O "Diário do Comércio", da Associação Comercial de São Paulo, fechou. Terá agora, como tantos outros, só uma versão na internet.
Segundo consta, contribuiu muito para a decisão de acabar com o jornal a demissão em massa dos jornalistas terceirizados no ano passado: o passivo trabalhista comprometeu irremediavelmente o frágil equilíbrio financeiro da publicação.
Em outras palavras, o "Diário do Comércio" morreu vítima da receita neoliberal que sempre pregou em suas páginas.
Lamento pelos profissionais que lá estavam, muitos dos quais colegas nas redações da vida, muitos deles veteranos como eu, que encontrarão sérias dificuldades para seguir em frente na profissão.
Nos últimos anos, vários jornais, no Brasil e no mundo, acabaram, seja pelo avanço inexorável da internet, seja pela incompetência de seus donos.
No Brasil, o cenário é desolador.
A soma da tiragem dos três jornais mais tradicionais - O Globo, Estadão e Folha - é de cerca de 1 milhão de exemplares - para uma população de mais de 200 milhões de pessoas.
Os jornais populares apenas sobrevivem, assim como os que buscaram um nicho de mercado, seja os esportes, no caso o Lance, ou a economia, no caso do Valor Econômico, que pertence aos grupos Folha e Globo.
Mas não só a internet e a péssima gestão administrativa explicam a falência dos jornais impressos.
Talvez o maior problema seja mesmo o fato de que eles abandonaram, de alguns anos para cá, a sua função principal, que é imprimir notícia, fazer jornalismo, para se tornar meros panfletos partidários, instrumentos da luta da oligarquia nacional contra o governo trabalhista.
Com isso se distanciam da realidade brasileira e acabam agradando apenas os convertidos à sua causa.
Falam apenas para quem apoia as suas ideias.
Ao negar o pluralismo e desprezar o contraditório, escolheram fechar-se num clubinho de amigos.
Apesar de contar com a generosa ajuda do governo federal, que gasta centenas de milhões de reais em publicidade, numa atitude incompreensível, o futuro dessas publicações é ficar cada vez mais fracas.
O grau de incompetência de seus executivos é tão grande que até hoje eles discutem formas de conseguir receita na internet...
O mundo digital já é uma realidade faz tempo.
Os jornalões se fossilizaram.
Neste universo povoado de smartphones, tablets e notebooks, que a cada minuto se aperfeiçoam, são peças de museu apreciadas apenas por um público cada vez mais reduzido e envelhecido.
Segundo consta, contribuiu muito para a decisão de acabar com o jornal a demissão em massa dos jornalistas terceirizados no ano passado: o passivo trabalhista comprometeu irremediavelmente o frágil equilíbrio financeiro da publicação.
Em outras palavras, o "Diário do Comércio" morreu vítima da receita neoliberal que sempre pregou em suas páginas.
Lamento pelos profissionais que lá estavam, muitos dos quais colegas nas redações da vida, muitos deles veteranos como eu, que encontrarão sérias dificuldades para seguir em frente na profissão.
Nos últimos anos, vários jornais, no Brasil e no mundo, acabaram, seja pelo avanço inexorável da internet, seja pela incompetência de seus donos.
No Brasil, o cenário é desolador.
A soma da tiragem dos três jornais mais tradicionais - O Globo, Estadão e Folha - é de cerca de 1 milhão de exemplares - para uma população de mais de 200 milhões de pessoas.
Os jornais populares apenas sobrevivem, assim como os que buscaram um nicho de mercado, seja os esportes, no caso o Lance, ou a economia, no caso do Valor Econômico, que pertence aos grupos Folha e Globo.
Mas não só a internet e a péssima gestão administrativa explicam a falência dos jornais impressos.
Talvez o maior problema seja mesmo o fato de que eles abandonaram, de alguns anos para cá, a sua função principal, que é imprimir notícia, fazer jornalismo, para se tornar meros panfletos partidários, instrumentos da luta da oligarquia nacional contra o governo trabalhista.
Com isso se distanciam da realidade brasileira e acabam agradando apenas os convertidos à sua causa.
Falam apenas para quem apoia as suas ideias.
Ao negar o pluralismo e desprezar o contraditório, escolheram fechar-se num clubinho de amigos.
Apesar de contar com a generosa ajuda do governo federal, que gasta centenas de milhões de reais em publicidade, numa atitude incompreensível, o futuro dessas publicações é ficar cada vez mais fracas.
O grau de incompetência de seus executivos é tão grande que até hoje eles discutem formas de conseguir receita na internet...
O mundo digital já é uma realidade faz tempo.
Os jornalões se fossilizaram.
Neste universo povoado de smartphones, tablets e notebooks, que a cada minuto se aperfeiçoam, são peças de museu apreciadas apenas por um público cada vez mais reduzido e envelhecido.
http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2014/11/receita-neoliberal-afunda-templo.html#more
Nenhum comentário:
Postar um comentário