sábado, 6 de fevereiro de 2010

CHUVA EM SP....

01. Se a São Silvestre fosse em janeiro, o Cesar Cielo ia humilhar!
02. Depois do Airbag, os coletes salva vidas são os opcionais mais importantes nos carros de Sao Paulo.
03. O melhor serviço de entrega em SP é do Submarino.
04. Ninguém passa fome em São Paulo, Bolinho de chuva é o que não Falta.
05. Quem acha que a água do mundo está acabando não mora em SP.
06. Bob Esponja pra Lula Molusca: “Bora pra Sao Paulo!! Da até pra gente ir no Shopping!!
07. Moisés, precisamos de você em Sampa!!
08. O passeio ciclístico de hoje foi feito de pedalinho.
09. Agora SP inteira tem casa com vista para o mar.
10. Tá chovendo tanto em Sampa que esperei o Pica-Pau para descer a Rebouças de barril!
11. Fagner para José Serra: “Quem dera ser um peixe para em teu límpido aquário mergulhar..

12. Chove tanto em são Paulo que o Lula está lançando o balsa-familia...
13. O Kassab tá trocando o bilhete Único pelo bilhete Úmido!!!

Enviado pela "seguidora" Eliana Giampaoli

Charge do Ique

"Contas Abertas" desmente tucanos



No afã de mostrar serviço, o recém eleito líder do PSDB na Câmara dos Deputados, deputado João Almeida (BA) errou feio ao criticar os dados apresentados pela ministra Dilma Rousseff na última quarta (4) sobre o balanço de três anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Com base em números do site Contas Abertas ainda de agosto do ano passado, ou seja, fora do contexto, o líder do PSDB divulgou nota dizendo que a ministra não mostrava a realidade.

Os jornais Folha de S.Paulo e o Globo deram espaço nesta sexta (5) para o grosseiro equivoco do parlamentar. Sequer observaram uma nota distribuída pelo próprio Contas Abertas na noite de quarta (3) tanto conta de que “o confronto de informações de agosto de 2009 com as divulgadas hoje pelo comitê gestor do programa, referentes a dezembro de 2009, é absolutamente incorreto.”

Já tardiamente, o site do PSDB publicou nota nesta sexta (5) afirmando que a matéria postada na quinta (4) no site do partido era equivocada ao citar as informações do site Contas Abertas.

Fonte: blog A P L

As teles não defedem a concorrência: Aguentem...



Do site Convergênica digital

Os pequenos provedores de Internet tiveram na tarde desta sexta-feira uma reunião com o governo e deixaram o encontro satisfeitos com a possibilidade de poder participar da rede pública de banda larga. Foi muito além do que o otimismo deles podia prever. O governo acenou com a possibilidade de aplicar o instrumento do uso social na rede pública, até como instrumento para regular os preços no mercado.

Atualmente um pequeno provedor paga preços considerados exorbitantes às concessionárias de telefonia fixa por links de acesso, o que, para os ISPs, não apenas inviabiliza qualquer ação social, como também qualquer negócio no provimento do acessso à Internet.

Principalmente nas áreas mais densamente povoadas onde há o interesse econômico mais forte das teles. A concorrência é desigual e isso já foi objeto até de ação na Secretaria de Direito Econômico movida pela Abranet contra a Telefônica. Agora, a regra vai mudar.

Durante a reunião, a Secretária-Executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, disse aos provedores que o governo não abre mão de utilizar a rede publica de banda larga como instrumento de regulação de preços neste mercado.


Para os provedores, a informação soou como sendo um pedido para que eles concorram diretamente com as concesssionárias e ofereçam o provimento à Internet nas localidades dessas áreas, onde o preço imposto pelas teles é inatingível para a população de baixa renda.

Por exemplo, no Rio de Janeiro a banda larga chega para alguns bairros e outros não.Chega na beira da praia, mas não numa favela próxima. São nessas áreas que o governo espera que a concorrência dos pequenos faça a diferença e obrigue as concessionárias a baixar seus preços para a população.

Como diziam os privatistas, são os benefícios da livre concorrência…


Brizola Neto

Estadão: programa de Dilma é à esquerda de Lula.



O Estadão publica hoje algumas linhas – bem genéricas – do que seria uma espécie do que foi a “Carta aos Brasileiros” na campanha de Lula em 2002, só que, ao que diz o próprio jornal, cmo direção inversa. Enquanto o documento de Lula procurava torna-lo mais palatável aos setores conservadores, o documento de Dilma apontaria para mudanças profundas, já a partir do título: “A grande transformação”.

Esclareço que não vi, não li e não sei do documento, apenas transmito o que diz o jornal. E ele escreve:

“Ancorado pelo mote de um novo “projeto nacional de desenvolvimento”, o programa de governo do PT vai situar a futura candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à esquerda da gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Documento com as diretrizes que nortearão a plataforma política de Dilma, intitulado A Grande Transformação, prega maior presença do Estado na economia, com fortalecimento das empresas estatais e das políticas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF) para o setor produtivo.”

O documento proporia um “projeto nacional de desenvolvimento”, que uniria incentivos ao investimento público e privado com distribuição de renda, para ampliar a inclusão social da população. “O Brasil foi programado para ser um país pequeno, cujo crescimento não poderia nunca ultrapassar os 3%, e que teria de se conformar com a existência de 30 ou 40 milhões de homens e mulheres para os quais não haveria espaço (na sociedade)”, diz o texto, segundo o Estadão.

Fonte: blog O tijolaço

Abaixo-assinado pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo


Do Blog Viomundo


O Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão no Brasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.


A Constituição do Brasil afirma que toda propriedade rural deve cumprir função social. Portanto, não pode ser utilizada como instrumento de opressão ou submissão de qualquer pessoa. Porém, o que se vê pelo país, principalmente nas regiões de fronteira agrícola, são casos de fazendeiros que, em suas terras, reduzem trabalhadores à condição de escravos - crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Desde 1995, mais de 31 mil pessoas foram libertadas dessas condições pelo governo federal.


Privação de liberdade e usurpação da dignidade caracterizam a escravidão contemporânea. O escravagista é aquele que rouba a dignidade e a liberdade de pessoas. Escravidão é violação dos direitos humanos e deve ser tratada como tal. Se um proprietário de terra a utiliza como instrumento de opressão, deve perdê-la, sem direito a indenização.


Por isso, nós, abaixo-assinados, exigimos a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. A proposta passou pelo Senado Federal, em 2003, e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 2004. Desde então, está parada, aguardando votação.


É hora de abolir de vez essa vergonha. Neste ano em que a Lei Áurea faz 120 anos, os senhores congressistas podem tornar-se parte da história, garantindo dignidade ao trabalhador brasileiro.


Pela aprovação imediata da PEC 438/2001!


Até o momento, 166.732 assinaturas coletadas. A meta é 1.000.000.


Assine lista no blog Com texto livre

Fonte: blog com texto livre

ANOS DE CHUMBO- Meus caros generais

Do blog do PAULO MORANI.


Meus caros generais
por Marcelo Paiva,


Eu ia dizer “caros milicos”. Não sei se é um termo ofensivo. Estigmatizado é. Preciso enumerar as razões?


CABELO PARA TRÁS, SOLDADO!
Parte da sociedade civil quer rever a Lei da Anistia. Sugeriram a Comissão da Verdade, no desastroso Programa Nacional de Direitos Humanos, que Lula assinou sem ler. Vocês ameaçaram abandonar o governo, caso fosse aprovado.

Na Argentina, Espanha, Portugal, Chile, a anistia a militares envolvidos em crimes contra a humanidade foi revista. Há interesse para uma democracia em purificar o passado.

Aqui, teimam em não abrir mão do perdão. E têm aliados fortes, como o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que apesar de civil apareceu num patético uniforme de combate na volta do Haiti. Parecia um clown.

Vocês pertencem a uma nova geração de generais, almirantes, tenentes-brigadeiros. Eram jovens durante a ditadura. Devem ter navegado na contracultura, dançado Raul Seixas, tropicalistas. Usaram cabelos compridos, jeans desbotados? Namoraram ouvindo bossa nova? Assistiram aos filmes do cinema novo?

Sabemos que quem mais sofreu repressão depois do Golpe de 64 foram justamente os militares. Muitos foram presos e cassados. Havia até uma organização guerrilheira, a VPR, composta só por militares contra o regime.

Por que abrigar torturadores? Por que não colocá-los num banco de réus, um Tribunal de Nuremberg? Por que não limpar a fama da corporação?

Não se comparem a eles. Não devem nada a eles, que sujaram o nome das Forças Armadas. Vocês devem seguir uma tradição que nos honra, garantiu a República, o fim da ditadura de Getúlio, depois de combater os nazistas, e que hoje lidera a campanha no Haiti.

Sei que nossa relação, que começou quando eu tinha cinco anos, foi contaminada por abusos e absurdos. Culpa da polarização ideológica da época.

Seus antecessores cassaram o meu pai, deputado federal de 34 anos, no Golpe de 64, logo no primeiro Ato Institucional. Pois ele era relator de uma CPI que investigava o dinheiro da CIA para a preparação do golpe, interrogou militares, mostrou cheques depositados em contas para financiar a campanha anticomunista. Sabiam que meu pai nem era comunista?

Ele tentou fugir de Brasília, quando cercaram a cidade. Entrou num teco-teco, decolou, mas ameaçaram derrubar o avião. Ele pousou, saltou do avião ainda em movimento e correu pelo cerrado, sob balas.

Pulou o muro da embaixada da Iugoslávia e lá ficou, meses, até receber o salvo-conduto e se exilar. Passei meu aniversário de cinco anos nessa embaixada. Festão. Achávamos que a ditadura não ia durar. Que ironia...

Da Europa, meu pai enviou uma emocionante carta aos filhos, explicando o que tinha acontecido. Chamava alguns de vocês de “gorilas”. Ri muito quando a recebi.
Ainda era 1964, a família imaginava que fosse preciso partir para o exílio e se juntar na França, quando ele entrou clandestinamente no Brasil.

Num voo para o Uruguai, que fazia escala no Rio, pediu para comprar cigarros e cruzou portas, até cair na rua, pegar um táxi e aparecer de surpresa em casa. Naquela época, o controle de passageiros era amador.

Mas veio a luta armada, os primeiros sequestros, e atuavam justamente os filhos dos amigos e seus eleitores- ele foi eleito deputado em 1962 pelos estudantes.

A barra pesou com o AI-5, a repressão caiu matando, e muitos vinham pedir abrigo, grana para fugir. Ele conhecia rotas de fuga. Tinha um aviãozinho. Fernando Gasparian, o melhor amigo dele, sabia que ambos estavam sendo seguidos e fugiu para a Inglaterra. Alertou o meu pai, que continuou no País.

Em 20 de janeiro de 1971, feriado, deu praia. Alguns de vocês invadiram a nossa casa de manhã, apontaram metralhadoras. Depois, se acalmaram.
Ficamos com eles 24 horas. Até jogamos baralho. Não pareciam assustadores. Não tive medo. Eram tensos, mas brasileiros normais.

