sábado, 16 de outubro de 2010

Bomba-relógio eleitoral


Não pensem os que difamaram de forma torpe a candidata Dilma Rousseff que haverá aceitação das artimanhas usadas para interferir no processo eleitoral. Amplos setores da sociedade e os partidos políticos que apóiam a candidata do PT não aceitarão o resultado de um processo eleitoral viciado como esse.
O Brasil pode ter certeza de que não haverá trégua no combate aos crimes eleitorais que estão sendo cometidos pela coligação de José Serra e pela mídia com a finalidade de interferir na decisão soberana do eleitorado brasileiro, seja qual for o resultado da eleição.
Neste momento, este blogueiro está fazendo a sua parte como cidadão no sentido de ir às últimas conseqüências para combater as barbaridades que o Brasil e o mundo estão assistindo na eleição presidencial de 2010.
No período da tarde, este blog divulgará novas medidas que o Movimento dos Sem Mídia está adotando para combater esse processo espúrio que está ludibriando os brasileiros, inclusive se valendo de meios de comunicação de massa que pertencem a todos os brasileiros e não, em hipótese alguma, à coligação de Serra.
Eduardo Guimarães, blog da cidadania

De sonhos e pesadelos

Circulou muito o editorial do Brasil de Fato, que desemboca no diagnóstico: Dilma não é o governo dos nossos sonhos. Serra é o governo dos nossos pesadelos.


A esquerda, em todas suas variantes, tem que entender que uma continuidade do governo Lula significará o prolongamento das condições de luta atuais, em situação melhor, porque a direita terá sofrido uma grande derrota.

Uma eventual vitória do Serra será, inquestionavelmente, uma vitória da direita. E uma derrota para todos os setores da esquerda. Porque todos pagarão o preço disso.

Não por acaso todos os movimentos sociais – a começar pelo MST – têm clareza absoluta disso, até porque em um triunfo da direita, os movimentos populares e a esquerda no seu conjunto, sem poupar ninguém, serão as principais vitimas de uma direita fortalecida.

Em 2006 alguns setores diagnosticaram que seria igual um governo Lula ou um governo Alckmin. Podemos imaginar como estaria o Brasil se tivesse que ter enfrentado a crise com Alckmin presidente, pelo que é o México hoje. Não eram similares as alternativas.

Como não são hoje. Só pelo tom obscurantista, retrógrado, entreguista – veja-se as referências dos tucanos sobre o Pré-Sal, sobre a política externa – da campanha do Serra, dá para se saber o que nos aguardaria, caso os tucanos voltassem a governar. Não seria apenas a derrota de um setor da esquerda, de um setor do campo popular, mas de toda a esquerda e de todo o campo popular. O que apareceria como um fracasso do PT, não beneficiaria a nenhum outro setor da esquerda. Beneficiaria à direita e todos seríamos reprimidos por igual.

Neste momento ninguém de esquerda pode ficar alheio à disputa do segundo turno. Se no primeiro se apresentavam todas as alternativas na esquerda, agora se trata de votar contra a direita, contra o Serra. A esquerda se caracteriza não somente pelos projetos de transformação do mundo, mas também pelo combate, unificado à direita. Disso se trata neste segundo turno.
 Emir Sader 

Sobre o aborto

Colaborou Miguel Angel, de Ubatuba


Preciso dizer que não conheço ninguém “a favor do aborto”. As pessoas lúcidas defendem os direitos reprodutivos e o controle da mulher sobre seu próprio corpo. Ninguém em sã consciência é um entusiasta do ato abortivo. Médico algum que cumpra o código de ética do oficio realiza um procedimento assim com entusiasmo. A legalização do aborto tampouco implica na apologia da prática. Qualquer brasileiro adulto conhece um ou mais episódios de abortos arriscados ou em clínicas ilegais atingindo mulheres em distintas idades. É um problema de saúde pública e não de ordem moral. Ainda mais em se tratando de um país com costumes sexuais liberalizados como o nosso.

