O mundo continua chocado com o ataque de um comando militar israelense contra uma flotilha de nove navios, com 800 passageiros de várias nacionalidades, que levava ajuda humanitária para Gaza e provocou nove mortes. A investida ocorreu em águas internacionais e recebeu o repúdio de todos os governos do mundo.
A exceção ficou por conta dos Estados Unidos, cuja titular do Departamento de Estado, Hillary Clinton, pediu apenas cautela para as partes, enquanto o vice de Obama, Joe Biden deu integral apoio a Israel. Ou seja, cautela e apoio para assassinos? Na segunda incursão do Exército, o barco foi levado para um porto israelense Os militantes foram deportados.
O importante agora é exigir a instalação de uma comissão de investigação internacional, sem a presença de israelenses, para evitar parcialidades, para apurar com rigor o que aconteceu. E a partir daí, punir em Tribunais internacionais os responsáveis. Mas o governo Obama-Biden quer israelenses investigando, exatamente para não apurar nada.
Israel, governado por trogloditas políticos de extrema direita, tal como um tumor maligno, precisam ser extirpados para o bem da humanidade. Netanyahu e o Ministro do Exterior, um tal Lieberman, fazem lembrar judeus nos campos de concentração que faziam serviços para os nazistas em troca da sobrevivência. Lieberman é racista declarado e prega a violência contra palestinos.
O extremismo dos atuais dirigentes de Israel, acompanhado pelo trabalhista Edhud Barak, Ministro da Defesa, e pelo Presidente Shimon Peres chegou ao cúmulo de culpar os integrantes da missão de paz pelo incidente. Há acusações graves, inclusive de que os feridos não receberam cuidados médicos e que foram fuzilados pelos integrantes do comando israelense, que não podem ficar por isso mesmo.
Na verdade, os fundamentalistas de Israel, que só entendem a linguagem da truculência, que envergonha a humanidade e os próprios judeus progressistas ou que não professam a ideologia sionista, deveriam responder no Tribunal Penal Internacional pelo que fizeram agora e antes em matéria de violação dos direitos humanos.
Curioso nesta história trágica é o fato de Madame Clinton, hoje a maior representante dos falcões que só pensam naquilo, ou seja, na guerra e como escoar os armamentos que fabricam, faz jogo duro com o Irã e pede apenas cautela para quem está cometendo crime contra a humanidade.
Os trogloditas de Israel são hoje uma ameaça à paz mundial. Utilizam-se da chantagem da vitimização, ou seja, da tragédia representada pelo III Reich nos anos 40 do século passado. Mas é preciso colocar os pingos nos is e mostrar como os trogloditas apenas usam o holocausto para chantagear. Tal fato tem sido denunciado até por vítimas da II Guerra Mundial que também não professam a ideologia sionista.
Na II Guerra Mundial, seis milhões de judeus foram trucidados pelos nazistas. Quem mais sofreu foram os que viviam no Leste da Europa, geralmente grupos de baixo poder aquisitivo. Os judeus dos Estados Unidos, agrupados no forte lobby que pressiona governantes estadunidenses, tanto democratas como republicanos, em apoio a Israel, nada sofreram.
E o que acontece então? Israel desrespeita seguidamente os direitos humanos e no Conselho de Segurança das Nações Unidas saem no máximo condenações verbais, geralmente tímidas que na prática sugerem a impunidade. Isto é, Israel faz o que faz e nada acontece em matéria de punição, porque o padrinho Estados Unidos não permite.
Os israelenses são arrogantes e quem os critica é tachado de antissemita. Como prova de arrogância, o embaixador de Israel aqui no Brasil, Giora Becher, falando à TV Globo fez críticas ao governo brasileiro pelo posicionamento louvável que vem mantendo em matéria de política externa.
O Itamaraty poderia perfeitamente considerar este senhor persona non grata ou pelo menos dar-lhe uma advertência pelo tipo de crítica rasteira que fez, inclusive numa demonstração de intromissão em assuntos internos.
O governo brasileiro e os demais do Mercosul deveriam suspender os acordos comerciais firmados recentemente com Israel. Só assim um governo extremista como o atual de Israel, veria como a comunidade internacional está de fato adotando providências para frear o genocídio que vem ocorrendo na região.
Mas para que isso aconteça é preciso que esses governos escutem a voz rouca das ruas que está indignada com as atrocidades que vem sendo cometidas por Israel.
Esta, vale assinalar, é uma das poucas formas de se pressionar um país delinquente como Israel. Na África do Sul o bloqueio funcionou.
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