O ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles mantêm a batalha que travam desde o inicio do primeiro governo Lula. O comandante do BC continua entrincheirado nas teses do PIB potencial e da taxa de juros de equilíbrio que o Brasil deve pagar - 7% ou 8% de Selic. São duas teses acadêmicas que servem muito bem aos interesses dos rentistas e do capital financeiro, mas sem qualquer base na realidade brasileira, na economia do país.
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Henrique Meirelles
O ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles mantêm a batalha que travam desde o inicio do primeiro governo Lula. O comandante do BC continua entrincheirado nas teses do PIB potencial e da taxa de juros de equilíbrio que o Brasil deve pagar - 7% ou 8% de Selic.
São duas teses acadêmicas que servem muito bem aos interesses dos rentistas e do capital financeiro, mas sem qualquer base na realidade brasileira, na economia do país. Podemos e devemos, com tranquilidade, crescer mais que 5% ao ano e para isso não precisamos de juros mais altos e nem de desaceleração, fora as conseqüências que isso teria no câmbio, com a valorização do real e o aumento dos gastos do serviço da dívida interna.
Não há erro maior nesse momento em que aumentamos os investimentos públicos das estatais e privados - particularmente na infraestrutura do país e em educação e tecnologia (garantia de maior produtividade e menores custos) - do que elevar os juros. Os desafios do país são outros: fazer uma revolução tecnológica e educacional, consolidar uma matriz enérgica sustentável, melhorar a gestão pública, reformar as instituições políticas, fazer a reforma tributária, e equacionar a previdência social para o futuro.
Nada que se compare com a miopia de aumentar juros ao primeiro sinal de crescimento, como se nossa economia não tivesse força e instrumentos para equacionar a falta de insumos ou equipamentos, de matérias primas ou de recursos humanos.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
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