Por isso considero tratar-se de hipocrisia a pregação conservadora contra a legalização do aborto enquanto a linguagem publicitária e os programas de TV aberta tornam-se cada vez mais sexualmente apelativos. É um absurdo preocupar-nos com o direito reprodutivo como um tabu e não nos escandalizarmos, enquanto sociedade, com a erotização da infância e da juventude e a conseqüente puberdade e gravidez precoce disseminada por vilas e periferias do Brasil. Quanto a isto os pregadores não se manifestam, talvez porque a desestrutura das famílias humildes retroalimenta a fé como um mercado de expectativas desesperadoras. Obviamente esta relação mercadológica dá-se mediante significativa remuneração oriunda em sua maioria de famílias de baixa renda.

Mesmo sabendo ser o tema um tabu eleitoral, não posso evitar posicionar-me. Particularmente não posso crer no discurso de Dilma Rousseff (PT) e também de José Serra (PSDB) no assunto. São dois economistas e ex-ministros de Estado, ambos com formação científica e experiência na aplicação de políticas públicas, incluindo as de saúde. Ao se pronunciarem “contra o aborto e a favor da vida”, estão simplesmente atendendo seus marqueteiros e “jogando para a platéia”.

Por fim, confesso que a virulência do tema me assusta, em especial pela expectativa de médio prazo. Estaremos nós brasileiros, caminhando para disputas políticas como a dos EUA, pré-determinadas por grupos fundamentalistas cristãos? Qual será o próximo passo dos agentes político-religiosos com capacidades e poderes de veto? Vão fazer campanha pelo criacionismo como fator explicativo do surgimento do universo? Depois da demarcação de espaço e a imposição da pauta na campanha presidencial, daqui para frente abriu-se a porteira para o pior do agendamento reacionário. 



Miguel Ange 

Ateu, comunista e comedor de criancinha

Colaborou o leitor Germano, de Campinas



Nada mais apropriado aos dias que correm...

Essas três características, postas assim mesmo num único fôlego, por muitas décadas formaram um casamento indissolúvel que representa tudo de ruim que deve ser temido e evitado pela sociedade. Mas duas delas praticamente desapareceram do nosso vocabulário. Hoje em dia o comunismo perdeu grande parte de sua força e seu apelo, tirando todo sentido do anticomunismo. E a expressão "comedores de criancinhas" (que alguns afirmam ter se originado em relatos de canibalismo devido à fome causada atrás da cortina de ferro) adquiriu nos últimos anos um novo e irônico significado que nenhum marxista-leninista poderia imaginar. Os ateus, no entanto, continuam bem no topo da lista de inimigos públicos.

De padres a pastores, de papas a pais-de-santo, jornalistas, políticos e taxistas, parece não ter fim a lista das pessoas que se sentem no direito de nos atribuir praticamente todos os males da humanidade, a despeito dos dados em contrário. No Brasil e em muitos outros países, ateísmo não é adjetivo, é acusação. É o que políticos dizem uns dos outros quando tentam desqualificá-los ao máximo. E o pior: funciona. Não desejo instigar a inimizade, mas é preciso esclarecer os fatos. Se as evidências apoiassem a má ideia generalizada que se faz dos ateus, teríamos que dar a mão à palmatória.

Mas ocorre o contrário, e é imprescindível que isso fique claro para ajudar a pôr fim a esse odioso preconceito contra os ateus. As prisões não estão cheias de ateus, e os hospitais também não. Os países menos religiosos e com maiores índices de ateísmo não estão entre os que têm piores indicadores de renda, igualdade social, criminalidade e tantos outros índices importantes (na verdade, acontece o oposto). Grandes e pequenos escândalos de todos os tipos -- sexuais, de corrupção e todos os outros -- não mostram qualquer tendência a revelar réus ateus.

Déspostas europeus, século após século, não estavam promovendo o ateísmo. Nem os senhores de escravos no Brasil ou qualquer outro lugar do mundo durante os milênios em que durou essa abjeta instituição. Não era uma saudação ao ateísmo que constava nas fivelas de cinto de todos os membros do Wehrmacht, as forças armadas nazistas. Não era o ateísmo a preferência de Hitler, Mussolini, Tiso, Franco, Hussein, Pinochet, os Duvaliers e seus tonton macoutes, Videla, Stroessner, e da imensa parte de seus fieis seguidores. Aqui no Brasil, também não era o ateísmo que promoviam as forças armadas durante a ditadura militar (ou qualquer uma das anteriores).

