domingo, 11 de dezembro de 2011





A. D. McKenzie, IPS / Envolverde

“Mansões de um lado do caminho e favelas do outro. Pessoas fazendo fila por um prato de comida enquanto privilegiados se locomovem em automóveis luxuosos com vidro espelhado. São alguns dos paradoxos da crise econômica e financeira global.

Estas imagens são apenas algumas das contradições observadas por Danielle Nierenberg durante a viagem que fez por 30 países para supervisionar o estudo “Estado do Mundo 2011: Inovações que Nutrem o Planeta”, do Worldwatch Institute. “Pode-se ver as acentuadas diferenças muito facilmente em um só país, e todos os dias. Na África não parece que a recessão tenha afetado os mais ricos. Prejudicou mais os que já eram mais pobres”, afirmou à IPS.

Nierenberg está em Paris esta semana para apresentar a edição francesa de “Como Alimentar Sete Milhões de Pessoas”, estudo da Worldwatch, cuja sede fica em Washington. O informe se concentra principalmente na agricultura da África, mas sua apresentação coincide com a de um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) que detalha a crescente brecha entre ricos e pobres nos seus 34 países-membros, entre os quais estão todos os industrializados.

Os dois estudos exortam os governos a adotarem medidas para aliviar a pobreza e a desigualdade e investirem mais nos setores necessitados, seja nos países em desenvolvimento ou nos ricos. O informe da OCDE expressa com números e gráficos o que é uma realidade para muitas pessoas que trabalham no terreno em várias regiões do mundo. O estudo da OCDE “Divididos Estamos: Porque Aumenta a Desigualdade” indica que “a renda média de 10% das pessoas mais ricas representa nove vezes a renda dos 10% mais pobres”, nos países que integram esta organização.

Mesmo em “países tradicionalmente equitativos”, como Dinamarca, Suécia e Alemanha, a brecha em matéria de renda passou de cinco para um, na década de 1980, para seis para um, atualmente. Porém, a distância aumenta para dez para um na Grã-Bretanha, Itália e Coreia do Sul, e para quatorze para um em Israel, Estados Unidos e Turquia, diz o informe.”
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