Essa obsessão de parte dos eleitores pelas pesquisas é perfeitamente compreensível: cada lado quer ver o seu candidato bem na fita.
Isso ajuda no ânimo dos militantes, de todo mundo que está envolvido na campanha, cria um ambiente favorável, pode até influenciar um ou outro a votar em quem está na frente.
E só.
Tanto faz o Vox Populi dar Dilma na frente, ou o Datafolha dar o Serra se segurando no tal "empate técnico".
O que decide uma eleição não é o resultado da pesquisa. Ela serve para apontar uma tendência, mostra, como gostam de dizer os políticos e "analistas", uma "fotografia" do momento.
E só.
O que decide uma eleição a favor de um candidato ou de outro é uma campanha bem feita, que use o tempo no rádio e na televisão de uma maneira que cative os eleitores, que os prenda alguns segundos com um jingle legal, com mensagens e propostas fáceis de entender, tudo isso combinado com uma agenda que privilegie o contato com as pessoas, no corpo-a-corpo, nos comícios, nas concentrações em sindicatos, grandes auditórios.
O que decide uma eleição presidencial é a percepção do povo de que um dos candidatos terá mais condições que o outro de proporcionar uma vida melhor, em todos os sentidos.
O resto, essa bobagem diária que os jornalões insistem em levar às primeiras páginas sobre Farcs, quebra de sigilo de um ou de outro, denúncias atrás de denúncias, não leva a nada: são notícias para deleite exclusivo de um público que já decidiu o seu voto.
Vai ganhar esta eleição o candidato que conseguir convencer o eleitor de que este país mudou nos últimos anos para melhor e será ele - e só ele - a pessoa capaz de dar continuidade a essas mudanças.
E parece que, quanto a isso, não há muitas dúvidas de quem é esse candidato.
By: Crônicas do Motta , via Com textolivre
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