O presidente da Fifa, Joseph Blatter, ameaçou fugir com a taça caso seja aprovada a reforma no estatuto da entidade. |
SANYA – Os líderes das cinco principais economias emergentes do planeta divulgaram um manifesto defendendo uma reforma estrutural da Fifa. “A entidade que dita os rumos do futebol mundial tem que se adequar à nova geopolítica global”, afirma a declaração conjunta.
O grupo reivindica que China e Índia sejam dispensadas de participar das eliminatórias para a Copa de 2014 no Brasil. “É inaceitável que os dois países mais populosos do mundo sejam alijados desse torneio”, justificou o presidente chinês Hu Jintao. “Dois bilhões e meio de pessoas não podem ficar de fora da maior festa do esporte mundial.” Um diplomata chinês que não quis se identificar sugeriu que as crianças de seu país poderiam interromper a produção de bolas para a Copa caso a reivindicação não seja atendida.
Além da participação compulsória dos Brics nos torneios da Fifa, o manifesto exige que a entidade reveja os critérios para a formulação de seu ranking. O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, defendeu que os títulos mundiais de críquete passem a valer pontos para o ranking. “É injusto que haja um único campeão do mundo entre as novas potências emergentes”, justificou ele. A China reivindica que as medalhas nos torneios de pingue-pongue também sejam contabilizadas.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é contrário à mudança dos critérios do ranking, mas se comprometeu a defendê-la se o Brasil passar a ter direito de veto nas decisões da Fifa. “Reivindicamos ainda o apoio dos Brics à nossa candidatura à presidência da entidade”, completou. Teixeira garantiu que a reforma no estatuto da Fifa fica pronta antes da Copa de 2014.
By: The i-Piauí Herald, via Com textolivre