A matéria publicada segunda-feira (26/4) no jornal O Estado de S. Paulo sobre os investimentos do governo Lula com publicidade induz os leitores a um erro.
Dando a entender que houve um fortíssimo aumento desses recursos nos últimos anos. O jornal comparou o ano de 2009, um ano normal para a publicidade oficial, com 2003, ano em que houve um forte ajuste fiscal e, consequentemente, redução nos investimentos nessa área.
Em nota de esclarecimento enviada ao jornal, o secretário executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), Ottoni Fernandes Jr., explicou que 2003 “é claramente um ponto fora da curva” e diz que melhor seria se a reportagem “Gasto de Lula com publicidade sobe 48% em 6 anos” oferecesse a seus leitores a informação completa sobre os investimentos em publicidade nos últimos 10 anos. O repórter teve acesso a essas informações, que estão disponíveis também a qualquer cidadão no site da Secom – ver aqui. O quadro com os investimentos feitos em publicidade nos últimos 10 anos deixa claro que 2003 foi um ano atípico.
Se fosse para fazer uma comparação de apenas um ano com 2009 (penúltimo do governo Lula), melhor seria recorrer a 2001, o penúltimo ano do governo Fernando Henrique Cardoso – o que mostraria um aumento real de apenas 3,7%. “Talvez não desse manchete ou chamada de primeira página, mas não trombaria com os fatos”, afirma Ottoni.
Leia a seguir a íntegra da nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo:
Se fosse para fazer uma comparação de apenas um ano com 2009 (penúltimo do governo Lula), melhor seria recorrer a 2001, o penúltimo ano do governo Fernando Henrique Cardoso – o que mostraria um aumento real de apenas 3,7%. “Talvez não desse manchete ou chamada de primeira página, mas não trombaria com os fatos”, afirma Ottoni.
Leia a seguir a íntegra da nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo:
A matéria “Gasto de Lula com publicidade sobre 48% em 6 anos”, publicado no Estado de S. Paulo, em 26 de abril de 2010, induz os leitores a uma avaliação errada, pois compara o resultado de 2009, penúltimo ano do segundo mandato do Presidente Lula, com 2003, quando o país vivia um fortíssimo ajuste fiscal, que acarretou grande redução nos investimentos de publicidade do governo federal. Na verdade, 2003, como se pode depreender da análise da série histórica disponível no site da Secom, é claramente um ponto fora da curva. Melhor teria sido oferecer aos leitores a informação completa ou, pelo menos, comparar os R$ 1.179,0 milhões realizados em 2009 com os R$ 1.137,3 milhões de 2001, penúltimo ano do segundo mandato do governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Nesse caso, mostraria um aumento real (todos os números foram corrigidos pelo IGPM da FGV) de apenas 3,7%. Talvez não desse manchete ou chamada de primeira página, mas não trombaria com os fatos.
Ottoni G. Fernandes Jr.
Secretário Executivo
Secretaria da Comunicação Social
Presidência da República
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