o blecaute de 1999, houve o que foi conhecido como escândalo do apagão. Para evitar que se repetisse o que aconteceu em 1999, foi organizada uma grande campanha de racionamento de energia elétrica. Era recomendado que se economizasse luz, principalmente no horário de pico.

O escândalo do apagão foi uma crise nacional, que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica. Ocorreu nos dois últimos anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2001 e 2002, sendo causado por falta de planejamento e investimentos em geração de energia. "Apagão" é um termo que designa interrupções ou falta de energia elétrica freqüentes, de maior duração.

No início da crise levantou-se a hipótese de se tornasse necessário fazer longos cortes forçados de energia elétrica em todo Brasil. Estes cortes forçados, foram apelidados de "apagões" pela imprensa.

Na época, havia grande possibilidade de ocorrer apagões no país, sobretudo nas grandes cidades. A aplicação desses cortes — que produziriam severas perdas na economia brasileira — pôde ser evitadacom uma campanha por um racionamento voluntário de energia. Fonte Wikipédia

Racionamento de energia

A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a pagar duas novas tarifas em sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas somaram mais de R$ 22,5 bilhões.


Por: Helena™ . Do blog A P L

PPS paga mico

O oposicionista PPS, do pernambucano Roberto Freire, colocou em seu site uma enquete perguntando se os internautas acreditam "na versão oficial do governo para o apagão".

Até o início da tarde de ontem, a opção que vencia com folga, com 46% dos votos dos internautas, era: "Sim, porque eu acredito em tudo que o governo diz".


Do blog A P L

O dever ético de informar o segundo filho oculto de FHC

Jornalistas sérios que julgaram impróprio noticiar o filho rico de FHC com a reporter da Globo, acreditando estar preservando as famílias envolvidas, podem ter cometido a maior injustiça com o lado mais fraco da história: outra família pobre, prejudicando muitos anos da vida de um jovem.

O jornalista Claudio Humberto publicou que a ex-empregada doméstica Maria Helena afirma que tem um filho do ex-presidente de nome Leonardo, de 20 anos.

Muitos questionam a credibilidade de Cláudio Humberto, e eu também, mas a história dá nomes aos bois. Cláudio Humberto não se limita a "atacar" FHC. Ele dá voz à versão de uma ex-empregada doméstica.

Há como confirmar ou desmentir. Basta qualquer jornalista de Brasília, de qualquer jornal correr atrás, em vez de cruzar os braços por 18 anos com fizeram com Miriam Dutra.

Fernando Henrique Cardoso tem poder de calar a imprensa por 20 anos. E tem espaço na mídia do Brasil inteiro para contar sua versão e desmentir, se for mentira.

Maria Helena não tem. Ética jornalística é também dar voz ao lado mais fraco.

Maria Helena mora em uma casa modesta no entorno do Distrito Federal, e Leonardo trabalha como auxiliar de serviços gerais, um emprego modesto.

Em quantas redações ela bateu e ninguém publicou? E se apenas Cláudio Humberto deu voz à ela?

Vamos ficar em silêncio, esperando Leonardo se aposentar como auxiliar de serviços gerais, enquanto os demais filhos de FHC desfrutam da melhor educação, das melhores oportunidade de emprego, e de sua herança, enquanto a imprensa mantém a privacidade de FHC?

Aparentemente Maria Helena foi enrolada, e, mal-informada, aceitou cala-bocas muito inferiores à uma pensão decente e condizente com o padrão de vida de FHC e que seu filho Leonardo merecia. Com isso seu filho não teve as mesmas oportunidades e assistência que o filho rico teve.

Quando explodiu a notícia de que FHC tinha um outro filho não reconhecido, que foi criado na Europa, quando soube que o ex-presidente participou da formatura de Tomas no Imperial College, em Londres, e que neste ano Tomas mudou para os EUA para estudar Relações Internacionais na George Washington University, o que se passou na cabeça de Maria Helena comparando com a vida de seu filho Leonardo?

Imagino que qualquer mãe sentiria que seu filho foi injustiçado, preterido. E procuraria reparar a injustiça, garantindo os mesmos direitos e oportunidades que os outros filhos tiveram.

Lute, Maria Helena! Defenda o melhor para seu filho!
Exija o que é seu, Leonardo! Você tem direito a mesma educação, oportunidades e herança que os demais filhos de FHC tiveram.

Os jornalistas de bem que silenciaram ficam com essa dívida na consciência para com Leonardo.

Ao proteger a imagem de FHC, Ruth Cardoso, Miriam Dutra, prejudicaram a educação de Leonardo, e muitos anos de sua vida e de Maria Helena.

Essa história muda o paradigma sobre os limites da privacidade de um homem público. Se for poderoso, ele tem força suficiente para cometer injustiças contra o lado mais fraco, e oprimir uma Maria Helena de reivindicar seus direitos.

A blogosfera não pode cometer o mesmo erro que a imprensa. Não há exploração eleitoral no fato porque FHC não é mais candidato a nada, e nem Aécio, nem Serra são os pais da criança.

É preciso divulgar para desentocar essa história, porque nem FHC, nem a imprensa tem crédito para merecer um voto de confiança.

No que depender da imprensa e da palavra de FHC, só daqui a mais uns 18 anos saberemos. A verdade liberta. Se for mentira confirmada, como um exame de DNA, publica-se o desmentido.

Nós da blogosfera e jornalistas de bem, até se tivermos que correr o risco de errar para um lado ou para outro, precisamos escolher risco de errar em favor do lado mais fraco e não do opressor.

Por: Zé Augusto do blog A P L

Doze regras.

Assinado apenas por "Paulo Cesar", encontramos o texto abaixo na caixa de comentários do excelente blog RS Urgente. Diz o comentarista tratar-se de uma adaptação de um texto em francês, de autoria desconhecida. Pela sua pertinência, resolvemos reproduzi-lo aqui.
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Doze Regras de Redação da Grande Mídia Internacional Quando a Notícia é do Oriente Médio
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Regra Um - No Oriente Médio, são sempre os Árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.
Regra Dois - Os Árabes, Palestinos ou Libaneses não têm o direito de matar civil. Isso se chama "Terrorismo".
Regra Três -Israel tem o direito de matar civil. Isso se chama "Legitima Defesa".
Regra Quatro - Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional".
Regra Cinco - Os Palestinos e os Libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso se chama "Seqüestro de Pessoas Indefesas".
Regra Seis - Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos Palestinos e Libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10.000, dos quais 300 são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos Palestinos. Isso se chama "Prisão de Terroristas".
Regra Sete - Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatório a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".
Regra Oito - Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiada e financiada pelos Estados Unidos". Isso pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo existencial.
Regra Nove - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "Territórios Ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações de Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".
Regra Dez - Tanto os Palestinos quanto os Libaneses são sempre "covardes" que se escondem entre a população civil, a qual "não os quer". Se eles dormem em suas casas com as sua famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso chama "Ações Cirúrgica de Alta Precisão".
Regra Onze - Os Israelenses falam melhor o Inglês, o Francês, o Espanhol e o Português que os Árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidade do que os Árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama de "Neutralidade Jornalística".
Regra Doze - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são "Terroristas Anti-Semitas de Alta Periculosidade".
Postado por Cloaca News às 23:20:00

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dilma é a estrela do programa do PSDB e Serra foge de mostrar a cara criticando



Vocês viram as inserções do programa do PSDB criticando o blecaute?

Diferente do dia seguinte, quando Serra apareceu criticando no Jornal Nacional, nem Serra, nem Aécio aparecem.

Não tiveram coragem de aparecer batendo de frente com o governo Lula e nem sequer da aparecer com a própria cara criticando com a própria voz a Ministra Dilma Rousseff.

Colocaram uma narração dizendo que o blecaute provocou falta de água (só não disseram que isso acontece onde as empresas de água como a SABESP de José Serra não investe em geradores, reservatórios bem dimensionados e sistemas de proteção elétricos), adiou cirurgias em hospitais, e bla, bla, bla, para depois perguntar onde estava Dilma para explicar (com a foto de Dilma ao fundo), daí mentiram com propaganda enganosa, dizendo que o governo queria encerrar o assunto sem explicar à população. E no fim o "gênio" do marqueteiro me sai com essa pergunta:

"Até quando a população vai ficar no escuro?"

O "gênio" usou a pergunta no sentido de perguntar até quando a população vai ficar sem explicação, mas pode induzir muitos telespectadores que não prestam tanta atenção a se perguntarem:

"Como tucano é burro: faz uma propaganda na TV para quem está sem eletricidade no escuro, mas a TV só funciona para quem está com eletricidade já funcionando!"

Propagandas em meios de comunicação de massa não devem gerar mensagens confusas como esta acima.

