sábado, 10 de abril de 2010



Uma testemunha-chave do chamado mensalão do PSDB em Minas revelou em depoimentos à Polícia Federal que, na primeira eleição do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas, em 1994, Marcos Valério, já participava de reuniões da campanha do PSDB e contribuiu financeiramente com ela.Segundo a testeminha, o esquema ocorreu na eleição de de 1998, quando o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disputou a reeleição.
As declarações foram feitas por Vera Lúcia Mourão de Carvalho, em 2006, e integram o inquérito que gerou a abertura de ação penal contra o Azeredo no STF. Prima do tesoureiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão, ela ocupou funções de coordenação nas duas eleições.

E descreveu bastidores dos comitês e também suposto esquema irregular de arrecadação montado por Newton Cardoso (PMDB), ex-vice-governador de Minas, a partir de 1999.

Vera Lúcia contou que, em 1994, via Valério em reuniões semanais do comitê central, das quais participavam Azeredo, o ex-ministro Walfrido Mares Guia (ex-PTB, hoje PSB), então candidato a vice, Mourão e o ex-deputado estadual Amílcar Martins (PSDB), entre outros.

Nas palavras dela, a vitória de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no primeiro turno melhorou subitamente o caixa da disputa. Nas reuniões, soube que os recursos a mais vinham de Valério. Até então acanhado, Valério teria mudado sua postura, com “participação bem mais ativa”.

Em 1994, Vera Lúcia pagava despesas e salários de correligionários, além de outros serviços.

Contou ter trocado dólares no escritório de um doleiro no Centro de Belo Horizonte, a mando da chefia da campanha do PSDB. Numa ocasião, saiu de lá com R$ 600 mil num envelope.Ta no jornal dos tucanos. O Globo...Só que dessa vez, nem a Folha, nem o Estado de São Paulo e nem a Veja, repercutiram a notícia. Todos em silêncio!

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