quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lula, Porque não te calas?

Mais uma colaboração da leitora Izide, de São Paulo.
O fato é sobre entrega das ambulâncias do SAMU pelo Presidente Lula em Tatuí. Evento no qual foram entregues duas unidades do SAMU,  para Ubatuba.

 Por Izide
É assustador conhecer a postura leviana de uma pessoa que se pretendia educada e civilizada como o autor do texto abaixo.
Não me refiro ao pensamento politico oposto à situação.  Esse é um direito assegurado a todo cidadão desse país, por mais razante, vulgar,  apelativo e ignorante que se mostre, como no exemplo que segue. Basta que tenha coragem para expor toda a baixeza que o alicerça.
O que me assusta é um profissional da saúde mostrar-se tão arrogante, irresponsável e vingativo!  A ponto de dizer que, no sagrado ofício da profissão,  se vingaria amputando  um orgão do paciente!  E assina em baixo!
O que a Associação Paulista de Medicina pensa disso! 



Todos os que ele representa como presidente da Regional de Limeira, comungam dessa sua baixeza e antiprofissionalismo?
Penso que a Associação Paulista de Medicina deveria exigir uma retratação por algo tão grave cometido por esse senhor, que faz questão de se identificar como um seu médico-membro... E não venha ele dizer que é força de expressão!   O que aliás, só agrava a sua leviandade. Por que ele se mostra tão vingativo? Seria a inveja por alguém de origem muito humilde ter sido alçado ao status máximo do país? A um status que somente a ele e seus iguais caberia?
Isso tudo sem levar em conta quanto ele é analfabeto no assunto que pretendeu abordar.  O quanto usou de má fe impondo a "sua versão" dos fatos desconexos sem a menor  lógica, um verdadeiro pastiche! E tão sem idéias próprias a ponto de plagiar o rei Juan Carlos da Espanha, referindo-se a presidente de um país vizinho.
Diante de tanta bobagem "vomitada" confrontada com o perigo que representa como médico, vale a pergunta: para que serve uma pessoinha como essa?  Dá para confiar a sua saúde a um profissional que não respeita a diversidade de pensamento? Como um paciente pode sentir-se seguro diante de tanto autoritarismo e preconceito?  Deus nos salve desse "doutor". Em especial a sociedade da vizinha e simpática Limeira!  Ninguém merece um monstro desse em lugar de um médico!

Lula, por que não te calas?


No último dia 25 de março o presidente Lula esteve em Tatuí, e lá fez a entrega simbólica de 650 ambulâncias para 573 municípios brasileiros. A cerimônia foi essencialmente política, pois os veículos são destinados ao SAMU, ou seja, os serviços de atendimento médico de urgência. 

Acontece que a maior parte dos municípios contemplados não tem este serviço implantado, e nem mesmo tem verba prevista em seus orçamentos. Custa caro montar toda esta estrutura. As ambulâncias são a parte visível do negócio, mas é necessário aparelhá-las com equipamentos de UTI, de pessoal de apoio bem treinado, de médicos especializados principalmente. E isto tem que funcionar 24 horas por dia, pois emergência não tem hora.

Ou seja, ou a maioria das ambulâncias vai ter outro destino, ou vão virar sucata logo.

Como costuma fazer, o presidente Lula faz seus “discursos” de improviso, que sempre buscam contentar a platéia presente, e exagera nas frases feitas e cheias de pompa sobre os mais variados temas. Diga-se de passagem, normalmente o presidente não sabe nada sobre o que está falando, e suas gafes já são sobejamente conhecidas e divulgadas mundo afora. Nesta cerimônia em Tatuí, o presidente Lula foi extremamente infeliz com algumas de suas colocações. 

Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira, Lula teve “outro rompante de incontinência verbal”. Mais uma vez, culpou os médicos para os problemas de saúde que o Brasil enfrenta há décadas. Disse que a classe médica não se interessa em atender o interior, “pois é muito fácil ser médico na Avenida Paulista”, segundo suas palavras.