Mas mesmo quem entendeu o que o publicitário quis dizer, já viu o presidente Lula falando na TV que o governo mandou apurar. No noticiário diz que houve reunião das autoridades do setor elétrico hoje (17), e por fim induz o eleitor a prestar atenção na explicação do governo na hora em que apresentar à população o relatório final da ocorrência, chamando atenção para as explicações do que o governo está fazendo em infra-estrutura de energia no Brasil.

Fariam melhor se não tivessem colocado a pergunta no final.

A única personalidade política que aparece no programa é a ministra Dilma, obviamente sendo criticada, e de forma mentirosa, dizendo que ela não se manifestou.

Uma parente que estava em casa e viu o comercial (não se interessa muito por política) me perguntou:

"Porque a Dilma é quem tem que explicar?"

Eu ri e expliquei: por causa dela ser a candidata do Lula à presidência, os adversários estão querendo colocar culpa nela por qualquer coisa, por mais absurdo que seja, já que ela é ministra e está no governo.

Os tucanos não entendem a alma popular. A maioria das pessoas compreendem que quando falta luz são as empresas de eletricidade é que tem que explicar primeiro, e numa empresa de eletricidade, obviamente são técnicos eletricistas e engenheiros que sabem explicar o assunto.

Agora eu fico pensando o que se passou na cabeça de um certo eleitorado feminino, avesso a tarefas como mexer com eletricidade, trocar carrapetas, etc, assistir essa propaganda, sentindo como se os tucanos quisessem que Dilma resolva instalações elétricas como se fosse eletricista.

Por isso tenho certeza de que o marqueteiro tucano é homem e tosco, e nem deve ter mulher na equipe. Além de não entender a alma popular, também não entende a alma feminina. Senão teria endurecido na propaganda contra Dilma, mas sem perder a ternura jamais.

Do blog A P L Por: Zé Augusto

A Cesar o que é de Serra; e a Putin...




Do blog O escrevinhador


No Brasil, há gente disposta a travar o caminho de nosso Vladimir Putin

A Catia Seabra fez o trabalho dela. A repórter da "Folha" viu a entrevista de Cesar Maia no IG. Cesar Maia (ex-prefeito carioca, liderança importante do DEM, que é aliado dos tucanos) chamou José Serra de "caudilho". A Catia ligou pro Cesar Maia, que confirmou tudo, e ainda acrescentou:

"O Serra diz que quer ser candidato, que será candidato, que pode ser candidato, e o partido parece não ter nada a ver com isso. É um populismo descarado. Lembra os piores caudilhos. Um caudilho do passado apontava o dedo para o candidato. Agora o próprio candidato aponta o dedo para si".

Ora, isso é um fato relevante. Deveria, no mínimo, ser manchete. O que a "Folha" fez na edição impressa? Botou a notícia sem destaque, na página A-9. No alto da página, havia uma matéria sobre petistas (ligados a "Mensalão", segundo a "Folha"), e que tentam voltar à direção do partido.

O que tem mais relevância? Pensem bem. Imaginem se o líder do PSB, por exemplo, dissesse que a Dilma era autoritária, caudilha? Isso não virava manchete?

O episódio mostra duas coisas:

- a "Folha" segue fiel ao Serra;

- a "Folha" e a Globo talvez sejam os últimos bastiões de Serra.

Cesar Maia não falou o que disse num "rompante". É um movimento calculado. Há um mês, foi o filho dele que mandou recado. O DEM prefere Aécio. Menos o Kassab, que atrelou seu futuro a Serra. Mas o DEM, fora de São Paulo, prefere Aécio.

Serra pode insistir na candidatura. Terá contra ele boa parte do DEM. E terá a má-vontade de Aécio, que vai fingir que apóia Serra, mas vai encostar o corpo - entregando Minas a Dilma.

De outro lado, imaginem se Serra desistir. Aécio terá os votos (e o empenho) dos tucanos de São Paulo? Dificil. Por isso, o mineiro precisa de uma decisão logo.

Ele tentará se cacifar como o pós-Lula. Tentará vender, para a elite brasileira, a idéia de que pode ser um presidente "pacificador". Pra isso, precisa de tempo. E não pode virar candidato como "regra três" - depois de Serra desistir.

Serra, dizem até muitos tucanos, é pior do que os caudilhos. Serra é um Putin. Serra pede a cabeça de jornalista que faz pergunta de que ele não gosta.

Qualquer jornalista com 3 meses de experiência em São Paulo sabe que Serra pede cabeças.

Atualmente, a cabeça que ele quer é a cabeça de Aécio. A cabeça de Cesar Maia também corre risco.

O problema não é o Rodoanel que despenca. O problema são os apoios que não aparecem. Mais que isso: o DEM perdeu o medo de dizer que não quer Serra.

Daqui a pouco aparece um filho fora do casamento do Cesar Maia. Ou um jornalista pra dizer que Cesar bateu na mulher. Mas isso é problema deles: eles que são demo-tucanos que se entendam.

O que interessa anotar é que Putin (apesar do esforço da "Folha" pra esconder o fato) está em dificuldades. E nessas horas ele fica mais perigoso... Aí somos todos nós que corremos risco.

Aqui, a matéria da Catia Seabra sobre o ataque de Cesar Maia a Serra - http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u653498.shtml.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A "excelência gerencial" dos tucanos

por Luiz Carlos Azenha

Minha teoria é de que a Folha de S. Paulo e O Globo cumprem o papel de produzir as manchetes que serão usadas contra Dilma na propaganda eleitoral do PSDB.

Ponto para a minha teoria, depois dos anúncios do PSDB que foram ao ar ontem à noite, atacando a atuação de Dilma no apagão: todas as manchetes mostradas na TV eram da Folha de S. Paulo.

O problema é que a teoria da excelência gerencial dos tucanos esbarra em alguns fatos básicos: a cratera do Metrô, o desabamento do Rodoanel e, acima de tudo, o trânsito caótico de São Paulo.

Hoje, por exemplo, a cidade parou. Talvez José Serra conte com o fato de que, depois do caos no trânsito que vai nos acompanhar até o Natal, com a inauguração da reforma da Marginal do Tietê o trânsito em SP vai melhorar, pelo menos no período eleitoral.

Nesse caso seria importante lembrar a promessa de Geraldo Alckmin, o governador tucano, sobre as enchentes no rio Tietê. O fim das enchentes chegou a ser anunciado em placas. Até que novas enchentes aconteceram.


Comentário do Aguinaldo: "O fim das enchentes chegou a ser anunciado em placas. Até que novas enchentes aconteceram" ... e levaram as placas.........

País supera a marca de 1 milhão de empregos criados em 2009

O Brasil gerou 230.956 mil novos empregos formais em outubro, e ultrapassou a marca de 1 milhão de postos de trabalho criados em 2009, informou nesta segunda-feira (16) o Ministério do Trabalho. Com o resultado deste mês, o saldo acumulado de novos empregos já totaliza 1.163.607. O resultado de outubro foi fruto da diferença entre 1.433.915 admissões, contra 1.202.959 demissões.

No levantamento apresentado mês passado, os números referentes a setembro - 252,617 mil novos empregos - representaram um recorde no ano e o maior desde setembro de 2008 (282,841 mil).


Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi o melhor outubro da história no número de vagas criadas. A exemplo do que ocorreu em setembro, o setor da indústria de transformação, com 74.552, foi a principal responsável pelo crescimento de postos de trabalho no mês. Até agosto, o setor que mais vinha gerando emprego no Brasil este ano era o de serviços.

País vai gerar 2 milhões de empregos em 2010, diz Lupi

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, previu hoje que, em 2010, serão gerados 2 milhões de empregos formais no Brasil. Se a marca for atingida, este será o maior número de geração de empregos em um ano na história do País. "Temos que ter crença na economia nacional e temos que acabar com o complexo de ser pequeno", afirmou o ministro, que previu que o setor de serviços continue sustentando a geração de empregos no Brasil.

Por: Helena™ .

José Serra tentou fazer obra um dia antes do acidente

Um dia antes do acidente no Rodoanel, o governo de São Paulo-José Serra(PSDB)- tentou fazer obras no viaduto que vai passar sobre a rodovia Régis Bittencourt sem autorização da concessionária que administra a estrada.

Três das quatro vigas de mais de 80 toneladas cada uma instaladas no viaduto em obras caíram sobre três carros que passavam pela Régis. Três pessoas ficaram feridas.

O acidente foi na sexta-feira, 13. Na quinta-feira, funcionários das empreiteiras que fazem as obras, da Dersa (estatal que gerencia as obras) e policiais rodoviários federais interditaram a Régis para completar a instalação das vigas.

As empreiteiras e a Dersa tinham autorização para ocupar parte das pistas de 7 a 10 de novembro (de sábado até terça) para instalar dez vigas no viaduto. Mas, por problemas com chuva, quebra de um guindaste e rachadura em uma das vigas, só foram instaladas quatro.

