domingo, 11 de julho de 2010

As "boquinhas" que devem importar nas eleições



Um companheiro, mais velho, me conta que, um dia desses, num supermercado, na Tijuca, um senhor de uns 70 anos, acompanhado do neto, aguardava na fila a sua vez de ser atendido pelo caixa.

Perto deles, dois homens bem mais novos reclamavam da vida, dos preços das mercadorias, que assim não era mais possível, que o governo não se importava com mais necessitados. Aquela  ladainha que, muitas vezes, é cheia de razão, pelo que os brasileiros se acostumaram a ter de seus governos.
O senhor de  70 anos, de aparência humilde, vestido modestamente, se virou para os que reclamavam de tudo e, com um tom de voz tranquilo, mas firme , pediu desculpas pela intromissão e disse que falar mal do governo Lula era burrice, se desculpando pelo termo usado: burrice.
E continuou, perguntando se eles se lembravam como era a vida há dez anos. A frase ficou nos ouvidos de meu amigo:  ”pobre não sabia que gosto tinha a carne, era só feijão e arroz, e olha lá.”.
Pôs a mão na cabeça do neto: “Este menino teve sorte de ter nascido depois, ele come carne pelo menos três vezes por semana.”  O que mais me chamou a atenção de meu amigo, foi a preocupação daquele senhor em não deixar o neto sem comer carne.
Quantos milhões de famílias deixaram de sofrer esta angústia, embora milhões de outras ainda a sintam…
Os candidatos, quando forem à rua pedir votos devem ter a lucidez de lembrar das duas coisas.
Dos que passaram a poder dar carne aos filhos e aos netos, porque, entre 2002 a 2010, 24 milhões de brasileiros deixaram a pobreza. Outros 31 milhões foram elevados para a classe média.
E dos mais de 30 milhões de brasileiros que ainda estão lá, na linha vergonhosa da pobreza, que nos temos, temos, temos logo da apagar.
tijolaço.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário