segunda-feira, 7 de junho de 2010

MSM voltará à Justiça Eleitoral



A divulgação da última pesquisa Ibope de intenção de voto para presidente da república encerrou o ciclo de sondagens dos quatro institutos contra os quais oMovimento dos Sem Mídia representou à Procuradoria Geral Eleitoral pedindo que sofressem investigação de todas as pesquisas que fizeram e que farão sobre a sucessão presidencial em 2010.
Antes de prosseguir, explico que este trabalho utiliza o cenário da sucessão presidencial composto por Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva.
No gráfico acima, é possível notar três momentos deste ano em que as linhas traçadas pelos institutos Ibope e Datafolha divergem gravemente dos institutos Sensus e Vox Populi. 

Os pontos de inflexão de tendências dos dois primeiros institutos levam Dilma para baixo e Serra para cima, enquanto que os dois últimos institutos levam-nos em direção contrária.

Em fevereiro, é o Ibope que diverge claramente dos outros institutos e inverte tendência que se estabeleceria factualmente a partir do início deste ano, de forte subida de Dilma e de queda moderada – e constante – de Serra. Mais adiante, em sua pesquisa de março, este instituto é obrigado a acompanhar os outros, mas, então, é o Datafolha que passa a divergir.

Em Março, enquanto todos os outros institutos apontavam tendência de queda de Serra e de subida de Dilma, o Datafolha é que abre a “boca do jacaré” mostrando uma diferença de 10 pontos percentuais a favor de Serra. Como se vê no gráfico, quebra-se, novamente, uma tendência apurada pelos outros institutos. O Datafolha é o segundo instituto a quebrá-la.

Em abril, o Sensus volta a fechar a boca do jacaré, fazendo Dilma e Serra se aproximarem do empate, mas o Datafolha, primeiro, e o Ibope depois, provocam nova inflexão de uma tendência captada pelo próprio Sensus e, antes dele, pelo Vox Populi e que acabaria por se confirmar.

Em maio, depois de o Movimento dos Sem Mídia ter representado à Procuradoria Geral Eleitoral pedindo auditoria das pesquisas dos quatro institutos sob pena de algum ou alguns deles estar praticando crime eleitoral, Datafolha e Ibope convergem para o resultado que anteviram Sensus e Vox Populi e que o jornal Folha de São Paulo divulgou que seria produto de fraude dos dois institutos de pesquisa concorrentes do seu.

A mudança brusca de tendência de Datafolha e do Ibope neste ano fica evidente e contrasta com a continuidade da tendência de Sensus e Vox Populi. Para melhor exemplificar, reproduzo, aos pares, os gráficos isolados de cada um dos institutos.

Nos gráficos do Sensus e do Vox Populi, as linhas dos candidatos Serra e Dilma formam uma espécie de funil, mas mostram particularidades de cada instituto, que é o que se espera. Vejam:

Sensus

Vox Populi


Já nos gráficos do Datafolha e do Ibope, a semelhança da figura formada pelas linhas de Serra e de Dilma nos dois institutos é impressionante – parece um foguete, com base menor, meio maior e ponta afunilada – e deixa ver, também, como os institutos mudaram bruscamente de rumo depois da representação do MSM.

Datafolha

Ibope

Diante destes fatos, o Movimento dos Sem Mídia entende que se torna muito mais importante o acompanhamento pela sociedade e pela Justiça do comportamento dos quatro institutos, pois ao menos dois deles mentiram claramente, cometendo crime eleitoral, e já existe até indício de quais são esses institutos, por mais que esta seja uma conclusão exclusiva do MSM.

De qualquer maneira, comunico aos leitores que o fenômeno que os gráficos revelaram com mais clareza depois do fechamento do ciclo de pesquisas já descrito, tal fenômeno será destacado e apresentado pelo MSM à Justiça como indício do crime eleitoral que se entende que está muito mais claro, agora, que foi cometido, sim, e pedindo fiscalização enérgica dessas pesquisas até o fim do processo eleitoral deste ano.

A representação do MSM à Justiça eleitoral pedindo auditoria de TODAS as pesquisas, no entender de nossa organização poderá mudar a história da eleição presidencial de 2010. Isso fica cada vez mais claro, a cada pesquisa divulgada depois que agimos.

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