O Estado-- a Folha não dá nome do Estado, que no caso é José Serra- quis continuar as obras, mas a concessionária que administra a rodovia só havia permitido a volta dos guindastes no sábado, dia 14.

A obra previa a instalação de cinco vigas em cada lado do viaduto. Segundo técnicos, o normal é que todas as vigas de uma mesma estrutura sejam instaladas na sequência, pois elas são amarradas umas às outras.

A falta da amarração final, que fixa as cinco vigas na estrutura, pode, na opinião de técnicos, ter sido um dos fatores para o acidente, pois a região é sujeita à trepidação causada pelo movimento da Régis.

Como não havia autorização para as interdições na quinta-feira, um funcionário da Autopista Régis Bittencourt, empresa do grupo espanhol OHL que administra a rodovia, registrou um boletim de ocorrência contra as empreiteiras e a Polícia Rodoviária Federal.O objetivo do registro da ocorrência era a preservação dos direitos da Autopista em casos de acidente. As obras não chegaram a ser feitas

O Rodoanel está previsto para ser inaugurado em 27 de março, dias antes do prazo para o governador José Serra (PSDB) deixar o cargo caso se candidate à Presidência.O cronograma foi antecipado em um mês.

O governo e as empreiteiras não explicaram por que tentaram antecipar em dois dias as obras no viaduto do acidente.(Para quem assina a Folha)


OUTRA OBRA DO JOSÉ SERRA JÁ TEVE PROBLEMA NESTE ANO

As obras de ampliação da marginal Tietê, uma das três obras da Dersa na região metropolitana de São Paulo, já tiveram problema neste ano. Em 29 de junho, uma retroescavadeira rompeu uma tubulação de gás natural. O acidente interrompeu parte da via e causou a evacuação de um prédio. O diretor de engenharia da Dersa, Paulo Vieira de Souza, disse que houve falha humana. "O projeto que nós tínhamos na mão não

Metrô e Fura-Fila


A OAS participa da construção da linha 4-amarela do metrô de São Paulo, onde a futura estação Pinheiros desabou em 2007. O acidente matou sete pessoas.A Carioca Engenharia participou da ampliação do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila) até a Vila Prudente, onde um viaduto em construção tombou no ano passado.

Kassab aumenta IPTU em até 60%






O prefeito Gilberto Kassab (DEM) decidiu aumentar em até 60% o IPTU dos imóveis comerciais em São Paulo em 2010. Para os residenciais, o reajuste será de até 40%. O prefeito definiu os valores no fim de semana. De acordo com Kassab, independentemente do novo valor venal dos imóveis residenciais, o reajuste máximo será de 40% em 2010. Ele chama isso de "trava".


Por: Helena™

Teorias: por que FHC reconheceu o filho agora?





Não devemos ficar reféns de teorias conspiratórias.

Mas é preciso levar em conta que teorias conspiratórias existem porque... conspirações também existem.

Nos anos 80, na Universidade, havia gente meio paranóica que acreditava ver "agentes infiltrados do SNI" em cada assembléia estudantil. A maioria ria daquilo: "agente do SNI tem mais o que fazer", respondíamos. Muito tempo depois, soube por um amigo que havia mesmo um agente do SNI na USP - em pleno governo Sarney, com a Constituinte já em andamento...

Lembro disso, agora, porque muita gente tem perguntado a este "Escrevinhador": por que FHC resolveu reconhecer agora o filho de 18 anos, que teve fora do casamento? Por que a "Folha" resolveu publicar a notícia, se todo mundo jornalístico já a conhecia há pelo menos uma década?

Há várias teorias:

1) Fator Serra. Depois do manifesto do Dia dos Mortos (contra Lula), FHC passou a ser visto como "opção" de candidatura presidencial pelo PSDB. Era como se FHC tivesse mandado dizer: Serra, não faz muita onda, não. Se demorar pra decidir, eu decido e saio candidato. Curiosamente, uma semana depois do "manifesto", a história do filho de FHC chega à imprensa. Seria um contra-ataque de Serra? Na mesma linha do (suposto) tapa de Aécio na namorada. Serra estaria mostrando as garras aos adversários? Essa é a mais "conspiratória" das teorias. Até porque é preciso levar em conta que pouca gente leva a sério a possibilidade de uma candidatura fernandista. No PSDB, todo mundo sabe que seria uma candidatura para perder. Ainda assim, como a questão envolve Serra, nada pode ser descartado..

2) Fator paternidade na marra. O filho Thomaz acabou de fazer 18 anos. Até agora, as ações dele dependiam da mãe, a jornalista da Globo Miriam Dutra (que, ao que parece, foi bem recompensada para manter-se discreta; sem dizer que pode mesmo ser alguém de boa índole, que não queira expor o filho a um escândalo nacional). A partir de agora, o filho mesmo poderia partir para uma ação de reconhecimento de paternidade. Já imaginaram o escândalo? Por essa teoria, a atitude de FHC teria sido preventiva: reconheceu antes para evitar um estrago maior depois.

3) Fator denúncias contra o PT. Essa é a teoria já exposta no blog do Eduardo Guimarães - http://edu.guim.blog.uol.com.br/. A idéia é que a (ex) grande imprensa já teria na mão dossiês contra Dilma. Revelar, agora, o filho fora do casamento de FHC seria uma forma de mostrar "isenção". Na hora que aparecesse denúncia contra Dilma, ninguém poderia acusar a mídia de perseguir o PT. A diferença é que Dilma é candidata em 2010, e FHC só teve o filho revelado 8 anos depois de sair do poder.

Qual a sua teoria?

Não acredito em conspirações. mas que elas existem, existem.

Do blog O escrevinhador.

"O Globo" esconde apagão do Rodoanel

Se o PT governasse o Estado de São Paulo, como governou a capital, o desabamento do viaduto do Rodoanel do Serra e o fato de que o TCU apontou "79 irregularidades graves" seriam assunto de primeira página durante duas semanas, pelo menos.

Entretanto, O Globo é um dos principais veículos das Organizações Serra e, desse modo, o desabamento do viaduto do Rodoanel do Serra e as 79 irregularidades foram para a página 4.

Na primeira página, o desabamento só apareceu no sábado e mesmo assim com um espaço mínimo - quase imperceptível - com o ridículo título "SP: Vigas caem sobre carros no Rodoanel", remetendo para a página 14, região onde poucos têm fôlego para chegar.

O governo do Estado de São Paulo, juntamente com a prefeitura da capital, promovem, diariamente, um dos maiores apagões de trânsito do planeta e isso nunca é assunto nos veículos das Organizações Serra.

Passará a ser assunto se o próximo governador for do PT ou de aliado.

Além disso, nada de fotos porque fotos podem mostrar aquilo que o texto esconde: a gravidade do acidente, ainda que não tenha tido vítimas fatais. Entre no Google e coloque lá "desabamento viaduto Rodoanel" e constatará que não há imagens sobre o acidente.

Praticamente, só existe esta foto do acidente, que utilizo em todos os posts sobre o assunto.

Como diz o Bóris Casoy - mas não para os apagões do Serra ou do Kassab - "É uma vergonha!"

Postado por Augusto da Fonseca no FBI - Festival de Besteiras na Imprensa

Para entender Dilma

Será Filoctetes a chave para entender a ministra Dilma?


É possível que Lula tenha tido um lampejo profético

FÁTIMA OLIVEIRA, n'O Tempo

Médica - fatimaoliveira@ig.com.br

A ministra Dilma Rousseff exibiu o mais cristalino estilo Maria Moura ao falar sobre o incidente elétrico (blecaute) de Itaberá. Um brilho só! Foi curta e finalizadora: "Uma coisa é blecaute. Ninguém pode prometer que não haverá interrupção. O que nós prometemos é que não haverá mais racionamento neste país". No popular: blecaute é interrupção passageira e racionamento é barbeiragem!

Todavia, foi mais educada do que aluna do Sacre Coeur. Não indagou por que o Serra não acionou o sistema anti-blecaute, de sua total responsabilidade. O que deu em Dilma para usar tanta educação desnecessariamente? São Paulo não ter ilhado o blecaute pode se revelar um tiro no pé do Serra. É só manejar bem. As hostes tucanas montaram o seu "Incidente em Antares", onde sobram mortos insepultos.

Instigada, decidi ler sobre a ministra, que ainda não ganhou o meu voto, buscando luzes sobre a personalidade que a conforma e entender por que ela foi ungida presidenciável petista por Lula, coisa que não dei conta até hoje, a despeito de um mundaréu de senões na seara petista e na base aliada. Talvez Sófocles explique.