Levaram o meu pai, minha mãe e minha irmã Eliana, de 14 anos. Ele foi torturado e morto na dependência de vocês. A minha mãe ficou presa por 13 dias, e minha irmã, um dia.

Sumiram com o corpo dele, inventaram uma farsa [a de que ele tinha fugido] e não se falou mais no assunto.

Quando, aos 17 anos, fui me alistar na sede do Segundo Exército, vivi a humilhação de todos os moleques: nos obrigaram a ficar nus e a correr pelo campo. Era inverno.
Na ficha, eu deveria preencher se o pai era vivo ou morto. Na época, varão de família era dispensado. Não havia espaço para “desaparecido”. Deixei em branco.

Levei uma dura do oficial. Não resisti: “Vocês devem saber melhor do que eu se está vivo.” Silêncio na sala. Foram consultar um superior. Voltaram sem graça, carimbaram a minha ficha, “dispensado”, e saí de lá com a alma lavada.

Então, só em 1996, depois de um decreto lei do Fernando Henrique, amigo de pôquer do meu pai, o Governo Brasileiro assumiu a responsabilidade sobre os desaparecidos e nos entregou um atestado de óbito.

Até hoje não sabemos o que aconteceu, onde o enterraram e por quê? Meu pai era contra a luta armada. Sabemos que antes de começarem a sessão de tortura, o Brigadeiro Burnier lhe disse: “Enfim, deputadozinho, vamos tirar nossas diferenças.”

Isso tudo já faz quase 40 anos. A Lei da Anistia, aprovada ainda durante a ditadura, com um Congresso engessado pelo Pacote de Abril, senadores biônicos, não eleitos pelo povo, garante o perdão aos colegas de vocês que participaram da tortura.
Qual o sentido de ter torturadores entre seus pares? Livrem-se deles. Coragem.

Da série: Oposição corta os pulsos



Criação de emprego supera 142 mil e bate recorde em janeiro, diz ministro




por CIRILO JUNIOR

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta sexta-feira que dados preliminares do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) indicam recorde na geração de empregos para um mês de janeiro. O número deve superar, portanto, os 142 mil postos em janeiro de 2007. O ministro preferiu não precisar os números do mês passado.

"Neste início de ano está bombando. Certamente vai superar 100 mil. No ano passado, para se ter uma ideia, foram 100 mil negativos. Recuperamos mais do que o dobro no ano passado", afirmou.

Para o ano, segundo Lupi, o Brasil deve dobrar as vagas formais criadas em 2009, alcançando 2 milhões de empregos. A estimativa supera, inclusive, as previsões do ministro Guido Mantega (Fazenda) feitas nesta semana, entre 1,5 milhão e 1,6 milhão.

Questionado sobre as previsões do colega de ministério, Lupi disse que Mantega sempre é mais conservador em suas estimativas. "Eu sempre ganho com minhas apostas em relação a ele. No ano passado, ele [Mantega] dizia que não chegaria a meio milhão e chegou a um milhão", afirmou. Em 2009 foram 995 vagas com carteira assinada criadas no país.

"Neste ano ele fala em 1.6 milhão, mas eu aumento essa previsão", desafiou.

O ministro participa, nesta sexta, do lançamento do PlanSeq (Plano Setorial de Qualificação Profissional do Carnaval), que vai oferecer 5.000 vagas para formação de mão de obra ligada às atividades do Carnaval, na Cidade do Samba, no Rio.

Fonte: Ditabranda
Postado por Glória Leite

´Polícia Federal faz operação contra fraudes no seguro-desemprego

por Paula Laboissière - Agência Brasil

A Polícia Federal realiza hoje (5) uma operação para combater fraudes em saques de seguro-desemprego em nove estados – Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Ceará e Paraíba.

O objetivo da Operação Bismark é cumprir 78 mandados judiciais expedidos pela 5ª Vara Federal em Cuiabá (MT), sendo 50 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão. Dos indiciados, três são ex-funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego e dois são ex-funcionários da Caixa Econômica Federal.

De acordo com a PF, o esquema contou com a facilidade de acesso de empregados das duas instituições, que obtiam informações sobre parcelas de seguro-desemprego para serem recebidas. Em seguida, eles falsificavam documentos pessoais dos que tinham direito ao benefício e sacavam o dinheiro. Quando o verdadeiro titular ia realizar o saque, descobria a fraude e o próprio Ministério do Trabalho e Emprego tinha que fazer o pagamento novamente.

Os prejuízos, até o momento, chegam a mais de R$ 1,5 milhão por mês durante todo o período das investigações – que começaram em 2008. Segundo a PF, apenas um dos fraudadores retirou, em um único dia, R$ 6 mil na Caixa Econômica Federal. Cada membro da quadrilha lucrava de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês com os saques indevidos.

Dez pessoas já haviam sido presas por flagrantes ocorridos durante as investigações e receberam novos mandados para serem executados hoje. O principal crime é de estelionato, além de falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos.

Postado por Glória Leite

Charge do Bessinha

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Escavadeira tomba no leito do Tietê




por Luiz Carlos Azenha

Aconteceu em algum momento da tarde de ontem, 03/02/2010, diante do sambódromo do Anhembi e perto daquela tubulação prateada da Sabesp que passa sobre o rio.

Uma escavadeira da marca Komatsu, que no dia anterior estava sobre uma balsa, tombou no leito do Tietê.

No dia anterior a cena tinha me chamado a atenção: a máquina parecia trabalhar na limpeza da calha do rio, retirando areia e detritos do fundo do Tietê e depositando em uma barcaça.

Operários da construção civil que estavam na margem do Tietê me disseram que com a enchente -- o Tietê transbordou ontem muito perto dali, na ponte da Casa Verde -- a balsa ficou instável e a máquina mergulhou no rio.

Deveria ser um bom sinal que o governo paulista decidiu fazer agora o que poderia ter feito antes. Mas também pode não ser: será que a limpeza deveria ser feita assim, justamente no período de chuvas?

Fica parecendo que o governo paulista decidiu fazer uma limpeza cenográfica, só para aparecer nas imagens dos helicópteros das emissoras de TV, já que a quantidade de terra, pedra e lixo que deveriam ter sido retirados pelo governo paulista da calha do Tietê nos anos de 2006, 2007 e 2008 -- mas não foram -- é uma enormidade. Foi o que demonstrou a Conceição Lemes.

Os operários que "vigiavam" a máquina mergulhada no rio disseram que não havia ninguém na balsa na hora do acidente.

Recapitulando para os que chegaram agora: a obra de aprofundamento da calha do rio Tietê, concluída durante o governo de Geraldo Alckmin, prometia acabar com as enchentes em São Paulo.

Na região em que a máquina da Komatsu caiu, por exemplo, hoje a profundidade do Tietê deveria ser de 9 a 10 metros, se tivesse havido a manutenção da obra.

Se a profundidade de fato fosse essa, convenhamos que a máquina da Komtasu teria sumido no rio Tietê.

Não sumiu. Todo o braço dela, com a marca Komatsu, ficou do lado de fora.

O que me leva a sugerir a manchete da Globo, se a emissora decidir noticiar: graças a Serra, São Paulo recupera máquina que se jogou no Tietê.

PS: Não muito longe dali, as máquinas continuavam à toda trabalhando na grande obra de José Serra: a ampliação das marginais do Tietê. Estavam "produzindo" montanhas de terra, que em seguida seriam varridas para dentro do rio pelo temporal diário, contribuindo ainda mais com o assoreamento. Essas obras não podem atrasar: precisam ser inauguradas por Serra antes que ele deixe o governo para tentar fazer pelo Brasil o que fez por São Paulo.

Oração da manhã para esta sexta feira

Senhor Jesus Cristo,
agradeço-vos o dia que novamente me concedeis.
Ireis acompanhar-me
em tudo o que vou fazer.

Abro na oração o céu sobre minha vida,
para que em tudo o que fizer
eu me lembre da imensidão
do céu que está acima de mim.
Abro o céu sobre esta casa,
para que todos os seus habitantes
possam viver hoje
com um grande coração.

Abro o céu sobre as pessoas
para as quais o céu parece cinzento e encoberto,
cujo olhar se volta apenas para o escuro.
Abri seu coração para a beleza
de nosso céu, para a Luz de Vosso Amor.

Abro o céu sobre esta cidade. (Ubatuba)
Fazei com que as pessoas não se fixem nas aparências.
Fazei que sintam sobre elas o céu
que dá sentido à sua vida,
serenidade e descanso em sua agitação febril.

Abro o céu sobre este País (Brasil)
e sobre o mundo todo.
Que Vosso céu nos uma a todos.
Mostre-nos Ele
que o céu não é propriedade de ninguém,
mas pertence a todos nós.

Fazei com que, olhando para o céu,
reconheçamos que nossa verdadeira morada
está no céu,
que cada um de nós recebeu
a promessa da vida e glória eternas.
Que assim seja,
Amem.

O medo é a força do mal

A atriz global Regina Duarte apareceu num programa eleitoral do Serra, há alguns anos, onde confessou seu medo de que Lula fosse eleito Presidente do Brasil. Toda gente sabe disso. Como grande atriz que é, soube passar, de forma tocante, o seu sentimento. Deve ter convencido muita gente... Afinal, tudo que é novo e desconhecido, espanta e amedronta. Lula venceu as eleições e ninguém precisou temê-lo. Como político nato e com a experiência forjada no sindicalismo, soube, como ninguém, negociar com os diferentes setores da sociedade, dialogando aberta e sinceramente com todos. Isso ninguém pode negar. Então, o medo que assolou Regina e a outros, foi pouco a pouco se dissipando e a confiança no Governo foi conquistada. Basta verificar seu índice de aprovação atual (81,7%). Sem falar no prestígio internacional que adquiriu por ter conseguido, a duras penas, diminuir as desigualdades sociais de um País onde muitos viviam em condições infra-humanas de vida. Aos poucos, com a implementação dos programas sociais, a esperança começou a surgir nas mentes e nos corações daqueles que sempre viveram à margem de tudo e espoliados pela ambição sem limites dos poderosos de plantão.

Agora, com a possibilidade de Dilma Rousseff chegar à Presidência da República, toda sorte de calúnia paira sobre ela. O medo da oposição está ligado ao prestígio de Lula que a apóia. Como coordenadora do PAC, diuturnamente, é obrigada a ouvir os maiores disparates sobre o Programa. Sua História de luta a favor da Democracia é destorcida sem dó e nem piedade. Tentam difamá-la ignorando que arriscou a própria vida pela libertação do povo. É acusada de terrorista, guerrilheira, sequestradora, etc., segundo disse Rui Falcão numa entrevista recente.

Porém, tudo indica que podemos ter ESPERANÇA de que teremos uma mulher a governar o Brasil, dando continuidade e aprimorando tudo o que foi construído no Governo Lula. Não há o que temer.

Por Leda Ribeiro


Fonte: Blog do Saraiva

Charge do Bessinha

O ato em defesa do PNDH e a provocação direitista



Ato da direita contra o PNDH-3 e o Beijaço em defesa do PNDH-3


Raphael Garcia, no blog do Tsavkko

Estamos, eu, o @Guttto e vários outros interessados divulgando amplamente o Beijaço, que acontecerá dia 7 de fevereiro, às 17h, na Paulista (Esquina com Augusta). No Trezentos podem ser obtidas as informações completas sobre o ato que já conta com o apóio de diversas organizações, do MNDH/SP, Repórter Brasil, organizações, blogs e sites gays e feministas e de diversos indivíduos que confirmaram presença, como o Deputado Paulo Teixeira.

Este post, porém, não tem por objetivo tratar do Beijaço e sim de algo extremamente perigoso, reflexo da direita que está em franco desespero. Falo do protesto convocado de maneira obscura e sabe-se lá por quem ou por que entidade - sinto cheiro de TPF e DemoTucanos ensandecidos - CONTRA o PNDH-3.

Este protesto, ato ou chamem como quiserem, foi convocado para o mesmo dia do Beijaço, dia 7 de fevereiro, às 15h no MASP. Há apenas cerca de 1km de onde ocorrerá o Beijaço e, claramente, estamos diante de uma provocação fascista e perigosa.

Internet e depressão

Da Agência Fapesp, via blog do Nassif

Agência FAPESP – Pessoas que passam muito tempo navegando pela internet têm maior risco de apresentar sintomas depressivos, de acordo com uma pesquisa feita no Reino Unido por cientistas da Universidade de Leeds.

O estudo, que será publicado na edição de 10 de fevereiro da revista Psychopathology, procurou analisar o fenômeno de usuários que têm desenvolvido o uso compulsivo da internet, substituindo a interação social no mundo real pelo virtual, em redes sociais, chats ou em outros serviços eletrônicos.

Segundo os pesquisadores, os resultados do estudo apontam que esse tipo de dependência pode ter impactos sérios na saúde mental. “A internet ocupa hoje parte importante na vida moderna, mas seus benefícios são acompanhados por um lado negro”, disse Catriona Morrison, um dos autores do estudo.

“Enquanto a maioria usa a rede mundial para se informar, pagar contas, fazer compras e trocar e-mails, há uma pequena parcela dos usuários que acha difícil controlar o tempo gasto on-line. Isso ao ponto em que tal hábito passa a interferir em suas atividades diárias”, apontou a cientista.

Os “viciados em internet” passam, proporcionalmente em relação à maioria dos usuários, mais tempo em comunidades virtuais e em sites pornográficos e de jogos. Os pesquisadores verificaram que esse grupo tem incidência maior de depressão de moderada a grave.

“Nossa pesquisa indica que o uso excessivo da internet está associado com depressão, mas o que não sabemos é o que vem primeiro. As pessoas depressivas são atraídas pela internet ou é o uso da rede que causa depressão?”, questionou Catriona.

A pesquisa examinou 1.319 pessoas com idades entre 16 e 61 anos. Do total, 1,2% foi considerado como “viciado em internet”. Apesar de ser uma pequena parte do total, segundo os pesquisadores o número de internautas nessa categoria tem crescido.

Incidentes como a onda de suicídios entre adolescentes ocorrida na cidade de Bridgend, no País de Gales, em 2008, têm levado a questionamentos a respeito da influência das redes sociais em indivíduos vulneráveis à depressão.

No estudo, os pesquisadores observaram que o grupo dos “viciados em internet” era formado principalmente por usuários mais jovens, com média de idade de 21 anos.

“Está claro que para uma pequena parte dos usuários o uso excessivo da internet é um sinal de perigo para tendências depressivas. Precisamos considerar as diversas implicações dessa relação e estabelecer claramente os efeitos desse uso na saúde mental”, disse a pesquisadora.

O artigo The relationship between excessive internet use and depression: a questionnaire-based study of 1,319 young people and adults, de Catriona Morrison e outros, pode ser lido por assinantes da Psychopathology (2010;43:121-126 – DOI:10.1159/000277001) em www.karger.com/psp.


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A importância da pequena empresa


Pequena empresa é quem faz o Brasil trabalhar


do blog Tijolaço, do deputado Brizola Neto

Acompanhe aí no gráfico ao lado e você verá que quem criou oportunidade de trabalho no Brasil foram as microempresas e os eemprendedores individuais. Veja lá: dos 30,5 milhões de postos de trabalho criados nos 20 anos entre 1989 e 2008, quase 17 mil foram em microempreendimentos ou trabalho por conta própria. Ou seja, 55% por cento do total. E se você considerar só os empregos formais criados no período – 15,78 milhões – e juntar as pequenas e médias empresas, com menos de 100 empregados, o número de carteiras assinadas pelo qual elas respondem chega a pouco mais de 9,3 milhões, o que representa 59,2% do total.

Os números fazem parte de um estudo do Instituto de pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, divulgado hoje.

Veja como é o mapa do trabalho no Brasil, segundo os dados levantados pelo IBGE, em 2008:

- 92,4 milhões de ocupados. Desse universo, 60,8 milhões (65,8%) com emprego assalariado,sendo 40,1 milhões com carteira assinada (66%) e 20,7 milhões sem contrato de trabalho formal (34%). A parte restante dos ocupados que não eram assalariados (31,6 milhões) se dividia em 18,7 milhões de trabalhadores por conta própria (20,2%), 4,6 milhões de trabalhadores sem remuneração (5%), 4,2 milhões de trabalhadores em atividades próprias de produção, consumo e construção (4,6%) e 4,1 milhões de empregadores (4,4%)

- Os empregos no setor privado: 47,8 milhões de empregados e 4,1 milhões de empregadores, mais os 18,7 milhões de trabalhadores por conta própria. Total: 70,6
milhões de ocupações, 76,4% do total da ocupação nacional. O restante são os funcionários públicos (6,4 milhões), os trabalhadores domésticos (6,6 milhões) e ocupados não remunerados e envolvidos em atividades próprias de produção, consumo e construção não agrícola (8,8 milhões).

- Daqueles 70,6 milhões, 54,4% são pessoas que ganham a vida desde em atividades individuais até empresas de até dez trabalhadores. Entre eles, menos de um terço (29,4%) encontravam-se cobertos pela legislação social e trabalhista e 40% trabalhavam mais que as 44 horas prescritas pela Constituição.

Não tive tempo de ler ainda todo o estudo. Mas estes dados já mostram como é importante – não, não é importante, é vital – para o Brasil cuidar e estimular o pequeno e o microeempreendedor. O crédito para os microeempreendedores no Brasil ainda é um dos menores percentuais do crédito total em países em desenvolvimento.

Durante muitos anos os nossos governantes rastejavam atrás das grandes empresas mundiais e se vangloriavam de terem atraído para cá algumas destas gigantes, não raro a poder de favores fiscais. Mas quem dá trabalho, mesmo, aos brasileiros, são os brasileirinhos que abrem uma lojinha, uma fabriqueta, um pequeno negócio individual.

Claro que precisamos de grandes empresas – ninguém vai imaginar, por exemplo, uma micropetroquimica, por exemplo – mas devemos olhar mais para estas pequenas iniciativas e, sobretudo, ajuda-las a inserir seus trabalhadores no mundo dos direitos sociais.


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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Marcos Coimbra* : O cenário de janeiro

Janeiro terminou cheio de boas notícias para Lula, pensando no seu projeto principal, aquele ao qual dedica seu melhor esforço: dar a vitória a Dilma em outubro.

Nas duas pesquisas nacionais divulgadas nos últimos dias, os resultados são-lhe todos favoráveis: sua popularidade subiu, sua candidata melhorou, o principal adversário parou ou retrocedeu um pouco, aumentou a tendência à polarização.

A primeira foi feita pela Vox Populi entre os dias 14 e 26 e a segunda pela Sensus, entre os dias 25 e 29, as duas em janeiro. Nelas, não há nenhum resultado que surpreenda pelo ineditismo, tudo sendo coerente com o panorama que outras pesquisas, feitas no correr de 2009, já apontavam.

Elas apenas mostram que a passagem do tempo está contribuindo para provocar a situação desejada pelo presidente.

Ambas testaram duas hipóteses nas perguntas de intenção estimulada de voto, uma com e outra sem o nome de Ciro Gomes. Nos dados da Vox, Serra continua liderando, mas com vantagem significativamente menor.

Com Ciro na lista, Serra tem 34% e Dilma 27%, ele 11% e Marina 6%. Sem, Serra sobe para 38%, Dilma fica com 29% e Marina com 8%. Na Sensus, Serra teria 33% e Dilma 28%, ficando Ciro com 12% e Marina com 7%. No outro cenário, Serra 41%, Dilma 28% e Marina 10%.

Olhando para o que tínhamos há alguns meses, as mudanças são grandes. Não faz muito tempo, Serra reunia, sozinho, intenções suficientes para vencer a eleição em primeiro turno, ao fazer mais que a soma de seus oponentes.

Nessas pesquisas, mesmo no cenário sem Ciro, a possibilidade parece remota.

A dianteira de Serra sobre Dilma foi o que mais mudou. Na pesquisa anterior da Vox, feita em meados de dezembro, sua vantagem passava de 20 pontos percentuais, que se reduziram a 7% ou 9% agora.

Algo parecido acontece nos dados da Sensus, embora sua pesquisa anterior seja de novembro: a diferença entre os dois iria de 5%, com Ciro na lista, a 13%, sem ele.

O encurtamento da vantagem do governador em relação à ministra já tinha sido constatado em outras pesquisas feitas em dezembro. O Datafolha, por exemplo, havia indicado uma queda de 21 para 14 pontos entre agosto e o final de 2009, depois dela ter estado em 25% alguns meses antes.

As duas pesquisas concordam que a candidatura de Ciro se mantem em um patamar entre 10% e 15%, mais perto do limite de baixo que de cima dessa faixa. E ambas mostram que Serra é quem mais se beneficia da retirada de Ciro das listas, pois é quando seu nome delas consta que Serra se sai pior.

É fácil se confundir na interpretação desses resultados, deles deduzindo que “Dilma precisa de Ciro”. Trata-se, no entanto, de um equívoco, que decorre de não se considerar o nível de conhecimento muito desigual que ainda há entre os candidatos.

Serra e Ciro são os únicos que muitos eleitores conhecem, pois disputaram eleições nacionais, coisa que nem Dilma, nem Marina fizeram. A proporção dos que nunca sequer ouviram falar nelas permanece perto de 35%.

Quando essas pessoas consideram listas onde estão os nomes dos dois, optam, na maioria das vezes, por um ou outro. E, quando um sai, pelo que resta.

Ou seja, não é que “Ciro tira mais votos de Serra que de Dilma”, apenas que quem não conhece (ainda) Dilma ou Marina tende a ir para Serra quando só resta ele de conhecido. Isso fica aritmeticamente claro nos dados da Sensus: Dilma permanece exatamente igual nos cenários com e sem Ciro, mostrando que, quando ele sai, ela não ganha (por enquanto) nem um ponto.

À medida, no entanto, que avançar o conhecimento das duas, o que vai acontecer mais rapidamente de agora para frente, esse efeito se reduzirá. Aí sim será possível falar alguma coisa sobre a transferência de votos de Ciro (ou qualquer outro candidato) para os demais. As pesquisas de agora nada dizem sobre esse fenômeno.