Não consta que fossem ateus os membros do DOPS ou que eles ornassem seus porões com símbolos diferentes dos afixados nas demais repartições públicas brasileiras. Para resumir em uma frase, com ou sem religião, há pessoas boas fazendo coisas boas, pessoas más fazendo coisas más, e não raro também pessoas más fazendo coisas boas (ninguém é completamente mau) e pessoas boas fazendo coisas más (ninguém é completamente bom).

Mas a lenda da maldade dos ateus persiste. Lamentavelmente, os livros sagrados das religiões mais populares do planeta, assim como grande parte dos seus líderes, são ricos em declarações que apoiam essa lenda e não promovem apenas a intolerância como também o ódio, a violência física e mesmo a morte dos descrentes. Daí a especial importância dos religiosos moderados, tanto sacerdotes como fieis, em trazer seus colegas para dentro do círculo da convivência respeitosa e democrática que inclui cidadãos não apenas de todas as cores e gêneros, como de todas as crenças e descrenças.

Edmund Burke foi um grande crítico do ateísmo, mas não me canso de citar um de seus pensamentos: "para que o mal triunfe, basta que os homens de bem nada façam". Enquanto muitos religiosos de bem se omitem, trazem péssimo nome a si e aos seus, e permitem que os males do ódio triunfem em seu meio. Que fique bem claro: nem o ateísmo nem o agnosticismo estão acima de crítica ou discordância. Muito pelo contrário. Desejamos estimular a dúvida, o livre-pensamento, o pensamento crítico, o método científico e o amplo debate de ideias.

Propomos exatamente os mesmos e rigorosos padrões de crítica tanto ao ateísmo como a todas as formas de teísmo e de princípios religiosos. Mas criticar ideias é completamente diferente de criticar pessoas.

Pessoas merecem respeito. Doutrinas, não. Não cabe apenas aos ateus denunciar o ódio que recai sobre nós e aqueles que o promovem. Combater o preconceito é obrigação moral de de todo cidadão.

Infelizmente, ainda prevalecem atitudes de concordância explícita ou de silêncio apoiador. Mas tenho a felicidade de conhecer alguns religiosos que destoam desse cenário e não têm medo de proclamar abertamente e com todas as letras a merecida dignidade dos ateus e o espaço que necessariamente devem ocupar em uma sociedade plural regida por um Estado laico. Espero que muitos mais sigam esse nobre exemplo, e que os outros se envergonhem por não segui-lo.
Daniel Sottomaior,
Presidente da Associação Brasileira de Agnósticos e Ateus.




Mônica Serra declarou que fez aborto nos anos 90 quando era professora da Unicamp

Enviado pelo "remador" Afonso Ricca, de Ubatuba e Izide, de Campinas




Não somos Deus para julgar quem faz aborto ou porquê o faz.
Mas somos eleitores e exigimos verdade e coerência de quem se dispõe a disputar a Presidência do país.
DUAS   CARAS  NÃO!
ABAIXO A  HIPOCRISIA!

 Izide, de Campinas




Monica Serra
Sylvia Monica Serra foi professora de dança na Unicamp
O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.

Ele disse.....

"Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou a ausência de pessoas. Detesto quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia"
(Friedrich Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900)


 passeandopelocotidiano

Porque hoje é Sábado....

Que pena (Ela já não gosta mais de mim)



Nada Por Mim - Leila Pinheiro e Roberto Menescal




 Peter Franpton ( já sessentão)  "Baby I Love Your Way", 

Peter Frampton     Baby I Love Your Way
Carregado por AussieSean. - Veja mais vídeos de musica, em HD!

Relações entre Igreja e Estado no Brasil

É inconcebível que em pleno século XXI, presbíteros da Igreja Católica voltem a práticas vergonhosas, que deviam constar apenas de uma história passada e lamentável, quando desempenhavam o papel de cabos eleitorais e lacaios do vil fisiologismo partidário. Algo deve estar errado na formação básica desses presbíteros bem como na sua formação continuada ao longo do exercício de seu ministério pastoral. Esses presbíteros estão servindo de inocentes úteis nas mãos daqueles que se opõem frontalmente às mudanças estruturais que visam abrir novos canais para a ascensão social da maioria da população de menor poder aquisitivo. Essa chantagem deve ser desmascarada publicamente. O artigo é de Raimundo Caramuru Barros.
RELAÇÕES ENTRE IGREJA E ESTADO NO BRASIL: COOPERADORES PARA O DESENVOLVIMENTO E NÃO LACAIOS DO FISIOLOGISMO PARTIDÁRIO

Durante a novena que prepara a festa de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, parece-nos consentâneo e relevante parar para refletir sobre as verdadeiras e legítimas relações entre Igreja e Estado na tradição deste país.

