sábado, 18 de dezembro de 2010

MANCHETES CONEXAS DA 6º FEIRA

 'Desemprego recua para 5,7% e é o menor desde 2002' (UOL)

'Governadores do PSDB vão apoiar Dilma' (Estadão)

FECHO
Ciclo Lula encerra com um PIB crescendo o dobro do de 2002 para uma inflação 50%  menor e uma taxa de desemprego  que é a metade da observada então: 5,7% contra 11,7%, respectivamente, segundo o IBGE (Carta Maior;17-12) 

GRACIAS

"(Lula) embaixador plenipotenciário no conserto deste mundo, obrigado  pelo que tem feito, obrigado pelo que tem que fazer" (Presidente Mujica, na despedida de Lula no Mercosul) . 

E SERRA QUERIA IMPLODIR...

Comércio dentro do Mercosul encerra 2010 com um fluxo recorde de US$ 42 bilhões - um aumento de 30% em comparação com 2009.  Exportações totais dos sócios do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - para o resto do mundo serão de US$ 230 bilhões - alta de 24% em comparação com 2009 (Estadão; 17-12)

(Carta Maior; Sexta-feira; 17/12/2010)

Uma enorme dor de cotovelo

Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa


“A última pesquisa do Ibope sobre a popularidade do presidente Lula da Silva e o índice de aprovação do seu governo tem mais destaque na mídia internacional do que na imprensa brasileira.

Folha de S.Paulo simplesmente ignorou a informação, enquanto o Estado de S.Paulo a omite na primeira página e, nas páginas internas, prefere destacar a expectativa dos brasileiros em relação ao futuro governo de Dilma Rousseff. O Globo usa o mesmo artifício e deixa em segundo plano o fenômeno de popularidade do presidente: ele é visto favoravelmente por 87% dos brasileiros.

O Estadão abre a reportagem sobre o assunto afirmando que "os brasileiros encerram este ano satisfeitos com o presidente Luiz Inácio da Silva e otimistas em relação ao governo de Dilma Rousseff".

Além da popularidade pessoal do presidente, os números do Ibope mostram que o atual governo é considerado ótimo e bom por 80% dos entrevistados. Em outubro, esse número era de 77%. Levando-se em conta que 16% o consideram regular – o que, na análise do resultado, é considerado como uma avaliação positiva –, deve-se concluir, em termos práticos, que 96% aprovam o desempenho de Lula como presidente e apenas 4% consideram seu governo ruim ou péssimo.”
Artigo Completo, ::Aqui::

Para a presidenta refletir



Eliane Cantanhêde, a musa da febre amarela, ataca novamente. Ou melhor: puxa, de novo, o saco conceitual de Dilma Rousseff, em sua coluna de ontem na Folha de São Paulo. Como de costume, deixo de lado seu tucanês e vou ao pouco do que escreveu que realmente interessa. Em seguida continuo comentando.
“(…) Dilma não tem o carisma, nem o discurso popular, nem a mistificação de Lula, mas isso carrega desvantagens e também vantagens. Ela tenderá a manter uma direção e ser dura quando necessário, sem ser refém de índices de aceitação, recordes de popularidade (…)”
“(…) Dilma foi criança de classe média e de colégio de freira, deu uma cambalhota ao aderir a partidos adeptos da luta armada contra a ditadura, acabou presa e torturada ainda quase uma menina. É uma mulher valente, determinada, que tem objetivos e ideais. Merece crédito (…)”
Pouco importa em que contexto essas frases foram escritas. A exemplo de tantas que vêm sendo escritas no eixo jornalístico São Paulo-Rio, tentam vender uma espécie de “proteção” contra quem as proferiu. Uma “proteção” como a que milícias vendem à população nos morros cariocas, por exemplo.
Vejam qual é o preço que a mídia pede que Dilma pague pela proteção contra si mesma (a mídia) que oferece:
“(…) Começa hoje a contagem regressiva: a de Dilma para a posse e a de Lula para a saída do poder. Ela sobe a rampa, ele desce, mas falta saber em que altura cada um vai estacionar. Se for a meio caminho, o risco de Dilma é claro (…)”
Afago e ameaça, céu e inferno, carícias e pancadas… O recado vai sendo dado repetidas vezes. Que Dilma não ouse enfrentar a mídia, falar contra ela como fez Lula, deixar como está ou aumentar a divisão do bolo da publicidade oficial, levar adiante a inclusão de negros pobres na universidade, contrariar os Estados Unidos… E por aí vai.
Dilma é uma mulher admirável. Suportou com altivez os ataques mais baixos de que se tem notícia numa campanha eleitoral – nem para Lula arrumaram um parceiro homossexual como fizeram com ela. Isso sem falar em sua bela história de luta pela democracia durante a ditadura. Não acredito que fosse ceder à chantagem midiática.
Todavia, discordo de a presidente eleita dizer, durante a sua diplomação ontem no Tribunal Superior Eleitoral, que defenderá a “liberdade de imprensa”. Há valores fundamentais para ela dizer que defenderá e que estão sob ameaça real no Brasil de hoje, e a “liberdade de imprensa” não é um deles.
blog da cidadania

