sábado, 24 de dezembro de 2011

Adriano o maior craque em fazer merda do mundo

RIO - O jogador de futebol Adriano é acusado de ter atirado acidentalmente em Adriene Cyrilo, de 20 anos, na saída da boate Barra Music, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta das 6h deste sábado. Ela foi baleada na mão esquerda, dentro da BMW que tem placa de São Paulo (FAD-1002), de propriedade de Adriano, que joga no Corinthians.
Adriene acusa o jogador de ter atirado nela, acidentalmente, depois de ele pegar a pistola .40 do segurança, o tenente da reserva da PM Júlio César Barros de Oliveira, de 52 anos. Ela contou à Polícia Militar que o jogador estava brincando com arma, quando ela disparou. Segundo a polícia, havia seis pessoas no carro, sendo quatro mulheres. Há uma marca de tiro no veículo, de dentro para fora, do lado do banco traseiro esquerdo. Também há vestígios de sangue na lataria do BMW.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/adriano-acusado-de-atirar-em-mulher-dentro-do-proprio-carro-3508542#ixzz1hTIifcbc


Passa-se uns dias ele promete que vai se regenerar, a mídia acha lindo o esforço dele para se recuperar e....breve... mais uma merda.
Os sócios do clube que contrata um jogador como este para ganhar milhões de reais em um ano e não jogar deviam processar seus dirigentes.
É por isto que nosso futebol a cada dia se afunda mais, dirigentes irresponsáveis, jogadores mais irresponsáveis ainda e que jogam muito menos, inclusive Neymar, do que a mídia e eles próprios acham que jogam.
Bom, ao menos temos o maior fazedor de merda do futebol mundial! 
Uma sugestão: convoquem a Dona Eliana Calmon para presidir a CBF, aquilo lá é um antro de bandidos!

by: Interrrogações

Amanhã é natal e ninguém lembra das pessoas que passam fome...



Amanhã é natal e eu não entendo o por quê desse desespero todo em torno de uma data que perdeu todo seu sentido. 

Vendo pais e filhos se estressando por conta de presentes a comprar, pessoas sendo mal educadas nas fila e no trânsito por causa da pressa ou da busca do presente deixado para a última hora, muita gente sonegando para poder consumir mais, consumidores comprando produtos piratas porque dizem que "não são ladrões do seu próprio dinheiro", esquecendo que para produzir aquele CD ou DVD (original) teve muita transpiração e inspiração por trás e que seus autores deveriam ser justamente remunerados (e não me venham com o papo de que poderia ser cobrado mais barato, porque se o problema é o preço, compre-se só o que puder comprar ou não compre).

Amanhã é natal e ninguém lembra das pessoas que passam fome ou sofrem dores lancinantes, ou se lembram, o fazem só nessa época, como uma expiação de seus próprios pecados.

Ninguém lembra - ou fazemos todos que fingimos não ver - das crianças com armas em punho, martelos em punho, drogas nas mãos, marcas no corpo, estômagos tão vazios que doem, por esse mundo afora.

Não lembramos sequer dos vizinhos que passam necessidades.

Uma festa pagã, onde o deus é o cifrão e os anjos são as marcas e o status. 

Amanhã é natal e a data que a igreja criou para comemorar o aniversário de Jesus Cristo aproveitando de uma festa pagã (para facilitar a atração de fiéis) está voltando às origens, ou seja, voltando a ser uma festa pagã, onde o deus é o cifrão e os anjos são as marcas e o status. 

E Jesus Cristo parece nem estar aí para tudo isso, eis que ninguém sabe mesmo quando ele nasceu ou quando ele morreu.

Amanhã é natal e depois da manhã tudo voltará a ser como sempre foi. A maioria pensando em como se safar nessa vida de "cada um por si". E com as lojas cheias de pessoas reclamando dos presentes que ganharam e não gostaram.

Apenas um aviso aos incautos: nenhuma loja é obrigada a trocar os produtos que não serviram ou não combinaram com o resto do guarda-roupa ou que vocês simplesmente não gostaram, se não houver defeito. E erro de escolha ou tamanho não é defeito. Se as lojas trocarem, o farão simplesmente para tratar bem o cliente, com a expectativa de que voltem no próximo evento comercial...