Considerando a performance altiva e firme da ministra no incidente Itaberá, estou sendo convencida, aos poucos e aos trancos e barrancos, de que é possível que Lula tenha tido um lampejo profético. A história dirá. Um dos achados, que apreciei muito: "Além da literatura, Dilma adora artes plásticas. A ponto de dizer: ‘Só tenho uma tristeza na vida: não tenho o menor talento. Já tentei pintar, mas talento você tem ou não. E eu não tenho’". Não tem talento, mas tem sensibilidade. Copenhague dirá.

Não sei, apenas intuo. Talvez a chave para auscultar a presidenciável esteja em Filoctetes, filho do rei Peante, um dos argonautas, arqueiro grego, um dos pretendentes de Helena de Troia e personagem da "Ilíada" e de "Odisseia" que no caminho para a guerra foi picado no pé por uma cobra. A ferida infectada exalava um odor pútrido e doía muito, provocando gritos, que eram insuportáveis para seus companheiros, os aqueus, que o abandonaram na ilha de Lemnos, no Egeu Setentrional.

"Filoctetes", de Sófocles, consta de 1.471 versos que abordam "três figuras que encarnam questões morais, sociais e educativas - Filoctetes, Ulísses e Neoptólemo; o confronto entre os dois primeiros para aliciar para a sua esfera de influência o terceiro". Versa sobre "a tragédia do homem solitário que a ingratidão, a deslealdade e a injustiça lançaram numa ilha deserta e a sua perda de ternura em dez anos de solidão", demonstrando "o confronto entre três personalidades díspares, regidas por diferentes códigos morais".

"Filoctetes" é a única das conhecidas tragédias gregas sem personagens femininos. Outras singularidades de "Filoctetes": ao ser exibida pela primeira vez, ganhou o concurso de tragédias nas Dionísicas Urbanas de Atenas (ano 409) - famosa festa religiosa em homenagem ao deus Dionísio, que durava seis dias e marcava a chegada da primavera. Sófocles estava com 87 anos nessa época.

A psiquiatra Vera Stringuini, amiga da ministra, declarou: "A Dilma se apaixonou por ‘Filoctetes’, de Sófocles". A ministra disse que "A peça é uma obra-prima" e que "Filoctetes era um chato de galochas. Reclamava o tempo inteiro que a perna estava ferida. Largá-lo na ilha é uma solução dentro de uma ética que não é a judaico-cristã. A ética grega não é boazinha, não tem culpados". Em tempo: dez anos depois, Filoctetes foi um dos raros heróis que retornaram sem problemas após a queda de Troia.

Comentário do Aguinaldo: Mulheres não se entendem. Ama-se e pronto!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Filho escondido de FHC prova que imprensa é corrupta



Por que a imprensa não repercutiu a extensa reportagem de capa da revista Caros Amigos em 2000, e repercute hoje uma nota pequena de uma colunista da Folha?

A imprensa diz que o filho fora do casamento de FHC não era noticiado porque era assunto privado...

Mas então por que deixou de ser privado hoje? Se não era notícia de interesse público antes, também não seria hoje.

Que interesse público é esse que apareceu subtamente depois de 18 anos, e todos os veículos que silenciaram passaram a publicar?

Notem bem, a imprensa, hoje, confessa que sabia por 18 anos que FHC tinha e até reconhecia o filho, dá detalhes de visitas, etc. O fato "novo" é apenas que resolveu OFICIALIZAR. Um ato em si sem qualquer dimensão política, feito em um cartório de registro civil. Onde apareceu o interesse público no assunto apenas neste ato?

Se não era notícia saber que FHC tinha e até reconhecia o filho antes, nem quando era presidente, então por que é notícia oficializar hoje, depois de 18 anos, justamente quando ele é ex-presidente em luta contra o ostracismo?

É simples. Não é o interesse público da notícia que pauta a imprensa. Quem pautou o assunto na imprensa foi FHC.

Enquanto FHC quis o silêncio temendo afetar sua carreira política, a imprensa silenciou, usando a desculpa da vida privada. Quando FHC autorizou a publicar, todas as redações saíram em polvorosa noticiando o assunto com 18 anos de atraso, que subitamente, passou a ser notícia, ignorando a desculpa de que tratava-se da vida privada.

E por que um jornal ou TV é desonesto com seu leitor / telespectador escondendo notícias (a razão de ser de seu negócio) da população?

Só um negócio melhor pode explicar: o preço do silêncio.

Tudo indica que o preço do silêncio foi os donos da imprensa receberem favorecimentos governamentais. O nome disso é corrupção.

Houve um acordo tácito de corrupção implícita para favorecer a imprensa em troca do silêncio.

MAU CÁRATER NA VIDA PRIVADA E NA PÚBLICA

O filho de FHC nasceu em 1991, quando ele era Senador. Nem sequer era ministro, e seu eleitorado não era tão conservador. Fosse um homem de melhor caráter, teria reconhecido oficialmente o filho naquela época.

Mas FHC tinha medo de escândalo que afetasse sua carreira politica, afastando parte do eleitorado conservador. Então dane-se dar seu nome de pai ao filho.

Quando FHC foi remanejado do ministério das Relações Exteriores de Itamar Franco para o poderoso Ministério da Fazenda, tornou-se presidenciável com o plano Real.

Candidato à presidência, sua biografia passava a ser do interesse público, e uma imprensa honesta com o leitor / telespectador noticiaria o fato como dado biográfico, sem sensacionalismo, mas jamais omitiria.

O pânico de FHC com o assunto vir a público, levou a uma relação tacitamente corrupta com os donos da imprensa.

Colocou todo o governo brasileiro sob seu comando na posição de refém: os donos da imprensa tinham uma poderosa carta na manga para exigir de FHC tudo o que queriam em troca do silêncio: isenção e alíquotos menores de impostos para o setor, empréstimos privilegiados do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, renegociação vantajosa de dívidas, verbas de anúncios governamentais além do necessário, concessões e mais concessões, vista grossa com dívidas junto à previdência e ao fisco, mudanças na legislação para privilegiar o setor, mandar e desmandar no ministério das comunicações, serem inseridos nos consórcios de privatização da telefonia com a benção dos fundos de pensão controlados pelo governo e do BNDES (daí o noticiário acrítico em relação a privatização das teles na época), etc.

A falta de coragem de FHC para enfrentar o assunto publicamente era problema pessoal dele, da mãe e do filho, mas como governante refém dos donos da imprensa, foi problema público de toda a população brasileira. Para felicidade do bolso dos donos da imprensa e jornalistas corrompidos.

Por: Zé Augusto . Domingo, Novembro 15

do blog o. p l.

José Serra já se considera eleito e tenta barrar aumento para aposentados




José Serra disse que está com medo de herdar Previdência ainda mais deficitária, tucanos tentam evitar votação de projeto que reajusta aposentadorias...É o que diz a Folha de S.Paulo, aqui para não assinante Pela concocação o governador já se acha eleito presidente em 2010. Vamos esclarecer:, o José Serra só tem obrigação de responder sobre Estado de São Paulo, onde ele é governador. E quem deve respoder sobre o Brasil é o Presidente da República.Serra não foi e nem será eleito...

Estratégia de DEM e PPS é votar proposta que estende reajuste do salário mínimo a todas as pensões do INSS e deixar ônus de veto para Lula. O PSDB trabalha, discretamente, para evitar a votação da proposta que aplica a todas as faixas de aposentadoria do INSS o mesmo índice de reajuste do salário mínimo.

Aliados do PSDB, PPS e DEM pregam, no entanto, voto em favor do projeto -de autoria do senador petista Paulo Paim (RS)-, para que o Presidente Lula assuma o ônus do veto.

O presidente do PPS, Roberto Freire, admite que "Serra está preocupado" com o impacto da medida. "Serra tem espírito público. Ele vê reflexos também no seu governo. Está preocupado com o futuro do país", diz Freire. Mas avisa que o PPS votará a favor do projeto.

Já os democratas decidiram condicionar a regulamentação da distribuição de royalties das recém-descobertas reservas de petróleo (o pré-sal) à aprovação do reajuste. "Se não votar a aposentadoria, vamos para obstrução", disse o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ).

Segundo integrantes da cúpula do PSDB, até os parlamentares tucanos deverão votar a favor do reajuste se o texto chegar ao plenário. Daí o esforço para que não seja votado.

Alegando que em setembro o deficit da Previdência chegou a R$ 9,7 bilhões, Aníbal chegou a ter ríspida conversa com o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), sobre o tema.

Ao falar sobre a preocupação de Serra, o líder tucano comenta: "Todo sujeito que tem senso de responsabilidade está preocupado. O governo deve apresentar uma proposta para os aposentados. Mas não há margem para essa proposta".

O PSDB teme que, sob pressão, Lula sancione o reajuste, deixando uma bomba para o sucessor. Hoje líder nas pesquisas de opinião, Serra já manifestou a interlocutores sua apreensão.

