3,3 milhões de estudantes prestaram as provas do ENEM deste ano, uma forma mais democrática de concorrer nacionalmente a 83 mil vagas em 84 universidades federais do país. Ocorreram falhas que demonstram a necessidade de ajustes no sistema: 31 mil cadernos da prova amarela,por exemplo, tinham defeitos de impressão. Destes, apenas 21 mil exemplares chegaram a ser distribuídos – a maioria acabou trocada no local do exame. O Inep estima que entre 2 mil e 3 mil estudantes tenham sido prejudicados --repita-se de um total de 3,3 milhões de participantes. O MEC já assegurou a esses jovens a possibilidade de refazer o exame em condições de isonomia, ou seja, a tempo de concorrer às vagas disponíveis nas universidades federais. Mas a mídia demotucana está sôfrega. Inconformada. Não digeriu o caroço da derrota eleitoral do seu candidato por uma diferença de 12 milhões de votos. Atenção, 12 milhões de votos rechaçaram adicionalmente o golpismo udenista. O mesmo que agora regurgita um ressentimento encalacrado no sistema digestivo e tenta transformar 0,04% dos participantes do ENEM em militancia a serviço de um revanchismo cego pela derrota no escrutínio democrático. É preciso avisar aos senhores da coalizão motucana e a seus ventrílocos no dispositivo midiático: a Constituição brasileira não prevê terceiro turno.
Saul Leblon, em Carta Maior
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