Com Ciro parado e Marina sem dar mostras de crescer, outro dos projetos de Lula para as eleições está se materializando. Tudo indica que teremos a polarização que ele sempre buscou, um embate PT vs. PSDB já no primeiro turno, em que ele tudo fará para que os eleitores confrontem seu governo ao do antecessor.

Ajudando a entender seus resultados eleitorais (e o que permitem antever), as pesquisas mostram que Lula sobe mais um degrau em um tipo de popularidade que não conhecíamos em nossa experiência como país democrático.

Há tempos se sabe que ele tem, atualmente, uma avaliação positiva quase consensual, mas é sempre surpreendente constatar que ela continua a melhorar. No final de janeiro, segundo os dados da Vox, 74% dos brasileiros achavam seu governo “ótimo” ou “bom”, ou seja, 3 em 4 pessoas. Como outros 20% consideram o governo “regular”, restam 6% para reprová-lo.

Com uma insatisfação desse porte, podemos ter uma ideia do tamanho do desafio que aguarda Serra.

Fonte: Correio Braziliense

* Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Charge do Bessinha

Leve vantagem de Dilma

Essa notícia foi dada pelo Estadão, a partir da agência Bloomberg:

Consultoria norte-americana aponta Dilma como favorita

Empresa especializada em pesquisa de risco político vê ministra em vantagem sobre Serra

SÃO PAULO - A empresa de consultoria norte-americana Eurasia Group, especializada em pesquisa de risco político, apontou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como favorita entre os pré-candidatos à sucessão presidencial, como foi antecipado pela agência Bloomberg em seu site.

O relatório do diretor para a América Latina, Christopher Garman, publicado nesta terça-feira, 2, indica que as eleições deste ano "certamente prometem ser muito competitivas, mas a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff, deve ser considerada favorita".

Não se trata, propriamente, de uma novidade.

O presidente do Eurasia Group mantém um blog no site da revista Foreign Policy, em que dá seus palpites:

No dia 2 de fevereiro, falando sobre 2010 na América Latina, Ian Bremmer escreveu:

"A notícia verdadeiramente interessante deste ano está no Brasil, onde a riqueza do petróleo e a popularidade do presidente Lula seduziram o governo a adotar uma política macroeconômica menos disciplinada e uma visão mais estatista dos investimentos estrangeiros e dos setores econômicos estratégicos. O sucessor presidencial preferido de Lula, Dilma Rousseff, deve ser considerada levemente favorita para vencer. Se ela o fizer, vai aprofundar o envolvimento estatal na economia do Brasil. Se o candidato da oposição José Serra vencer, veremos menos favorecimento de empresas estatais e uma política fiscal mais apertada. Quem quer que vença, há um setor obviamente aberto para investimento estrangeiro: infraestrutura do transporte. Há muito trabalho a fazer para preparar o Rio para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016".

Atribuam ao chamado "smart money" as pressões para que o vice de Dilma seja o atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mas não passa pela cabeça de ninguém, em Nova York, Paris ou Londres, que a candidata de Lula incorpore algo que não seja "mais do mesmo", independentemente do vice.

Não se trata, de qualquer forma, de "wishful thinking", já que a empresa vive de acertar seus prognósticos.

Kassab teve 33% de doações ilegais em 2008, diz perícia



Laudo mostra risco de perda de mandato do prefeito paulistano em 1ª instância

Juiz responsável por ação adota como critério cassar quem teve mais de 20% de contribuições de doadores vedadas pela Promotoria

De Flávia Ferreira:

Um parecer técnico contábil da Justiça Eleitoral de São Paulo indica que 33% do total arrecadado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), na campanha eleitoral de 2008 teve origem em fontes de doações consideradas ilegais pelo Ministério Público Eleitoral.

O laudo, concluído em outubro e obtido pela Folha, indica o risco de que Kassab seja condenado em primeira instância à perda do cargo. Em casos semelhantes, o juiz Aloísio Silveira, responsável pela ação, cassou o mandato de 16 vereadores da capital. Ele tem adotado como critério para condenar à perda de mandato contas de campanha que apresentem mais de 20% dos recursos provenientes de fontes vedadas.

A execução de sentença contra os vereadores foi suspensa até que os recursos deles sejam julgados em 2ª instância pela Justiça Eleitoral de São Paulo.

A data ainda não foi marcada. Avisado pelos assessores sobre o risco de condenação, Kassab já desistiu da possibilidade de uma vitória em primeira instância e aposta suas fichas no Tribunal Regional Eleitoral.

Fonte: Ditabranda
Postado por Glória Leite

ECONOMIA - A Batalha contra o aumento dos juros.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles mantêm a batalha que travam desde o inicio do primeiro governo Lula. O comandante do BC continua entrincheirado nas teses do PIB potencial e da taxa de juros de equilíbrio que o Brasil deve pagar - 7% ou 8% de Selic. São duas teses acadêmicas que servem muito bem aos interesses dos rentistas e do capital financeiro, mas sem qualquer base na realidade brasileira, na economia do país.

Image
Henrique Meirelles
O ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles mantêm a batalha que travam desde o inicio do primeiro governo Lula. O comandante do BC continua entrincheirado nas teses do PIB potencial e da taxa de juros de equilíbrio que o Brasil deve pagar - 7% ou 8% de Selic.

São duas teses acadêmicas que servem muito bem aos interesses dos rentistas e do capital financeiro, mas sem qualquer base na realidade brasileira, na economia do país. Podemos e devemos, com tranquilidade, crescer mais que 5% ao ano e para isso não precisamos de juros mais altos e nem de desaceleração, fora as conseqüências que isso teria no câmbio, com a valorização do real e o aumento dos gastos do serviço da dívida interna.

Não há erro maior nesse momento em que aumentamos os investimentos públicos das estatais e privados - particularmente na infraestrutura do país e em educação e tecnologia (garantia de maior produtividade e menores custos) - do que elevar os juros. Os desafios do país são outros: fazer uma revolução tecnológica e educacional, consolidar uma matriz enérgica sustentável, melhorar a gestão pública, reformar as instituições políticas, fazer a reforma tributária, e equacionar a previdência social para o futuro.

Nada que se compare com a miopia de aumentar juros ao primeiro sinal de crescimento, como se nossa economia não tivesse força e instrumentos para equacionar a falta de insumos ou equipamentos, de matérias primas ou de recursos humanos.

Fonte: Blog do Zé Dirceu

Chalita:" É um absurdo o Governo Serra cortar pela metade os investimentos em formação dos professores"


“O vereador Gabriel Chalita (PSB) atacou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por seu desempenho na política educacional para o Estado.

Diego Salmen, Terra Magazine

"É um absurdo o Governo Serra cortar pela metade os investimentos em formação de professores", criticou o vereador. "E nada de aumento salarial".

"Infelizmente o governo Serra destruiu os programas de formação, as escolas de tempo integral, a escola da família... que pena", completou.

Nas eleições de 2008, o ex-secretário foi o vereador mais votado na capital paulista, com 102.044 votos, o equivalente a 1,7% do total de sufrágios válidos na cidade.

Insatisfeito com a "falta de espaço" no PSDB, Chalita se desfiliou do partido em setembro do ano passado. Neste ano, deve disputar uma cadeira no Senado pelo PSB.”

Charge do Bessinha

A padarização da polícia paulista

São Paulo: a população refém dos criminosos

Estado tem recorde em registros de roubo e explosão nos casos de estupro, latrocínio e sequestro

por Mauro Carrara

Está lá, no Diário Oficial do Estado, no item reservado aos despachos do Gabinete do Secretário da Segurança Pública: elevação assustadora nos índices de criminalidade, com recorde no número de roubos.

Num Estado hoje dominado por facções criminosas e gangues, engravatadas ou não, armadas ou não, as estatísticas revelam uma situação alarmante.

Os roubos atingiram o mais alto índice da série histórica. Mais de 257 mil ocorrências em 2009. Um acréscimo de 18% em relação ao ano anterior.

Também cresceu em 3% o número de homicídios no Estado.

Os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) cresceram 14% em relação a 2008. Nesses eventos, 304 cidadãos perderam a vida.

Pulou de 60 para 85 o número de casos de extorsão mediante sequestro.

O Estado registrou ainda mais de 528 mil casos de furto, 8% a mais que em 2008.

Os casos de estupro (mais atentado violento ao pudor) bateram recorde. Pularam de 3.338, em 2008, para 5.647, em 2009.

Para completar o quadro de horror e insegurança, a violência policial também aumentou.

Pelo menos 549 pessoas morreram em supostos confrontos com a polícia. Em 2008, tinham ocorrido 431 eventos do gênero.

Padarização

Cabe pouca filosofia acerca do acelerado processo de degradação da qualidade de vida no Estado de São Paulo.

A população que paga altíssimos impostos é vítima do desgoverno e das práticas predatórias do grupo que há anos se encontra encastelado no poder.

Depois de algumas encenações teatrais, o governo de Geraldo Alckmin retirou-se covardemente do combate ao crime organizado. Pediu água...

A gestão de José Serra aprofundou de forma escandalosa o sistema de submissão e sucateou o sistema de Segurança Pública.

O candidato do PSDB à Presidência da República paga mal os agentes da lei. Em termos de treinamento e equipamentos, priva-os do básico para uma ação preventiva inteligente e efetiva.

E, quando pode, Serra ainda fomenta a rivalidade entre policiais civis e militares. Em 2008, essa estratégia de geração de intrigas provocou confronto aberto entre os dois grupos às portas de sua casa, o Palácio dos Bandeirantes.

Mal remunerados, mal aparelhados e mal geridos, os policiais paulistas são hoje o retrato da degradação de São Paulo.

Esse padrão de negligência e incompetência resultou nas mortes da garota Eloá Cristina, raptada pelo ex-namorado no ABC, e do jovem Cleiton de Souza, num conflito entre torcidas de futebol, na Capital.

Mas são milhares e milhares os anônimos contribuintes que sofrem com a insegurança todos os dias. É o empresário que sai cedo para trabalhar. É a humilde estudante que volta tarde para casa. Ninguém está seguro.

A rigor, vigora hoje o sistema de “padarização” das patrulhas. Muitos dos agentes da lei se mantêm nas imediações de uma panificadora ou mercado, reduzindo drasticamente as rondas pelas áreas internas dos bairros.

Acabam se tornando guardas particulares dos comerciantes locais. Esse fenômeno já não atinge somente a periferia da Capital e de outras grandes cidades, mas também os bairros de classe média.

Na verdade, tudo parece sair de acordo com a encomenda. Ao destroçar o sistema de segurança pública, o tucano Serra tem incentivado indiretamente os negócios de segurança particular.

É seu jeito de ser e pensar, alinhado com os ultrapassados dogmas do neoliberalismo.

Cabe lembrar que, no âmbito da Capital, o prefeito Gilberto Kassab segue a mesma cartilha. Dessa forma, reduziu drasticamente os investimentos em capacitação técnica e humanização da Guarda Civil Metropolitana.

