Depois de uns dias em que andou meio contida, até por delicadeza, procurando desmentir as historinhas plantadas pelo tucanato na mídia – não são todas plantadas por eles, há as que brotam por conta própria nos jornais e TVs – Dilma hoje voltou à boa forma.
Em enttrevista a uma rádio do Triângulo Mineiro disse que o ex-governadorJosé Serra é quem deve pedir desculpas a ela pelas acusações de elaboração de suposto dossiê contra os tucanos, aquele tal “dossiê que ninguém vê”.
Dilma chamou Serra e Fernando Henrique Cardoso para debater, em lugar de ficarem “criticando pelos cantos” .
– Ao contrário do que aconteceu no governo anterior, do qual o candidato José Serra participou, tanto como ministro do Planejamento quanto como ministro da Saúde, em que havia estagnação, desigualdade e um imenso desemprego, é absolutamente incontroverso que o Brasil cresce. Querer dizer que o Brasil não está crescendo é (coisa) daquelas pessoas que torcem contra o país. Pode ser oposição, mas não precisa torcer contra o país – disse Dilma.
Ela ainda deu uma “zoada” no fato de Serra ainda não ter vice – “É muito importante ter chapa. Se meu adversário não tem, não sou eu que devo fazer nenhuma análise diante disso. Eu acho fundamental” – e disse que Lula fará parte de seu Governo “de qualquer jeito”, e que vai se aconselhar com ele sempre que for necessário.
É curioso que, hoje de manhã, um amigo disse-me, com a melhor das intenções, que Dilma deveria se enclausurar naquela cápsula em que os astronautas estão treinando para ir a Marte, sem contato com ninguém. Quando eu falei da importãncia do debte político, ele me disse: “deputado, eu sei, mas essa eleição tá ganha pra ela, ela não devia falar mais nada, porque tudo é um risco”.
Sim, é um risco. É um risco de esclarecermos tanto o nosso povo que estas forças do passado, de tão pequenas, não ficar do tamanho da sua própria pequenez moral.
A entrevista de Dilma, para quem puder ouvir, está aqui.
PS. A maior parte da grande imprensa, nesta entrevista, destacou que Dilma disse ue invasões de terra são ilegais. Ela disse o óbvio e não poderia dizer nada mais, sob pena de ser acusada de estimular invasões. O outro, aquele um, diria com o maior prazer que o MST seria reprimido “com rigor”. Tradução: bordoada. Mas não se pode acusa-lo de incoerente: com ele a bordoada é democrática: manda bater em sem-terra, estudante, professor e até em policiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário