Movimento O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO quer promover ato em defesa de nossa soberania
Pedro Porfírio
Daqui a uns dias, Barack (Hussein) Obama estará subindo um morro carioca “pacificado” dentro da mis-em-scene montada a quatro mãos para transformar sua visita de negócios em mais um espetáculo midiático, destinado a esconder a sete chaves os interesses que ele vem apadrinhar em nome do pai, do filho e do espírito santo.
Espessos e reluzentes tapetes vermelhos serão estendidos para dizer ao chefe do império decadente que, se depender dos nossos manda-chuvas, nem tudo está perdido para ele. Aqui, o “mui amigo” será recebido com as honras da corte e com direito a perorar as repetidas ladainhas do reino: até segunda ordem, não haverá ninguém para informar que os tempos mudaram. Porque aqui, em verdade, no fundo, no fundo, no que lhe diz respeito nada mudou.
Com todas as válvulas do pensamento livre devidamente entupidas de prebendas e grana farta, quem ousará levantar a voz para lembrar-lhe que valores como a soberania e a autodeterminação dos povos são irrenunciáveis?
Haverá quem ouse testemunhar da dolorosa frustração que representou para o mundo o cavalo de pau pós sua surpreendente ascensão, como representante da negritude que até outro dia não podia comer no mesmo restaurante dos brancos de olhos azuis?
Nosso petróleo vai à leilão
Nestes dias de burla cultivada, não faltarão mocinhas de uma juventude castrada para oferecer-lhe buquês de rosas vermelhas desidratadas junto com o gingar de nádegas protuberantes das passistas aculturadas. Não faltará nenhum ingrediente que o santo marketing político não tenha incluído no coquetel da mistificação dos papéis trocados que nos mareiam o raciocínio.
Barack (Hussein) Obama vem fazer o quê nestas terras das palmeiras, onde cantava o sabiá? Boa coisa não será. É dos viciados hábitos e costumes que o presidente dos United States Of America não dá ponto sem nó. Não sai do salão oval só para conhecer o Pão de Açúcar com a família.
A ANP já anunciou que levará a leilão, entre outros e já neste semestre, o poço de Libra, a maior descoberta do mundo em 2010. Com uma estimativa de uma média de 7,9 bilhões de barris no reservatório, podendo chegar a 15 bilhões de barris.
O Brasil vive sua própria crise existencial, o “ser ou não ser” que tira o sono de arqueiros encabulados, exibindo seu patético constrangimento na obrigação de conciliar interesses e administrar a opção pelo sistema de total dependência dos negócios externos.
Esse Brasil, porém, sinaliza um futuro de esplendor com a avalanche que pode advir de suas imensas riquezas, sejam a seis mil metros de profundidade, abaixo da camada de sal, sejam nas entranhas preciosas da Amazônia cobiçada.
Esse país do amanhã pode querer ser hoje e essa querência assusta aos estrategistas da potência decadente, que, embora nas últimas, não perde o garbo e conta com o alheio para dar a volta por cima.
Costurando uma certa aliança
Espessos e reluzentes tapetes vermelhos serão estendidos para dizer ao chefe do império decadente que, se depender dos nossos manda-chuvas, nem tudo está perdido para ele. Aqui, o “mui amigo” será recebido com as honras da corte e com direito a perorar as repetidas ladainhas do reino: até segunda ordem, não haverá ninguém para informar que os tempos mudaram. Porque aqui, em verdade, no fundo, no fundo, no que lhe diz respeito nada mudou.
Com todas as válvulas do pensamento livre devidamente entupidas de prebendas e grana farta, quem ousará levantar a voz para lembrar-lhe que valores como a soberania e a autodeterminação dos povos são irrenunciáveis?
Haverá quem ouse testemunhar da dolorosa frustração que representou para o mundo o cavalo de pau pós sua surpreendente ascensão, como representante da negritude que até outro dia não podia comer no mesmo restaurante dos brancos de olhos azuis?
Nosso petróleo vai à leilão
Nestes dias de burla cultivada, não faltarão mocinhas de uma juventude castrada para oferecer-lhe buquês de rosas vermelhas desidratadas junto com o gingar de nádegas protuberantes das passistas aculturadas. Não faltará nenhum ingrediente que o santo marketing político não tenha incluído no coquetel da mistificação dos papéis trocados que nos mareiam o raciocínio.
Barack (Hussein) Obama vem fazer o quê nestas terras das palmeiras, onde cantava o sabiá? Boa coisa não será. É dos viciados hábitos e costumes que o presidente dos United States Of America não dá ponto sem nó. Não sai do salão oval só para conhecer o Pão de Açúcar com a família.
A ANP já anunciou que levará a leilão, entre outros e já neste semestre, o poço de Libra, a maior descoberta do mundo em 2010. Com uma estimativa de uma média de 7,9 bilhões de barris no reservatório, podendo chegar a 15 bilhões de barris.
