sábado, 17 de abril de 2010

Bric pede reforma urgente do sistema financeiro global.


Por Fernando Exman e Natuza Nery
BRASÍLIA (Reuters) - Os quatro principais países emergentes do mundo --Brasil, Rússia, Índia e China (Bric)-- pediram nesta quinta-feira uma reforma das instituições financeiras internacionais para dar maior voz aos países em desenvolvimento, e argumentaram que o grupo é vital para uma nova ordem mundial.

O pedido de maior influência dos Brics em instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) acontece antes de encontros do G20 e do FMI, marcados para este mês em Washington.
Os líderes de Brasil, Rússia, Índia e China disseram que a reforma no sistema de votação do Banco Mundial deve ser aprovada nas reuniões do FMI para dar maior influência aos países em desenvolvimento.
Citando um prazo mais específico, os líderes afirmaram que essas reformas devem estar concluídas até um encontro do G20 marcado para novembro.
"Brasil, Rússia, Índia e China têm papel fundamental a desempenhar nessa nova ordem internacional mais justa, representativa e segura", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após reunir-se com os demais chefes de Estado do bloco.
O grupo vem pressionando por reformas desde a crise financeira global de 2008. Eles argumentam que o sistema atual é dominado de forma injusta pelas economias avançadas, como Estados Unidos, Japão e Europa.
O comunicado afirma que o grupo resistirá a todas as formas de protecionismo comercial e buscará um incremento no comércio entre si em moedas locais, deixando de lado o dólar norte-americano.
Mas os Brics recuaram das conversas feitas no ano passado de estabelecer uma nova moeda de reserva e enfatizaram a importância da manutenção da estabilidade das principais moedas de reserva. Como uma das maiores detentoras de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, a China não está disposta a ver diminuiur o valor de seus investimentos. 

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