O animalzinho da esquerda representa o Ibope. O da direita, o Datafolha. São ruins de matemática uma barbaridade!
A pesquisa Ibope sobre a intenção de voto para presidente da República, divulgada ontem (03JUL), aponta para o seguinte resultado: empate em 39% entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) com 10%, brancos e nulos totalizando 6% e, por fim, indecisos com 7%.
Confira abaixo (ver aqui):
Temos então, para o Ibope, a seguinte operação:
39 + 39 + 10 + 6 + 7 = 100
Pois na minha conta deu o seguinte:
39 + 39 + 10 + 6 + 7 = 101.
E refiz na calculadora.
A porcentagem, todos sabemos desde a séries iniciais, é o valor obtido quando aplicamos uma razão centesimal a um determinado valor. Dito de outra forma, trata-se de uma medida de razão com base 100 (cem). O vocábulo porcentagem, que vem do latim per centum, significando, naturalmente, por cento, a cada centena.
Nessa linha, a porcentagem é um modo de expressar uma proporção entre dois valores, um é a parte e o outro é o inteiro, a partir de uma fração cujo denominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um número por 100 (cem).
Quando se diz que um candidato tem 49% da preferência de votos, afirma-se que a preferência é equivalente a 49 unidades em um conjunto universo de 100 unidades. E significa, também, que o restante, ou seja, a fração de 51 unidades que sobraram, pertecem aos demais candidatos nesse universo de 100 unidades. E a soma das unidades da partes deve ser igual ao conjunto universo de 100 unidades, ou seja, uma centena.
Mas para o Ibope, como visto acima, uma centena não é 100, mas 101!
Conclusão: o Ibope, assim com o Datafolha (ver aqui), não se utiliza das regras convencionais que regem a matemática.
Como confiar nessas empresas de pesquisa?
blog doCharles bakalarczy
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