Politicamente correto



Quem maldiz o “politicamente correto” são os que querem ter direito de espargir preconceitos. Mas há os que tentam ser politicamente corretos o tempo todo e não conseguem. São a maioria, a quase totalidade, porque o politicamente correto é impiedoso.
Publiquei um post ontem sobre o machismo e ilustrei com a capa da Playboy com a belíssima Cleo Pires. Comecei o post dizendo que o lado mais odioso do machismo é o julgamento que faz da conduta sexual da mulher, mas também disse que transformar a mulher em objeto de consumo pelo seu apelo sexual é outro tipo de machismo.
Logo apareceu quem viu machismo e julgamento de Cleo por posar nua. E talvez esteja certo. Por outro lado, por se exibir como objeto para homens, houve quem considerasse machista a própria conduta da atriz.
O equilíbrio, mais uma vez, mostra-se o melhor caminho. Uma mulher pode posar nua tanto quanto um homem, mas quando legiões de mulheres – e até de meninas – transformam em sonho dourado tirarem a roupa para que homens as consumam, alguma coisa deve estar errada.
Em qual das duas situações estarei sendo machista, então? Defendendo ou condenando a opção de Cleo de se despir para uma revista masculina?
Se eu disser que as mulheres são mais sensíveis do que o homem, estarei discriminando-as? Elas não são, na maior parte? Será que estou minimizando alguém por considerá-lo mais sensível? E se estou fazendo isso sem saber, como fazer para acertar todas as respostas?
E o pior é que os que decidem qual é a resposta certa e a errada são… Todos. Ao menos na internet. Só que cada um sob as próprias idiossincrasias. Aquele que gritar mais alto provoca o efeito manada, que, no minuto seguinte, pode mudar de lado.
Claro que há conceitos inquestionáveis. Mulher não pode ganhar menos do que homem, não pode receber acusações à sua conduta sexual sempre que discute com um homem – o primeiro insulto que se faz a uma mulher é chamá-la de “vagabunda”.
Mas há uma miríade de sutilezas que podem ser consideradas preconceitos. E algumas são tão sutis que com freqüência tanto homens quanto mulheres podem cometê-las.
Desafiar ou ridicularizar o politicamente correto não é uma boa conduta porque acaba dando possibilidade aos preconceituosos extremados para que digam suas perversões como se estivessem recitando poemas, mas a ditadura do politicamente correto me assusta um pouco.
A revolução que pode sofrer a comunicação no Brasil ainda nem começou. Pode acontecer, mas depende de que movimentos inovadores como o da blogosfera progressista sejam pilotados com competência, desprendimento e visão por seus múltiplos atores.
Para quem esqueceu, há um dragão midiático de ventas fumegantes que a blogosfera fez apenas piscar. Falta muito para que o façamos recuar ao menos um passo. E só faremos isso se estivermos à altura do poder que a internet concedeu ao homem da multidão.
Eduardo Guimarães

SEXO com explicação gráfica

Como lesar o cidadão, o país e sair impune

O exemplo maior é Daniel Dantas. É costume da mídia norte-americana escolher o chamado “inimigo público número um”. Al Capone era chamado assim. Por aqui não haveria dificuldade alguma em colocar a coroa, a faixa e entregar o cetro a Daniel Dantas.
Um dos responsáveis pela condução das privatizações no governo FHC (e um dos principais beneficiários), conseguiu a proeza de colocar um dos seus funcionários no STF (Supremo Tribunal Federal) – o “ministro” Gilmar Mendes – e no inquérito policial conduzido pelo delegado Protógenes Queiroz em que era indiciado e foi preso e solto duas vezes (solto por Gilmar), o delegado acabou condenado.

Na diplomação dos eleitos por São Paulo, aplausos para Tiririca e vaias para Maluf

