Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa
“A imprensa brasileira vive assombrada pelo fantasma da censura. A mais recente manifestação desse avantesma é a avaliação que os representantes da mídia nacional levaram à 66ª assembléia geral da Sociedade Interamericana de Imprensa, que se realiza no México. Segundo o documento apresentado ante a Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, reproduzido em parte pela Folha de S.Paulo, o novo nome da censura é "controle social da mídia".
No texto, a delegação brasileira afirma que, embalada pelo continuísmo e por maioria tanto na Câmara quanto no Senado, a esquerda brasileira detém os instrumentos para concretizar as ameaças embutidas no Plano Nacional de Direitos Humanos e nas conclusões da Conferência Nacional de Comunicação que o governo federal promoveu no ano passado.
Conforme pode se lembrar o leitor de jornais, a imprensa nacional condenou, em peso, as recomendações para a aplicação da norma constitucional e a ativação do Conselho Nacional de Comunicação. Portanto, a rigor, a imprensa brasileira está pregando a desobediência a uma determinação da Constituição.
Regime monárquico
Os temores da mídia tradicional se voltam para o Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República promove nesta semana em Brasília, durante o qual serão debatidas propostas de modernização do setor.
O foco principal do seminário é a atualização técnica e normativa diante das inovações e da tendência de mudanças de plataforma no novo cenário das comunicações digitais. Trata-se de um evento predominantemente técnico, com a presença de convidados estrangeiros, entre eles representantes de órgãos reguladores de países como Portugal, França, Espanha, Argentina, Reino Unido, Estados Unidos e da União Européia. Também estarão presentes observadores da Unesco, o órgão da ONU encarregado da Educação e Cultura.
Não há sinais de agentes comunistas infiltrados nem há hipótese de uma invasão bolivariana durante os debates. O acontecimento será transmitido ao vivo pela TV NBR, da Rede Brasil, e pelo site www.convergenciademidias.gov.br
O que acontece é que as empresas tradicionais de mídia do Brasil vivem no regime monárquico e lutam para impedir a proclamação da República no setor.”
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