O encontro foi para dar continuidade aos acordos bilaterais, assinados entre os dois chefes de Estado, em 12 de abril, deste ano, em Washington, durante a Cúpula sobre Segurança Nuclear e que envolvem cooperações nas áreas jurídica, de tecnologia militar e de defesa, de geração de energia, espacial, de saúde, de esportes e turismo.
Lula informou que entre 2002 e 2008, as trocas comerciais entre o Brasil e a Itália triplicaram atingindo US$ 10 bilhões, soma que acredita pode ser ampliada ainda mais. "Mais comércio será a nossa reposta à crise internacional, queremos ultrapassar a barreira dos US$ 10 bilhões de forma a refletir as dimensões e as potencialidades de nossas economias", afirmou Lula.
Dados divulgados pelo Instituto Italiano para o Comércio Exterior indicam que, em 2009, a corrente comercial entre os dois países somou US$ 6,68 bilhões e nos cinco primeiros meses deste ano (US$ 1,581 bilhão), o que representa um aumento de 21,1% sobre igual período do ano passado. Entre os produtos importados pelo Brasil estão máquinas e componentes, mecânicos com destaque no setor de autopeças e componentes para tratores. Na exportação brasileira para a Itália, os principais produtos são café em grão e minério de ferro.
O presidente brasileiro afirmou que a intenção é a de estimular a atuação das pequenas e médias empresas em projetos conjuntos com a Itália e sinalizou que as parcerias podem ajudar na formalização do Acordo de Livre Comércio entre os blocos econômicos do Mercosul e da União Europeia. "Temos o desafio de ir além da discussão sobre tarifas e subsídios", disse ele, defendendo que, juntos, esses blocos podem unir força para ganhar em competitividade no mercado internacional e impor uma "ordem global mais justa".
Quanto às oportunidades de investimentos no Brasil, Lula observou que a situação econômica atual do Brasil favorece os investimentos e que entre as possibilidades estão as obras de infraestrutura relacionadas à realização da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016, no Rio de Janeiro.
Para justificar a solidez da economia, ele citou dados sobre a evolução econômica brasileira em sua gestão ao longo dos últimos oito anos, ressaltando que apesar de classificar-se como país capitalista, no período em que assumiu o governo a oferta de crédito no Brasil limitava-se a R$ 380 bilhões e hoje saltou para R$ 1,5 trilhão. Segundo Lula, só a Caixa Econômica Federal (CEF) ampliou as linhas de financiamento para moradias de R$ 5 bilhões para R$ 47 bilhões, em 2009, e para R$ 55 bilhões neste ano.
O presidente também destacou as ações de inclusão social de seu governo, entre eles, o crédito consignado. "O pobre e o aposentado não tinham direito de obter empréstimos, mas criamos o crédito consignado ", disse, informando que este segmento movimenta hoje R$ 120 bilhões. Lula também mencionou o Programa Luz Para Todos, criado em 2004 e que hoje atinge 2,4 milhões de casas, "tirando do escuro 12 milhões de pessoas". E destacou a importância dessa ação, observando seu efeito multiplicador que leva a um aumento da capacidade de consumo de produtos industrializados como geladeiras, fogões, televisores e aparelhos de som.”
oekonomikus
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