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) diplomou nesta sexta-feira (17) o governador e o vice-governador, Geraldo Alckmin (PSDB) e Guilherme Afif Domingos (DEM), dois senadores, 70 deputados federais e 94 deputados estaduais eleitos em outubro no estado. A diplomação é a última etapa do processo eleitoral e antecede a posse dos eleitos.
A Assembleia Legislativa, palco da diplomação, ficou lotada por militantes partidários, jornalistas, eleitores e funcionários da casa. Entre os diplomados para assumir o cargo de deputado federal estavam o comediante Francisco de Oliveira, o Tiririca (PR), que obteve 1,3 milhão de votos, e o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP), que chegou a ter os quase 500 mil votos recebidos na última eleição anulados por ter sido condenado em primeira instância por improbidade administrativa. Condenação que o incluía no rol de candidatos fichas sujas. Na última segunda-feira (13), contudo, a condenação foi cassada pela 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. Com isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revogou a decisão que cassou o registro da candidatura de Maluf.
Ao chegar à Assembleia, Maluf disse que sempre confiou na Justiça brasileira que, segundo ele, funciona bem. O deputado se disse honrado pela oportunidade de "trabalhar" mais quatro anos "por São Paulo e pelo Brasil".
Tiririca, por sua vez, admitiu estar nervoso por receber "o primeiro de muitos diplomas que virão", disse que está se acostumando a ser tratado por deputado e voltou a fazer piada com o aumento salarial dos parlamentares que irá beneficiá-lo.
Durante a cerimônia de diplomação, Tiririca foi bastante aplaudido, enquanto Maluf recebeu vaias durante todo o tempo em que permaneceu à frente da plateia.
By: Rede Brasil Atual

Míriam Pig manipula informação sobre nível de desemprego

A Miriam Leitão é useira e vezeira em misturar informações para dar a idéia de que as coisas não vão bem, especialmente se os números mostrarem que vão.
É o caso da informação sobre o nível de desemprego.
Em seu blog e na CBN, no resumo comentado da semana, ela junta, intencionalmente, duas informações.
Leiam o texto:
“A melhor notícia da semana chegou hoje: o desemprego caiu em novembro para um nível inédito (5,7%), confirmando o ano inteiro de forte desempenho do mercado de trabalho. Mas a confiança da indústria está no nível mais baixo do ano.”
Vejam como ela junta a boa noticia do menor índice de desemprego da história (objetivo) com o baixo nível de confiança da indústria (subjetivo).
É ou não é uma manipulações de informações?
Sobre o nivel de desemprego, leia o que diz a matéria do G1:
“A taxa de desemprego ficou em 5,7% em novembro, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa é a menor, considerando todos os meses, desde março de 2002, quando teve início a série histórica da Pesquisa Mensal do Emprego. Nesse período, o desemprego era de 12,9%.”
By: FBI

Brasil atinge pleno emprego

Taxa de desocupação cai para 5,7% em novembro, menor patamar da série histórica do IBGE
Do iG

A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada hoje pelo IBGE, mostra que, em novembro, a taxa de desemprego do país chegou a 5,7%, a mais baixa desde o início da série histórica em 2002. No mês, o número de desempregados também atingiu o menor nível dos últimos oito anos.
O número indica que, tecnicamente, o Brasil atingiu o pleno emprego, condição existente quando a taxa de desemprego é inferior a 6%, segundo dizem os especialistas. Eles explicam que isso não significa que todo mundo está trabalhando, mas que o desemprego é mínimo e motivado por razões como a falta de especialistas para determinadas funções.

A pesquisa do IBGE, porém, é feita apenas nas regiões metropolitanas de seis capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. Delas, há pleno emprego em quatro: Porto Alegre (3,7%),São Paulo (5,5%), Rio de Janeiro (4,9%) e Belo Horizonte (5,3% ). Em Salvador (9,4% ) e Recife (8,4% ) a taxa é maior.
A queda do desemprego em relação a outubro (6,1%) foi de 0,4 ponto percentual. Em relação ao mesmo mês de 2009, ano da crise financeira internacional, a redução foi mais acentuada, de 1,7 ponto percentual.
De um mês para o outro, a população desocupada diminuiu 5,9% e fechou o mês de novembro em 1,359 milhão, em números absolutos. Frente a novembro de 2009, a redução foi de 20,7% ou 354 mil desempregados a menos, segundo a pesquisa.
Em novembro, a população ocupada ficou estável (22,4 milhão) na comparação com o mês imediatamente anterior. Mas em relação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 3,7% ou 795 mil postos de trabalho.
Já o rendimento médio real dos trabalhadores nas seis principais regiões metropolitanas do país teve uma pequena queda (0,8%) em relação a outubro e fechou novembro em R$ 1.516. O valor representa alta de 5,7% frente a novembro do ano passado.
No ano, foram criados no Brasil cerca de 2,5 milhões de empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que continuará no cargo no governo Dilma Rousseff, acredita que em 2011 serão criados no país cerca de 3 milhões de empregos formais.
E tem gente que sente saudades dos tempos de FHC...
Crônicas do Motta

Será mesmo que são os nordestinos que não sabem votar, hein paulistada xenófoba?

'Estou feliz e preparado para mais 4 anos', diz Maluf após decisão do TSE
TJ-SP inocentou deputado em ação, e TSE liberou para assumir mandato.
Barrado pela ficha limpa, ele foi reeleito deputado com quase 500 mil votos.


Mariana Oliveira
Do G1, em São Paulo


O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) afirmou nesta quinta-feira (16) que ficou "muito feliz" com a liberação de seu registro de candidatura. Ele recebeu quase 500 mil votos e seria reeleito, mas tinha sido barrado com base na Lei da Ficha Limpa.