Por fim, é preciso que se faça justiça.

São Paulo ainda tem, sim, policiais militares e civis que arriscam a vida para proteger o cidadão. São honestos, dedicados e atentos ao interesse público.

Estes, no entanto, são cada vez mais raros. E, frequentemente, acabam admoestados e punidos justamente por suas virtudes. Que Deus os guarde.

Fonte: VIOMUNDO


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A máquina de fazer justiça

Justiça gramatical

Claudio Weber Abramo, no Estadão, mas lido no Conversa Afiada

Imagine o eventual leitor que um agente da Polícia Federal de plantão em algum aeroporto brasileiro, num certo dia, receba um telefonema durante o qual alguém informe sobre a presença de um bombardeador suicida num avião que esteja prestes a decolar. Imagine ainda que, ao ser indagado sobre sua identidade, o denunciante decline de fornecê-la. Imagine também que, com base na informação recebida, o agente decida sustar a decolagem para averiguar a questão. Suponha, por fim, que a diligência resulte na confirmação da informação: o passageiro denunciado efetivamente veste um colete recheado com bananas de dinamite.

Pergunta-se: qual pode ser a consequência legal para o terrorista?

Resposta: nenhuma, ao menos segundo o entendimento do sr. Cesar Asfor Rocha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Conforme o ministro, denúncias anônimas não podem motivar iniciativas de agentes públicos. O certo seria o policial nada fazer a respeito. Pior, uma vez que teria cometido um ato ilegal, o agente poderia sofrer punição administrativa e mesmo ser processado. Quanto ao terrorista, seria libertado com desculpas. Poderia ainda processar o policial federal por danos morais.

Essa, sem tirar nem pôr, foi a decisão de Asfor Rocha ao conceder liminar a mandado de segurança impetrado por investigados na Operação Castelo de Areia contra a própria existência da ação penal contra eles. Para o ministro, parte dos indícios de práticas de corrupção de que são acusados executivos da empresa Camargo Corrêa e que informam o processo decorrente da Castelo de Areia seria inválida, porque a denúncia original foi anônima.

É claro que a responsabilidade dos executivos em questão teria de ser confirmada judicialmente antes de se poder afirmar que eles, de fato, cometeram crimes de corrupção.

No entanto, caso a liminar concedida por Asfor Rocha não seja derrubada no STJ e se recursos posteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal forem rejeitados, não haverá decisão judicial alguma, porque não haverá processo.

O caso do ministro-presidente do STJ é exemplar de um particular tipo de disfuncionalidades da Justiça brasileira - a tendência manifestada por muitos magistrados de considerarem que a Justiça não passa de um jogo de formalidades sem relação com a vida. Para eles, a literalidade dos textos legais é muito mais importante do que a administração de justiça. Não atentam para o fato de que, se as situações concretas levadas aos tribunais devessem sempre ser decididas por aplicação mecânica de dispositivos legais, então, não existiria justificativa para a existência de juízes. Máquinas poderiam cumprir a tarefa, o que, aliás, fariam melhor do que seres humanos, pois a vantagem das máquinas é fazerem sempre tudo do mesmo jeito.

Justiça é outra coisa. As leis não são formuladas como exercícios sintáticos destinados a tertúlias entre operadores do Direito, mas para enfrentar situações concretas. Os códigos legais refletem, no limite, as expectativas de justiça emanadas da sociedade.

É claro que as leis mudam muito mais devagar do que as aspirações sociais. Isso não é mau, pois é necessário proteger o arcabouço jurídico de mudanças intempestivas, que no longo prazo se podem revelar contraproducentes. De toda maneira, um dos motivos pelos quais juízes existem é abreviar a distância entre as leis e as expectativas da sociedade.

É claríssimo que a formulação constitucional que proíbe a denunciação anônima (e, por consequência, também proíbe ao Estado ocultar a identidade de denunciantes) é demasiado abrangente e anacrônica. A base desse preceito são relações privadas: uma pessoa física não pode sofrer processo (por exemplo, por danos materiais) movido por alguém que permaneça não identificado.

Não é de modo algum o caso de processos movidos por agentes do Estado, como são os promotores públicos. Estes não agem anonimamente.

Observe-se que as convenções internacionais de combate à corrupção de que o Brasil é signatário explicitam a necessidade de se montarem mecanismos de recepção de denúncias sem exigência de identificação do denunciante. Isso é muito importante para se obterem informações, principalmente, de agentes do Estado e de funcionários de empresas envolvidas em corrupção (ou de seus concorrentes, claro), os quais de outra forma se sentiriam justificadamente vulneráveis. Sem esse tipo de proteção a investigação de possíveis atos de corrupção de alto coturno se torna quase impossível.

Vários órgãos brasileiros aceitam denúncias anônimas, como, por exemplo, a Controladoria-Geral da União (CGU). No sítio da CGU na internet podem-se denunciar suspeitas de corrupção sem necessidade de identificação. A CGU processa internamente essas denúncias e quando considera serem, em tese, plausíveis abre processos de investigação. Faz isso de ofício, quer dizer, o procedimento é desencadeado pelos agentes do próprio órgão.

O mesmo acontece com os serviços de Disque-Denúncia, que se espalham com grande sucesso por vários Estados do País e têm sido responsáveis pela redução de certos tipos de crimes, como sequestros.

Se dependesse de Asfor Rocha, tudo isso seria considerado ilegal.

No caso em questão, é evidente que o ministro poderia ter ponderado que tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público agem de ofício, e que, portanto, a denúncia contra os réus da Camargo Corrêa não foi anônima.

Ao não reconhecê-lo, o ministro-presidente do STJ emite o sinal claríssimo de que, se depender dele e daqueles que pensam como ele, no Brasil a investigação de corrupção deve ficar restrita a casos triviais.

Claudio Weber Abramo, bacharel em Matemática e mestre em Lógica e Filosofia da Ciência, é diretor executivo da Transparência Brasil, organização não-governamental dedicada ao combate à corrupção no País

Fonte: blog VIOMUNDO

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Frase:

“Não vou defender o MST pela ação, embora esteja claro para mim que ele é uma das únicas organizações a, de fato, defender os pobres no Brasil. Mas não vou também condená-lo ao fogo do inferno. Não aceito a transformação das laranjeiras em novos cordeiros imolados pela ‘fúria de militantes irracionais’”.

Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro nos governos Sarney e FHC, indignado com a cobertura da mídia, ele criticou duramente “o noticiário televisivo que omitiu que a fazenda [da Cutrale] é fruto de grilagem contestada pelo Incra”.

Choradeira Geral!!!


Reação dos tucanos-demos, após divulgação da pesquisa que dá empate técnico entre Serra e Dilma.

Grileiro da Cutrale e laranjas da mídia

Preparando o clima para o início das investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do MST, que será um dos principais palanques da oposição demo-tucana em 2010, a TV Globo voltou à carga com as fortes cenas da destruição dos pés de laranja da empresa Cutrale, no interior paulista, em setembro passado. Com base num outro vídeo bastante suspeito da Policia Civil de São Paulo, nove ativistas dos sem-terra foram presos na semana passada, inclusive três dirigentes petistas, acusados de participarem de “furtos, depredações e atos de vandalismo”.

O bombardeio midiático é violento. Quando da destruição dos laranjais, até Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro nos governos Sarney e FHC, estranhou a virulência dos ataques. “Não vou defender o MST pela ação, embora esteja claro para mim que ele é uma das únicas organizações a, de fato, defender os pobres no Brasil. Mas não vou também condená-lo ao fogo do inferno. Não aceito a transformação das laranjeiras em novos cordeiros imolados pela ‘fúria de militantes irracionais’”. Indignado com a cobertura da mídia, ele criticou duramente “o noticiário televisivo que omitiu que a fazenda [da Cutrale] é fruto de grilagem contestada pelo Incra”.

Respostas do MST são ofuscadas

Agora, com a prisão espalhafatosa e arbitrária das lideranças rurais, a mídia hegemônica volta à ofensiva. A crítica é implacável, apesar do próprio MST já ter reconhecido publicamente o equívoco daquela iniciativa. Numa entrevista à revista CartaCapital, no final do ano passado, João Pedro Stedile, da coordenação nacional do movimento, foi taxativo. “A destruição dos pés de laranja foi um erro. Deu margem para que o serviço de inteligência da PM, articulado com a TV Globo, desmoralizasse o MST”. Para ele, o equívoco decorreu do desespero das famílias de sem-terra acampadas na região, que vivem em condições desumanas e sem qualquer infra-estrutura.

Já com relação às imagens de depredação e furtos na fazenda, usadas para justificar a prisão das lideranças, o dirigente do MST rejeitou as acusações da polícia. “Isto é mentira. As famílias não fizeram nada daquilo. Foi uma armação entre a polícia e a Cutrale. Depois da saída das famílias, chamaram a imprensa. Desafiamos a organizarem uma comissão independente para investigar quem desmontou os tratores e entrou nas casas dos empregados”. Ele lembra que os sem-terra foram retirados à força do local em dois caminhões da Cutrale, sendo filmados e revistados.

Revista Veja arquiva reportagem

Em todo este estranho episódio, a mídia venal revela que tem lado nos conflitos de classe – que defende abertamente os interesses dos barões do agronegócio. Com as cenas exibidas à exaustão para jogar a sociedade contra o MST, as redes “privadas” de televisão e os jornalões oligárquicos demonizam os sem-terra e endeusam a poderosa Cutrale. Neste esforço, eles deixam, inclusive, de repercutir denúncias antigas contra a empresa. Em maio de 2003, por razões desconhecidas – talvez em mais uma ação mercenária –, a insuspeita revista Veja publicou elucidativa reportagem sobre a Cutrale. Agora, ela simplesmente arquivou a bombástica matéria.

Na ocasião, ela revelou que a empresa é uma das mais ricas e poderosas do mundo. “O brasileiro José Luís Cutrale e sua família detêm 30% do mercado global de suco de laranja, quase a mesma participação da Opep no negócio de petróleo”. A produção mundial de laranjas e de derivados se reduzia a duas regiões do planeta – no interior de São Paulo e na Flórida, nos EUA. “A Cutrale vende suco concentrado para mais de vinte países, entre os quais os Estados Unidos, todos os da Europa e a China. Seus clientes são grandes companhias do padrão da Parmalat, da Nestlé e da Coca Cola, dona de uma das empresas de suco de laranja mais populares dos Estados Unidos”.

“A agressividade gerencial da Cutrale”

Segundo a revista, este poderoso império foi erguido de forma suspeita. “O principal segredo do negócio consiste em adquirir a fruta a preço baixo – preço de banana, brincam os fornecedores –, esmagá-lo pelo menor custo possível e vender o suco a um valor elevado”. Em 2001, o governo FHC chegou a investigar a altíssima lucratividade da Cutrale (nos anos 1980, ela teve taxas de retorno na ordem de 70%, um fenômeno raro). “Uma autoridade da Receita Federal relatou a Veja que a estratégica para elevar a lucratividade do grupo passa por contabilizar parte dos resultados por intermédio de uma empresa sediada no paraíso fiscal das Ilhas Cayman. Com isso, informa a autoridade da Receita, a Cutrale conseguiria pagar menos impostos no Brasil”.