No período do Brasil Colônia e do Brasil Império (1500 a 1889) o catolicismo era a religião oficial do Estado Brasileiro em decorrência da herança recebida de Portugal que firmara com a Sé da Igreja Católica em Roma a Lei do Padroado. Por esta Lei eram reguladas as relações entre Lisboa e o Pontificado Romano.

A santíssima trindade dos homens de bem

Na disputa política, o “iluminismo tucano" tem levado o candidato do PSDB a ficar muito parecido com tudo que ele, em seu passado como homem de esquerda, rejeitava como lixo. É assim que a oposição fabrica um ”homem de bem".

A canalhice eleitoral também pode ser cruel e humilhante, quando adiciona à degradação do corpo político a desordem das idéias. Às vezes, para sorte dos náufragos, o processo é lento, de se medir em anos. Outras vezes, tem a perversão da rapidez e produz em suas vítimas súbita metamorfose. Esta velhice, a mais sofrida para quem dela padece e a mais chocante para quem a vê, abateu-se sobre a candidatura Serra.

Serra é caso de polícia. Por que a Dra. Cureau não age?


Alertado por um comentarista, trago a vocês esta inacreditável matéria do Correio Braziliense, assinada pelo repórte Ulisses Campbell, que dá conta de um esforço articulado da campanha de Serra para, através de telemarketing, espalhar mais mentiras e canalhices sobre Dilma Rousseff. Não é mais obra de alguns serristas “aloprados”, é um esforço nacional, articulado e caríssimo para interferir nas eleições. É um caso policial, está acontecendo e não existe uma voz neste país que se levante contra este tipo de métodos. Onde está o Ministério Público Federal? As pessoas que recebem os telefonemas estão identificadas, a origem deles pode ser obtida de imediato. Não seria preciso ninguém agir, mas a Dra. Sandra Cureau parece estar ocupada demais  com as preferências políticas dos jornalistas, preparando ações contra os blogs, e  pode não ter lido o jornal que circula na cidade onde trabalha. Então é melhor que os dirigentes do PT parem de dar entrevistas dizendo o que os jornais querem ouvir sobre os problemas da campanha e representem imediatamente à Justiça Eleitoral diante deste fato, que está público e publicado em um grande jornal.
É inacreditável como a campanha de Serra transformou a  disputa política em atos de banditismo explícito.
tijolaço.com

XIXI DO JOSÉ SERRA,

Sugestão do leitor, Luiz Carlos L. Pinto, de Ubatuba
 Por favor, Vossa Santidade. por acaso existe algum banheiro aqui dentro?

É que eu estou apertadíssimo, preciso fazer xixi, o senhor entende?...

O Papa pensou, pensou e respondeu:
- Banheiro não tem, mas logo ali naquele cantinho tem uma estátua de São Pedro. 

Pode fazer ali mesmo!
- Tudo bem, se é Vossa Santidade que está falando eu vou. Mas não é pecado fazer xixi em São Pedro?

- É, mas para quem já cagou em São Paulo, isso não faz a menor diferença!


Cientistas veem retrocesso na discussão moral sobre o aborto

Para os pesquisadores, a ênfase à questão expõe conservadorismos, mas ainda não põe em risco avanços científicos, como pesquisas com células-tronco

A intensidade com que assuntos morais figuram na pauta dos candidatos à Presidência da República é um retrocesso, na opinião da imunologista Milena Botelho Pereira Soares, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia. “Questões como aborto não deveriam ter espaço na agenda dos candidatos. Cabe a eles discutir as propostas que têm”, critica.

A cientista, que investiga meios de utilizar células-tronco da medula óssea ou cardíacas no tratamento de males causados ao coração pela Doença de Chagas, não acredita, no entanto, que a onda de conservadorismo prejudique pesquisas como as que ele desenvolve.
A visão é compartilhada pela geneticista Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da USP, responsável pela criação da primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias humanas extraídas de embriões congelados em clínicas de fertilização, que as jogariam no lixo.