Nesta quinta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou o registro, uma vez que a condenação que o impedia de assumir a vaga foi suspensa no começo desta semana.

"Eu confio na Justiça e já disse isso muitas vezes. Eu já dizia, quando fui impugnado, que não tinha condenação, mas vocês não acreditaram em mim. Me sinto feliz porque as pessoas acreditaram em mim e votaram apesar do que dizia a Justiça [que a candidatura estava impugnada]. Estou muito feliz e preparado para mais quatro anos", disse ao G1 na noite desta quinta.

Maluf teve o registro de candidato negado a pedido do Ministério Público por causa de uma condenação, de abril deste ano, por improbidade administrativa. Ele foi acusado por uma suposta compra superfaturada de frangos para a Prefeitura de São Paulo, em 1996, quando era prefeito.

Ele recorreu e, na última segunda-feira (13) o Tribunal de Justiça de São Paulo o inocentou da acusação. Com isso, Maluf será diplomado nesta sexta-feira (17) e poderá assumir um novo mandato na Câmara dos Deputados.

O deputado reeleito comentou ainda o fato de ter recebido votação inferior na eleição deste ano na comparação com a eleição de 2006, quando teve cerca de 740 mil votos.

500 mil paulistas votaram nesse sujeito...
"Sabe como é, como convencer o eleitor, que ouve o tribunal dizer: 'se você votar no Maluf, seu voto será anulado'? Mas você ter 400 mil, 500 mil, 600 mil votos, está eleito, não tem problema que a votação tenha sido menor", afirmou. "Eu tive meio milhão de votos com todo mundo dizendo: 'não votem em Maluf, senão vai votar nulo'", completou.

A decisão que liberou Maluf nesta quinta é do ministro Marco Aurélio Mello, que relatou o caso. "As idas e vindas no campo eleitoral geram sempre perplexidade. No entanto, o que incumbe perceber é que o motivo do indeferimento do registro já não subsiste, ante a decisão prolatada pela Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo", argumentou Mello.
Tudo em cima