A estratégia é para que Serra não se exponha durante a negociação. A ideia é que, em janeiro, Lula ofereça uma alternativa, por medida provisória, aos aposentados. Até lá, o PSDB deixará para o governo a tarefa de evitar a votação.

Além da preocupação com o deficit, Serra deu ontem outra evidência de que é candidato à Presidência. Ao visitar o projeto do Parque Estadual do Belém, na zona leste da cidade de São Paulo, disse que "bem que gostaria" de inaugurar a obra, com conclusão prevista para o segundo semestre do ano que vem. "Mas vai ser difícil, né?"

Imprensa partidária reclama da internet




A Folha de São Paulo publicou editorial neste domingo criticando "práticas desleais na internet" que estariam "colocando em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo no país". A Folha, no caso, se apresenta como porta-voz deste jornalismo independente. Para o jornalista Luis Nassif, (Aqui na carta Maior)o editorial aponta o objetivo final do processo que explica o comportamento da mídia a partir de 2005: "a politização descabida, as tentativas sucessivas de golpes políticos, os assassinatos de reputação de políticos, juízes, jornalistas".Leia a seguir o texto completo, ou aqui para quem assina.

Direito à informação

Práticas desleais na internet colocam em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo independente no país


DEMOCRACIAS tradicionais aprenderam a defender-se de duas fontes de poder que ameaçam o direito à informação.

Contra a tendência de todo governo de manipular fatos a seu favor, desenvolveram-se mecanismos de controle civil -caso dos veículos de comunicação com independência, financeira e editorial, em relação ao Estado. Contra o risco de que interesses empresariais cruzados ou monopólios bloqueiem o acesso a certas informações, criaram-se dispositivos para limitar o poder de grupos econômicos na mídia.Essas salvaguardas tradicionais se veem desafiadas pelo avanço da internet e da convergência tecnológica nas comunicações -paradoxalmente, pois esse mesmo processo abre um campo novo ao jornalismo.

Apesar da revolução tecnológica e do advento de plataformas cooperativas, a produção de conteúdo informativo de interesse público continua, majoritariamente, a cargo de organizações empresariais especializadas. O acesso sistemático a informações exclusivas, relevantes, bem apuradas e editadas sempre implica a atuação de grandes equipes de profissionais dedicados apenas a isso. Essas equipes precisam ser remuneradas -ou o elo se rompe.

Quando um serviço de internet que visa ao lucro toma, sem pagar por isso, informações produzidas por empresas jornalísticas, as edita e as difunde a seu modo, não só fere as leis que resguardam os direitos autorais. Solapa os pilares financeiros que têm sustentado o jornalismo profissional independente.


Quando um país como o Brasil admite um oligopólio irrestrito na banda larga -a via para a qual converge a transmissão de múltiplos conteúdos, como os de TVs, revistas e jornais-, alimenta um Leviatã capaz de bloquear ou dificultar a passagem de dados e atores que não lhe sejam convenientes. A tendência a discriminar concorrentes se acentua no caso brasileiro, pois os mandarins da banda larga são, eles próprios, produtores de algum conteúdo jornalístico.

Quando autoridades se eximem de aplicar a portais de notícias o limite constitucional de 30% de participação de capital estrangeiro, abonam um grave desequilíbrio nas regras de competição. Veículos nacionais, que respeitam a lei, têm de concorrer com conglomerados estrangeiros que acessam fontes colossais e baratas de capital. Tal permissividade ameaça o espírito da norma, comum nas grandes democracias do planeta, de proteger a cultura nacional.

Contra esse triplo assédio, produtores de conteúdo jornalístico e de entretenimento no Brasil começam a protestar.

Exigem a aplicação, na internet, das leis que protegem o direito autoral. Pressionam as autoridades para que, como ocorre nos EUA, regulamentem a banda larga de modo a impedir as práticas discriminatórias e ampliar a competição. Requerem ao Ministério Público ação decisiva para que empresas produtoras de jornalismo e entretenimento na internet se ajustem à exigência, expressa no artigo 222 da Carta, de que 70% do controle do capital esteja com brasileiros.

A Folha se associa ao movimento não apenas no intuito de defender as balizas empresariais do jornalismo independente, apartidário e crítico que postula e pratica. Empunha a bandeira porque está em jogo o direito do cidadão de conhecer a verdade, de não ser ludibriado por governos ou grupos econômicos que ficaram poderosos demais.

O que já sabíamos está sendo escancarado, que horror, que vergonha, essa é a imprensa imparcial que adora gritar pela "liberdade de imprensa"?

O editor da Folha acaba de escancarar o jogo! Admite sem rebuços que a imprensa brasileira partidariza porque o PT, segundo ele, também partidariza as verbas de publicidade! Não se dá ao trabalho de explicar quem deu o pontapé inicial nesse jogo insólito, mesquinho e extremamente prejudicial aos interesses do povo brasileiro. Não justifica como uma verba que era distribuída entre 500, e que passou a ser distribuído entre mais de 2500, possa implicar num protecionismo maior do que havia na sistemática anterior, nem tampouco se deu ao trabalho de dizerr que a imprensa golpista, na verdade, tentou é fazer o governo Lula de refém, como que dizendo a ele: DIRECIONE AS VERBAS DE PUBLICIDADE MASSIVAMENTE PARA O MEU JORNAL QUE EU ALIVIO A CRÍTICA PARA O SEU LADO, prática, alías, descaradamente adotada durante todo o governo FHC (inclusive com a manutenção de Mirian Dutra em Barcelona sob as expensas da Globo, fato sabido e ocultado por toda imprensa, mas nem tanto pelo jornalista Palmério Dória, na revista Caros Amigos), e repetida no Estado de São Paulo especialmente nos governos Alkimin/Serra. Melhor assim, às escancaras. Afinal, aqui em casa o único que gosta da Folha é o cachorro. Basta forrar a área de serviço com o jornalão que ele não se faz de rogado…


Carmen Fusquine - Opinião da leitora -via email


Por: Helena™ . Segunda-feira, Novembro 16, 2009

O levante das classes D e E

Os consumidores das classes D e E do Norte e Nordeste do Brasil estão dando uma "surra" nos consumidores das classes A e B do Sul e Sudeste quando o assunto é comprar. De acordo com a empresa de pesquisa domiciliar Latin Panel, nos últimos 12 meses os integrantes das classes D e E do Norte e Nordeste gastaram mais com alimentos, higiene pessoal e produtos de limpeza que as classes A e B do Sudeste. A turma do Norte e Nordeste desembolsou R$ 8,8 bilhões no acumulado até setembro, 5% a mais do que o realizado pelos consumidores A e B da região Sudeste (R$ 8,4 bilhões).

O drama de Erundina

A ex-prefeita torna-se uma exceção: está condenada a devolver R$ 350 mil aos cofres públicos e não ficou rica com a política.

No dia 30, a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina completa 75 anos de idade, 51 deles dedicados a uma vida política repleta de altos e baixos que a levou, no fim da década de 1980, a se tornar a primeira mulher a comandar a cidade de São Paulo. Após cinco décadas ocupando ou disputando cargos públicos, agora Erundina foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal por malversação de recursos públicos. De acordo com a decisão do STF, a hoje deputada federal pelo PSB tem até meados do ano que vem para devolver aos cofres municipais cerca de R$ 350 mil. Ao contrário de muitos de seus antecessores, Erundina não está sendo acusada de desvio de dinheiro, fraude em licitações ou superfaturamento de preços. Seu crime foi ter impresso cartazes explicando à população que os ônibus municipais de São Paulo não circulariam nos dias 14 e 15 de março de 1989 em apoio a uma greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores e Central Geral dos Trabalhadores. A greve havia sido convocada em protesto contra o "Plano Verão", uma das últimas tentativas do então presidente José Sarney de salvar o Plano Cruzado. A ação, que corre há mais de 20 anos, foi encerrada. Não cabe mais recurso à ex-prefeita.

Erundina é quase uma exceção no sombrio universo político brasileiro. Independentemente de suas posições ideológicas, a ex-prefeita nunca teve em seu currículo escândalos de corrupção, tão comuns no País. Talvez uma das maiores provas disso sejam os parcos bens que Erundina acumulou ao longo de sua vida: um apartamento simples de 80 metros quadrados na zona sul de São Paulo e dois carros populares - um Palio 97 e um Gol 2004 - bastante rodados. Sua situação é bem diferente da de alguns de seus antecessores na Prefeitura de São Paulo. Paulo Maluf, por exemplo, que acumula acusações de desvio de recursos milionários, tem cerca de R$ 40 milhões em bens, de acordo com o Supremo Tribunal Federal. Celso Pitta, ao final do mandato, acumulava acusações de desvio de verbas e irregularidades na gestão pública envolvendo mais de R$ 3,5 bilhões. Jânio Quadros, que antecedeu Erundina, ainda tem dinheiro escondido que nem mesmo sua família sabe onde está - recentemente os herdeiros do ex-presidente saíram em busca de US$ 20 milhões que estariam perdidos na Suíça.