CPI da Privataria: deputados petistas dizem que vão apoiar a Comissão

Na última quarta-feira, dia 21, foi protocolado o requerimento para a instalação da CPI da Privataria, proposta pelo deputado Protógenes Queiróz (PCdoB/SP) e que obteve o apoio de mais de 180 parlamentares.
Apesar de desejada por grande parte da militância de esquerda, a CPI parece não ter sido recebida com o mesmo entusiasmo por parte do PT, partido que teve papel fundamental na crítica às privatizações, nos anos 90. Em entrevista coletiva, a presidenta Dilma Rousseff preferiu não se posicionar claramente sobre o tema. Já Cândido Vaccarezza, líder do Governo na Câmara, afirmou “não olhar para o retrovisor”.
Entretanto, o requerimento recebeu adesão de 67 deputados petistas, que foram fundamentais para se ultrapassar o número mínimo de 171 assinaturas para a instalação da CPI. A ausência de alguns nomes gerou inquietações em quem desejava maior adesão. Os 19 deputados que não assinaram foram os seguintes:
Arlindo Chinaglia (SP)
Benedita da Silva (RJ)
Candido Vaccarezza (SP)
Carlinhos Almeida (SP)
Dalva Figueiredo (AP)
Décio Lima (SC)
Edson Santos (RJ)
Gilmar Machado (MG)
Jesus Rodrigues (PI)
Jilmar Tatto (SP)
José Airton Cirilo (CE)
Marco Maia (RS)
Miguel Correa Júnior (MG)
Odair Cunha (MG)
Paulo Teixeira (SP)
Pedro Eugênio (PE)
Rui Costa (BA)
Sérgio Barradas Carneiro (BA)
Zeca Dirceu (PR)
O Escrevinhador tentou falar com todos os deputados do PT que não assinaram o requerimento. Apresentamos a seguir a justificativa daqueles que retornaram o contato.
Edson Santos (RJ)
Apesar de seu nome não constar na lista, o deputado carioca afirma ter assinado o requerimento e explica que provavelmente sua assinatura não foi reconhecida pela Mesa da Câmara. De acordo com o documento, houve sete assinaturas que “não conferem”.
Edson Santos declarou ao Escrevinhador: “as CPIs são um instrumento tradicional da oposição. Apesar de fazer parte da base do Governo, fiz questão de assinar esta CPI por entender que a mesma será importante para a necessária releitura histórica do episódio em questão. Quero que as informações apresentadas no livro de Amaury Ribeiro Jr. sejam publicamente esclarecidas para que, a partir do envio das conclusões da CPI à Justiça, os culpados por eventuais desvios possam ser devidamente responsabilizados”.
José Airton Cirilo (CE)
A assessoria de imprensa afirmou que o deputado desejava assinar o requerimento, mas não conseguiu devido a sua agenda. “A ausência da sua assinatura não impediu a criação da CPI, que é o mais importante. Ele também irá se empenhar e colaborar com a CPI no que for possível, com outras formas de contribuição.”
Marco Maia (RS)
Como presidente da Câmara, o petista não se posiciona sobre o tema. Em entrevista coletiva, ele afirmou que essa pode ser ”uma CPI explosiva, com contornos muito claros de debate político, mas também terá o intuito de esclarecer os fatos e dar oportunidade para o contraditório”.
Paulo Teixeira (SP)
O líder do PT na Câmara preferiu não assinar o requerimento para “manter a neutralidade como líder de bancada, e evitar ver prejudicada a relação com outras legendas”. Nota de sua assessoria de imprensa afirma que, “enquanto parlamentar, teria assinado tranquilamente, no entanto, sua posição enquanto líder da bancada petista exigiu uma postura mais cautelosa” e que, “mesmo não assinando a CPI, o parlamentar garantiu que apoia as investigações”.
Rodrigo Vianna
No Escrevinhador

O que um juiz faria com R$ 77,00 de aumento salarial?

