A desistência de Aécio Neves (PSDB/MG) ao planalto é a última cartada dele contra Serra. Vendo que Serra estava passando como um trator sobre seus movimentos, e que cabia-lhe apenas o papel de coadjuvante, resolveu fazer uma manobra e causar impacto.
Em vez de anunciar a desistência em janeiro, anuncia com um mês de antecedência, para ver se a oposição se "rebela" contra Serra até lá. Parece que não é isso que está acontecendo: a oposição em peso já fala em chapa puro-sangue, escalando Aécio para posição de vice. Também é pouco provável que Aécio aceite. Ser vice para perder o faria ficar sem mandato por 4 anos, vendo novas lideranças tomarem conta de Minas Gerais. Cabe-lhe a candidatura ao Senado, e tentar fazer o sucessor no governo de Minas.
A antecipação de Aécio contraria os planos de Serra, e demonstra que Aécio não será um puxador do voto mineiro para Serra. Dará um palanque burocrático em Minas para Serra, deixando o governador paulista se virar por si com sua campanha.
Com isso, Dilma Rousseff é a presidenciável mineira que sobra (nasceu e viveu a infância e parte da juventude em Belo Horizonte). Deverá ter a maioria dos votos no estado.
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