Fernando Teixeira, DCI
“O saldo de crédito direcionado para financiamento de imóveis, segundo dados do Banco Central (BC), já ultrapassou R$ 100 bilhões, e cresceu 3,5% somente em maio.Em 12 meses, os recursos direcionados a habitação cresceram 51,1%. O panorama divide a opinião de especialistas. Uma parte acredita em bolha no longo prazo; a outra, não.
Um terceiro ingrediente para apimentar as discussões fica com os bancos. As instituições olham com carinho para este público porque em praticamente todos bancos grandes o crédito imobiliário é o que mais cresce.
Um exemplo é o banco Bradesco, que somente na comparação entre o primeiro trimestre de 2010 contra o de 2009 cresceu 180%. A projeção é romper a barreira dos R$ 7 bilhões em dezembro. No concorrente Itaú Unibanco, a comparação entre 31 de março de um ano e do outro revelou o crescimento de 41,7% da carteira imobiliária. A instituição projeta chegar a R$ 10 bilhões no final de 2010.
Um dos motivos de os bancos abrirem os cofres para financiar imóveis é o loan-to-value (LTV). A sigla mede a relação do saldo devedor contra o valor de avaliação do imóvel financiado. Segundo o superintendente executivo de crédito imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges, além de não financiar o valor total do imóvel, o saldo devedor sempre fica abaixo do valor avaliado do imóvel. "É uma relação de 60 para 100, na maioria dos casos."
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