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta sexta-feira (23) o decreto que determina o valor de R$ 622,00 para o salário mínimo a partir de janeiro de 2012. São 77 mangos a mais do que os R$ 545,00 de hoje – ou 14,13%.
Já o salário mínimo mensal necessário para manter dois adultos e duas crianças deveria ser de R$ 2.349,26 – em valores de novembro de 2011. O cálculo é feito, mês a mês desde 1994, pelo Departamento Intesindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).
Para calcular o valor, o Dieese considera, de acordo com a Constituição. Ou seja: “salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim”,
Mas como todos sabemos, o artigo 7º, inciso IV da Constituição Federativa do Brasil, que prevê isso, é uma das maiores anedotas que temos na República.
O governo federal atrelou o ritmo de crescimento do PIB ao do salário mínimo, na tentativa de resgatar seu poder de compra. O combinado prevê reajustes baseados na soma entre a inflação e a variação do PIB. Como o PIB foi bom em 2010, o aumento será mais significativo. Mas estamos longe de garantir dignidade com esse “mínimo de brinquedo”. Nas grandes cidades, são poucos os que recebem apenas o mínimo. Contudo, ele ainda é referência para remunerações em muitos lugares, sem contar que milhões de famílias dependem do mínimo pela Previdência Social.
Ninguém está pregando aqui a irresponsabilidade fiscal geral e irrestrita, mas o aumento do salário mínimo é uma das ações mais importantes para a qualidade de vida ao andar de baixo. Afinal de contas, salário mínimo não é programa de distribuição de renda, é uma remuneração mínima – e insuficiente – por um trabalho. Não é caridade e sim uma garantia institucional de um mínimo de pudor por parte dos empregadores e do governo.
A evolução no valor de compra do mínimo desde o Plano Real mostram que estamos melhorando. O problema é que saltos no gráfico não revelam que, na média, o salário mínimo continua uma desgraça sem vergonha.
Acordei pensando o que deve passar pela cabeça de uma pessoa que mora no interior do país, recebe pouco mais de um mínimo e tem que depender de programas de renda mínima para comprar o frango do Natal, quando vê na sua TV velha a notícia de juízes que receberam, de uma só vez, centenas de milhares de reais em pagamentos atrasados de auxílio-moradia, se defendendo de críticas falando de Justiça. E, pouco depois, no mesmo telejornal, a notícia de que o Estado, em sua magnanimidade, lhe dará a garantia de mais R$ 77,00 ao final do mês.
Naquele momento, alguns engolem o choro da raiva ou da frustração e torcem para a novela começar rápido e poderem, enfim, esquecer de tudo aquilo. Não porque precisam se mostrarem fortes – sabem que são. Mas porque também sabem de que de não adianta se indignar. Afinal de contas, o país não é deles mesmo.
No Blog do Sakamoto, via comtextolivre

José Serra: “O Globo é um bom companheirooooo... ninguém pode negar.”

Cláudio Ribeiro, via Palavras Diversas

O bom amigo, seja lá de quem for, trata com lealdade seu companheiro.

Retribui carinhos e apoios.

Reconhece a dificuldade do amigo e, mesmo correndo risco de ser desmentido, desmoralizado, desacreditado, cede espaço, abre seu castelo para erigir uma fortaleza para proteger o capital moral e político de seu afeto.

O bom amigo pode ter lá seus interesses, mas compartilha as dores.

José Serra tem seu bom amigo, dentre outros iguais, uns pouco mais outros menos, em intensidade de devoção e de afinidades

O Globo, jornal carioca onde escrevem baluartes da intelligentsia neoliberal, como Miriam Leitão e Merval Pereira, abriu seu castelo para oferecer ao bom amigo, José Serra, em um espaço generoso para nobres leitores, a oportunidade de dizer que o livro de Amaury Ribeiro Jr. é, além de um “lixo”, parte de um estratagema político para cercear a liberdade de imprensa e abater a moralidade daqueles que a defendem e se contrapõe ao projeto de poder do PT.

Notória contradição
José Serra posa de defensor da liberdade de imprensa e O Globo, que defende a liberdade de opinião dos patrões das comunicações, trata de reproduzir em seus “domínios”, para, assim, retribuir um mimo ao amigo, por demais, necessitado de apoio neste momento.

Neste caso nada como criar uma nova hipótese, derrubar da pauta o assunto que mais se ouve falar na blogosfera, nas redes sociais e na internet: as graves acusações publicadas contra o governo FHC e, em especial, José Serra, durante o processo de privatizações, duramente silenciadas pela mídia que defende a “liberdade de opinião (?)”.