“O uso de embriões nas pesquisas é amparado por lei”, afirma a geneticista. A lei em questão é o artigo 5º da lei 11.105/05, conhecida como Lei de Biossegurança, que permite o uso de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro que não foram usados no respectivo procedimento.

Segundo as cientistas, a grande confusão que se faz entre células-tronco e aborto está relacionada a aspectos filosóficos e religiosos sobre o início da vida. Seja como for, conforme elas, estudos apontam para fontes de células que, além de versáteis como as embrionárias, não apresentam problemas, como a geração de tumores.

O tema do aborto emergiu no debate eleitoral em função de uma movimentação de setores da Igreja Católica e de igrejas evangélicas que acusam o PT e a candidata Dilma Rousseff de serem favoráveis ao aborto. A legenda se posiciona sobre a discriminalização de mães que recorrem à prática, sem alterar a legislação em outros pontos. Porém, a pressão levou a concorrente governista à Presidência a assumir compromissos de não fazer alterações na lei em temas sensíveis para esses setores.”
Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual 

Serra distribui santinhos com frases sobre Jesus


“Seguindo a tática de usar temas religiosos para angariar votos no segundo turno, a campanha do tucano José Serra distribuiu nesta sexta-feira (15) santinhos que traziam a frase "Jesus é a verdade e a justiça", seguida da assinatura do candidato. As peças publicitárias foram distribuídas na entrada de um encontro que Serra teve com cerca de 1.500 professores da rede pública que foram manifestar apoio à sua candidatura.

Do outro lado do cartão plástico, há uma fotografia do peessedebista cercado por crianças e com o lema "Serra é do bem" - novo bordão dele, empregado pela campanha tucana neste segundo turno - em destaque.

A tiragem total das peças é de dois milhões de exemplares. A mesma frase foi dita por Serra numa feira evangélica, em São Paulo, ainda no primeiro turno. Na última terça-feira (12), em visita ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o candidato negou que a inclusão massiva de temas religiosos nas eleições contribua para a banalizalçao do processo eleitoral e das religões em si.
"A questão religiosa entra naturalmente (na campanha). Não aparece como estratégia de campanha. A maioria da população é religiosa. Isso não macula o Estado brasileiro, que é laico", disse Serra na ocasião.”

