Depois do Estadão chamar UM diplomata anônimo de "Especialistas internacionais", agora a Folha chama UM funcionário anônimo (sempre anônimos. Por quê?) de "Polícia Federal".
Por Jorge Furtado
Folha engana trouxa de São Paulo
A Folha de S. Paulo, mais uma vez, trata seus leitores como idiotas. (Talvez o jornal esteja certo em agir assim, talvez tenha alguma pesquisa que indique que a maioria dos seus leitores são mesmo idiotas, quem sabe?)
Manchete da FSP:
“PF avaliza visão de Serra sobre a Bolívia”
Dicionário Houaiss:
Avalizar: dar aval. Derivação, por sentido figurado: garantir a idoneidade, a propriedade de, afiançar.
Notícia da FSP:
(Serra) acusou o governo boliviano de ser “cúmplice” dos traficantes que enviam cocaína para o Brasil”
“Documentos oficiais (…) reforçam a acusação de José Serra…”
“Sob condição de anonimato, uma autoridade da Divisão de Controle de Produtos Químicos da Polícia Federal…”
“Para a PF…”
Pronto! Está armado o “engana trouxa”. Um único técnico, anônimo, passa a ser “a Polícia Federal”, que vai parar na manchete.
Perguntas:
Como um único técnico, anônimo, pode ser chamado pelo jornal de “a Polícia Federal”?
De que maneira as informações que constam na notícia, se verdadeiras, “avalizam” a acusação de José Serra de que o governo boliviano é “cúmplice” dos traficantes?
Assim como a Bolívia, a Colômbia produz cocaína. Por que a Folha de S. Paulo e Serra não acusam o governo Uribe de cumplicidade com os traficantes? Tem a ver com o fato de Morales ser índio e Uribe ser branco?
Quais os números do tráfico de cocaína no estado de São Paulo? Os tucanos, que governam São Paulo há 16 anos, são cúmplices dos traficantes?
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