Bye-bye Silvio |
Como se sabe, o SBT não é uma rede de televisão.
O Boni costumava dizer que o SBT não tinha nem grade de programação.
Mas, sim, um conjunto de programas que não formavam um conjunto coerente e, portanto, comercializável.
O SBT não é uma rede, porque seu objetivo não é ganhar dinheiro como rede de televisão.
Mas, sim, ser um instrumento de venda dos produtos do grupo empresarial do Silvio.
O Silvio na TV vendia o Silvio fora da TV.
E o Silvio fora da TV era o maior anunciante da TV do Silvio.
Os produtos do Silvio fora da TV eram uma forma rudimentar de financiar a compra de bens duráveis.
O que funcionou enquanto havia inflação e faltava renda.
Quando a inflação acabou e o Governo Lula botou dinheiro no bolso da Classe “D” e a Classe “D” passou à Classe “C”.
E quando botou dinheiro no bolso da Classe “E” e uma parte da Classe “E” foi para a Classe “D”, o modelo de negócios do Silvio foi para o beleléu.
Além disso, houve o impressionante fenômeno da banqueirização.
Ou seja, com carteira assinada, as Classes “D” e “C” abriram conta em banco, passaram a ter cartão de crédito, começaram a se endividar e comprar bens duráveis com juros e condições mais razoáveis do que ofereciam os produtos do Silvio.
Para simplificar, o Lula quebrou o Silvio.
Sem querer, é claro.
Quem quebrou o Silvio foi o Silvio, que enchia o auditório de Classe “C” e Classe “D” e não percebeu que elas tinham mudado.
Paulo Henrique Amorim, via com textolivre
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