by: Terra

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um país dividido



Informações privilegiadas me caíram no colo ontem por volta da hora do almoço, mas só consegui postar no fim da tarde. Devido à proximidade da hora em que brotariam as pesquisas, porém, optei por tratar do assunto aqui da forma que me pareceu mais lógica, ou seja, fazendo uma baita crítica à condução da campanha de Dilma e ao próprio PT.
Isso porque, em vez de reagirem no primeiro turno, de travarem o debate político, de dizerem na tevê tudo o que dizíamos nos blogs, ficaram ouvindo marqueteiros dizerem que tinham que apanhar calados. E obedeceram.
Quem cala, consente. A versão do governo Lula poderia ter sido dada pela campanha de Dilma na tevê, mas o PT e certamente o próprio presidente acreditaram que poderiam não responder. A corrente de e-mails difamatórios contra Dilma ganhou força porque as acusações da mídia tucana, do partido da mídia e do candidato dessa mídia não foram respondidas à altura.
E quem do PT cobrou a mídia, no horário nobre da TV, pelo caso Alstom, pelo caso da filha de Serra e da irmã de Daniel Dantas, por exemplo? Quem foi que desprezou todas as vezes em que estes blogs sujos todos suplicaram a Lula e ao PT que travassem o debate político diretamente com a mídia diante da população brasileira?
Por que não vieram a público dizer que não queriam censurar ninguém porcaria nenhuma e que só queriam dar a própria versão dos fatos? Por que, com serenidade, não explicaram ao povo brasileiro, didaticamente, no que consiste a forma de manutenção da desigualdade tupininiquim?
Queriam fazer uma revolução silenciosa contra um inimigo dotado de mega alto-falantes para berrar a sua versão dos fatos nas 24 horas do dia, nos sete dias da semana, nos trinta dias do mês e nos 365 dias do ano – ano após ano do mandato de Lula.
Dilma Rousseff não tem culpa de nada. Superou-se. É uma mulher sincera, corajosa, digna. Já Lula, é um gigante. Um homem como poucas vezes se viu na história da humanidade. Um fenômeno, um mito. Seu nome está gravado para sempre na história. Mas cometeu um erro como cometeram os maiores generais. É humano.
Tudo está perdido? Claro que não. O país está longe de estar com Serra e com a mídia. Está dividido, pendendo para o lado do PT. Ainda. E pode seguir assim, mesmo que por pouco, até a última hora. A esta altura não há mais muitas dúvidas e Serra ainda precisa tirar uma boa diferença para se aproximar de Dilma.
As pesquisas, porém, estão equilibradas. Mostram uma tendência. A mídia não precisa mais arriscar. A onda foi criada. Será suficiente? Bem, sempre se pode usar mais um pouquinho de mídia. Afinal, o PT, Lula e os marqueteiros, mesmo que reajam finalmente contra a utilização da mídia pelos tucanos, irão a reboque dos fatos.
A hora de começar a explicar ao povo brasileiro, didaticamente, no que consiste essa descomunal armação que é José Serra e a sua relação promíscua com a mídia – e de começar, principalmente, a lembrar quem são os que querem voltar ao poder ou a mostrar o que teriam feito durante a crise do ano passado –, é já.
Ainda repetirei mais uma vez:
1 – Cadê a Regina Duarte e o discurso do medo?
2 – Cadê o flashback do apagão?
3 – Cadê a reprodução detalhada da situação do país que Lula herdou de FHC?
4 – Cadê a cobrança da mídia, enquanto denunciava o caso Erenice, de que há um monte de escândalos envolvendo Serra e o PSDB?
5 – Cadê a cobrança da mídia do reconhecimento de que o caso do sigilo fiscal de tucanos foi utilização eleitoreira de um processo antigo de venda de “cadastros” que atravessou governo após governo desde sempre?
6 – Cadê a explicação didática da privataria?
7 – Cadê a explicação de que querem pôr as garras no pré-sal?
8 – Cadê a explicação de como se concentrou a renda no Brasil?
9 – Cadê a explicação a essa classe média de que ela não faz parte da festa da elite branca dos Jardins e da Barra da Tijuca?
10 – Cadê a denúncia de que os que acusam Lula, seu governo, seu partido e sua candidata de “censores” foram os que jogaram o Brasil em uma ditadura militar de 20 anos?
Tem mais? Muito mais. Tem material para umas dez campanhas eleitorais. Por que o PT não usa? Não sei. Se o PT usar só agora funcionará? Não sei. O que sei? Que não está tudo perdido. Isso eu sei. Aliás, muito pelo contrário. Este governo e o grupo político que o apóia têm muito a mostrar. Mas têm que mostrar quem são seus adversários.
Eu vou lutar. Vou conversar, escrever, pensar, trabalhar sem parar. Farei por meus filhos e netos. Farei pelos meus semelhantes. Todos faremos. Mas não está mais tanto em nossas mãos. Travamos o discurso político durante anos e não recebemos o menor apoio. Poderiam ter ouvido o que dizíamos, ao menos.
Agora, porém, o país está dividido. Estamos em cima da hora da eleição, mas o PT também tem, ainda, um tempo ENORME em rede nacional de rádio e tevê. Pode lutar, pode criar fatos políticos poderosos. A parte da sociedade que resiste precisa de armas para lutar. Estamos lutando com estilingues contra um inimigo armado com canhões.
Eduardo Guimarães

