quarta-feira, 30 de junho de 2010

O futuro incerto da oposição



A oposição está atônita, e não é para menos. vamos começar pelo  PSDB, hoje restrito na prática a Minas e São Paulo. O Anastásia pode ganhar em Minas, é certo, mas também pode não ganhar. As possibilidades são iguais e as pesquisas mostram que o mais provável é que não ganhe.
Em relação ao Alckmin em São Paulo, eu já vi este filme de 16 anos acontecer antes, aqui em Goiás: o PMDB dominava o estado havia 16 anos, Íris era considerado imbatível, as pesquisas davam vitória fácil no primeiro turno e no entanto, após iniciada a campanha, as pessoas se perceberam que 16 anos era muito tempo e o Marconi foi eleito. Então a eleição do Alckmin pode não ser tão certa quanto se pensa.
Em relação às chances do Serra, em momento algum deste ano ele ultrapassou os 40% [e está caindo pesquisa após pesquisa] e sua rejeição aumenta quanto mais conhecido ele  se torna.  Aliás, está já nos famosos 30%; é este o índice  que, na prática, impede qualquer candidato de ser eleito. Nos úiltimos dias muitos dirigentes jogaram a toalha e não são poucos os setores da grande mídia que já fizeram o mesmo.
Em relação ao FHC, acredite, ele foi apenas uma mercadoria vendida por uma mídia que já não é mais tão poderosa. Ele não estabilizou a moeda: entregou o dólar a quase 4 reais, a inflação a 17% e uma dívida externa monstruosoa para o Lula. É disso que a maioria do povo se se lembra. Como se lembra das privatizações; algumas delas de lembranças horríveis, como a da Vale.  De um modo geral o povo o detesta. Em relação à participação do Serra no seu governo, bom, agora existe a internet, não dá para ele dizer  - sem ser desmentido por fatos e documentos - que foi o pai dos genéricos ou do programa de combate à AIDS. E nem dá para ele esconder que foi o ministro das privatizações (Planejamento) do FHC.
Assim, ou o PSDB se livra dos paulistas ou se livra dos brasileiros. Ele terá de fazer uma escolha ou entãop abrirá caminho para um novo partido de oposição e seu destino será o do DEM. A oposição, acredite, tem mesmo muitos potivos para se desesperar, ainda mais com o show de amadorismo e despreparo que demonstraram duas madrugadas atrás.
O DEM, que já passou de ARENA para PDS, de PDS para PFL, de PFL para DEM tem de entender que não adianta mudar de pelo e manter os vícios.O mais sensato seria desistir da legenda e se recompor com PSDB não paulista/paranaense, e mais algum eventual quadro honesto do PPS e improvável do PTB e fundarem um novo partido, começarem do zero, abandonaren o discurso raivoso.
Em relação aos Arthur Virgílio, Sérgio Guerra, ACM Netto e PSDB SP e PR da vida, podem manter o nome e se transformar numa espécie de Liga Lombardaou Frente Nacional  brasileira. Há espaço para este discurso raivoso, acreditem. Mas para tanto devem estar cientes que, com tal discurso, nunca mais elegerão presidentes e até governadores se tornam improváveis. Por fim, o PV. Bom, o PV, quando aceitou uma neopentecostal criacionista que adota cada vez mais um mal disfarçado discurso conservador e religioso, selou seu destino: o de sigla de aluguel.
Em relação à oposição de esquerda, creio que existe espaço para ela crescer. O PSOL pode, de fato, brilhar mais um pouco, sem dúvida. A escolha de um Plínio de Arruda Sampaio, muito mais equilibrado e coerente do que a Heloísa Helena e seu discurso de “eu contra o mundo” , pode acabar se mostrando uma decisão acertada.

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