segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mercadante aponta colapso tucano:" Tudo que eles prometeram não aconteceu"


“Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida pelo senador Aloízio Mercadante ao jornal O Estado de S.Paulo e publicada na edição de 25/04.


Sobre o colapso tucano

“Temos um mesmo grupo no Palácio do Bandeirantes há 27 anos. Isso vai levando a um esgotamento. (…) São Paulo merece muito mais.”
“Desde que o PSDB governa, nós perdemos participação no PIB e na indústria nacional. Estamos numa situação de colapso no sistema de trânsito e transporte público. Eles não planejaram o futuro, não asseguraram os investimentos em segurança e transporte. (…) Tudo que eles prometeram de modernização não aconteceu.”

Sobre educação

“A situação da educação é desoladora. Não houve política de formação e valorização dos professores. A situação dos salários dos professores é insustentável. Estamos há cinco anos com 5% de reajuste. É o 14º salário do país. Não tivemos a visão para construir a escola do futuro. Precisamos colocar banda larga, dar laptops. Não tem no estado política de inclusão digital na velocidade com a qual a juventude está se movendo.”

Sobre o caráter político da greve dos professores 

“Desde a época da ditadura eu ouço o discurso de que qualquer conflito social tem conotação política. Não responde ao problema. Temos 17 mil professores no Estado. Trabalham em condições precárias. Fizeram uma política de abono salarial em que parte dos professores pode fazer a prova e, dos que passarem na prova, nem todos recebem o abono. Fraturou a categoria.”

Sobre a insegurança pública

“Todos os indicadores em 2009 pioraram, praticamente. O que mostra que há um problema na política de segurança que começa no policial. Tem PM em São Paulo que recebe pouco mais que a metade do salário de um soldado de Sergipe. Na Polícia Civil, a situação também é insustentável e há descontentamento generalizado. A falta de gestão do sistema prisional levou as organizações criminosas, no governo anterior, a atacar a sociedade. A polícia não esquece o que aconteceu, nem a sociedade. Temos que separar os presos por grau de periculosidade, investir em monitoramento eletrônico de presos, investir em penas alternativas. Se não reorganizarmos o sistema prisional, nós estaremos enxugando gelo. Se tem uma categoria que, com certeza, estará conosco nesta campanha, são os funcionários públicos de uma forma geral.

Sobre enchentes

“Evidente que (esse tema) precisa ser abordado porque 79 pessoas morreram no estado. Dezenas de milhares perderam a casa, ficaram desalojadas e desabrigadas. Eu fui visitá-las. Precisamos de uma resposta muito mais eficiente contra enchentes. O governo do Estado reduziu em 40% a verba das enchentes e parou investimentos indispensáveis, como o aprofundamento da calha do Tietê. Houve um problema de gestão nos reservatórios da Sabesp.”

Sobre o slogan de Serra (O Brasil pode mais)

“Pode mais quem faz mais, e nós fizemos muito mais que eles. É só comparar qualquer aspecto relevante do governo Fernando Henrique com o nosso governo. O nosso governo é muito melhor. Continuísmo seria se o Lula tentasse um terceiro mandato. Estamos só há sete anos no governo. Eles estão há 27 anos em São Paulo, o mesmo grupo. O Alckmin já teve o tempo dele fazer ou não fazer. O próprio governador interino (Alberto Goldman) acha que o Alckmin não é o melhor candidato. Se você verificar, há uma profunda divisão no campo deles.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário