domingo, 23 de maio de 2010

Contramaré em Ubatuba - Coluna do Fernando Pedreira

OLÁ  AMIGOS 
      Na última matéria falamos do Projeto de Sensibilização das Comunidades para a Importância do Turismo, hoje falaremos da Sensibilização Nas Escolas, além de alguns fatos importantes que gostaríamos que tomassem conhecimento.
      Tratam-se de projetos simples e de fácil implementação, porém extremamente necessários para qualquer Cidade que queira desenvolver um Turismo de Qualidade.

      A idéia era introduzir nas escolas cartilhas e para isso precisávamos primeiro sensibilizar os Diretores e Supervisores de Ensino.
      Apesar das informações que a Secretaria da Educação jamais abriria as portas para nossos projetos, fomos procurá-los e lá foi tudo muito diferente, a receptividade foi excelente e chegamos até a fazer duas Oficinas com Diretores (as) e Coordenadores (as) da Rede Municipal de Ensino de Ubatuba. Numa das reuniões havia 41 pessoas. Começamos a desenvolver duas Cartilhas que seriam introduzidas nas salas de aula, porém como tudo nada virou. Veja o Objetivo Geral:
      Sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar da importância do turismo sustentável (ambiental, social e econômica) para o município de Ubatuba, objetivando o envolvimento e integração dos mesmos no desenvolvimento ordenado do segmento (reforço na construção de cidadania) assim como a formação de multiplicadores dos conceitos referentes ao turismo responsável.
      Desenvolver projeto pedagógico junto a alunos e professores da rede pública.
      Objetivos Específicos 
    • Produzir peça teatral educativa;
    • Produzir gincana educativa;
    • Promover a visitação dos alunos aos pontos turísticos do Município.
    • Realização de Palestras e oficinas sensibilizadoras
    • Formatação de evento cultural sensibilizador
    • Elaboração de cartilha educativa sensibilizadora

            Infelizmente o que vemos hoje são as notícias sobre violência em nossas escolas. 
      A dificuldade para se trabalhar em projetos comunitários nesta cidade é grande, diria que quase impossível.
      Dentro do Conselho Municipal de Turismo, deparamos com a notícia que iria ser votada na Câmara a extinção da zona azul, como tínhamos como objetivo e obrigação conforme estatuto concretizar o Fundo Municipal de Turismo, sugerimos que enviássemos para a Câmara um adiamento da votação para que discutíssemos no Conselho a viabilidade desse numerário ser destinado ao fundo, recebemos como resposta um não do tamanho da Cidade. Foi uma pressão e tanto.
      Nossas primeiras propostas para serem discutidas no Conselho foram:
  1. Normatização dos Meios de Hospedagem
  2. Normatização dos Meios de Transportes Coletivos de Turismo
  3. Normatização e Quantificação do Comércio Expansionista.

      O Plano Municipal de Turismo deveria ser apresentado em 180 dias após a aprovação do Plano Diretor, porém até ontem nada vimos, pelo contrário os investimentos em busca de produtos turísticos continuam sendo feitos de forma arbitrária, de cima para baixo.
      Ninguém seria contra um Centro de Convenções ou um Píer Flutuante para o desembarque de turistas de Cruzeiro, mas seriam essas as obras prioritárias para o desenvolvimento do Turismo de nossa Cidade?
      Nossa vocação turística está nas belezas naturais que dispomos, portanto antes de explorá-las procurar por outro produto?
      Precisamos muito mais urgente de atender os turistas que aqui estão e criar mecanismos para selecioná-los.
      Uma das dificuldades dos projetos do Sebrae para o turismo em nossa Cidade é nossa peculiaridade.
      Nossos recursos pertencem ao Parque Estadual da Serra do Mar ou ao Patrimônio da União, portanto não tem um dono específico.
      Enquanto que em outras Cidades o Recurso é dentro de uma fazenda que pertence a alguém, portanto se esse alguém se interessa pelo turismo o Sebrae lhe dá suporte.
      Aqui dependemos da união de esforços, Prefeitura no que se refere ao suporte junto aos organismos estadual e federal além da Coordenação e Gestão.
      Os meios de hospedagem com os gastronômicos e as operadoras de turismo com passeios formatados e público alvo definido.
      Somente com essa união teremos PRODUTOS ATRATIVOS PERENES que poderão ser comercializados o ano todo trazendo oportunidade de negócios emprego e renda a toda a população.
      Para isso mais importante que um Centro de Convenções seriam Receptivos Turísticos com espaços para Centro de Tradições Caiçara e Quilombola, divulgação e venda dos passeios com guias formados nas Escolas que temos, bem como transportes específicos para o turista.
      No caso do Píer, com certeza já deixa de fora os meios de hospedagem, além do questionamento que fazemos uma vez que o passageiro dos navios tem a sua disposição todo o alimento, pago na contratação do passeio.
      Ambos os investimentos restringe os benefícios aos que se encontram no Centro da Cidade ficando de fora toda uma população.
      Convém lembrar da forma geográfica da nossa Cidade, outra peculiaridade que tem que ser observada.
      O que é bom para Ilhabela e bom para Ilhabela.    
Fernando Pedreira.

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