Consulta ou Relação Sexual Involuntária

Falsa surpresa, outra verdadeira e a revelação

Registro neste derradeiro mês de 2010 uma falsa surpresa, outra verdadeira e uma revelação. A surpresa que não houve vem do WikiLeaks e é de amplo raio. O WikiLeaks­ demonstra apenas no plano mundial o baixo QI da diplomacia americana e, em perfeita afinação em relação ao Brasil, que os representantes de Tio Sam aqui sediados baseiam seus despachos na leitura de Veja, Estadão, Folha e Globo. Seria esta razão de espanto? De maneira alguma, está claro. E seria verificar que Washington, como informa o ­WikiLeaks, faz lobby contra a lei do pré-sal a favor das irmãs do petróleo?
O petróleo é deles? – Telegramas confidenciais remetidos pelos diplomatas americanos para o Departamento de Estado mostram profunda contrariedade diante das mudanças introduzidas pelo governo Lula nos sistemas de exploração do nosso petróleo. E surge em cena uma certa Patricia Pedral, diretora da Chevron no Brasil. Ela acusa o governo de fazer uso “político” do modelo, mas não perde as esperanças. “As regras sempre podem mudar depois”, teria afirmado, o que também implica confiança no poder de persuasão das irmãs petroleiras e do próprio Tio Sam. Os métodos deste poder são bastante conhecidos, passam pela chantagem e pelo tilintar dos dólares.
Surpresa? Nem pensar. Segundo dona Patricia, em novembro do ano passado ela teria recebido de José Serra a garantia de que, eleito, mudaria as regras. Não sei até que ponto dona Patricia é confiável. Pergunto, de todo modo: se a promessa de Serra existiu, cabe espanto? Obviamente, não. Eleito em lugar de Dilma Rousseff, ele faria a vontade da sua turma e da mídia nativa. O tucanato é assim mesmo. É do conhecimento até do mundo mineral que Fernando Henrique sonhou em privatizar a Petrobras até onde fosse possível. Difícil é imaginar que Serra presidente deixaria por menos. Vejam só do que nos livramos.
O escândalo é outro – Surpresa autêntica é proporcionada por um livro publicado, O Escândalo Daniel Dantas. Poderia ser da autoria dos advogados do banqueiro orelhudo, e não nos deixaria de queixo caído. Dá-se que quem escreve, e não há defensor de Dantas habilitado a realizar trabalho melhor, é um jornalista, Raymundo Rodrigues Pereira, de hábito empenhado em nobres causas, a me merecer desde sempre amizade como indivíduo e respeito como profissional.
Raymundo me presenteou recentemente com seu livro e com uma coletânea de ensaios sobre a obra de um criador de cinema que ambos admiramos, John Ford. Eu já estava informado a respeito do conteúdo de O Escândalo Daniel Dantas e cuidei de não lê-lo para evitar que ventos malignos soprassem entre o fígado e a alma. Disse apenas ao velho amigo e companheiro de algumas aventuras: “Concordamos quanto a Ford, discordamos quanto a Dantas”. No livro ele aponta Carta­Capital como uma publicação que perseguiu Dantas injustamente e eu fingi ignorar.
Na Folha de S.Paulo, de 10 de dezembro, entrevistado por Frederico Vasconcelos, ele volta à carga. Diz que por trás das reportagens publicadas contra o banqueiro do Opportunity – e no caso de CartaCapital, segundo ele teriam sido cem, número talvez exagerado, mas pouco importa – “estavam os fundos de pensão, a canadense TIW, a Telecom Italia e Luiz Roberto Demarco (ex-sócio de Dantas)”, conforme relata Vasconcelos. Ou, por outra: CartaCapital prestou-se a um jogo sujo, não se esclarece a que preço. Vale soletrar o contrário: o orelhudo, que assim chamamos por sua comprovadíssima obsessão no uso desbragado do grampo, tentou amansar CartaCapital por meio de polpudo contrato de publicidade, obviamente ineficaz. Que fazer, a gente não está à venda.
Não me permito ilações sobre as razões de Raymundo e até que ponto ele se dispôs a servir aos interesses de amigos chegados ao orelhudo. Diante da grave ofensa, cometida contra esta revista e vários honrados jornalistas, declaro meu suspanto, misto de susto e espanto, como diria o próprio Raymundo, desta vez entregue a um gênero de jornalismo que sequer posso classificar como de péssima qualidade. Não há dúvidas de que ele conversou longamente com seu herói e apaniguados. Não procurou, contudo, os vilões, os profissionais que ofende, a começar por Rubens Glasberg, dono de um arquivo completo a respeito de Dantas e suas façanhas.
Não há uma única, escassa reportagem de CartaCapital que não tenha sido baseada em documentos irrefutáveis para provar as inúmeras mazelas dantescas e as condenações que colecionou, em Cayman, em Nova York, em Londres, por uma corte internacional. E é muito estranho que jornalistas, mercenários segundo Raymundo, processados pelo orelhudo, cinco vezes Glasberg, duas vezes o acima assinado, incontáveis Paulo Henrique Amorim, tenham saído vencedores destes embates judiciários.
Papai Noel a risco – E agora a revelação, que devemos agradecer à revista Veja: Papai Noel existe. Trata-se de um milagre. Metido naquelas fartas roupas de lã, botas e capuz, arrastado para o trópico a bordo de um trenó puxado por renas à espera da neve impossível, ele resiste impávido ao nosso verão. Na minha infância, celebrava-se Jesus Menino, que, como todos, veio ao mundo nu. Em um Natal desses, Papai Noel bate literalmente as botas. Coisas de um país onde há quem gostaria de privatizar a Petrobras e acha DD um capitalista exemplar.
Mino Carta, diretor de redação de CartaCapital.

Vale tudo

Só não vale dançar homem com homem nem mulher com mulher. O resto vale...




Juiz derruba exigência de exame da OAB
Justiça manda reconhecer bacharéis em direito como advogados e libera exercício da profissão sem prova da Ordem
Para juiz federal, exame é inconstitucional; presidente da OAB diz que decisão está na contramão da história

O juiz federal do TRF (Tribunal Regional Federal) da 5ª região, em Recife (PE), Vladimir Souza Carvalho considerou inconstitucional o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e determinou, por meio de liminar (decisão provisória), que a entidade inscreva bacharéis em direito como advogados, sem que eles tenham sido aprovados no exame. Cabe recurso.
Na decisão, ele diz que a advocacia é a "única profissão no país", em que o bacharel, "para exercê-la, necessita se submeter a um exame, circunstância que, já de cara, bate no princípio da isonomia".

Segundo ele, a Constituição prevê o livre exercício "de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer" -e não o que determinar a OAB.
Para ele, o exame torna inválidas as avaliações feitas na graduação. "Trata-se de um esforço inútil, pois cabe à OAB e somente a ela dizer quem é ou não advogado."
"Trata-se de situação inusitada, pois, de posse de um título, o bacharel em direito não pode exercer sua profissão", diz o juiz.

A decisão do juiz, tomada no dia 13 e divulgada ontem, foi em resposta a um recurso movido por um integrante do MNBD (Movimento Nacional dos Bacharéis de Direito) contra a OAB do Ceará.
Em declaração divulgada no site da entidade, o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, afirmou que a liminar está na contramão da história ao "virar as costas para o mau ensino que se pratica no Brasil".
Ele disse, ainda, que a OAB usará todos os recursos para atacar a liminar.

Para o professor Luiz Flávio Gomes, a posição do juiz "é muito radical, e não há chance de prosperar".
Ele critica o atual exame, pois acredita que não é necessário que todos os bacharéis sejam avaliados.
"Sugiro um meio termo: o aluno da faculdade com nota A nas três últimas avaliações poderia ser liberado, pois fica provado que teve um ensino de excelência."

