O palhaço já dizia: "Hoje tem marmelada?"
Circo da Fórmula 1, onde o palhaço é quem assiste
Mais uma vez assistimos uma presepada numa corrida de Fórmula 1: Felipe Massa correu para perder. O típico quadro do brasileiro fracassado, submisso ao primeiro mundo, volta a estampar os noticiários. Para deleite do PIG.
A Fórmula 1 exerce o fascínio grand monde nas pessoas: altíssima tecnologia, velocidades absurdas, risco de morte iminente, na próxima curva, cifras astronômicas, mulheres deslumbrantes, jet set, high society,decadence aved eleganc. Tudo o que o dinheiro pode comprar. Isso excita a mente de todos, que vivem a anos luz dessa realidade.
Por isso, sou obrigado a discordar do Paulo Henrique Amorim quando este diz que a Fórmula 1 no Brasil dá tanto IBOPE por ser alavancada pela Globo, que por sua vez, fatura horrores em patrocínio das transmissões. Não, o encanto desse evento está além das liturgias globais, nas quais se encaixam perfeitamente as novelas e as narrações patrióticas de futebol.
Flávio Gomes, especialista no assunto, levantou a lebre: se fosse na última corrida da temporada, valendo título, não haveria tamanha repercussão. E mais, por não fazer esse mise-en-scène, a Red Bull jogou fora uma vitória no GP da Turquia passado e foi duramente criticada. Sua conclusão é taxativa: "Exigir ética, lisura e honestidade por escrito é bobagem. Essas coisas ou a gente tem, ou não tem".
Já Luis Alberto Pandini, outro expert em automobilismo, rema contra a maré e defende a Ferrari. Vale ressaltar que a muito tempo, o Panda, como é chamado pelos mais íntimos, se desencantou com a Fórmula 1. Seu blog é muito mais pautado pelas recordações de uma época em que a parte esportiva prevalecia diante do negócio. Uma frase sintetiza bem a matriz do seu argumento:
Uma última constatação. Apareceu na transmissão a figura de Emílio Botin, proprietário do Santander, no boxe da Ferrari, satisfeito com seu pupilo, Fernando Alonso. Investiu os tubos no Alonso, não no Massa, que não tem reconhecimento deste banco nem no Brasil, país que responde por algo como 50% das operações internacionais do Santander. Se Massa tivesse credibilidade, o Santander teria vinculado sua imagem à do Banco em todas as suas peças publicitárias no Brasil. Assim como a F1 é um grande negócio, também é verdade que ninguém (ou quase isso), acredita na imagem do Massa. Isso é uma realidade.
A Fórmula 1 exerce o fascínio grand monde nas pessoas: altíssima tecnologia, velocidades absurdas, risco de morte iminente, na próxima curva, cifras astronômicas, mulheres deslumbrantes, jet set, high society,decadence aved eleganc. Tudo o que o dinheiro pode comprar. Isso excita a mente de todos, que vivem a anos luz dessa realidade.
Por isso, sou obrigado a discordar do Paulo Henrique Amorim quando este diz que a Fórmula 1 no Brasil dá tanto IBOPE por ser alavancada pela Globo, que por sua vez, fatura horrores em patrocínio das transmissões. Não, o encanto desse evento está além das liturgias globais, nas quais se encaixam perfeitamente as novelas e as narrações patrióticas de futebol.
Flávio Gomes, especialista no assunto, levantou a lebre: se fosse na última corrida da temporada, valendo título, não haveria tamanha repercussão. E mais, por não fazer esse mise-en-scène, a Red Bull jogou fora uma vitória no GP da Turquia passado e foi duramente criticada. Sua conclusão é taxativa: "Exigir ética, lisura e honestidade por escrito é bobagem. Essas coisas ou a gente tem, ou não tem".
Já Luis Alberto Pandini, outro expert em automobilismo, rema contra a maré e defende a Ferrari. Vale ressaltar que a muito tempo, o Panda, como é chamado pelos mais íntimos, se desencantou com a Fórmula 1. Seu blog é muito mais pautado pelas recordações de uma época em que a parte esportiva prevalecia diante do negócio. Uma frase sintetiza bem a matriz do seu argumento:
"Talvez falte à mídia automobilística enfatizar o fato de que pilotos profissionais são pagos para defender o interesse de suas equipes – uma realidade oposta à percepção de 99% do público. O erro de Massa (e, anos atrás, de Barrichello) não foi o de aceitar o posto de segundo piloto, e sim o de transmitir ao público a certeza de que iriam disputar títulos e vitórias em igualdade de condições com companheiros de equipe como Schumacher e Alonso. Em algum momento, viria à tona a real situação de cada um dentro da Ferrari. Como ela não foi condizente com as expectativas criadas, gerou-se uma frustração que poderia ser evitada com uma simples atitude: abrir o jogo e explicar como as coisas estavam estabelecidas,em vez de negar o óbvio".Gostaria de acrescentar um detalhe. Massa e Barichello, apesar de correrem com motivos verde-amarelos, seja no capacete, macacão, ou ainda sustentados por patrocinadores genuinamente nacionais, não são indivíduos oriundos do "seio do povo". Bem nascidos, fartura e abastança ao ponto de poderem bancar uma carreira de piloto. Isso é para poucos, muitos poucos. O crème de la crème da nossa elite. E como dignos representantes desse estrato social, são pusilânimes, poltrões e covardes, quase sempre inferiores aos confrades estrangeiros, e se submetem aos papéis de segundo escalão. O tal do complexo de vira-latas está mais enraizado na burguesia do que no povão, que luta diuturnamente e se alegra cada vez que vê o Brasil ser mais respeitado no mundo. Mais uma vez se comprova o quanto a elite desse país é descolada da sua realidade.
Uma última constatação. Apareceu na transmissão a figura de Emílio Botin, proprietário do Santander, no boxe da Ferrari, satisfeito com seu pupilo, Fernando Alonso. Investiu os tubos no Alonso, não no Massa, que não tem reconhecimento deste banco nem no Brasil, país que responde por algo como 50% das operações internacionais do Santander. Se Massa tivesse credibilidade, o Santander teria vinculado sua imagem à do Banco em todas as suas peças publicitárias no Brasil. Assim como a F1 é um grande negócio, também é verdade que ninguém (ou quase isso), acredita na imagem do Massa. Isso é uma realidade.
Domenicalli, Montezemolo e Botin.
blog do Celso Jardim, Com texto livre,anti PIG
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