Na segunda-feira 9, a provável mais pobre ex-prefeita de São Paulo contou com a ajuda dos amigos para não ter que vender seu apartamento e os dois carros para quitar suas dívidas com a Justiça. Um grupo de amigos organizou um jantar em homenagem à deputada federal. Cerca de 350 pessoas compareceram e pagaram R$ 100,00. O jantar rendeu cerca de R$ 35 mil à ex-prefeita, ou 10% da dívida.


Por: Helena™ . Segunda-feira, Novembro 16,

domingo, 15 de novembro de 2009

A cara de pau de Josias de Souza (e o filho de FHC)

por Luiz Carlos Azenha

O texto de Josias de Souza sobre a decisão de FHC de reconhecer o filho com a jornalista da TV Globo omite todas as questões essenciais:

1. Por que a mídia poupou FHC durante 18 anos, se o nascimento do filho era um segredo de Polichinelo?

2. Por que soubemos do filho de Renan Calheiros com uma jornalista quando a criança era bebê, mas do filho de FHC só soubemos "oficialmente" depois de 18 anos?

3. Por que soubemos da suspeita de que uma empreiteira ajudava a sustentar o filho bebê de Renan Calheiros mas nada soubemos sobre quem pagou as contas do filho de FHC durante 18 anos?

4. Quem pagou para manter o filho e a mãe do filho de FHC exilados na Europa durante 18 anos?

5. FHC comprou o silêncio da mídia?

6. A Globo recebeu vantagens para exilar mãe e filho na Europa?

7. O senador FHC exilou mãe e filho para poder concorrer à Presidência?

O texto de Josias de Souza a respeito é um exemplo acabado de jornalismo vagabundo. Ele apresenta um elenco de casos históricos, a maioria dos quais não tem qualquer similitude com o de FHC.

Ele não diz que a "aventura" de Lula foi de um homem então viúvo e que o Jornal Nacional, em 1989, colocou no ar uma reportagem com Miriam, a mãe de Lurian, acusando Lula de ter pedido que ela abortasse a filha, denúncia depois incluída também na propaganda eleitoral de Fernando Collor de Melo. Na ocasião, o jornal O Globo chegou a escrever um editorial pregando que o eleitor tinha O Direito de Saber.

Ninguém, de fato, está livre de seus "impulsos biológicos". Porém, pessoas distintas reagem de formas distintas. Alguns dão nome aos filhos, outros permitem que a criança seja registrada como de pai desconhecido (FHC), exilam mãe e filho na Europa (FHC) e contam com o acobertamento da mídia durante 18 anos (FHC).

Por que?

Segue o texto:

FHC vai reconhecer filho que teve fora do casamento

Fernando Henrique Cardoso decidiu reconhecer formalmente o filho que teve com a jornalista Mirian Dutra, da TV Globo. Deve-se a informação à repórter Mônica Bergamo. A notícia encontra-se nas páginas da Folha, edição deste domingo (15). Tomas Dutra Schmidt tem, hoje, 18 anos. Depois de consultar advogados, FHC voou, na semana passada, para Madri. É na capital espanhola que reside Miriam Dutra. Ouvido, FHC negou que tenha viajado para cuidar do papelório do filho.

Apresentou como motivo da viagem uma reunião do Clube de Madri. Procurada, Miriam resguardou-se: "Quem deve falar sobre este assunto é ele e a família dele. Não sou uma pessoa pública". A repórter e o ex-presidente tiveram um caso amoroso na década de 90. Ele era senador. Ela trabalhava na sucursal brasiliense da TV Globo. Do relacionamento resultou um filho. Nasceu em 1991. FHC e Mirian acordaram guardar segredo do episódio, mantendo-o na seara privada.

FHC era casado com Ruth Cardoso, com quem tivera outros três filhos: Luciana, Paulo Henrique e Beatriz.. Em 1992, Miriam deixou o Brasil. Virou “correspondente” da Globo em Lisboa. Antes de assentar-se em Madri, passara por Barcelona e Londres. Em 1993, convertido em ministro da Fazenda de Itamar Franco, FHC viu o sigilo sobre o filho extraconjugal converter-se num segredo de polichinelo. O nome de Thomas já corria de boca em boca nos subterrâneos da política. A despeito disso, Miriam sempre guardou zeloso silêncio.

FHC não se furtou a contribuir financeiramente para o sustento de Tomas. No curso dos dois mandatos como presidente, encontrou Tomás uma vez por ano.
Fora do Planalto, FHC passou a encontrar-se com o filho mais amiúde. No ano passado, participou da formatura de Tomas no Imperial College, em Londres. Hoje, Tomas mora nos EUA. Estuda Relações Internacionais na George Washington University. Informações de alcova sempre se imiscuíram no cotidiano da política.

Nos EUA, Clinton viu-se imerso numa crise nascida de um caso com uma ex-estagiária da Casa Branca. Antes, houve Kennedy, que se dividira entre Jacqueline e Marilyn. Houve também Roosevelt, que oscilara entre Eleanor e uma secretária. Na França, só à beira da morte Mitterrand trouxera à luz a amante Anne Pingeot, reconhecendo-lhe a filha. Entre nós, histórias de lençol são injetadas na biografia de homens públicos desde o Império.

Dom Pedro 1º impôs à imperatriz Leopoldina a marquesa de Santos, sua amante. Livro de João Pinheiro Neto menciona o amor secreto de Juscelino por Maria Lúcia Pedroso. Os diários de Getúlio Vargas falam de uma "bem-amada." Em 89, Collor trouxe para o centro da arena eleitoral Lurian, filha de uma aventura de Lula. Os petistas reclamaram da "baixaria". E logo se descobriria que Collor recusava-se, ele próprio, a emprestar o nome a um filho gerado fora do casamento.

No início de agosto de 1998, o PDT, então incorporado à coligação que dava suporte à candidatura presidencial de Lula recorrera ao mesmo expediente sujo. O partido de Brizola, vice na chapa do PT, lançara em sua página na internet artigo sobre o filho de FHC com a jornalista. Diferentemente do que ocorre nos EUA, no Brasil a conduta sexual não costuma ser levada em conta na hora da escolha de um presidente. Melhor assim, diga-se. O político, como o advogado, o jornalista, o operário ou qualquer outro, não está livre de seus impulsos biológicos.

É tolice associar a pulsão sexual ao desempenho funcional. Busca-se um presidente, não um santo. Apesar disso, os políticos brasileiros sempre hesitam em reconhecer a paternidade de filhos gerados fora do casamento. No caso de FHC, a hesitação durou quase duas décadas.

A cara de pau de Josias de Souza (e o filho de FHC)

por Luiz Carlos Azenha

O texto de Josias de Souza sobre a decisão de FHC de reconhecer o filho com a jornalista da TV Globo omite todas as questões essenciais:

1. Por que a mídia poupou FHC durante 18 anos, se o nascimento do filho era um segredo de Polichinelo?

2. Por que soubemos do filho de Renan Calheiros com uma jornalista quando a criança era bebê, mas do filho de FHC só soubemos "oficialmente" depois de 18 anos?

3. Por que soubemos da suspeita de que uma empreiteira ajudava a sustentar o filho bebê de Renan Calheiros mas nada soubemos sobre quem pagou as contas do filho de FHC durante 18 anos?

4. Quem pagou para manter o filho e a mãe do filho de FHC exilados na Europa durante 18 anos?

5. FHC comprou o silêncio da mídia?

6. A Globo recebeu vantagens para exilar mãe e filho na Europa?

7. O senador FHC exilou mãe e filho para poder concorrer à Presidência?

O texto de Josias de Souza a respeito é um exemplo acabado de jornalismo vagabundo. Ele apresenta um elenco de casos históricos, a maioria dos quais não tem qualquer similitude com o de FHC.

Ele não diz que a "aventura" de Lula foi de um homem então viúvo e que o Jornal Nacional, em 1989, colocou no ar uma reportagem com Miriam, a mãe de Lurian, acusando Lula de ter pedido que ela abortasse a filha, denúncia depois incluída também na propaganda eleitoral de Fernando Collor de Melo. Na ocasião, o jornal O Globo chegou a escrever um editorial pregando que o eleitor tinha O Direito de Saber.

Ninguém, de fato, está livre de seus "impulsos biológicos". Porém, pessoas distintas reagem de formas distintas. Alguns dão nome aos filhos, outros permitem que a criança seja registrada como de pai desconhecido (FHC), exilam mãe e filho na Europa (FHC) e contam com o acobertamento da mídia durante 18 anos (FHC).

Por que?