Ter amigos é essencial.

O Globo provou sua fiel amizade para com José Serra e os tucanos, não é demais lembrar que Fernando Henrique Cardoso escreve em suas páginas em laureada coluna.

O jornalão não deu, até o momento, a mínima para os documentos que provam os crimes cometidos contra o País, contidos no livro A Privataria Tucana, mas prefere ceder espaço para a defesa (mútua?) de interesses em um artigo de José Serra que foge totalmente a raia.

O tucano pode bater no peito e dizer: tenho amigos valorosos e fiéis.

Verdade, pois até em uma situação pouco afeita para demonstrações de lealdade canina como esta, não impediu o diário da família Marinho de acudir aquele a quem, veladamente, apoiou nas últimas eleições.

Clique aqui para ler “José Serra e a fúria do acuado”, de Fernando Brito.

By:  Blog Limpinho e cheiroso

Em 1989, Sassá Mutema era Lula e a Globo não o deixou subir o Planalto

Sim, já fui viciada em telenovelas. Isso tem muitos anos. Perdi o vício de novela e de TV. Mas um amigo me enviou uma entrevista bem recente do consagrado autor Lauro César Muniz, hoje na Record, e resolvi assistir. É ótima.
O dramaturgo conta que saiu da Globo, em 2004, pela decisão da emissora de diminuir a qualidade das novelas. “Houve uma mexicanização”, garante. E diz que se espanta com o tratamento preconceituoso que ainda hoje é dado aos homossexuais nas novelas.
Mas a cereja do bolo é quando Muniz revela toda sua frustração por ter sido obrigado a mudar o final de “Salvador da Pátria” (1989). Novela em que o personagem Sassá Mutema (Lima Duarte), legítimo representante do povo, foi entendido por muita gente como referência a Lula.
Segundo Muniz, o próprio Lula, anos mais tarde, já presidente, perguntou-lhe ao pé do ouvido: “Eu sou o Sassá?” Em 89, uns achavam que isso era ruim (Sassá era um sujeito rude, ignorantão), mas outros viam isso como um enaltecimento da figura de Lula.  Foi o caso do ministro da Justiça da época, que considerou Sassá como “propaganda subliminar pró-Lula”.
Por conta disso, Muniz começou a ser pressionado para desviar o viés político do personagem, focando no aspecto policial. Qualquer semelhança com a mídia policialesca que nós temos é mera coincidência.
O roteiro da novela previa que, ao final, Sassá seria cooptado a aceitar ser vice-presidente. E teria que assumir o lugar do presidente eleito, morto por uma organização criminosa. Muniz não o cita nominalmente, mas me arrisco a dizer que essa idéia teve inspiração na controversa morte de Tancredo.  E aí fica a pergunta: se Sassá era uma crítica a alguém, seria a Lula ou a Sarney? Pelo bigode, tenho minhas dúvidas.
Seja como for, “a Globo achou a coisa forte demais para aquele momento do 1º presidente eleito livremente no Brasil depois da ditadura militar”, relata Muniz. E o fato é que Sassá, por ser entendido como representação de Lula (e, consequentemente, do povo), não pôde terminar a trama subindo a rampa do Planalto. Cena que, inclusive, aparece rapidamente na arte de abertura da novela. Mas teve que ser cortada do último capítulo devido a acordo da Globo com Brasília.
Interessante frisar que, como o próprio Boni confessou recentemente, com impressionante naturalidade, naquele ano a Globo moveu céus e terras e não impediu Lula de subir o Planalto somente censurando a ficção. Mas também manipulando a realidade.
Ainda bem que o povo já não é tão bobo como antes julgavam que era. ”A Globo é uma podridão. Eles só denunciam quem eles querem”. Ouvi isso ontem no cabeleireiro. E foi da boca de uma legítima “Sassá Mutema”. A personificação de Macunaíma. A quem ninguém nunca manipulou.
*Ana Helena Tavares é editora do site “Quem tem medo da democracia?”.
via Com textolivre

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O complexo de vira-latas, ontem e hoje


Roberto Amaral
CartaCapital


“A ponte Rio-Niterói é, portanto, uma linda obra turística, cuja prioridade não se justifica em um país de escassos recursos que se defronta com necessidades berrantes que aí estão nesta mesma região do País, clamando pela ação do Governo”.