Esquerdopata

Paulistanos se divertem



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

MANCHETES CONEXAS DA 5º FEIRA,

Lula fecha governo com 80% de aprovação e bate novo recordeCriação de emprego chega a 2,54 milhões no ano e supera meta


LASTRO PARA DILMA EXPANDIR O PIB

Governo corta impostos de títulos financeiros destinados à captar recursos para investimentos de longo prazo em infraestrutura e ampliação de capacidade produtiva. Meta é captar R$ 70 bi por ano e elevar fatia total de investimento no país (FBCF), dos atuais 19% para 23%, viabilizando taxas de crescimento elevadas, sem  gargalo inflacionário de oferta. (Agências; 16-12)


O AJUSTE DA BOLHA ESPECULATIVA:
ARROCHO MUNDIAL SOBRE OS SALÁRIOS


Crise econômica e colapso das finanças desreguladas reduziu à metade o crescimento dos salários no mundo.Entre as exceções estão países emergentes, como o Brasil, onde os trabalhadores acumularam ganhos reais ao longo do governo Lula (Carta Maior com OIT/ Valor; 16-12)

 EUROPA ARDE, RANGE E RUGE
DE VOLTA ÀS GRANDES MOBILIZAÇÕES?


Greve contra arrocho salarial paralisa a Grécia.
ATTAC pede manifestações em toda Europa, neste sábado, 18/12,contra a destruição do Estado do Bem-Estar Social 

Políbio e os ciclos da política


O desencantamento com a política tem origens muito mais antigas e não é uma característica do mundo contemporâneo

Enganam-se aqueles que imaginam o desencantamento com a política como um fenômeno contemporâneo. A história do pensamento político Ocidental nos mostra que filósofos antigos como Sócrates, Platão e Aristóteles, entre outros, já apontavam os vícios e as causas da degeneração das formas de governo. Todavia, o pensador grego Políbio, que viveu em Roma no séc. II a.C., foi quem formulou de forma mais sistemática uma teoria para explicar as mudanças nas formas como o sistema político se organiza.

Pensador grego Políbio formulou uma teoria para explicar as mudanças nas formas como o sistema político se organiza

As três formas de governo no mundo antigo

Para compreender a teoria de Políbio é necessária uma breve explicação acerca do que os filósofos antigos entendiam como forma de governo.
A primeira e mais completa obra sobre as organizações políticas do mundo antigo provém de Aristóteles, na obra intitulada, justamente, “A Política”. Aristóteles observou a constituição de várias cidades-Estado, e chegou a conclusão de que existiam basicamente três formas de governo a saber: monarquia, aristocracia e democracia.
A monarquia era composta pelo governo de um único homem, capaz de estender seu poder sobre todos os membros da cidade. Já a aristocracia representava o governo de uma classe social que, devido a seu status, obtinha o comando político e econômico no que concerne aos assuntos de interesse público.
Por fim a democracia significava a participação de todos os cidadãos nos debates e na condução dos assuntos políticos.
Para tais formas de governo, Aristóteles formulou uma visão negativa a fim de explicar o desvirtuamento das concepções ideais. Em outras palavras, Aristóteles concebeu as três formas de governo sob uma ótica de sua degeneração. Assim sendo, a tirania seria a degeneração da monarquia, a oligarquia da aristocracia e a demagogia o desvirtuamento da democracia.

Políbio, as constituições e os ciclos

Para Políbio a constituição é um fator fundamental para o sucesso ou fracasso dos povos. Na obra intitulada “História”, Políbio se debruça sobre a república romana. A análise do autor parte das três formas identificadas por Aristóteles, com algumas modificações.
Ao invés de monarquia, Políbio usa a palavra reinado para designar o governo de um único homem. Porém conserva o título de tirania para nomear a degeneração do reinado. Os conceitos de aristocracia e oligarquia, oriundos da concepção aristotélica, são conservados por Políbio, mas o autor opõe à democracia a oclocracia, que nada mais é do que a emergência de demagogos que, por dominarem a arte da retórica, induzem os cidadãos de menor grau de educação a tomarem decisões supostamente em nome do interesse público, mas favorecendo na verdade interesses particulares. Após identificar as três formas de governo, Políbio elabora sua teoria cíclica segundo a qual a história é alternada por boas e más constituições.