Segue o texto:

FHC vai reconhecer filho que teve fora do casamento

Fernando Henrique Cardoso decidiu reconhecer formalmente o filho que teve com a jornalista Mirian Dutra, da TV Globo. Deve-se a informação à repórter Mônica Bergamo. A notícia encontra-se nas páginas da Folha, edição deste domingo (15). Tomas Dutra Schmidt tem, hoje, 18 anos. Depois de consultar advogados, FHC voou, na semana passada, para Madri. É na capital espanhola que reside Miriam Dutra. Ouvido, FHC negou que tenha viajado para cuidar do papelório do filho.

Apresentou como motivo da viagem uma reunião do Clube de Madri. Procurada, Miriam resguardou-se: "Quem deve falar sobre este assunto é ele e a família dele. Não sou uma pessoa pública". A repórter e o ex-presidente tiveram um caso amoroso na década de 90. Ele era senador. Ela trabalhava na sucursal brasiliense da TV Globo. Do relacionamento resultou um filho. Nasceu em 1991. FHC e Mirian acordaram guardar segredo do episódio, mantendo-o na seara privada.

FHC era casado com Ruth Cardoso, com quem tivera outros três filhos: Luciana, Paulo Henrique e Beatriz.. Em 1992, Miriam deixou o Brasil. Virou “correspondente” da Globo em Lisboa. Antes de assentar-se em Madri, passara por Barcelona e Londres. Em 1993, convertido em ministro da Fazenda de Itamar Franco, FHC viu o sigilo sobre o filho extraconjugal converter-se num segredo de polichinelo. O nome de Thomas já corria de boca em boca nos subterrâneos da política. A despeito disso, Miriam sempre guardou zeloso silêncio.

FHC não se furtou a contribuir financeiramente para o sustento de Tomas. No curso dos dois mandatos como presidente, encontrou Tomás uma vez por ano.
Fora do Planalto, FHC passou a encontrar-se com o filho mais amiúde. No ano passado, participou da formatura de Tomas no Imperial College, em Londres. Hoje, Tomas mora nos EUA. Estuda Relações Internacionais na George Washington University. Informações de alcova sempre se imiscuíram no cotidiano da política.

Nos EUA, Clinton viu-se imerso numa crise nascida de um caso com uma ex-estagiária da Casa Branca. Antes, houve Kennedy, que se dividira entre Jacqueline e Marilyn. Houve também Roosevelt, que oscilara entre Eleanor e uma secretária. Na França, só à beira da morte Mitterrand trouxera à luz a amante Anne Pingeot, reconhecendo-lhe a filha. Entre nós, histórias de lençol são injetadas na biografia de homens públicos desde o Império.

Dom Pedro 1º impôs à imperatriz Leopoldina a marquesa de Santos, sua amante. Livro de João Pinheiro Neto menciona o amor secreto de Juscelino por Maria Lúcia Pedroso. Os diários de Getúlio Vargas falam de uma "bem-amada." Em 89, Collor trouxe para o centro da arena eleitoral Lurian, filha de uma aventura de Lula. Os petistas reclamaram da "baixaria". E logo se descobriria que Collor recusava-se, ele próprio, a emprestar o nome a um filho gerado fora do casamento.

No início de agosto de 1998, o PDT, então incorporado à coligação que dava suporte à candidatura presidencial de Lula recorrera ao mesmo expediente sujo. O partido de Brizola, vice na chapa do PT, lançara em sua página na internet artigo sobre o filho de FHC com a jornalista. Diferentemente do que ocorre nos EUA, no Brasil a conduta sexual não costuma ser levada em conta na hora da escolha de um presidente. Melhor assim, diga-se. O político, como o advogado, o jornalista, o operário ou qualquer outro, não está livre de seus impulsos biológicos.

É tolice associar a pulsão sexual ao desempenho funcional. Busca-se um presidente, não um santo. Apesar disso, os políticos brasileiros sempre hesitam em reconhecer a paternidade de filhos gerados fora do casamento. No caso de FHC, a hesitação durou quase duas décadas.

Um caso para entender a mídia e José Serra

Terça-feira à noite, três raios caíram quase simultaneamente nas redes de transmissão de energia elétrica, segundo o ONS, órgão privado, formado por todas as empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia.

Ontem à noite, três dias depois, três vigas de concreto, usadas na construção do Rodoanel, caíram de 20 metros de altura sobre a pista da Rodovia Régis Bittencourt (foto ao lado), produzindo um cenário de bombardeio. Milagrosamente, apenas três pessoas saíram feridas, aparentemente sem maior gravidade.

No dia seguinte ao apagão, a imprensa e a direita vociferavam sobre a culpa do Governo e, especificamente, da pré-candidata Dilma Roussef.

Não se ouviu deles uma crítica ao Governador de São Paulo que, até agora, disse o óbvio: “houve uma falha”. Claro que houve uma falha, ora. Provavelmente, aliás, duas: de quem fez a obra e de quem a fiscalizava.

Óbvio que ninguém pode culpar o Governador Serra até que surja alguma evidência de que a fiscalização do Estado, que administra a obra através da Dersa, deixou de verificar a segurança do que fazia a empreiteira contratada para construir e instalar as vigas. Mas não houve, ao que parece, nenhuma razão fortuita para o desastre: as vigas já estavam instaladas há dias, não foi um cabo de guindaste que rompeu, nem raios caindo sobre elas.

Não é correto culpar, a priori, o Governo Serra por falta de segurança nas obras públicas, embora haja o antecedente da cratera do Metrô, este sim um acidente fatal, que sugou carros e pessoas há menos de dois anos.

Mas o Governador José Serra não hesitou, na quinta feira, em dizer que não podemos ter um sistema elétrico que tenha acidentes “por causa de raios e ventanias”. Deitou falação sobre como deveriam ser os investimentos, o controle e a fiscalização do setor elétrico. Está tudo lá, na página do PSDB, para quem quiser ver.

Enquanto Serra falava, as vigas do Rodoanel, responsabilidade de seu governo, iam se enfraquecendo para, um dia depois, caírem em cima de carros e de pessoas.

Imaginem se Dilma desse uma entrevista e dissesse: “não podemos ter viadutos cujas vigas caiam em cima das pessoas”. Seria ridículo, apelativo, desclassificante.

Mas José Serra pode dizer. Ele é um homem, sério, equilibrado e responsável, não é?

Fernando Henrique Cardoso é ator em filme sobre maconha




Depois do filme, Lula, o filho do Brasil, os cinemas vão mostrar o filme de Fernando Henrique Cardoso,como ator principal, de um filme sobre a liberação da maconha. O diretor do filme, Fernando Grostein Andrade, combinou com o ex-presidente de subir nos morros, conviver de perto com traficantes e viciados. Fernando Grostein Andrade, que estreou, recentemente, com Coração Vagabundo, documentário sobre Caetano Veloso.

Hoje na coluna de Lauro Jardim: FHC está se preparando para subir uma favela carioca para conversar com traficantes, viciados e entrar em bocas de fumo. A cena insólita para um ex-presidente da República constará do documentário Rompendo o Silêncio, no qual FHC exporá sua cruzada pela descriminalização da maconha. A equipe de produção do cineasta Fernando Andrade já está negociando com as autoridades de segurança do Rio de Janeiro para que FHC vá à Rocinha ou ao Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, no dia 24. O documentário só será lançado depois das eleições. De certa forma, a disputa Lula-FHC se dará também nas telas. Lula é a estrela da biografia melodramática dirigida por Fábio Barreto; FHC quer ser uma espécie de Al Gore tropical.

Daniel Dantas mandou, Gilmar Mendes obedeceu:STF quer tudo da Satiagraha

O Supremo Tribunal Federal determinou ao juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, encaminhe à corte máxima do Judiciário cópias dos documentos confidencias que fazem parte do processo da Satiagraha - investigação contra o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. A decisão é do ministro Eros Grau, que acolheu em caráter liminar reclamação do engenheiro Dório Ferman, braço direito de Dantas. O ministro ordenou "a produção das cópias das mídias, discos rígidos e pen drives".

Na quinta-feira(12), a pedido do banqueiro Daniel Dantas, o Conselho Nacional de Justiça abriu novo procedimento para investigar se o juiz federal Fausto Martin De Sanctis desobedeceu o presidente do STF, Gilmar Mendes, quando decretou a segunda prisão de Dantas, em julho de 2008. O banqueiro quer que o CNJ, também presidido por Gilmar Mendes, faça a revisão do julgamento do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que, em maio, absolveu De Sanctis da acusação de ter desrespeitado uma decisão do ministro.Viu aqui essa notícia

Hoje, STF autoriza investigado da Satiagraha a acessar processo

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou um investigado da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, a ter acesso ao processo sigiloso decretado pela Justiça Federal de São Paulo. Uma liminar concedida pelo ministro Eros Grau determina que o juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto Martin De Sanctis, encaminhe imediatamente ao STF cópia dos documentos e materiais apreendidos na sede da empresa Angra Partners Gestão de Recursos e Assessoria Financeira Ltda., na investigação sobre o engenheiro Dório Ferman, diretor-presidente do Banco Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.