Eugênio Gudin, O Globo, 2/3/1974


Foi Nelson Rodrigues, em crônica às vésperas da Copa do Mundo de 1958 (Manchete esportiva, 31/5/1958), quando a seleção brasileira partia desacreditada para a disputa na Suécia, quem grafou o conceito de “complexo de vira-latas”, resumo de um colonizado e colonizador sentimento de inferioridade em face do estrangeiro e do que vem de fora, seres e coisas, ideias e fatos.

'Para os áulicos do conservadorismo, tudo o que significa
investimento  com vistas ao futuro deve ser adiado,
como supérfluo'.   Foto: Jupiterimages/AFP
Impecável a definição, cujas raízes nos levam à empresa colonial e ao escravismo, à dependência cultural às diversas Cortes que sobre nós reinaram e ainda reinam.

Peca, porém, o teatrólogo genial e reacionário militante ao atribuir tal “complexo” a um fenômeno nacional, como se fosse ele um sentimento de nosso povo, de nossa gente, pois nada é mais povo brasileiro do que o torcedor de futebol.

Esse sentimento existe, mas regado pela classe dominante brasileira, desde a Colônia, que sempre viveu de costas para o país e com os sonhos, as vistas e as aspirações voltadas para a Europa. Terra de “índios desafeitos ao trabalho”, de “negros manimolentes e banzos” e “europeus de segunda classe”, nosso destino, traçado pelos deuses, era a de eternos coadjuvantes. História própria, industrialização, destino de potência… ah, isso jamais!

Nem no futebol, pois havíamos perdido as copas de 1950 e 1954 justamente porque éramos (eram nossos jogadores) um povo mestiço.....

Nasa divulga foto inédita de luas de Saturno


A Nasa acaba de divulgar uma imagem impressionante de duas das mais de 60 luas de Saturno. Nela, Titã --o maior dos satélites, que tem tamanho superior ao do planeta Mercúrio-- aparece acompanhado de Dione, o terceiro maior.

As duas luas "posam" com os famosos anéis do planeta.

O registro divulgado hoje foi feito em 21 de maio deste ano pela sonda Cassini, que orbita o planeta. Para chegar às cores de aparência natural, foram combinadas imagens com filtros vermelho, azul e verde.