Depois, mandou um recado ao Conselho Federal de Medicina, por este ser contra a revalidação automática dos diplomas dos médicos formados em Cuba. E ainda criticou aqueles que são contra a volta de um imposto para melhorar a saúde. 

E por fim, ainda criticou o médico que no passado cuidou dele próprio, ao sofrer o acidente de “trabalho” que lhe amputou o dedo. Ou seja, versou sobre tudo o que finge saber.

Como em todos os “discursos”, Lula fala o que lhe dá na telha, e nem se preocupa mais em ter coerência. Deve acreditar que somos todos burros, pois quanto mais fala, mais sua popularidade “aumenta”, segundo as informações “oficiais”. Mas para os que ainda tem paciência de ouví-lo, basta acompanhá-lo por algumas semanas. A opinião ora é uma, ora é outra. Depende da platéia. Como estamos numa democracia, livre “como nunca se viu na história deste país”, também tenho o direito de opinar.

O que o senhor presidente não disse (ou não sabe) é que é impossível à imensa maioria dos médicos montar um consultório na Avenida Paulista, um dos locais mais caros do país, principalmente se trabalhar no serviço público, onde recebe um salário de fome, não tem um plano de carreira decente e não encontra condições dignas de trabalho. Aparelhos defasados, funcionários insuficientes para o apoio (enfermagem, técnicos diversos), filas para marcação de exames, falhas em tratamento de doenças básicas. Se em São Paulo , que é a locomotiva da nação, é assim, o que dizer do restante do país? Há dezenas de crianças morrendo em pseudo-UTIs em hospitais públicos por aí. A sigla deveria ser Última Tentativa Inútil e não unidade de terapia intensiva. Intensivas são só as mortes nestes nosocômios.

Não disse o presidente (ou não sabe) que médico nenhum consegue trabalhar no interior sozinho. A não ser que seja para distribuir “vale-saúde”, a exemplo dos inúmeros outros que ele criou. Pois tratar e cuidar de alguém sem apoio, sem retaguarda e sem condições, só na cabeça dele.

Quanto aos médicos de Cuba, formados em uma realidade totalmente diferente da nossa, eles podem sim trabalhar no Brasil. Como qualquer outro, formado em qualquer lugar do mundo, que se submeta às avaliações necessárias e sejam aprovados. Desde que saibam Medicina. E o Conselho Federal de Medicina, autarquia federal, é o órgão definido por lei para avaliá-los. O que o senhor presidente quis dizer (mas não teve coragem) é que quer fazer um agrado ao moribundo amigo Fidel, valorizando escolas falidas e que pregam uma falsa “medicina social”.

Faltou falar sobre o assunto referente ao médico que o atendeu quando sofreu seu acidente de “trabalho”. Talvez seu dedo pudesse ser salvo, senhor presidente, se existisse na ocasião um atendimento decente em posto de saúde, unidades de emergência bem aparelhadas, um profissional médico bem preparado, com boa formação. Isso se o “SUS” da época funcionasse. Isso se um médico que atende “SUS” ganhasse um honorário, e não uns trocos.

Pois a CPMF, que geraria verba destinada ao “SUS” do seu governo, virou dinheiro nas meias, cuecas e malas pretas na sua gestão. E até hoje o “SUS” não funciona de forma decente!

E o senhor ainda quer recriar mais um imposto, para continuar alimentando as falcatruas? Senhor presidente, com o perdão da palavra, estou com o “saco cheio” do senhor e de seus “discursos”.

Se o senhor sofresse um novo acidente de “trabalho” e fosse eu o médico que lhe atendesse, cortaria-lhe a língua, e não o dedo. 

E faria um bem ao país, pois cada vez que o senhor abre a boca, não causa um acidente. Causa um desastre.

Luiz Ricardo Menezes Bastos, médico, 

presidente da Associação Paulista de Medicina -  Regional de Limeira

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