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Saulo Gil Um dia depois da Diretoria Regional de Ensino do Governo de São Paulo ter confirmado a presença de gangues violentas nas escolas públicas de Ubatuba, o Ministério Público endossou a preocupação com a situação no município e fez alertas à sociedade local. Para a promotoria, apesar do árduo trabalho junto aos professores e pais de alunos, a violência nas escolas continua alta, com problemas mais graves em alguns prédios, onde há presença de grupos organizados praticantes de diversos tipos de crime. Segundo o Ministério Público, o dialogo ajuda, porém, a crescente desestrutura familiar presente nos lares do município impede a obtenção de melhores resultados. Para a promotoria local, a rotina escolar é apenas “uma página da realidade familiar, afinal, na infância e adolescência, deve-se viver mais em casa e na escola, não na rua”. Além disso, o MP considera a situação preocupante de forma geral e relata que Ubatuba é apenas mais um município do país com este tipo de problema social. A promotoria ubatubense acredita que, apesar das últimas ocorrências de violência entre alunos e aos professores, a situação ainda se encontra em um patamar controlável. Os focos da atuação de gangues já foram identificados e estão nas escolas Deolindo, Idalina e Esteves da Silva, porém, o próprio MP diz que existe migração e criação de novos grupos em outros locais. É o caso de uma gangue, já conhecida por autoridades do município em atuar na porta das escolas da grande região Central da cidade. Agora, o grupo formado por meninas e meninos, todos menores de idade, estaria agindo nas proximidades da Pista de Skate, praticando desde pequenos furtos até o tráfico de entorpecentes. A promotoria ubatubense acredita ainda que algumas deficiências na estrutura pública de segurança possam colaborar para um quadro mais violento no ambiente do ensino público. O MP acredita que um acréscimo no número de viaturas, para a realização da Ronda Escolar, certamente, colaboraria para a manutenção da ordem, principalmente, nos horários de entrada e saída dos alunos. “São diversos os fatores que podem interferir, mas se existe violência ou maus tratos em casa, dificilmente, o jovem terá outra reação nas escolas”, completa a promotoria enfatizando a questão familiar. |
matéria sugerida pelo leitor Rua A. Grilo
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