no Jornalisticamente falando

2011, o ano em que a mídia demitiu ministros. 2012, o ano da Privataria

A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.
Em 2005, quando começaram a aparecer resultados da política de compensação de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva – a melhoria na distribuição de renda e o avanço do eleitorado “lulista” nas populações mais pobres, antes facilmente capturáveis pelo voto conservador –, eles eram mensuráveis. Renda é renda, voto é voto. Isso permitia a antevisão da mudança que se prenunciava. Tinha o rosto de uma política, de pessoas que ascendiam ao mercado de consumo e da decadência das elites políticas tradicionais em redutos de votos “do atraso”. Um balanço do que foi 2011, pela profusão de caminhos e possibilidades que se abriram, torna menos óbvia a sensação de que o mundo caminha, e o Brasil caminha também, e até melhor. O país está andando com relativa desenvoltura. Não que vá chegar ao que era (no passado) o Primeiro Mundo num passe de mágicas, mas com certeza a algo melhor do que as experiências que acumulou ao longo da sua pobre história.
O perfil político do governo Dilma é mais difuso, mas não se pode negar que tenha estilo próprio, e sorte. As ofensivas da mídia tradicional contra o seu ministério permitirão a ela, no próximo ano, fazer um gabinete como credora de praticamente todos os partidos da coalizão governamental. No início do governo, os partidos tinham teoricamente poder sobre ela, uma presidenta que chegou ao Planalto sem fazer vestibular em outras eleições. Na reforma ministerial, ela passa a ter maior poder de impor nomes do que os partidos aliados, inclusive o PT. Do ponto de vista da eficiência da máquina pública – e este é o perfil da presidenta – ela ganha muito num ano em que os partidos estarão mais ocupados com as questões municipais e em que o governo federal precisa agilidade para recuperar o ritmo de crescimento e fazer as obras para a Copa do Mundo.
Sorte ou arte, o distanciamento de Dilma das denúncias contra os seus ministros, o fato de não segurar ninguém e, especialmente, seu estilo de manter o pé no acelerador das políticas públicas independentemente se o ministro da pasta é o candidato a ser derrubado pela imprensa, não a contaminaram com os malfeitos atribuídos a subalternos. Prova é a popularidade registrada no último mês do ano.
Mais sorte que arte, a reforma ministerial começa no momento em que a grande mídia, que derrubou um a um sete ministros de Dilma, se meteu na enrascada de lidar com muito pouca arte no episódio do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Passou recibo numa denúncia fundamentada e grave. Envolve venda (ou doação) do patrimônio público, lavagem de dinheiro – e, na prática, a arrogância de um projeto político que, fundamentado na ideia de redução do Estado, incorporou como estratégia a “construção” de uma “burguesia moderna”, escolhida a dedo por uma elite iluminada, e tecida especialmente para redimir o país da velha oligarquia, mas em aliança com ela própria. Os beneficiários foram os salvadores liberais, príncipes da nova era. O livro “Cabeças de Planilha”, de Luís Nassif, e o de Amaury, são complementares. O ciclo brasileiro do neoliberalismo tucano é desvendado em dois volumes “malditos” pela grande imprensa e provado por muitas novas fortunas. Na teoria. Na prática, isso é apenas a ponta do iceberg, como disse Ribeiro Jr. no debate de ontem (20), realizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, no Sindicato dos Bancários: se o “Privataria” virar CPI, José Serra, família e amigos serão apenas o começo.
A “Privataria” tem muito a ver com a conjuntura e com o esporte preferido da imprensa este ano, o “ministro no alvo”. Até a edição do livro, a imprensa mantinha o seu poder de agendamento e derrubava ministros por quilo; Dilma fingia indiferença e dava a cabeça do escolhido. A grande mídia exultou de poder: depois de derrubar um presidente, nos anos 90, passou a definir gabinetes, em 2011, sem ter sido eleito e sem participar do governo de coalizão da mandatária do país. A ideologia conservadora segundo a qual a política é intrinsicamente suja, e a democracia uma obra de ignorantes, resolveu o fato de que a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizimou a oposição institucional, em 2010, e a criação do PSD jogou as cinzas fora, terceirizando a política: a mídia assumiu, sem constrangimentos, o papel de partido político. No ano de 2011, a única oposição do país foi a mídia tradicional. As pequenas legendas de esquerda sequer fizeram barulho, por falta de condições, inclusive internas (parece que o P-SOL levou do PT apenas uma vocação atávica para dissidências internas; e o PT, ao institucionalizar-se, livrou-se um pouco dela – aliás, nem tanto, vide o último capítulo do livro do Amaury Ribeiro Jr.).
Quando a presidenta Dilma Rousseff começar a escolher seus novos ministros, e se fizer isso logo, a grande mídia ainda estará sob o impacto do contrangimento. Dilma ganhou, sem imaginar, um presente de Papai Noel. A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.
Isso não chega a ser uma crise que a democracia não tenha condições de lidar. Na CPI dos Anões do Orçamento, que atingiu o Congresso, os partidos viveram intensamente a crise e, até por instinto de sobrevivência, cortaram na própria carne (em alguns casos, com a ajuda da imprensa, jogaram fora a água da bacia com alguns inocentes junto). A CPI pode ser uma boa chance de o Brasil fazer um acerto com a história de suas elites.
E, mais do que isso, um debate sério, de fato, sobre um sistema político que mantém no poder elites decadentes e é facilmente capturado por interesses privados. Pode dar uma boa mão para o debate sobre a transparência do Estado e sobre uma verdadeira separação da política e do poder econômico. 2012 pode ser bom para a reforma política, apesar de ter eleições municipais. Pode ser o ano em que o Brasil começará a discutir a corrupção do seu sistema político como gente grande. Cansou essa brincadeira de o tema da corrupção ser usado apenas como slogan eleitoral. O Brasil já está maduro para discutir e resolver esse sério problema estrutural da vida política brasileira.
Maria Inês Nassif
Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo

Os Estados Unidos contra todos




Immanuel Wallerstein, Outras Palavras


“Houve um tempo em que Estados Unidos tinham muitos amigos, ou pelo menos seguidores relativamente obedientes. Hoje em dia, parece que não têm nada além de adversários, de todas as cores políticas. E parece que o país não vai muito bem na disputa com seus antagonistas.

