A VEJA “Marcha sobre Brasília”, com a “elite da elite” à frente
Foi assim quando ele lançou a candidatura, sob o peso da humilhação: Aécio deu-lhe uma solene banana.
(Clique aqui para ler sobre “o fim do paulistismo na política brasileira”)
E agora, quando ele não conseguiu escolher o vice tucano que queria.
E teve que se render aos Maia, para não se render (de todo) ao T. Jefferson.
(Clique aqui para ler a “Tucanos de São Paulo perdem a hegemonia, por causa de São Paulo”)
O Datafalha lançou uma bóia furada: o empate que não resiste a uma elementar análise.
Clique aqui para ler “como a Falha manipula a amostra para dar uma mãozinha ao Serra”.
Por que a Folha (*) se deixa desmoralizar de forma tão óbvia ?
Por que o PiG (**) se avilta ?
Por dois motivos.
Serra é o eleito do PiG (**).
O “seu” Frias, uma ponte de São Paulo, disse a um amigo comum: ainda verei o Serra eleito para dar jeito nesse país.
O livro “VEJA: o indispensável partido neoliberal – 1989-2002”, de Carla Luciana Silva, 2009, da editora UNIOESTE, faz um estudo devastador.
Lembre-se que neste ponto – 1990 – instala-se com mais nitidez o pensamento fascista na VEJA.
É a sua fase, digamos, “Marcha sobre Roma !”
Carla Luciana mostra que, em duas edições seguidas, a VEJA, a última flor do Fascio, primeiro, estabelece que o Brasil caminhava “direto ao abismo”.
Em seguida, o mais notável membro a “elite da elite”, o deputado José Serra surge em outra edição para nos salvar: “Existe uma Saída”.
É ele, o jênio.
Desde aí, a VEJA prenuncia uma estratégia do PiG (**): anunciar a catástrofe diariamente, até o Lula cair.
Ou até o jênio nos salvar.
Essa edição histórica da VEJA traça um comovente perfil do Serra – uma cruza de Winston Churchill com Papai Noel – e lhe dá 239 páginas para expor as idéias.
Que, como se sabe, tendem a zero.
Segundo Carla Luciana, o melhor da “elite da elite” é quando ele brada: “É preciso reformar o Estado !”.
Ou seja, como diz o Conversa Afiada: Serra é neoliberal por dentro e autoritário por fora.
O PiG (**) prefere desmoralizar-se a assistir à derrota do Serra.
Se o Farol de Alexandria é o “Príncipe dos Sociólogos”, Serra é o sargentão do cripto-neoliberalismo.
Ele é quem faz as coisas funcionarem: uma pesquisa aqui, um dossiê ali, um Ricardo Sergio acolá.
Ele é o operador.
A aposta da Folha (*) é a do PiG (**): a gente se desmoraliza agora, mas se salva quando o jênio for eleito.
Porque, se ele perder …
Em tempo: a Folha (*) sepultou no pé da página A10 (clique aqui para ler) informação interessante: “Governo decide levar adiante propostas sobre setor de mídia.” Vai encaminhar as propostas aprovadas na Confecom ao Congresso. Ou seja, vem aí a Ley de Medios da Cristina Kirchner.
Em tempo2: o amigo navegante Vasco me diz que a Globo se comporá com a Dilma. O Rupert Marinho, não tenho duvida. Ele detestava perder. Sobre os filhos dele – que não tem nome próprio – tenho as minhas dúvidas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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