O tempo para reagir

Qualquer obra humana sempre irá requerer infinitamente mais tempo para ser construída do que para ser destruída. O fato inclui idéias, cultura, obras de argamassa, imagens das pessoas, fama e até impérios.
Para reforçar o simbolismo da metáfora: uma casa, que leva meses ou até anos para ser construída, pode ser destruída em questão de segundos. E, como se sabe, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Durante anos, pessoas como este blogueiro alertaram o governo Lula para o fato de que deixar o PSDB usar a imprensa para fustigar o PT levaria a situação a um ponto em que haveria que reagir. E não só contra o PSDB.
O PT e o presidente Lula ignoraram pessoas como eu. E, ao não enfrentarem as tantas campanhas difamatórias que sofreram, foram permitindo que se formasse um caldo de cultura que acabou se mostrando propício a pescar incautos que não sabem diferenciar as bobagens preconceituosas que lhes tomam as mentes dos próprios interesses como cidadãos.
O resultado está aí: uma legião de zumbis dispostos a trazer de volta ao poder um bando de salafrários que se encastelaram no controle do Estado brasileiro por quinhentos anos e que só largaram o osso em 2002 porque o país já não tinha mais para onde ir e o rebanho conservador se viu sem opção para escapar do desastre.
Mas o preconceito é como aquela múmia dos filmes de terror, pode dormir por cinco mil anos que um dia desperta.
O Brasil não se lembra mais do que era uma economia que vivia à beira de crises diante de qualquer problema de solvência de compromissos internacionais por qualquer republiqueta do Terceiro Mundo.
O desenvolvimento social e econômico dos últimos anos liquidou com preocupações como conseguir um mísero emprego mal pago, por exemplo. Fez as pessoas sentirem-se seguras quanto ao mais básico. Deixou mentes ociosas de preocupações.
Como dizia a vovó, mulher versada na enciclopédia de ditos populares, “mente vazia é a oficina do diabo”, ou seja, dá para enfiar qualquer porcaria nelas.
O PT não reagiu quando deveria. E muito menos contra quem deveria. Agora corre atrás do prejuízo, mas ainda concentrando esforços em um só flanco quando há dois a proteger.
E o que é pior: concentra a defesa – ou o ataque – no flanco mais fraco, naquele por onde vem o PSDB. Enquanto isso, a fronteira com a imprensa fica desguarnecida.
Quem comandou a política no governo Lula e no PT, nos últimos anos, foram os marqueteiros. Ou melhor, eles substituíram a política. Criaram a não-política, a fleuma inglesa diante do contraditório e até do difamatório.
Não sei se haverá tempo para reagir. Talvez até exista, mas teria que ser bem aproveitado. Só que terá que ser feito diante de uma situação-limite criada por aqueles que, a esta altura, são os únicos que podem resolvê-la.
blog da cidadania

Campanha é retrocesso na luta das mulheres



As mulheres vêm travando uma longa e heróica batalha pelo reconhecimento de seus direitos sociais, econômicos e políticos no Brasil. Só poderemos afirmar que vivemos em uma sociedade moderna, avançada e justa quando, entre outras questões relevantes, estiverem derrotados todos os nossos ranços machistas e patriarcais e as mulheres desfrutarem de condição de igualdade com os homens em todos os setores.
Infelizmente, na eleição presidencial brasileira, que deveria representar um momento de avanço também nesse sentido, estamos testemunhando um retrocesso na luta pela afirmação dos direitos da mulher, provocado por uma campanha moralista, conservadora, de fundo religioso, que manipula a fé das pessoas por propósitos estritamente eleitoreiros.
A questão do aborto e, consequentemente, de um direito da mulher, virou bandeira eleitoral da campanha de José Serra, que viu no tema uma oportunidade de encurralar a adversária, que, até por sua condição de gênero, é mais sensível à questão.

Serra criará Ministério do Trolóló

SÃO PAULO - Logo após o debate da Band, o candidato José Serra mandou mimeografar em papel almaço uma ideia que lhe surgiu "de sopetão", conforme comentou com seus assessores. O documento foi batizado de "Exposição Programática da Virada" e sua principal proposta é a criação do Ministério do Trololó. "Enxugarei a máquina pública ao máximo, todos os demais ministérios serão privatizados. Afinal, depois de Deus, nada é mais eficiente do que o trololó.", afirmou o tucano.
O texto ainda traz a intenção de enviar um projeto de lei para o congresso instituindo o "dia do trololó" e acena com o desejo de criar uma medida provisória para que a divisa "In trololó we trust" apareça nas cédulas de 50 e 100 reais.
O documento final, que traz uma imagem de Santo Expedito em anexo, ainda não chegou às redações. Há rumores de que a kombi amarela e azul que levava a papelada foi violada quando passava por Mauá.

Hoje é o dia dos professores. Qual mensagem Serra passará a eles? A última foi esta:

Blog do Mello

A luta de classes - essa danada!!

