Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no blog Escrevinhador:
Não gostei dos primeiros programas de Mercadante na TV. O contraste com os programas de Dilma era gritante. Pareciam – os de Mercadante – vídeos envelhecidos, feitos numa linguagem de 20 anos atrás. Será que São Paulo envelheceu? Pode ser… A criatividade hoje parece vir do Nordeste, dos baianos, pernambucanos…
Sem dizer que o Tiririca (que concorre a deputado por um partido aliado do PT em São Paulo) não é – digamos – um apoio dos mais consistentes para o senador.
Mas, mesmo sem uma campanha brilhante, e apesar do Tiririca, Mercadante começa a preocupar os tucanos. A mídia paulista – que elegeu São Paulo e Paraná como as cidadelas que o PSDB deve preservar – já deu o sinal. Ontem, foi uma notinha no “Painel” da “Folha”. Hoje, foi o “Estadão”, que resolveu avisar: “Tucanos se previnem contra Mercadante”.
É como um chamado (do “Estadão”) às tropas: é preciso defender São Paulo da onda petista.
Faz todo sentido. O “DataFolha” (que desistiu de dar aquela mãozinha ao Serra) já mostrou que Dilma passou a liderar até em São Paulo. Se Lula consegue empurrar a candidata para o alto, num Estado em que ela é pouco conhecida, por que não conseguiria empurrar também Mercadante?
O PSDB parece se desmanchar. Talvez Alckmin consiga resistir, até porque ele faz o tipo “circunspecto” e conservador (ao contrário de Serra, que tentou inventar o “Zé”, Alckmin é assim de verdade – conservador e circunspecto) que parece agradar aos paulistas – especialmente no interior e nos bairros da classe média da capital.
Mas o PT nunca teve uma chance tão boa de equilibrar o jogo no Estado.
Em 2002, a onda Lula levou Genoíno ao segundo turno – mas ele acabou perdendo para o mesmo Alckmin. Dessa vez, a onda lulista pode levar Mercadante ao segundo turno. E o senador petista tem um perfil que agrada mais aos paulistas: jeito de professor, sóbrio, estilo classe média. Para alguns, ele seria quase um tucano no PT (o que, ressalto eu, é maldade pura!).
Se Mercadante chegar a 25% ou 30% dos votos (hoje tem menos de 20%), precisaria contar também com a mãozinha de Russomano (o candidato do PP deve conseguir perto de 10% dos votos, graças à imagem de “repórter do povo”) , e de Skaf (o empresário “socialista” pode fazer algo em torno de 5% dos votos, tirando eleitores do PSDB). Os três juntos precisariam chegar a 45% dos votos. Nesse caso, se Alckmin ficar com pouco menos de 45%, teríamos segundo turno – num quadro favorável a uma virada de Mercadante.
A “Folha” e o “Estadão já perceberam que essa é a onda que pode avançar. As pesquisas internas dos partidos também mostram um crescimento (ainda tímido) de Mercadante.
São Paulo - cidadela tucana – pode cair. Com ajuda do Lula.
Mas com ajuda também do Tiririca e do Russomano.
Sem dizer que o Tiririca (que concorre a deputado por um partido aliado do PT em São Paulo) não é – digamos – um apoio dos mais consistentes para o senador.
Mas, mesmo sem uma campanha brilhante, e apesar do Tiririca, Mercadante começa a preocupar os tucanos. A mídia paulista – que elegeu São Paulo e Paraná como as cidadelas que o PSDB deve preservar – já deu o sinal. Ontem, foi uma notinha no “Painel” da “Folha”. Hoje, foi o “Estadão”, que resolveu avisar: “Tucanos se previnem contra Mercadante”.
É como um chamado (do “Estadão”) às tropas: é preciso defender São Paulo da onda petista.
Faz todo sentido. O “DataFolha” (que desistiu de dar aquela mãozinha ao Serra) já mostrou que Dilma passou a liderar até em São Paulo. Se Lula consegue empurrar a candidata para o alto, num Estado em que ela é pouco conhecida, por que não conseguiria empurrar também Mercadante?
O PSDB parece se desmanchar. Talvez Alckmin consiga resistir, até porque ele faz o tipo “circunspecto” e conservador (ao contrário de Serra, que tentou inventar o “Zé”, Alckmin é assim de verdade – conservador e circunspecto) que parece agradar aos paulistas – especialmente no interior e nos bairros da classe média da capital.
Mas o PT nunca teve uma chance tão boa de equilibrar o jogo no Estado.
Em 2002, a onda Lula levou Genoíno ao segundo turno – mas ele acabou perdendo para o mesmo Alckmin. Dessa vez, a onda lulista pode levar Mercadante ao segundo turno. E o senador petista tem um perfil que agrada mais aos paulistas: jeito de professor, sóbrio, estilo classe média. Para alguns, ele seria quase um tucano no PT (o que, ressalto eu, é maldade pura!).
Se Mercadante chegar a 25% ou 30% dos votos (hoje tem menos de 20%), precisaria contar também com a mãozinha de Russomano (o candidato do PP deve conseguir perto de 10% dos votos, graças à imagem de “repórter do povo”) , e de Skaf (o empresário “socialista” pode fazer algo em torno de 5% dos votos, tirando eleitores do PSDB). Os três juntos precisariam chegar a 45% dos votos. Nesse caso, se Alckmin ficar com pouco menos de 45%, teríamos segundo turno – num quadro favorável a uma virada de Mercadante.
A “Folha” e o “Estadão já perceberam que essa é a onda que pode avançar. As pesquisas internas dos partidos também mostram um crescimento (ainda tímido) de Mercadante.
São Paulo - cidadela tucana – pode cair. Com ajuda do Lula.
Mas com ajuda também do Tiririca e do Russomano.
blog do Miro
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