Veja o que aconteceu em novembro de 2011 e tem acontecido na primeira metade de dezembro. O país sustentou divergências com a China, Paquistão, Arábia Saudita, Israel, Irã, Alemanha e América Latina. E não se pode dizer que deu-se bem em nenhuma das controvérsias.

O mundo interpretou a presença e os anúncios do presidente Barack Obama na Austrália como um desafio aberto à China. Ele disse ao Parlamento australiano que os Estados Unidos estão determinados a “alocar os recursos necessários  para manter nossa forte presença militar na região”. Para finalizar, Washington está instalando 250 marines na base aérea australiana em Darwin — no futuro, possivelmente poderá aumentar o número para 2.500.

Essa é apenas uma de muitas jogadas similares que se executam no tabuleiro da exibição militar. Enquanto os Estados Unidos saem (ou são forçados a sair) do Oriente Médio, por razões tanto políticas como financeiras, estendem seus músculos em direção à região da Ásia-Pacífico. A estratégia seria viável, diante da urgente demanda por redução os gastos — mesmo com o exército — e da crescente relutância dos norte-americanos em relação ao envolvimento do país em questões externas? Até agora, a “resposta” da China tem sido virtualmente a não-resposta. É como se os governantes chineses soubessem que o tempo está ao lado de seu país — mesmo em suas relações com os Estados Unidos, ou especialmente nas suas relações com os Estados Unidos.”
Tradução: Daniela Frabasile
Artigo Completo, ::Aqui::

A fúria do acuado

José Serra sentiu o livro, embora diga que o que há o “A Privataria Tucana” seja “lixo, lixo, lixo”
O artigo que publica hoje em O Globo (restrito aos assinantes, mas reproduzido aqui), embora não lhe fuja da tradição “bolinha de papel” serrista de imputar autoritarismo a quem o aponta como partícipe – e, nas palavras de FHC, um dos principais artífices – do criminoso processo de privatização brasileiro, adquire um tom megalômano que só aos que estão submetidos a situações transtornantes podem ter, sobretudo quando estão tão fracos como está o ex-líder tucano.
Aponta uma conspiração continental – não sei o que me faz lembrar do “comunismo internacional” a quem se acusava de estar por trás da maré nacionalista dos anos 60, da qual Serra participava – como pretendendo calar os adversários, intimidá-los, devassá-los e aniquilá-los:
“O PT e seus aliados continentais têm tratado do tema (de supostas restrições à liberdade de imprensa) de modo bastante claro, em todos os fóruns possíveis. Seria a luta contra o “imperialismo midiático”, conceito que atribui toda crítica e contestação a interesses espúrios de potências estrangeiras associadas a “elites” locais. Um arcabouço mental que busca legitimar as pressões liberticidas. Um fascismo (mal) disfarçado”.
Não imagino o que o senhor José Serra possa chamar de “fascismo (mal) disfarçado senão, por exemplo, fatos como o jornal em que ele escreve ter omitido a seus leitores a informação, fática, de que ontem se protocolizou um pedido de CPI sobre o processo de privatização do qual ele foi um dos “big men”.
Ele ataca, por exemplo, a decisão soberana do legislativo (eleito) argentino de aprovar projeto da presidenta (recém-reeleita, por larga margem) daquele país estabelecendo que a produção de papel de imprensa é de interesse social, sem dar um pio sobre o fato de que o Estado argentino, durante anos e anos, subsidiou com sua participação acionária a produção deste papel os grupos privados mais lucrativos de comunicação.
Se o PT merece críticas é justo pelo contrário, por ser leniente e temeroso com a responsabilização dos que lesaram o Brasil, dissipando, em troca de nada (nada público, ao menos), patrimônio que gerações de nossos antepassados construíram.
A liberdade de imprensa não pode ser para massacrar uns e silenciar sobre outros. Se descaminhos no atual Governo merecem ser apontados, não há razão legítima para que não se os aponte em outros, dos quais o Sr. Serra foi elemento central e seu representante eleitoral.
Em matéria de investir contra empresas de comunicação, o Sr. José Serra não tem do que falar e, ao contrário, a independência de um colunista, no mesmo O Globo, o aponta como feroz atacante de um, “O Estado de Minas”, que não lhes “dá a cabeça”, como outros veículos o fazem, dos que se atrevem a desagradá-lo.
Ou a disputar-lhe, como fez o Sr. Aécio Neves, a posição de príncipe tucano, condição da qual Serra se considera, por direito hereditário, detentor sempre legítimo. Mesmo já destronado, o banzo da coroação que jamais teve domina sua mente ressentida.
A coluna de Ilimar Franco vai no post reproduzida, para que se possa ser como os atos de Serra desmentem as palavras de Serra.
O senhor José Serra, intolerante por natureza e autoritário pelo poder político que um dia representou, está acuado e, por isso, feroz.
Não precisa sequer ser provocado por uma imprensa que não lhe é hostil, não o questiona e não apura os fatos aos quais está- como relata o “A Privataria Tucana” – envolvido.
O desespero que lhe aflige é o do rei ao qual o menino grita estar nu.
No Tijolaço, via Com textolivre

