À direita da foto, os três que derrotaram o tráfico |
Este ordinário blogueiro voltou ao Complexo do Alemão nesta sexta-feira.
Conversou com um policial civil há oito anos na delegacia de entorpecentes e que conhecia o Alemão muito bem.
“Conhecia”, porque há três anos não fazia o percurso até o alto do morro onde mataram o Tim Lopes.
Durante três anos aquilo ali esteve sob controle dos traficantes.
Perguntei a ele se o Disque Denúncia ajudou muito a prender traficante.
Ele explicou que o Disque Denúncia é arma dos traficantes, também.
Metade das “denuncias” é de traficantes que passam informações falsas, para desnortear a polícia.
Como diria num respeitado pensador paulista, é “uma faca de dois legumes”.
Ou seja, dizer que o carioca prendeu os traficantes, ao colaborar com a policia através do Disque Denuncia, por exemplo, é acreditar em Papai Noel.
Aí, vem o Fernando Henrique Cardoso – pág. 2 do Estadão – dizer que “o Rio marcou um golaço. E digo bem: foi a cidade do Rio de Janeiro (que os cariocas chamam de “Rio” e nada mais, porque Rio só tem um … – PHA) e não apenas seu governo, a polícia ou as Forças Armadas.”
Literalmente, o Farol de Alexandria subiu o morro errado.
Ele diz que foi ao Santa Marta.
“Santa Marta” não existe no Rio.
Só se for em Paraisópolis, Heliópolis, onde o FHC não põe os pés.
No Rio, existe um “Dona Marta”.
E por que ele diz que foi “o carioca”?
Para menosprezar o papel decisivo do Lula, que mandou para lá os anfíbios da marinha.
E o Johnbim só mandou os blindados do Exército, às pressas, porque ia ficar mal na foto.
O Johnbim, serrista velho de guerra, Ministro do Farol, remanchou, remanchou e não ia mandar nada.
Como o Fernando Henrique nunca mandou.
Foi preciso o Beltrame e o Sergio Cabral estabelecer um vínculo mais antigo e técnico com áreas mecanizadas dos Fuzileiros Navais, para que o Lula se convencesse de que se tratava de uma “ameaça à ordem pública” e mandou os anfíbios.
E o Exército e o Johnbim correram atrás.
O Fernando Henrique dá a impressão de não de que não governou o Brasil por oito anos.
Que foi um Presidente Dutra de oito anos.
Por que o Fernando Henrique não entrou no Alemão, com os anfíbios da Marinha?
Os cariocas são os mesmos.
Não mudaram nesses oito anos.
Os que hoje “expulsaram” os traficantes, segundo o FHC, são os mesmos, antes, subjugados pelos traficantes.
O que mudou?
Os anfíbios.
Sem os anfíbios que o Fernando Henrique não mandou, mas que o Lula mandou, sem os anfíbios não se subia o morro.
Os caveirões ficavam presos lá embaixo, nas barricadas de concreto e trilho de trem.
O Fernando Henrique podia ter mandado os anfíbios e não mandou.
Por que?
Porque no Governo (?) dele o problema no Alemão e do tráfico era do governo estadual.
(Como se sabe, para o Padim Pade Cerra, é da Bolívia.)
FHC não metia a mão nessas coisas.
Era problema dos governadores.
O Inferno eram (e são) os outros.
Ele preferia conversar com o Bill Clinton e receber titulo de professor Honoris Causae.
Lamento muito, como carioca que sou, nascido na Gloria e criado na ZN, lamento mas não foram o cariocas que expulsaram o tráfico.
Foram o Lula, o Sergio Cabral Filho, o Beltrame – e os anfíbios da Marinha.
O Fernando Henrique tomou o Bonde errado.
E subiu na favela errada.
Paulo Henrique Amorim
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