O site Nuke Map, um simulador desenvolvido por Alex Wellerstein, historiador e professor do Instituto de Tecnologia Stevens, nos EUA, mostra como seria o efeito devastador da explosão de bombas atômicas em qualquer lugar do mundo. (veja o site Nuke Map)
Veja abaixo uma simulação em cidades brasileiras de como seria a explosão de uma bomba como a 'Little Boy', a primeira bomba atômica usada em guerra, cuja detonação destruiu em 1945 a cidade de Hiroshima, no Japão. O ataque completa 70 anos nesta quinta-feira (6):
Rio de Janeiro
No Rio, se jogada sobre o centro, uma bomba equivalente à “Little boy” – como ficou conhecida a bomba de Hiroshima – mataria mais de 34 mil pessoas e deixaria mais de 60 mil feridas, segundo o simulador (o site explica que se trata de uma estimativa vaga, já que é difícil fazer uma projeção de mortes por uma bomba atômica). O mapa abaixo mostra que os feitos mais graves se estenderiam por uma área que vai da Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont, e além.
No Rio, se jogada sobre o centro, uma bomba equivalente à “Little boy” – como ficou conhecida a bomba de Hiroshima – mataria mais de 34 mil pessoas e deixaria mais de 60 mil feridas, segundo o simulador (o site explica que se trata de uma estimativa vaga, já que é difícil fazer uma projeção de mortes por uma bomba atômica). O mapa abaixo mostra que os feitos mais graves se estenderiam por uma área que vai da Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont, e além.
Nas imagens, o círculo central amarelo representa a bola de fogo gerada pela explosão, com raio de 180 m.
O círculo vermelho mostra a área da explosão no ar, a uma pressão de 20 psi e com raio de 340 m. Nessa área os prédios de concreto pesado seriam demolidos ou seriamente danificados e todas as pessoas morreriam.
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O círculo verde abriga área de raio de 1,2 km em que entre 50% e 90% das pessoas morreriam se não recebessem atendimento médico, sendo que as mortes poderiam demorar semanas para ocorrer, como de fato aconteceu em Hiroshima.
O círculo azul, com raio de 1,67 km, corresponde à área em que a explosão ocorreria a pressão de 5 psi e a maioria dos prédios residenciais colapsariam e todos ficariam feridos.
Por fim, o círculo laranja, com 1,91 km de raio, mostra onde as pessoas seriam afetadas por queimaduras de terceiro grau, que causariam graves cicatrizes, invalidez ou amputação.
"Os efeitos diminuem aos poucos à medida que se afasta do epicentro. Mas não é que dentro do mesmo raio foi tudo igual. Os efeitos se sobrepõem", observa a professora Emico Okuno, do Instituto de Física da USP. "Grande parte das mortes imediatas [em Hiroshima] ocorreu devido às queimaduras em todo o corpo e ao trauma por terem sido lançadas no ar pela onda de calor e de choque. A morte devido à radiação ionizante foi posterior", diz.
"Os efeitos diminuem aos poucos à medida que se afasta do epicentro. Mas não é que dentro do mesmo raio foi tudo igual. Os efeitos se sobrepõem", observa a professora Emico Okuno, do Instituto de Física da USP. "Grande parte das mortes imediatas [em Hiroshima] ocorreu devido às queimaduras em todo o corpo e ao trauma por terem sido lançadas no ar pela onda de calor e de choque. A morte devido à radiação ionizante foi posterior", diz.
São Paulo
Se caísse sobre o centro de São Paulo, a explosão de uma bomba com as mesmas características da de 1945 mataria mais de 170 mil pessoas e quase 190 mil ficariam feridas, também segundo o cálculo aproximado do Nuke Map.
Se caísse sobre o centro de São Paulo, a explosão de uma bomba com as mesmas características da de 1945 mataria mais de 170 mil pessoas e quase 190 mil ficariam feridas, também segundo o cálculo aproximado do Nuke Map.
Brasília
Em Brasília, se disparada sobre o Eixo Monumental, teria o mesmo efeito devastador: mais de 170 mil mortes e quase 190 mil feridos, estima o Nuke Map.
Em Brasília, se disparada sobre o Eixo Monumental, teria o mesmo efeito devastador: mais de 170 mil mortes e quase 190 mil feridos, estima o Nuke Map.
Detonação de 1945
A bomba lançada pelos Estados Unidos no fim da 2ª Guerra Mundial sobre Hiroshima foi detonada com uma intensidade de 16 quilotons a cerca de 600 metros de altura. Uma bola de fogo abrasador explodiu a um milhão de graus centígrados, arrasando quase tudo que estava a seu redor.
Os prédios de pedra sobreviveram às altas temperaturas, mas ficaram impressos, como um negativo fotográfico, pelas sombras das coisas e pessoas carbonizadas a sua frente.
A bomba lançada pelos Estados Unidos no fim da 2ª Guerra Mundial sobre Hiroshima foi detonada com uma intensidade de 16 quilotons a cerca de 600 metros de altura. Uma bola de fogo abrasador explodiu a um milhão de graus centígrados, arrasando quase tudo que estava a seu redor.
Os prédios de pedra sobreviveram às altas temperaturas, mas ficaram impressos, como um negativo fotográfico, pelas sombras das coisas e pessoas carbonizadas a sua frente.
A onda de choque inicial gerou rajadas de 1,5 quilômetro por segundo que arrastaram com força os escombros e arrancaram em sua passagem membros e órgãos humanos. Então, um cogumelo nuclear começou a se elevar acima da cidade até atingir 16 km de altura.
A explosão matou de forma imediata cerca de 80 mil pessoas. Até dezembro do mesmo ano, o número de mortos subiu para 140 mil. Nos anos seguintes, o número continuou crescendo devido às vítimas da radiação nuclear.
O bombardeio americano de 6 de agosto de 1945, com o avião Enola Gay, foi uma ação decisiva para acabar com a 2ª Guerra Mundial.
Três dias após o ataque, outro avião dos EUA lançou uma segunda bomba nuclear sobre o porto de Nagasaki, a “Fat Man”, de cerca de 20 quilotons. A explosão matou 70 mil pessoas e forçou a rendição do Japão da 2ª Guerra e seu fim, no dia 15 de agosto de 1945.
De acordo com as estimativas, o número total de sobreviventes da bomba - conhecidos no Japãocomo 'hibakusha' - em Hiroshima e Nagasaki em março de 2014 era de 192.719, 9.060 a menos do que no ano anterior, e a média de idade das vítimas era de 79,44 anos.
Veja imagens de Hiroshima destruída pela bomba comparadas com fotos atuais:
Veja imagens de Hiroshima destruída pela bomba comparadas com fotos atuais:
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