YouTube divulga lista dos vídeos mais assistidos em 2011


O blog do YouTube Brasil divulgou nesta terça-feira (20/12) sua lista dos vídeos mais assistidos no mundo durante todo o ano. A aspirante a cantora teen, Rebecca Black, foi a grande campeã.

Weruska Goeking, Brasil Econômico

Na lista dos vídeos mais vistos, com exceção daqueles de grandes gravadoras, Rebecca Black viu sua tentativa quase frustrada de se tornar cantora teen alcançar o topo da lista com clipe de "Friday". 

Motivo de piadas em redes sociais e sites devido ao uso excessivo de auto-tune (software para modulação de voz capaz de afinar o mais desafinado dos cantores) e à qualidade questionável do vídeo, a moça parece ter dado a volta por cima com a conquista.

Vídeos tidos como engraçados pelo público do YouTube ocuparam boa parte da lista dos 10 mais vistos, como os gêmeos que discutem em uma língua entendida apenas pelos próprios e da dublagem de um cachorro, que parece falar de verdade.

Entre gracinhas da internet, destaque para um comercial da Volkswagen em que um garotinho fantasiado de Darth Vader tenta a todo custo mover objetos, sem sucesso. O êxito é alcançado com o acionamento à distância do motor de um dos modelos da montadora. 

O vídeo da categoria Política mais visto do ano traz o discurso de um jovem de 19 anos em que fala sobre sua família - ele tem duas mães - defendendo a continuação da legalidade da união civil de homossexuais no estado de Iowa, Estados Unidos.

Na categoria Ciência e Tecnologia, o vídeo mais visto traz uma espécie de previsão de aficionados em tecnologia sobre como pode ser a próxima versão do celular mais famoso do mundo - o iPhone 5 - e quais serão suas possíveis incríveis funcionalidades. 

O vídeo de notícias mais assistido do ano traz um sobrevoo de helicóptero na costa japonesa em que se pode ver as gigantes ondas, resultantes de um maremoto no país em 11 de março deste ano, devastar grandes áreas.”

A pior profissão do mundo


Ricardo Fort, meio&mensagem

“Quando eu trabalhava na Índia e era responsável pelo marketing do Butão, Nepal, Bangladesh, Maldivas e Sri Lanka (além da Índia), recebi um ranking das melhores cidades do mundo para viver (Mercer’s 2010 Quality of Living Survey).

A cidade de Daca, capital de Bangladesh, aparecia no último lugar da lista. Logo, Daca é a pior cidade do mundo para viver.

Se você já foi à Daca, pode confirmar ou não este título.

A qualquer hora do dia, você levará 3 horas pra percorrer os 15 quilômetros que separam oaeroporto do centro. O ar é irrespirável o ano todo. No verão, chega a faltar eletricidade por 12 horas vário dias seguidos.

Há algumas semanas, um outro ranking (elaborado pela CareerBliss.com) foi publicado pela CNBC: as 10 profissões mais odiadas.

Diretores de Marketing têm a segunda profissão mais odiada do mundo (segundo eles – ou nós - mesmos). Só perdemos para os profissionais da área de tecnologia.”
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