segunda-feira, 14 de março de 2011

Entrevista com o DEMo Bornhausen

Entrevista publicada no Diário Catarinense deste domingo, com o ex-senador Jorge Bornhausen: 
A convenção do DEM significa paz na sigla?
Jorge Bornhausen – Houve um acerto em torno da chapa que vai dirigir o partido. É uma comissão provisória para marcar as convenções municipais, as estaduais e a convenção nacional, que devem se realizar em junho, julho e setembro. E a condução à presidência do senador José Agripino Maia (RN). Evidentemente, não é um momento dos mais favoráveis para o partido.
E qual é este momento?
Bornhausen – O partido veio de um resultado eleitoral que deixou a desejar na maioria dos estados. Não é o nosso caso e nem o caso do Rio Grande do Norte. Mas o resultado foi uma diminuição da bancada federal na Câmara e no Senado. E existe esta possibilidade de que o prefeito de São Paulo (Gilberto Kassab) venha a formar uma nova agremiação. É um momento que vai obrigar uma reflexão sobre o futuro.
"A oposição não vive um bom momento"
O Planalto torce para o insucesso da oposição?
Bornhausen – A verdade é que a oposição não vive um bom momento. Quer no Democratas quer no PSDB, onde existe uma disputa interna, na minha opinião, fora de época. O Palácio não precisa nem torcer. Só está assistindo. Mas você sabe que a dinâmica disso pode se modificar, é questão de tempo também.
A situação interna do DEM fugiu ao controle?
Bornhausen – Eu acho que o partido não se recuperou do choque havido por ocasião do episódio de Brasília (José Roberto Arruda, ex-governador do DF). Foi um episódio que envolveu uma série de partidos, mas que teve, de forma preconceituosa, a chancela de mensalão do DEM. Isso trouxe um prejuízo grande nas ações do partido e no resultado eleitoral. E a direção partidária não teve capacidade de contornar isso. Não sei se faltou credibilidade. O fato é que, no final, as coisas caminharam mal para o partido.
E a posição tirada pela direção do DEM no Estado?
Bornhausen – A posição adotada em Santa Catarina foi a correta: a permanência no partido. Não há nenhuma razão para a precipitação por parte dos dirigentes, até porque o Democratas foi vitorioso. Agora, todos têm, e com razão, apreensão sobre o futuro nacional. Nós estamos bem estruturados em relação à eleição municipal do ano que vem e acho que, por isso, não devemos temer. Teremos que olhar, depois da eleição municipal, os desdobramentos.
O senhor mantém a posição de se retirar da vida partidária?
Bornhausen – A minha participação sob o ponto de vista eleitoral já se encerrou quando eu deixei de concorrer em 2006. Eu apenas lamento o que veio a acontecer com o partido, não quero responsabilizar ninguém, mas o fato é que o partido não teve a atuação que poderia ter tido. O meu líder político é o governador Raimundo Colombo. Eu seguirei a sua orientação e a sua decisão.
vviaiCom textolivre

Nenhum comentário:

Postar um comentário