Caros amigos,
Eu não concordo que o Lula tenha derrapado, mesmo sem me inteirar de outros argumentos que possam constar do artigo original.
Eu tive a oportunidade de ver na NBR, quase que por inteiro, o discurso de encerramento da reunião da Cepal. O Lula usou como exemplo a situação do Brasil com a dos demais países latinoamericanos onde os impostos são baixos e, em contrapartida, o Estado não tem mínimas condições de fazer algo em prol dos menos favorecidos. Na oportunidade, arrolou tudo o que o nosso país tem realizado, citando os números já conhecidos referentes à parte da população que ascendeu socialmente.
Ademais, eu volto a dizer que os impostos no Brasil não são tão altos como se costuma afirmar. Na maioria dos países ricos ( e Lula citou alguns deles) os impostos são até mais elevados. A grande diferença, pode-se dizer, é que são impostos que incidem mais sobre a riqueza do que sobre a produção. Estes últimos incidem sobre a população em geral, enquanto que os primeiros prioritariamente sobre os mais ricos. Este é o princípio da socialdemocracia: tirar de quem tem mais para distribuir melhor. O argumento de que os impostos são muito elevados é neoliberal. Ronald Reagan, quando presidente dos EUA, conseguiu baixar os impostos afirmando que os capitalistas usariam estes recursos para aplicar na produção, gerando mais empregos. Triste engano: o que deixou de ser recolhido pelo Estado foi para as bolsas como capital especulativo.
Além disso, em nosso país, quando se propôs mudar esta situação esdrúxula de os pobres pagarem mais impostos que os ricos, adivinhem quem foi contra e bombardeou a proposta do governo?
Um grande abraço a todos,
Germano.
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