O Brasil vive sua própria crise existencial, o “ser ou não ser” que tira o sono de arqueiros encabulados, exibindo seu patético constrangimento na obrigação de conciliar interesses e administrar a opção pelo sistema de total dependência dos negócios externos.
Esse Brasil, porém, sinaliza um futuro de esplendor com a avalanche que pode advir de suas imensas riquezas, sejam a seis mil metros de profundidade, abaixo da camada de sal, sejam nas entranhas preciosas da Amazônia cobiçada.
Esse país do amanhã pode querer ser hoje e essa querência assusta aos estrategistas da potência decadente, que, embora nas últimas, não perde o garbo e conta com o alheio para dar a volta por cima.
Costurando uma certa aliança
Todo mundo sabe que no seu primeiro telefonema à presidente Dilma Rousseff, ao cumprimentá-la, Obama reclamou seu quinhão no pré-sal, que transformará o Brasil em uma dos maiores produtores de petróleo, com inevitáveis mudanças no moral de um povo cansado de ser quintal.
Além disso, os Estados Unidos querem uma mãozinha do governo brasileiro na sua obsessiva guerra contra os países que já escaparam claramente de sua tutela, como Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua, e contra Argentina e Uruguai, que também ameaçam correr atrás da alforria. Além do Brasil, Obama irá ao Chile e a El Salvador, países com quem quer costurar uma certa aliança.
Isso sem falar no imbróglio do Oriente Médio, onde o Pentágono, a Cia e o Departamento de Estado estão mais perdidos do que cego em tiroteio. E sem lembrar, principalmente, o banho que vêm levando dos chineses, que se são hoje nossos maiores e melhores parceiros comerciais (em 2010, tivemos um superávit de US$ 5,5 bilhões nos negócios com a China, enquanto com os EUA o déficit foi de US$ 7,7 bilhões). O presidente norte-americano quer virar esses números no tapetão.
Títere de um ditador invisível
Barack (Hussein) Obama vai mal das pernas nos Estados Unidos, onde seu governo de tantas expectativas ajoelhou-se ao poder avassalador da força oculta que faz de presidentes covardes meras figuras decorativas. Esbarrou e amarelou, como sói acontecer diante de um DITADOR INVISÍVEL, cuja tirania é tão férrea que todos os moradores da Casa Branca a ele se rendem como títeres mansos e submissos. O último mandatário norte-americano que ousou contrariar esse ditador foi executado em Dallas com um tiro no peito.
Que Barack Obama venha agora vender seu peixe é de ofício. Que o governo constituído o receba segundo o requinte de um cerimonial zeloso, não se poderia esperar comportamento diferente. Relações entre chefes de Estado têm seus protocolos.
Fora disso, não tem sentido que as cúpulas do movimento sindical participem do almoço oficial oferecido a ele, sob o pretexto de levar pedido para melhoria do comércio entre os dois países. Nessa, esses dirigentes abrem mão da “liturgia dos seus cargos”, já que serão apenas comensais perdidos no banquete, como se chancelando a priori qualquer acordo que nos arranhe a soberania.
Pelo menos uma manifestação em defesa da soberania
Até agora, a única cidadela que pretende botar a boca no trombone é o pessoal do movimento O PETRÓEO TEM QUE SER NOSSO, que realizará uma plenária nesta quarta-feira, dia 16, às 18 horas no Sindipetro-RJ (Avenida Passos, 34) para discutir o que fazer diante dessa visita cobiçosa.
O foco dessa mobilização é a defesa do petróleo. O grupo considera que a vinda de Obama e sua recepção pela presidente Dilma simbolizam a opção pela exportação e pelos leilões do petróleo, duas práticas que prejudicam a imensa maioria do povo brasileiro.
Mas tem uma compreensão ampla dessa visita insólita: “além de energia e petróleo, vários outros temas estarão na pauta das reuniões e encontros de Obama no Brasil, inclusive com a presidente Dilma. Daí a importância de reunirmos os movimentos e organizações de todas as áreas de atuação e não apenas os que já vêm construindo a campanha do petróleo. Nosso manifesto e nosso ato público precisam ser construídos da forma mais ampla e unitária possível, para mostrarmos que a sociedade brasileira não está omissa, nem disposta a apenas bater palmas para os EUA”.
E a UNE, UBES? Ah, como tenho saudades daqueles tempos juvenis em que nos lançamos nas ruas para dizer ao presidente Eisenhower que desaprovávamos sua política de hegemonia imposta ao Continente e de agressões a Cuba, ainda no início da revolução. Nossa intenção era impedir que ele passasse pela frente da sede da UNE, na praia do Flamengo. Como a força da repressão falou mais alto, as diretorias das duas entidades se mudaram provisoriamente para a Avenida Pasteur, até que ele passasse.
De qualquer forma, o que se tentar fazer agora será simbólico. A mídia já se encarregou de adoçar a pílula com essa história de que o Brasil poderá ter seu apoio para uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU – e eu devo ser muito burro, porque não descobri ainda qual a vantagem que isso nos trará, ao ponto de abrirmos nossas comportas no mar.
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