Políbio identifica as três formas de governo e depois elabora sua teoria cíclica
O início de tal processo ocorre com o estabelecimento de um reinado, que devido à corrupção, torna-se uma tirania. A tirania é derrubada pelas classes mais esclarecidas da sociedade e constitui-se como aristocracia. Tal aristocracia também se corrompe e se torna uma oligarquia, que, por sua vez, é derrubada pelo povo e transformada em democracia.
Contudo, Políbio nos diz que a democracia, como um governo de todos, é logo capturada por interesses particulares representados pelos cidadãos mais astutos e educados, tornando-se uma oclocracia. Este seria um processo inexorável ao qual todo e qualquer sistema de governo estaria subordinado. Em outras palavras, para Políbio a ordem política nunca será estável. Ao contrário, estará sempre sujeita à transformações.
Observada nos dias de hoje, essa lição de mais de dois mil anos, permanece atual, o que nos leva a crer que a democracia pode não ser tão estável como se imagina.
política para políticos

Persons of the PIG/2010

Arnaldo Jaburanga Jabor, Supremo Dono da Verdade, Inteligência Arrombadora de Todos os QIs do Mundo (Desiclopédia), festejado Cineasta de um Filme Só, e que ficou com o título de Emo do Ano graças a fuga do seu parceiro e jornalista Diogo Maisnada que se picou pra Sicília, muito antes da morte anuncidada do esquemão da pocilga. Para os desavisados, Sicíla é o codinome que essa "tribo" teima em chamar a riquíssima, badalada e segregacionista cidade de Milão, ou Roma, a eterna cidade dos gays brasileiros.
Vazou da sua rival, Época, que a pouquíssima verba pra assepsia na redação da ex-maior revista do país, está sendo repassada pela irmã, uma coelhinha da PlayBoy. Deve estar sendo difícil pra quem vendia 850 mil exemplares, ter que conviver com pouco mais de 200 mil que nem chegam aos seus destinos: se perdem nos depósitos de alguma Secretaria de Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, carimbada de EXEMPLAR DE ASSINANTE
Haja Dossiê Falso para saciar a fome das gigantesca impressoras da Folha que a cada dia imprime menos. Estão sentindo no papel a escacez de tinta tão abundante no período da dona Branda. Na mesma proporção do resultado das sessões de torturas.
João de Deus Netto

Perfil que traz Dilma como guerrilheira faz sucesso na Grã-Bretanha

Redação, Correio do Brasil / BBC


“Um perfil de Dilma Rousseff publicado antes do primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras foi a notícia mais lida do ano no site do jornal britânico The Independent, um dos maiores da Grã-Bretanha, segundo uma lista publicada nesta quinta-feira pelo próprio jornal. A reportagem, publicada no dia 26 de setembro, previa a eleição de Dilma já no primeiro turno, uma semana depois, e dizia que ela se transformaria com isso na “mulher mais poderosa do mundo”.

“A mulher mais poderosa do mundo vai começar a despontar no próximo fim de semana”, iniciava o texto, intitulado: “Ex-guerrilheira Dilma Rousseff pronta para ser a mulher mais poderosa do mundo”. Apesar do favoritismo indicado pelas pesquisas de opinião uma semana antes da eleição, Dilma acabou não tendo votos suficientes para vencer a disputa no primeiro turno e foi obrigada a disputar o segundo turno com o ex-governador de São Paulo José Serra.”
Matéria Completa, ::Aqui::

Salário no Brasil sobe o dobro da média mundial


Brasília Confidencial

“Nos últimos dois, o salário dos brasileiros subiu mais que o dobro da média mundial. A constatação está em estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O levantamento foi realizado com dados de 115 países que possuem 94% dos 1,4 bilhão de assalariados no mundo. Os salários médios em todo o mundo caíram 0,7% em 2009, devido à crise financeira internacional. Mas no Brasil, o salário manteve ritmo constante de expansão: 3,2% em 2007; 3,4% em 2008 e 3,2% em 2009.

O relatório indica que 12 das 28 economias mais industrializadas experimentaram uma redução do nível de salário real em 2008, incluindo Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Itália, Japão, México e República da Coréia. Ao passo que sete países apresentaram esta tendência em 2009: Alemanha, França, Inglaterra, Japão, México, República da Coréia e Rússia.

Janine Berg, uma das autoras do “Relatório mundial sobre Salários 2010/2011”, divulgado nesta quarta-feira, explica por quais razões o salário brasileiro não foi afetado. “A crise econômica — disse – - atingiu o Brasil de maneira breve e não teve tanto impacto no mercado de trabalho. Com isso, o governo decidiu manter sua política de salário mínimo, o que ajudou a manter os salários médios”.