A revista também criticava a “agressividade gerencial da família Cutrale”, que já virou “lenda no interior paulista. Os plantadores de laranja no Brasil têm poucas opções para escoar a produção. Há apenas cinco grandes compradores da fruta e Cutrale é o maior deles. Por essa razão, acabam mantendo com o rei da laranja uma relação que mistura temor e dependência. Por um lado, eles precisam que ele compre a produção. Por outro, assustam-se com alguns métodos adotados pela Cutrale para convencê-los a negociar as laranjas por um preço mais baixo”. Vários produtores relataram à revista a brutal pressão para baixar preços ou mesmo para adquirir suas fazendas, inclusive com sobrevôos ameaçadores de helicóptero e outros métodos terroristas.

Uma coleção de processos na Justiça

Um fato gravíssimo ocultado pela mídia nos dias atuais de ódio ao MST é que Cutrale coleciona processos na Justiça por desrespeito aos direitos trabalhistas, crimes ambientais, pressão contra os lavradores e porte ilegal de armas. Na reportagem de maio de 2003, a revista citava que “essa linha dura já rendeu à Cutrale discussões legais sobre formação de cartel. De 1994 para cá, ela já foi alvo de cinco processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia encarregada de preservar a concorrência... Jamais sofreu uma punição”.

A revista Veja e o grosso da mídia hegemônica simplesmente esqueceram estas irregularidades. Para satanizar o MST, a imprensa endeusa a Cutrale. Os sem-terra são os bandidos e o poderoso empresário, um santo. As emissoras “privadas” de televisão e os jornalões sequer explicam aos ingênuos que as terras no interior paulista não pertencem legalmente à empresa. Elas fazem parte do lote chamado Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares pertencentes à União. Ou seja, elas foram griladas – roubadas – pela Cutrale. Em 2007, a Justiça Federal cedeu a totalidade do imóvel ao Incra. Mas a empresa permanece na área com base em ações judiciais protelatórias.

A mídia faz escândalo com a destruição de dois hectares de laranjas em setembro, numa área que seria usada no plantio de alimentos para os acampados, mas não informa que desde que a Cutrale começou a monopolizar o produto, milhares de pequenos e médios agricultores já abandonaram, de 1999 a 2006, cerca de 280 mil hectares de pés de laranja em São Paulo. “Mas a TV Globo e o helicóptero da PM nunca se importaram”, ironiza Stedile. Diante da riquíssima família Cutrale, que tem uma fortuna avaliada em US$ 5 bilhões, os colunistas da mídia são realmente laranjas!

Fonte: Blog do Miro

Charge do Duke

Serra admite erro e resolve limpar o Tietê

Depois dos alagões em São Paulo, o governo demo-tucano do estado de São Paulo, finalmente admite o erro, e decidiu elevar de 400 mil m³ para 1 milhão de m³ o total de resíduos a serem retirados do Rio Tietê em 2010.

O choque de gestão de José Serra (PSDB/SP) havia resolvido cortar custos na limpeza de 60% fundo do Rio. É a economia na base da porcaria. Qual foi o prejuízo de todos com as enchentes? Com certeza o prejuízo de todos é muito maior do que o custo da limpeza de mais 600 mil m³, que não foi feito.

Além da manutenção do rio ser aquém da necessária e de todas as recomendações técnicas (ver vídeo abaixo), a limpeza do rio ficou abandonada em 2006, 2007 e 2008, conforme reportagem do blog Viomundo(matéria completa.)

Fonte: Contrapondo o PIG

Foto exclusiva


Dioguinho, no auge de seus sete anos de idade (mental)

Lambido do blog: Com texto livre

A IV Frota em ação: Um porta-aviões chamado Haiti



Com a crise haitiana, a militarização das relações entre os EUA e a América Latina avança mais um passo, como parte da militarização de toda política externa de Washington. A intervenção é tão escancarada que o jornal chinês "Diário do Povo" pergunta se os EUA pretendem incorporar o Haiti como mais um Estado. Em apenas uma semana o Pentágono mobilizou para a ilha um porta-aviões, 33 aviões de socorro e numerosos navios de guerra, além de 11 mil soldados. A Minustah, missão da ONU para a estabilização do Haiti, tem apenas 7 mil soldados. O problema central para a hegemonia dos EUA na região é o Brasil. O artigo é de Raul Zibechi.


A reação dos Estados Unidos de militarizar a parte haitiana da ilha logo após o devastador terremoto de 12 de janeiro deve ser considerada dentro do contexto gerado a partir da crise financeira e da chegada de Barack Obama à presidência. As tendências de fundo já estavam presentes, mas a crise acelerou-as de um modo que lhes deu maior visibilidade. Trata-se da primeira intervenção de envergadura da IV Frota, restabelecida há pouco tempo.

Com a crise haitiana, a militarização das relações entre os EUA e a América Latina avança mais um passo, como parte da militarização de toda política externa de Washington. Deste modo, a superpotência em declínio tenta retardar o processo que a converterá em uma de outras seis ou sete potências no mundo. A intervenção é tão escancarada que o jornal oficial chinês Diário do Povo (de 21 de janeiro) pergunta se os EUA pretendem incorporar o Haiti como um Estado mais da União.

O jornal chinês cita uma análise da revista Time, onde se assegura que “o Haiti se converteu no 51° estado dos EUA ou, pelo menos, seu quintal”. Com efeito, em apenas uma semana o Pentágono mobilizou para a ilha um porta-aviões, 33 aviões de socorro e numerosos navios de guerra, além de 11 mil soldados. A Minustah, missão da ONU para a estabilização do Haiti, tem apenas 7 mil soldados. Segundo a Folha de São Paulo (20 de janeiro), os EUA substituíram o Brasil de seu lugar de direção da intervenção militar na ilha, já que, em poucas semanas, terá “doze vezes mais militares que o Brasil no Haiti”, chegando a 16 mil homens.

O mesmo Diário do Povo, em um artigo sobre o “efeito estadunidense” no Caribe, assegura que a intervenção militar deste país no Haiti terá influência em sua estratégia no Caribe e na América Latina, onde mantém uma importante confrontação com Cuba e Venezuela. Essa região é, para o jornal chinês, “a porta de entrada de seu quintal”, que os EUA buscam “controlar muito de perto” para “continuar ampliando seu raio de influência sobre o sul”.

Tudo isso não é muito novo. O importante é que se inscreve em uma escalada que iniciou com o golpe militar em Honduras e com os acordos com a Colômbia para a utilização de sete bases neste país. Se, a isso, somamos o uso das quatro bases que o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, cedeu a Washington em outubro, e as já existentes em Aruba e Curaçao (ilhas próximas a Venezuela pertencentes a Holanda), temos um total de 13 bases rodeando o processo bolivariano. Agora, além disso, consegue posicionar um enorme porta-aviões no meio do Caribe.

Segundo Ignácio Ramonet, no Le Monde Diplomatique de janeiro, “tudo anuncia uma agressão iminente”. Esse não parece ser o cenário mais provável, ainda que se possa concluir duas coisas: os EUA optaram pelo militarismo para mitigar seu declínio e necessitam do petróleo da Colômbia, Equador e, sobretudo, da Venezuela para afiançar sua situação hegemônica ou, pelo menos, diminuir a velocidade deste declínio. No entanto, as coisas não são tão simples.

Para o jornal francês, “a chave está em Caracas”. Sim e não. Sim porque, com efeito, 15% das importações de petróleo dos EUA provém da Colômbia, Venezuela e Equador, mesmo índice da quantidade importada do Oriente Médio. Além disso, a Venezuela caminha para converter-se na maior reserva de petróleo do planeta, assim que se confirmarem as reservas do Orinoco descobertas recentemente. Segundo o Serviço Geológico dos EUA, seriam o dobro das da Arábia Saudita. Tudo isso seria suficiente para que Washington desejasse, como deseja, tirar Hugo Chávez do poder.

Ao meu modo de ver, o problema central para a hegemonia estadunidense no seu “quintal” é o Brasil. O petróleo é uma riqueza importante. Mas é preciso extraí-lo e transportá-lo, o que demanda investimentos, ou seja, estabilidade política. O Brasil já é uma potência global, é o segundo dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), ficando atrás em importância apenas da China. Dos dez maiores bancos do mundo, três são brasileiros (e cinco chineses). Nenhum destes dez bancos é dos EUA ou da Inglaterra. O Brasil tem a sexta reserva de urânio do mundo (com apenas 25% de seu território investigado) e estará entre as cinco maiores reservas de petróleo quando for concluída a prospecção da bacia de Santos. As multinacionais brasileiras figuram entre as maiores do mundo. A Vale do Rio Doce é a segunda mineradora e a primeira em mineração de ferro; a Petrobras é a quarta empresa petrolífera do mundo e a quinta empresa global por seu valor de mercado; a Embraer é a terceira empresa aeronáutica, atrás apenas da Boeing e da Airbus; o JBS Friboi é o primeiro frigorífico de carne de gado bovino do mundo; a Braskem é a oitava petroquímica do planeta. E poderíamos seguir com a lista.

Ao contrário da China, o Brasil é autosuficiente em matéria de energia e será um grande exportador. Sua maior vulnerabilidade, a militar, está em vias de ser superada graças à associação estratégica com a França. Na década que se inicia, o Brasil fabricará aviões caça de última geração, helicópteros de combate e submarinos graças à transferência de tecnologia pela França. Até 2020, se não antes, será a quinta economia do planeta. E tudo isso ocorre debaixo do nariz dos EUA.

O Brasil já controla boa parte do Produto Interno Bruto da Bolívia, Paraguai e Uruguai, tem uma presença muito firme na Argentina, da qual é um sócio estratégico, assim como no Equador e no Peru, que facilitam a saída para o Pacífico. Aí está o osso mais duro para a IV Frota. O Pentágono desenhou para o Brasil a mesma estratégia que aplica a China: gerar conflitos em suas fronteiras para impedir a expansão de sua influência: Coréia do Norte, Afeganistão, Paquistão, além da desestabilização da província de Xinjiang, de maioria muçulmana.

Na América do Sul, um rosário de instalações militares do Comando Sul rodeia o Brasil pela região andina e o sul. A pinça se fecha com o conflito Colômbia-Venezuela e Colômbia-Equador. Agora contará com o porta-aviões haitiano, deslocando desta ilha a importante presença brasileira à frente da Minustah. É uma estratégia de ferro, friamente calculada e rapidamente executada.

O problema que as nações e os povos da região enfrentam é que as catástrofes naturais serão uma moeda de troca corrente nas próximas décadas. Isso é apenas o começo. A IV Frota será o braço militar mais experimentado e melhor preparado para intervenções “humanitárias” em situações de emergência. O Haiti não será a exceção, mas sim o primeiro capítulo de uma nova série pautada pelo posicionamento militar dos EUA em toda a região. Dito de outro modo: nós, latino-americanos, corremos sério perigo e já é hora de nos darmos conta disso.


