quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O Estado mais rico do país não tem dinheiro para obras?


Geraldo: adorado pelos paulistas
(Foto: Antonio Cruz/ABr)
Por mais que tente, há certas coisas que escapam completamente da minha compreensão.
Uma delas é esse ser misterioso chamado Geraldo Alckmin.
Para mim ele não passa de um político medíocre e intelectualmente limitado.
Mas não é isso o que pensam milhões de paulistas, que o reelegeram outro dia para mais 4 anos à frente do governo do Estado.
Outro mistério que surgiu nesses dias é esse pedido que Alckmin fez a Dilma para que o governo federal libere R$ 3,5 bilhões para que ele faça algumas obras que ajudem São Paulo nesta trágica crise de abastecimento de água - provocada não só pela estiagem prolongada, mas, principalmente, pela incompetência e irresponsabilidade de um governador chamado, que surpresa!, Geraldo Alckmin.
Não entendo como esse sujeito pode ter a cara de pau de pedir essa grana toda.
A Sabesp, a companhia de capital misto que cuida da água e do saneamento básico de muitas cidades paulistas, incluindo a capital, não é, como todos cansam de repetir, uma beleza, uma maravilha, altamente lucrativa?
Por que raios, então, o governo paulista vai precisar de verba da União?
Outra coisa: todo mundo não diz que São Paulo não é o Estado mais rico da federação, a locomotiva que puxa aquele monte de vagões quebrados, um país de Primeiro Mundo encravado numa África?
Sendo assim, é de se supor que São Paulo esteja muito bem financeiramente, seja capaz não só de bancar e construir quantas obras quiser para resolver esse probleminha da falta d'água - e outras tantas nas mais diversas áreas.
Ou esse papo de que São Paulo é o tal, que não precisa de ninguém, que ficaria muito melhor se se separasse do resto do Brasil, é conversa mole, mentira das grossas?
Os tucanos estão governando São Paulo há 20 anos. É um tempo e tanto. Alckmin é governador pela milésima vez. Já prometeu mundos e fundos. Mas na hora que a coisa aperta, ele corre para Brasília, de penico na mão. 
Alckmin, me perdoem seus milhões de eleitores, é uma tragédia tão grande quanto esta crise hídrica.
E São Paulo, me perdoem os paulistas, é um grande blefe.
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