O machismo

Em um momento em que o país vê uma mulher chegar ao poder, alguns poderiam se surpreender com o fato de que há uma efervescência social contra o que se convencionou chamar de machismo, conduta preconceituosa da qual deriva o sexismo, que pressupõe diferenças de um sexo para outro em desfavor de um deles.
O que é ser machista? É, sobretudo, negar à mulher  “direitos” não escritos concedidos ao homem, como o de poder exercer com liberdade a própria sexualidade. O lado mais odioso do machismo é o de se caricaturar a mulher por sua conduta sexual.
A transformação das mulheres em objeto de prazer, porém, talvez seja dos traços da cultura patriarcal que mais demorará a ser superado, até por contribuição de expressiva parcela do sexo feminino que retira prazer do fato de ser vista como uma iguaria e não como ser humano.
Mas  sexualidade não é o único alvo do machismo. Há o tratamento debochado para com a mulher, de não levá-la a sério, de tratá-la como um ser que deve ser visto em vez de ouvido. Não se trata de reconhecer as diferenças de gênero na forma de ver e se relacionar com o mundo, pois as peculiaridades de cada sexo não podem ser vistas como adequadas ou inadequadas a nenhuma situação.
Mulheres e homens podem exercer as mesmas profissões e ter as mesmas responsabilidades. O gênero a que se pertence jamais influirá no desempenho de alguém. O que pode influir são fatores como determinação, perseverança e ousadia, sem falar na inteligência de cada indivíduo.
Não se pode, tampouco, desconhecer que a veemência que os que pertencem a grupos sociais oprimidos levam consigo decorre de reação óbvia de quem tem razões mais do que suficientes para acreditar que através dos bons modos pode ser difícil se fazer entender por aqueles que têm o dever de tomar atitudes contra a discriminação – e que não tomam.
Este blogueiro está entre os que defendem que os oprimidos lutem pelos seus direitos, gritem suas razões e, se necessário, que ultrapassem os limites da polidez. Porque, às vezes, para produzir reações há que aumentar o volume da voz de quem clama por elas.
Se houver um limite para lutas justas e necessárias como a das mulheres, a dos negros, a dos homossexuais e a de qualquer outro alvo de discriminação, deve ser o de não criarem novos preconceitos com base naqueles de que são alvo. O negro não deve estereotipar o branco analisando suas palavras com lupa a fim de descobrir preconceitos ocultos, por exemplo.
O limite para a legítima luta pela igualdade de direitos é a observância de deveres impositiva a todo cidadão. Em questões tão sensíveis, todos devem estar sempre dispostos a aprender com erros que podem ser cometidos por oprimidos e não-oprimidos, que sempre estarão ameaçados de eventualmente se tornarem opressores.
Eduardo Guimarães

O salário dos políticos

A partir da criação deste blog, seu signatário passou a receber sugestões e convites para entrar na política. Sobretudo de uns dois anos para cá. Todavia, nunca aceitou. Por uma razão muito simples: é um mau negócio, a menos que você pretenda se corromper caso seja eleito – e quem entra em um partido político é porque tem a expectativa de se eleger.
Vejam o caso do blogueiro. Como atua no comércio exterior, sem qualquer relação com dinheiro público, exclusivamente no setor fabril privado, se fosse eleito deputado, senador etc., evidentemente teria que interromper a atividade que lhe permitiu sobreviver durante toda a vida, que lhe pagou o estudo dos filhos, enfim, a atividade que é o seu ganha-pão.
Daí você se elege para um mandato de quatro anos. Com começo, meio e fim. Se for honesto e não se vender em troca de adequar suas decisões aos interesses de grupos, se não participar de negociatas com dinheiro público que lhe rendam muito dinheiro, passados os quatro anos, caso não seja reeleito, estará em uma situação bastante delicada, pois terá que voltar ao setor privado e, assim, é óbvio que terá dificuldades.
Um mandato eletivo, portanto, deve remunerar suficientemente o eleito para o caso de não se reeleger e ter que voltar à atividade profissional que interrompeu para servir ao interesse público, de forma que possa fazer uma poupança que lhe permita recomeçar a vida com tranqüilidade quando deixar o cargo público.
Ora, é óbvio que um político detentor de mandato eletivo passa a ter um orçamento doméstico e pessoal maior, pois seu padrão de vida sobe até pela importância do cargo, situação que não se coaduna com a necessidade de poupar para que não morra de fome se ao fim do mandato de quatro anos não for reeleito. E até para ter como bancar a própria campanha eleitoral seguinte sem recorrer a dinheiro de origem duvidosa.
A mídia defende baixos salários para políticos porque, assim, os mandatos eletivos ficarão para os ricos, pois só sendo rico alguém pode investir uma fortuna em uma campanha eleitoral e ainda passar quatro anos sem exercer uma atividade profissional para se dedicar só a questões de interesse público.
Os baixos salários oficiais dos políticos acabam se tornando “razão” para que alguns caiam na tentação de se resguardarem contra a possibilidade de não conseguirem se reeleger, para que não voltem à planície do setor privado tendo que recomeçar a vida do zero.
Desta maneira, ao receber tais convites  ou sugestões para entrar em partido político e disputar mandato eletivo o blogueiro preferiu a opção de se manter fora do noticiário policial, sobrevivendo e preparando a própria aposentadoria sem que dinheiro público entre na equação, porque, sendo honesto, no Brasil não vale a pena se eleger para algum cargo público.
blog da cidadania