Dilma e o lulismo perderam classe média: hora de fazer campanha para os pobres

publicada sexta-feira, 15/10/2010 às 00:43 e atualizada sexta-feira, 15/10/2010 às 00:04
O PT e Dilma perderam o apoio da classe média. Mesmo uma boa parte da nova classe “C”, lulista, afastou-se de Dilma – assustada com a boataria religiosa e com a campanha de calúnias.
 O “Datadvinhador” (instituto mantido por esse Escrevinhador) já havia detectado essa tendência, através de duas pesquisas qualitativas.
1) Na sala de um dos meus filhos (escola particular liberal, “cabeça”, na zona sul de São Paulo), ele me conta, sou o único pai que não votará Serra ou nulo (marinistas) nesse segundo turno. “O engraçado, pai, é que os professores são quase todos Dilma”, estranhou o garoto, de 13 anos – o que me leva a concluir que permanecem firmes com a candidata de Lula os setores de classe média que têm tradição de sindicalização, e consciência aguçada de classe (como professores, bancários etc).
2) Numa festa recente de jornalistas bem empregados, numa das maiores corporações de mídia do país, a esmagadora maioria estava com Serra – relata minha mulher. Num grupo de 20 ou 30, só 2 se declaravam eleitores de Dilma. Mesmo assim, mantinham-se acuados, silenciosos – enquanto a maioria serrista era barulhenta. Nesse caso, nenhum espanto – o jornalista parece ser o profissional de classe média que melhor incorporou a agenda neo-liberal dos anos 90, e que mais se identifica com os patrões, tendo dificuldade enorme de se enxergar como trabalhador.
As minhas “qualis” não erram.
E agora a pesquisa CNT/Sensus confirmou: Serra tem 70% dos votos e Dilma apenas 30% entre quem ganha mais de 20 salários mínimos (ou seja,, mais de 10 mil reais); na faixa até 1 salário mínimo. Dilma tem 53% e Serra 36%.
O corte de classe é impressionante. O mapa eleitoral da votação no primeiro turno – no Rio e em São Paulo – é outro indicativo. Dilma ganhou nas periferias paulistanas, nas cidades operárias da grande São Paulo, e Serra deu lavada no bairros centrais, grã-finos, e também naqueles da baixa classe média. No Rio, Serra liderou em boa parte da zona sul e na Barra. Dilma deu lavada na zona Oeste e na Baixada Fluminense.
Alguns gênios do marketing eleitoral acham que “o PT precisa se comunicar melhor com a classe média”. Pelo que ouço na rua, penso um pouco diferente: a classe média quer sangue, quer arrancar dedo de petista como fez no Rio em 2006. A classe média e boa parte da elite acham que Dilma é um monstro, “uma terrorista, que nem pode ir pros Estados Unidos” (como disse um amigo do meu filho, repetindo o que deve ter ouvido dos pais).
Diante disso, como perguntava Lênin: que fazer?
Já disse aqui: a campanha de Lula deveria aprofundar o corte de classe. Jogar pesado. Dizer a verdade: Serra é o candidato dos ricos, Dilma dos pobres. O PT parece fugir da luta de classe – mas a danada está sempre atrás dele…

A psicologia de massa do fascismo à brasileira

Nessas eleições, o clima que envolve certas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.
- por Luis Nassif, jornalista 

Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro.

O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial.

Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.

Paulo Preto, Dersa, Roboanel, mar de lama tucano


esquerdopata

Não é verde, é cinza



E se o Paulo Preto fosse do PT?



Agora o presidente do PSDB, Sergio Guerra, diz que o PSDB é vítima de uma conspiração.
Se é verdade, já sabemos quem são os conspiradores: Eduardo Jorge, Jose Anibal e e Evandro Losacco… do PSDB.
Relembrando: Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, era diretor de engenharia do Dersa, responsável por obras bilionárias em São Paulo (Rodoanel, ampliação da marginal Tietê, etc).
Foi acusado por colegas de partido de desviar 4 milhões de reais arrecadados para a campanha de José Serra.
Paulo Preto, quem é Paulo Preto? perguntou José Serra em Goiânia?
Paulo Preto tratou de acabar com a amnésia de José Serra, em memorável entrevista à Folha.
Agora, aparentemente, a culpa… é do PT.
viomundo