A notícia da escolha de Lula como o mais influente líder do mundo pela revista Time causou alvoroço no comando das redações da mídia brasileira. Afinal, era a revista que mais admiram escolhendo “o cara” que mais combatem…
Mas não havia jeito, era preciso dar a notícia, não havia meio de escondê-la… A lista da Time está lá na internet, implacável.
Chego a imaginar a cena…Dedos crispados, dentes rangendo, repórteres mobilizados, ligações para o correspondentes…Nada… Publicaram… Lula era o primeiro da lista…Até o Serra, rapidamente, seguiu o script de seu marqueteiro e, para ser mais lulista que o Lula, foi logo enviando felicitações pelo twitter: “Parabéns ao Presidente Lula, escolhido líder do ano pela revista americana Time. É bom para o Brasil”.
Mas a operação “despeito” continuou. E um subeditor gritou: “conseguimos, conseguimos”! E contou, como está em O Globo que havia falado com “o setor de relações públicas” da revista que teria dito não haver um ranking.
Mas, e daí se não foi escolhido o líder mais influente do mundo e sim um dos líderes mais influentes do mundo, numa lista onde – oh! – nunca entrou FHC.
Segundo O Globo, a decisão de colocar Lula como o “número um” se deu por “razões editoriais”.
Se você for ao site da Time para ver os 100 mais influentes de 2010 escolhidos pela revista, verá que o primeiro perfil que aparece é o de Lula. Se você preferir ir ao link da lista completa dos eleitos, verá que o número um é Lula.
Enfim, a Time escolheu um entre os 25 listados, para abrir a lista. A menos que tenham mudado o alfabeto para começar com “L”, não foi ordem alfabética. Foi a importância editorial que a revista lhe deu.
Mas é fácil resolver o problema. É só O Globo reatar a sociedade que teve com a Time para, durante a ditadura, implantar a TV Globo no Brasil e mandar o Ali Kamel para lá inverter a lista. Aí o senador por Massachussets Scott Brown, que aparece como 25º colocado passa para 1° e Lula, o 1° passa para 25°. E a mídia dá a seguinte manchete: “Time coloca Lula em último na lista dos líderes”.
Viram, que beleza seria?
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