Brasil está em todas as frentes, diz Le Monde
Editorial e reportagem do jornal francês Le Monde elogiam Lula, Celso Amorim e o desempenho da economia brasileira.
RFI
O vespertino francês Le Monde traz em sua edição desta segunda-feira, um grande editorial na capa sobre o papel de destaque alcançado pela diplomacia brasileira durante o governo Lula.
Em tom elogioso, o jornal diz que a atuação do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, é brilhante. E, nas páginas internas, o crescimento excepional do PIB brasileiro atrai a curiosidade do jornal. Segundo previsão divulgada hoje pelo Banco Central do Brasil, a economia deve crescer 6,46% neste ano.
O editoral do jornal Le Monde não poupa elogios à economia brasileira e ao papel do Brasil na cena internacional. O vespertino lembra os pronunciamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da crise grega e suas iniciativas de mediação no conflito israelo-palestino, além do recente acordo conseguido junto com a Turquia no complicado dossiê nuclear iraniano. Fatos importantes que vão bem além do talento dos brasileiros no futebol, ironiza Le Monde.
Um dinamismo no cenário internacional encabeçado de forma brilhante pelo ministro brasileiro da Relações Exteriores, Celso Amorin, relata o jornal. O vespertino lembra que durante muito tempo o Brasil negociou timidamente suas questões econômicas com a OMC, mas que a situação mudou. Agora Amorim é um dos principais atores na busca de uma conclusão do empacado Ciclo de Doha sobre a liberalização do comércio mundial.
Já em suas páginas internas, Le Monde elogia a economia brasileira. O vespertino relata que apenas no primeiro trimestre desse ano o Produto Interno Bruto do país cresceu 9.84% e que quase um milhão de empregos foram criados no Brasil nesse período. Resultados de uma economia aquecida pelo consumo interno, impulsionado pelos 25 milhões de brasileiros que integraram a classe média na ultima década.
Le Monde alerta, no entanto, para um risco superaquecimento da economia brasileira. O jornal explica que o grande desafio para o país agora é controlar a sua inflação, a pior inimiga dos pobres, escreve o jornal francês, citando Lula.
O jornal francês lembra, ainda citando o presidente brasileiro, que o século 21 será o século dos países que não tiveram suas oportunidades. E diz ainda que já Lula, que se considera ainda na metade de sua carreira politica, ele poderá muito bem apresentar sua candidatura para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas, em 2012.
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