By: Carta Maior

O ódio da mídia e a primeira vitória de Lula

Gilson Caroni Filho, Jornal do Brasil

RIO - Se a deontologia do jornalismo não contempla a divulgação de matérias partidarizadas como se fossem notícias apuradas em nome do leitor/telespectador, o telejornalismo brasileiro, principalmente o da Rede Globo, anda precisando redefinir qual é a natureza do seu verdadeiro ofício. Que fato objetivo deflagra tanta empulhação em horário nobre? Que registro simbólico almeja sua busca de sentidos? Qual a necessidade de construção permanente de imagens desfavoráveis ao governo e, em especial, ao presidente da República? Enganam-se os que pensam que as respostas a essas questões residem apenas nas próximas eleições. Lula, por seu significado histórico, representa uma fratura bem mais profunda do que pode parecer à primeira vista.

Ao obter mais de 30 milhões de votos em 1989, o ex-líder sindical apareceu como condensação das forças sociais que se voltavam para a demolição tardia do antigo regime. Contrariando prognósticos de conceituados analistas, sua candidatura teve gás suficiente para enfrentar as máquinas partidárias de velhos caciques. Mesmo derrotado por Collor, que representava a reprodução do passado no presente, o desempenho de Lula prenunciou, de forma categórica, o fim de uma “democracia” que só era possível mediante pacto de compromisso entre as velhas elites políticas, civis e militares. Essa foi sua primeira vitória. E a mídia disso se deu conta.

O embrião de um novo espaço histórico, capaz de conferir peso e voz aos de baixo na sociedade civil, na cultura e no arcabouço estatal, estava lançado. Com uma indiscutível capacidade de antecipação histórica, a família Marinho, que construiu seu colosso midiático como um Estado dentro do Estado – e muitas vezes acima dele – pressentiu o ocaso dos dias gloriosos. Como principal aparelho de legitimação da ditadura militar, a Globo sempre vislumbrou a democracia como processo fatal à sua supremacia. E essa era uma avaliação correta. Deter o movimento profundo que vinha das urnas seria impossível.

A centralidade de Lula e do Partido dos Trabalhadores no cenário político era o avanço do cidadão negado, desde sempre, em sua cidadania. A construção da nova história objetivaria também o significado das eleições seguintes. Até a vitória em 2002, o acúmulo de forças trouxe à cena as esperanças políticas das classes excluídas. O rosto sofrido, que se contrapunha tanto à estética das modernizações conservadoras quanto à ética do neoliberalismo rentista, já não temia as bravatas e espertezas do adversário.

O rancor da mídia corporativa tem que ser contemplado como pano de fundo de uma grande derrota. Suas ameaças só não são trágicas porque, ao arreganhar os dentes, a grande imprensa introduz notas burlescas no discurso que se pretendia ameaçador. O diagnóstico que denuncia o fim da festa sai, ainda que codificado, dos débeis sustentáculos da credibilidade que lhe sobrou junto a setores protofascistas da classe média.

Ao criminalizar movimentos sociais, criticar a política externa tentando estabelecer paralelos entre Caracas e Tegucigalpa, e censurar premiações internacionais recebidas pelo presidente, o jornalismo produzido vai desenovelando a história da imprensa brasileira com impecável técnica televisiva.

Resta-lhe o apoio de uma direita sem projeto, voraz, cínica e debochada. Esse é o único troféu que ostenta em 2010, após ter sofrido o baque inaugural há 21 anos. Na década de 80, ainda valia editar debates e fazer uso político de sequestro de empresários. Afinal, não seria por apoio governamental que conferências debateriam monopólio e manipulação midiática.

Em outubro, o monopólio não estará apostando apenas na candidatura de José Serra. Buscará, mediante retrocessos de toda ordem, garantir a sobrevida de uma ordem informativa excludente, incompatível com as regras mais elementares do Estado democrático de direito.

Charge On line do Bessinha

Estado de São Paulo bate recorde de roubos, com 257 mil em 2009,.

É o maior índice já registrado; número de homicídios, sequestros e latrocínios também aumentou no ano passado

Estadão

LATROCÍNIO - Modalidade também registrou aumento preocupante: 14% em relação a 2008, com 304 casos, a exemplo do que ocorreu em novembro no Jabaquara
O ano passado registrou piora generalizada nos índices de crimes no Estado de São Paulo. Os roubos alcançaram o mais alto valor da série histórica, com 257.004 ocorrências, 18% acima do ano anterior. O recorde de roubos havia sido alcançado em 2003, quando foram registrados 248.406 casos. Os dados serão publicados na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, no item dedicado aos despachos do Gabinete do Secretário da Segurança Pública.
Também cresceu o total de casos de latrocínios, sequestros, roubo e furto de veículos. Para piorar, a violência policial também aumentou. No ano passado, foram registrados 549 casos de resistências seguidas de morte - quando a vítima morre em supostos confrontos com a polícia. O total é 27% maior do que os 431 casos contabilizados no ano anterior.
São raras as boas notícias no balanço da Segurança Pública no ano passado. Uma delas foi o crescimento na apreensão de entorpecentes, que subiu 11% em relação a 2008. Foram apreendidas no ano passado pelas Polícias Civil e Militar 27.886 quilos de drogas, quase três vezes mais do que era apreendido em 2000. O crescimento na apreensão é resultado de trabalho mais eficiente da polícia. Também coincide com a troca de comando do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), chefiado no último ano pelo delegado Eduardo Hallage.

Até mesmo os homicídios, que vinham registrando uma sequência histórica de queda, tiveram ligeiro aumento no ano passado - 3% no Estado. As quedas nos assassinatos, contudo, continuaram a acontecer na capital e na Região Metropolitana de São Paulo. Na capital, foram registrados 1.235 assassinatos, número 2% menor em relação a 2008. A queda na Grande São Paulo foi ainda maior: 11,2%, com total de 1.202 assassinatos. O que significa que o crescimento dos homicídios em São Paulo se concentra principalmente no interior do Estado.

PREOCUPAÇÃO
Os casos de latrocínios (roubo seguido de morte) também registraram aumento preocupante. Cresceram 14% em relação a 2008, com 304 casos, total maior do que os registrados nos três anos anteriores. As ocorrências de extorsão mediante sequestro também aumentaram, chegando a 85 casos, ante 60 em 2008. Os índices alcançados no ano passado, contudo, ficam abaixo do total de sequestros que vinham ocorrendo anualmente desde 2001.
Outros dados que registram elevação surpreendente foram as ocorrências de furto e estupro. No primeiro caso, foram contabilizados 528.933 furtos no Estado, 8% a mais que em 2008. Na ocasião, os números ficaram superestimados por causa dos quase três meses de greve da Polícia Civil - entre agosto e novembro de 2008.
Nos casos de estupro, o aumento se deu principalmente por causa da mudança na lei, que ficou mais abrangente. Desde agosto do ano passado, o crime de atentado violento ao pudor, por exemplo, também passou a ser registrado como estupro. Foram registrados 5.647 casos, ante 3.338 em 2008.

Fonte: blog Desabafo Brasil

É preciso descolonizar a globalização”




Em debate realizado sábado (30) em Salvador, durante do Fórum Social Mundial Temático da Bahia, pesquisadores e ativistas do movimento social afirmaram a urgência de se descolonizar o pensamento e o conhecimento na África e América Latina. Para o africano Samba Buri MBoup, é preciso descolonizar a globalização, recuperando o patrimônio intelectual deixado pelos africanos e a contribuição do continente no desenvolvimento da história e da economia o mundo.

Bia Barbosa, na Carta Maior

Um dos principais desafios para construção de um outro mundo possível, na busca pela igualdade entre os seres humanos, é fazer aquilo que está simbolizado na própria logomarca do Fórum Social Mundial: tratar os continentes de forma igualitária. E um dos primeiros e mais estratégicos passos neste sentido é o desafio da descolonização do pensamento e do conhecimento produzido e distribuído nas duas regiões mais pobres do planeta: a África e a América Latina. Este foi um dos temas debatidos neste sábado (30), em Salvador, durante do Fórum Social Mundial Temático da Bahia, onde professores, pesquisadores e militantes do movimento social chegaram à conclusão de que a própria globalização também precisa ser descolonizada.

“Descolonizar o pensamento é enfrentar os desafios colocados pelo eurocentrismo e pelo etnocentrismo como modos de pensar dominantes. No quadro histórico marcado pelo colonialismo europeu, quando essa visão, centrada na Europa, é utilizada como grade de leitura e interpretação da realidade de todo o mundo, constrói-se uma visão distorcida dos padrões e da natureza dos povos”, explica o senegalês Sampa Buri Mboup, professor da Universidade da África do Sul.

Essência do pensamento colonial, o eurocentrismo foi, durante séculos, a base do projeto predatório e opressivo aplicado pelas elites e povos do continente Europeu, garantindo a manutenção de seus interesses. No Brasil, o colonialismo e o pensamento produzido no período estão diretamente relacionados à construção da sociedade brasileira. Era preciso construir um discurso que justificasse a escravidão e a opressão contra os povos indígenas e negros.

“Os dominadores se utilizaram de um discurso religioso, que dizia que os negros precisavam ser purificados através do batismo. Todos os que aqui chegavam eram batizados e catequizados. O discurso ideológico, aliado à força, foi um instrumento usado para manter o poder e construir a estabilidade para a classe dominante”, conta Edson França, coordenador da Unegro.

Com a crise provocada pela Reforma e a ascensão do Iluminismo, foi preciso encontrar uma justificativa racional para a supremacia do eurocentrismo e a conseqüente manutenção da escravidão no Brasil. Chega então ao país o discurso chamado de racismo científico, cuja base é a classificação racial, onde o branco está no alto da pirâmide, do ponto vista da sua superioridade biológica, e o negro abaixo de qualquer etnia.

“Esse discurso permitiu animalizar e fazer dele o uso necessário dele. Durante todo o processo de dominação ele não foi contestado na academia e acabou assimilado pelo senso comum. Quando o papa disse que negro não tinha alma, ninguém se contrapôs. Era preciso não apenas justificar a escravidão para as classes dominantes, mas fazer com que o próprio dominado também absorvesse o discurso. A baixa auto-estima da população negra permitiu, então, a intensificação na fragmentação, em vez da unidade para fazer o combate ao pensamento e à estrutura social vigente”, explica Edson França.

Quando o racismo deixou de servir aos interesses do capitalismo moderno – e veio a idéia de que era preciso libertar os escravos para aumentar a massa de consumidores –, o discurso colonizado apostou na miscigenação como forma de “branquear o Brasil”. E até hoje os efeitos provocados pelo pensamento colonial são estruturantes para a desigualdade entre brancos e não brancos em nosso país.

Descolonizar a globalização

Para os movimentos que se organizam em torno do Fórum Social Mundial, há um número de desafios e apostas estratégicas que se colocam pela frente na construção deste outro mundo possível no que diz respeito à descolonização do pensamento. Para o professor Samba Buri MBoup, é preciso começar descolonizando a compreensão do próprio conceito de globalização, já que o mundo global também tem sustentado essa desigualdade. São tarefas que vão da desconstrução do mito da África como um continente sem história ao combate à idéia da marginalidade do continente no comércio e na economia.