A empresa Angra é sucessora do Opportunity Equity Partners na gestão de fundo de investimento em ações. Na liminar, o ministro Eros Grau sustenta que o STF já tomou decisões anteriores para permitir o acesso de investigados aos autos do processo, ainda que sigilosos.Em abril, os arquivos da Angra Partners foram apreendidos pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF em busca autorizada pelo juiz Fauto de Sanctis. O engenheiro Dório Ferman, junto com outras 12 pessoas, entre elas Daniel Dantas, foi denunciado pela Procuradoria da República por crimes de gestão fraudulenta, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Empreiteira do Rodoanel mudou vigas para reduzir custos; TCU aponta erros no projeto

Carreta transporta viga rachada para o Rodoanel



Com o objetivo de baratear custos, o consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Carioca usou vigas pré-moldadas não previstas para os novos viadutos do Trecho Sul do Rodoanel. Pelo projeto básico, deveriam ser colocadas fundações de concreto conhecidas como tubulões, material mais caro que o usado hoje pelo consórcio na sustentação dos vãos livres. A troca foi uma das 79 irregularidades classificadas como "graves" em relatório emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em setembro. As auditorias foram realizadas em 2007 e 2008, nos cinco lotes da obra.A pergunta aqui é, porque o TCU nãoparou a obra, assim como faz com o PAC? Seria pelo fato do TCU estar aparelhado por políticos do DEM e PSDB?.Também não vi nenhum político da oposição na imprensa. No blecaute, eles comemoraram com a mídia.

O TCU tão implácavel contra o PAC e tão conivente com os tucanos

Em 29 de setembro, quase dois meses antes do acidente, o TCU relatou que o consórcio responsável pelo lote 5, onde houve o desabamento, fez alterações nos materiais e no projeto da obra, a fim de reduzir custos. O TCU apontou, por exemplo, o uso de estacas de tamanhos inferiores aos previstos no projeto básico. Também estava prevista a instalação de sete vigas de sustentação a cada vão livre formado pelos novos viadutos. Na execução, contudo, foram empregadas 5 ou 6 vigas a cada vão livre. O uso de um número menor de vigas também foi detectado no lote 4.

Como consequência dessas e de outras mudanças nos outros cinco lotes, o TCU apontou indícios de superfaturamento nas medições dos serviços das empreiteiras que totalizaram R$ 184 milhões. Para a Corte, foi reduzida a quantidade de material de construção usada na obra, mas os preços repassados ao Estado foram mantidos. No lote 1, o índice de sobrepreço foi de 105%; no 2, 111,5%; 29,4% no lote 3; 104,5% no lote 4; e 76,2% no lote 5. O TCU também afirma que as empreiteiras alteraram o método de medição das obras. O critério de medição passou a ser feito por meio dos avanços físicos da obra, substituindo o critério anterior, realizado com base nas quantidades unitárias, como metros e quilômetros. "Com a mudança, a medição quantitativa dos principais serviços prestados tornou-se inviável, impossibilitando calcular se os pagamentos efetuados refletem o que foi, efetivamente, projetado e executado", adverte o relatório do TCU.

A destinação de verbas da Dersa para a escavação de rochas foi outro problema verificado pelos auditores do tribunal. Os cinco lotes recebiam o repasse para o serviço até julho deste ano. Apenas o lote 1 (Andrade Gutierrez/Galvão), porém, cujo trecho vai da Via Anchieta à Avenida Papa João XXIII, em Mauá, no ABC, realizava essas escavações.

As mudanças nas obras, segundo o TCU, resultaram numa "combinação altamente danosa às finanças" da União – a obra de R$ 3,6 bilhões é resultado de uma parceria entre os governos federal (R$ 1,2 bilhão) e estadual (R$ 2,4 bilhões).

Apesar das objeções feitas pelos auditores, o TCU não recomendou a paralisação da obra ou o bloqueio dos repasses do governo federal. A decisão de prosseguir com os trabalhos foi tomada com base em despacho emitido pelo ministro João Augusto Nardes.

Em setembro, os envolvidos na obra do Trecho Sul do Rodoanel assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal em São Paulo no qual abriram mão de receber R$ 265 milhões em aditivos contratuais considerados ilegais pelo TCU. O pagamento de aditivos permitia aceleração das obras, uma vez que o dinheiro servia para embutir serviços não previstos inicialmente. O maior deles, de R$ 10,1 milhões, havia sido assinado com o consórcio responsável pelo lote 5. No TAC, as partes se comprometeram a não mais celebrar "quaisquer termos aditivos e modificativos".

Agência Estado

Por uma CPI do setor elétrico desde FHC

por Ivo Pugnaloni*

Nada como um escândalo para sepultar o outro. Na semana passada, frente a uma CPI da Câmara, os presidentes das maiores concessionárias do Brasil confessaram que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que deveria fiscalizar o setor elétrico, autorizou-lhes cobrar 1 bilhão de reais a mais, por ano, dos consumidores. Confessaram também que todas as concessionárias sabiam da irregularidade -- que vem desde a privatização, feita na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso --, mas não fizeram nada.

A notícia ainda não tinha chegado a todos os brasileiros, quando um estranho apagão começou em São Paulo, onde por razões ainda desconhecidas não foi acionado um sistema de ilhamento do blecaute. Resultado: o blecaute se espalhou pelo Brasil.

O “sumiço” dos 10 bilhões e sua devolução aos consumidores-cidadãos foi, de repente, substituído por uma enquete : “Qual foi o pior: O apagão de quatro horas em 2009 ou o racionamento em 2001, de oito meses?

No blog Tribuna do Setor Elétrico, no artigo “A Gênesis de um erro", um link para o acórdão 6.734/03 do Tribunal de Contas da União, na página 35 contabiliza em 45,2 bilhões de reais o custo do racionamento de 2001 para os consumidores. Uma decisão tomada no governo FHC para “compensar a frustração de receita das distribuidoras.”

Foram 8,3 contas de luz mensais, a mais, pagas pelos consumidores entre 2002 e 2008. Não sei se esse dinheiro todo foi aplicado para melhorar o sistema. Nem se a mesma CPI, que achou “o erro” no caso dos 10 bilhões, descobriria onde foi parar tanto dinheiro.

A ANEEL também poderia ajudar. Mas acho difícil, pois a agência que controla o maior potencial hidráulico do mundo, a confiabilidade da energia para a nona economia do planeta e protege os direitos de 70 milhões de consumidores só tem 278 profissionais. Enquanto isso a ANAC tem 2500, a ANATEL 1600 funcionários.

No blog “Tribuna" , no trabalho “Uma Itaipu de Poluição”, aponto a anemia da ANEEL como uma das causas do enorme valor das nossas tarifas, as segundas mais caras do mundo. Enquanto isso há mais de 37.000 MW de projetos de hidroelétricas na ANEEL esperando avaliação há vários anos, porque a agência tem só 12 analistas.

A falta dessas novas hidroelétricas nos obriga a usar mais as termoelétricas a diesel e a óleo combustível, cuja energia custa R$ 600 por MWh, contra R$78 das hidroelétricas do Rio Madeira.Energia muito mais poluente e agressiva.

Aos leitores, convido visitar a página da Consulta Pública 058/09 no site www.aneel.gov.br, com prazo para contribuições até 18 de novembro próximo.

Seu tema é tão importante quanto o pré-sal. Sem fazer alarde, a ANEEL quer mudar regras para seleção dos inventários hidroenergéticos, que desde o ano passado, decidem quem fica com os potenciais hidráulicos do país...

Nos itens 56 e 75 da Nota Técnica 291/09, lê-se “outra vantagem desse novo critério é conciliar interesses e evitar disputas”. Ou seja, a agência que deve zelar pela competição na geração, quer implantar regra que estimula o cartel para exploração “em conjunto” dos potenciais, frustrando a disputa, que, no leilão do Rio Madeira, cortou o preço da energia em 35%!

O setor elétrico é importante demais para “casos encerrados”, que reabertos 10 anos depois, mostrem “enganos bilionários”. Precisamos de uma CPI do Setor Elétrico desde a gestão FHC, mas sem holofotes eleitorais. Escreva para o seu deputado e dê essa sugestão.

Quanto ao apagão de 2009, a investigação mostrará quem ou o quê desligou o sistema ERAT em São Paulo, que deveria “ilhar” as cargas. Porém, como não atuou, estendeu o problema ocorrido em Itaberá para o resto do Brasil.

*Ivo Pugnaloni engenheiro eletricista, ex-diretor da COPEL, membro do grupo de diretrizes de energia do programa do primeiro governo Lula.

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