Olhar a Lua ou o Sol nascendo é uma espécie de cerimonial. São enormes, imponentes e não tem quem não se encante ou reverencie. No entanto, o gigantesco tamanho desses astros no horizonte não é real. É uma ilusão de ótica, que ninguém sabe explicar seu motivo.
Durante muito tempo, físicos, astrônomos e mais recentemente os neurocientistas vêm estudando esse fenômeno e todos os anos alguém surge com uma nova teoria, rapidamente descartada ou vista com reservas.
Na era pré-fotografia, especulava-se que esse fenômeno era provocado pela passagem da luz pelas densas camadas da atmosfera acumuladas no horizonte e que agiriam como lentes, ampliando o tamanho do Sol e da Lua.
Essa teoria permaneceu viva por muito tempo, até que as primeiras fotos mostraram que essa afirmação era um engano. Ao se tirar diversas fotos espaçadas por alguns minutos, o tamanho do Sol ou da Lua era invariavelmente o mesmo.
Para piorar a situação, ao se medir os discos do Sol ou da Lua com instrumentos de precisão ele parecerão menores quando estão próximos ao horizonte. Afinal, qualquer objeto celeste sempre estará maior quanto mais próximo estiver de nós e quanto mais acima de nossa cabeça, ou zênite, mais perto estará.
Diversas teorias foram propostas, algumas delas totalmente desprovidas de lógica. Outras, um pouco mais técnicas afirmavam que o tamanho variava com a proximidade do perigeu, quando o Sol e a Lua ficam de fatos mais próximos. No entanto, a teoria caia por Terra quando os objetos eram fotografados. Independente da posição do céu que se encontravam, sempre aparentava o mesmo tamanho nas imagens.
Ilusão de Ponzo
Essa explicação foi proposta pelo psicólogo italiano Mario Ponzo (1882–1960), que sugeriu que a mente humana julga o tamanho dos objetos baseados no plano de fundo.
Segundo essa teoria, nossa mente interpreta como menor um objeto situado mais próximo e maior um mais distante.
Segundo essa teoria, nossa mente interpreta como menor um objeto situado mais próximo e maior um mais distante.
Para provar sua teoria, Ponzo propôs um desenho similar aos trilhos de uma estrada de ferro, com duas barras de tamanhos idênticos desenhadas transversalmente sobre os trilhos.
Como resultado, a barra superior parece maior que a barra inferior, pois o cérebro interpreta as laterais convergentes de acordo com a perspectiva linear, nos dando a impressão que as barras estão recuando e a barra superior está mais distante.
Embora as duas barras tenham o mesmo tamanho, vemos a barra superior e aparentemente mais distante, como maior.
Como resultado, a barra superior parece maior que a barra inferior, pois o cérebro interpreta as laterais convergentes de acordo com a perspectiva linear, nos dando a impressão que as barras estão recuando e a barra superior está mais distante.
Embora as duas barras tenham o mesmo tamanho, vemos a barra superior e aparentemente mais distante, como maior.
Achatamento da Abóbada
A teoria de Ponzo tem diversas variáveis e nem todas amplamente aceitas. No entanto, baseado as ideais de Ponzo foi proposta a teoria do "Achatamento da Abóbada Celeste", magnificamente explicada abaixo pelo grande astrônomo brasileiro, Ronaldo Mourão.
Segundo o ponto de vista da psicologia, o fundo do céu tem papel fundamental nesta ilusão, nos causando a impressão de que a abóbada celeste não é uma semiesfera, mas uma calota achada no zênite e que se estende em ângulo agudo até o horizonte. Essa ilusão é tão real que o próprio azul, nuvens, constelações, estrelas e planetas parecem incrustados na abóbada celeste.
A razão dessa impressão provém do fato de não existir nenhuma referência que nos permita estimar distâncias quando olhamos para cima de nossas cabeças. Ao contrário, porém, quando olhamos para o horizonte, nossos olhos contemplam os campos, bosques, montanhas, prédios, colinas e uma série de objetos que nos permite comparações e impressão de distâncias e afastamentos. Dessa forma, o céu no horizonte nos parece muito mais afastado do que no zênite.
Segundo Mourão, falecido recentemente, quando observamos o céu estrelado projetamos, sem perceber, as estrelas e a Lua sobre essa abóbada celeste achatada por nossa imaginação. Essa ilusão não ocorre somente com a Lua, mas também com as constelações ou com o Sol, que parecem maiores e avermelhados no horizonte.
Resumindo
Até agora, a Teoria de Ponzo é a mais aceita no meio acadêmico, mas por ser altamente subjetiva e praticamente impossível de ser quantizada, a falta de provas concretas a mantêm no rol das propostas possíveis.
Assim, não existe uma teoria unificada sobre o fenômeno e provavelmente levará muito tempo para o surgimento de uma.
Bons céus. Com a Lua e o Sol gigantes!
A teoria de Ponzo tem diversas variáveis e nem todas amplamente aceitas. No entanto, baseado as ideais de Ponzo foi proposta a teoria do "Achatamento da Abóbada Celeste", magnificamente explicada abaixo pelo grande astrônomo brasileiro, Ronaldo Mourão.
Segundo o ponto de vista da psicologia, o fundo do céu tem papel fundamental nesta ilusão, nos causando a impressão de que a abóbada celeste não é uma semiesfera, mas uma calota achada no zênite e que se estende em ângulo agudo até o horizonte. Essa ilusão é tão real que o próprio azul, nuvens, constelações, estrelas e planetas parecem incrustados na abóbada celeste.
A razão dessa impressão provém do fato de não existir nenhuma referência que nos permita estimar distâncias quando olhamos para cima de nossas cabeças. Ao contrário, porém, quando olhamos para o horizonte, nossos olhos contemplam os campos, bosques, montanhas, prédios, colinas e uma série de objetos que nos permite comparações e impressão de distâncias e afastamentos. Dessa forma, o céu no horizonte nos parece muito mais afastado do que no zênite.
Segundo Mourão, falecido recentemente, quando observamos o céu estrelado projetamos, sem perceber, as estrelas e a Lua sobre essa abóbada celeste achatada por nossa imaginação. Essa ilusão não ocorre somente com a Lua, mas também com as constelações ou com o Sol, que parecem maiores e avermelhados no horizonte.
Resumindo
Até agora, a Teoria de Ponzo é a mais aceita no meio acadêmico, mas por ser altamente subjetiva e praticamente impossível de ser quantizada, a falta de provas concretas a mantêm no rol das propostas possíveis.
Assim, não existe uma teoria unificada sobre o fenômeno e provavelmente levará muito tempo para o surgimento de uma.
Bons céus. Com a Lua e o Sol gigantes!
No Apolo11, via http://www.contextolivre.com.br/2014/11/sabe-por-que-lua-parece-tao-grande-no.html
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