“Apesar do discurso dominante, há muitas provas de que a África foi palco de uma história e ciência tão antigas quanto os primórdios do mundo e central em todos os momentos da economia mundial: na fase de acumulação primitiva, na colonização, na revolução industrial, na era pós-colonial e até hoje. A realidade é apresentada de cabeça pra baixo, para que olhemos para nós mesmos como se fôssemos menores, enquanto nosso continente é o berço da civilização humana. É preciso reavaliar o potencial da herança africana”, cobra MBoup.

No continente mais esquecido do planeta, a alternativa ao discurso colonial da África é chamada de Renascimento Africano, um projeto global de sociedade e civilização construído na resposta coletiva e organizada da África aos desafios da globalização. O projeto, já encampado por 20 países, propõe o domínio do conhecimento científico e da tecnologia; a autonomia e rejuvenescimento da consciência política africana – como resposta à crise de lideranças no continente –; e a conscientização baseada na unidade dos povos africanos.

“Há estudos que demonstram de forma clara e irrefutável a profunda unidade cultural dos povos africanos. Hoje interceptam o potencial de desenvolvimento africano, a serviço de uma causa que não é nossa, ao imporem uma situação de monolitismo e intolerância religiosa, quando a historia africana é de pluralismo. Esta é uma tarefa que também temos que ensinar nas escolas”, conclui Samba Buri MBoup.

Nota do Viomundo: É interessante observar como as construções intelectuais se desenvolvem para justificar o poder de uns sobre outros. Agora, a Ciência é utilizada para "provar" a inexistência das raças e, portanto, para solapar qualquer política pública que corrija estruturas sociais marcadas pela desigualdade real. Antes, o domínio se justificava pela superioridade da "raça branca". Agora, para sustentar esse domínio se diz que não existem raças e, portanto, "somos todos iguais". Curiosamente, 99% dos que adotaram esse discurso são brancos. Mais importante do que isso, estão "por cima".

Fonte: VIOMUNDO de Luiz Carlos Azenha

A perversão farmacêutica

Os vários negócios de uma indústria poderosa e lucrativa que se alimenta na reprodução de uma sociedade hipermedicada.
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Por Ari de Oliveira Zenha

A toda poderosa indústria farmacêutica adquiriu ao longo do desenvolvimento do capitalismo uma força e importância incalculável para a sociedade mundial.

Seu poder tanto político e econômico é avassalador, pois sua atividade está ligada a uma das necessidades básicas dos seres humanos, a saúde, ou seja, a superação das doenças e dos males que afetam as pessoas.

Os laboratórios farmacêuticos cujas sedes estão localizadas nos Estados Unidos e na Europa tentam garantir, a todo custo, e, ai vale qualquer artifício, seus lucros, que são gigantescos, de qualquer forma.

A indústria farmacêutica atua no mundo de forma desumana e cruel. Ela tem pautado suas atuações como um setor de produção qualquer, ou seja, a procura de todas as formas de lucro, de acumulação, se inserindo, assim como um dos setores produtivos – entre milhares – que compõe a estrutura do modo de produção capitalista.

A produção de medicamentos se tornou um negocio como outro qualquer, como produzir sapatos, automóveis e outros bens de consumo, o que prevalece é a busca de lucros cada vez maiores, não importando que para isso ela tenha que subornar colocar centenas de lobistas no Congresso dos países, de deixar de fabricar determinados medicamentos que não são rentáveis, não investirem quase nada em Pesquisa e Desenvolvimento de novos remédios, pois isto requer anos de pesquisa e muitas vezes levam ao fracasso, ou seja, os investimentos numa nova droga – medicamento – podem levar a nada. Isto faz com que essas empresas aleguem que tenham altos custos para a produção de medicamentos que salvam vidas, e ai, mora uma grande jogada destas indústrias, elas r ecebem elevados subsídios dos governos e, além disso, usam para justificar os altos preços dos seus medicamentos alegando que atuam na Pesquisa e Desenvolvimento de novos remédios. Mas na verdade elas aplicam enormes recursos financeiros em marketing e em maquiar os antigos medicamentos, em patrocinar congressos e conferências médicas, em “visitas” aos consultórios médicos e na distribuição de amostras grátis.

Quem já não viu os representantes dos laboratórios, muito bem vestidos, muito bem treinados, que constantemente estão às portas dos consultórios médicos e clínicas médicas passando “informação” sobre algum “novo” medicamento?

A médica norte-americana Márcia Angell esclarece as artimanhas e as atividades que este setor – farmacêutico – realiza notadamente nos Estados Unidos e que se alastra para todo o planeta. Segundo Angell “... Tornamos-nos uma sociedade hipermedicada. Os médicos infelizmente foram muito bem treinados pela indústria farmacêutica, e o que aprenderam foi a pegar o bloco de receituário. Acrescente-se a isso o fato de que a maioria dos médicos está muito pressionada em termos de tempo, em decorrência das exigências das administradoras de planos de saúde, e podem pegar aquele bloco com grande rapidez. Os pacientes também aprenderam muito com os anúncios da indústria farmacêutica. Eles aprenderam que, a não ser que saiam do consultório médico com uma prescrição, o médico não está fazendo um bom trabalho. O resultado é que gente demais acaba por tomar medicamentos quando pode haver modos melhores de lidar com seus problemas. Mais serio é o fato de que muitos de nós estamos tomando muitos medicamentos ao mesmo tempo – freqüentemente cinco, talvez dez, ou até mais. Essa prática é denominada “polimedicação” e traz consigo riscos reais. O problema é que muito poucos medicamentos têm apenas um efeito. Além do efeito desejado, há outros. Alguns são efeitos colaterais que os médicos conhecem, mas pode haver outros dos quais não tenham conhecimento. Quando vários medicamentos são tomados de uma vez, esses outros efeitos se somam. Pode haver também a interação medicamentosa, na qual um medicamento bloqueia a ação de outro ou retarda seu metabolismo, de modo que sua ação e seus efeitos colaterais são aumentados.”

Forma de atuação
Não que não haja bons medicamentos para a nossa saúde, para que tenhamos uma vida mais longa e de melhor qualidade. Que os medicamentos sejam receitados com cuidado e que os médicos quando os prescrevem estejam fundamentados em pesquisas e informações verdadeiras e que seja de acesso a todos estes profissionais, pois as indústrias farmacêuticas, quase sempre não passam todas as informações aos médicos, omitindo propositadamente informações essenciais para que estes realizem seus procedimentos médicos com segurança e qualidade para seus pacientes.

A máquina de fazer dinheiro dos laboratórios farmacêuticos esta baseada nas informações falsas, em subornos e propinas que se alastram em todos os setores médicos.

Muitas vezes apenas com dietas e exercícios se obtém melhores resultados que os medicamentos.

Outro fato abominável é que a indústria farmacêutica utiliza, para manter seus enormes lucros, as patentes. Ou seja, patentear um medicamento mesmo que maquiado, apenas modificando a dosagem e mudando a cor das pílulas é garantia para que esses tenham a patente prorrogada e mesmo aumentada em vários anos a mais.

Os medicamentos maquiados, ou melhor, medicamentos de imitação, vem sendo uma grande “jogada” no intuito de manter as patentes e seus elevados lucros.

Outra frente de luta pelos lucros mantida pelos grandes laboratórios é a produção dos genéricos. Esses são mais um potencial e efetivo problema para eles, pois são mais baratos e tem o mesmo efeito dos medicamentos de marca.

Os grandes centros de Pesquisa e Desenvolvimento de novos medicamentos estão nas Universidades nos grandes centros médicos acadêmicos sendo realizada por seus cientistas que tem contribuído para o aparecimento da grande maioria dos novos medicamentos. Estas instituições recebem recursos financeiros do Estado, o que significa dizer que são financiados pela população de seus países. A indústria farmacêutica tem procurado, sistematicamente, se relacionar e se associar com estas instituições patrocinando com generosos recursos financeiros as pesquisas realizadas por estes cientistas. Os medicamentos comercializados quase sempre provêm de pesquisas financiadas com recursos públicos e executadas por Universidades, como disse, e pelas pequenas emp resas de biotecnologia. Estes grandes laboratórios agem a nível global, ou seja, sem nenhum constrangimento eles procuram adquirir de terceiros, incluindo os pequenos laboratórios espalhados pelo mundo, qualquer pesquisa que exista e que segundo suas avaliações, tem indícios de serem promissores.

Uma, dentre várias, necessidades da indústria farmacêutica é desenvolver medicamentos para clientes que podem pagar os preços estabelecidos por eles. Os laboratórios estavam, há tempos, voltados para pesquisar, para desenvolver medicamentos para tratar doenças, hoje estes anunciam “doenças” que se encaixam nos medicamentos que produzem. Isto pode parecer paradoxal e mesmo perverso, mas é até onde tem chegado essa indústria.

Quem já se deu ao “trabalho” de ler uma bula de remédio já notou que na sua grande maioria determinado medicamento é indicado para vários tipos de doenças, isto também é uma forma dos grandes laboratórios burlarem a lei de patentes e ao mesmo tempo aumentar seus lucros, pois o tal remédio serve para inúmeros males, isso tudo com o olhar complacente das autoridades e órgãos públicos.

Especulação
Quando um grande laboratório anuncia a criação de um novo medicamento, com grande potencial de consumo, logo suas ações na bolsa de valores sobem vertiginosamente, pois os lucros presumidos nesse novo medicamento são muito grandes e é lucro garantido não só para os laboratórios como para seus investidores/acionistas.

A indústria farmacêutica manipula resultados de pesquisas científicas, não realiza todos os procedimentos necessários para colocá-lo no mercado com segurança para a população, ou seja, a necessidade de auferir lucros, o mais rápido possível, é o que importa!

Nos dias de hoje pode-se patentear bem dizer qualquer coisa e as indústrias farmacêuticas aproveitam e incluem novos usos, formas de dosagem e combinações de medicamentos antigos chegando ao cúmulo de mudar, como já foi dito, até a cor das pílulas.

A indústria farmacêutica não tem interesse em desenvolver medicamentos para tratar doenças tropicais, tais como: malária, a doença do sono ou a esquistossomose, doenças comuns nos países em desenvolvimento e do terceiro mundo, pois nesses países a população é muito pobre e não poderiam comprar seus medicamentos. Por outro lado ela investe, com abundância, em medicamentos para reduzir o colesterol, tratar transtornos emocionais, febre do feno ou azia.

Precisamos, com urgência, tomar providencias contra estas gigantes da indústria farmacêutica que insistem em distorcer pesquisas, em aumentar seus lucros custe o que custar, em manter através das patentes o monopólio de produção e comercialização dos seus medicamentos e de aumentar seus preços a níveis estratosféricos. Sem que as autoridades e a população mundial não tomarem medidas duras contra a ganância dos laboratórios farmacêuticos e seus comportamentos, o que nos espera, além do que já estamos vivendo, é o mundo da saúde se transformar num imenso inferno dantesco.

Ari de Oliveira Zenha é economista

Fonte: Revista Caros Amigos