domingo, 2 de novembro de 2014

A marcha fascista precisa ser interrompida


Andei pensando - quando em vez faço isso.
Está claro que os tucanos querem esticar a corda, manter o clima de tensão no país depois que perderam a eleição que achavam que ganhariam. 
Acho até que estão pouco se lixando para chegar ao poder pela via legal, ou seja, por meio do voto popular.
Já devem ter jogado a toalha quanto a isso.
Sabem que Lula é o candidato natural do PT em 2018.
E eles não têm nenhum nome viável.
Aécio foi a última esperança branca, depois de insistirem com Serra e tentarem uma alternativa com Alckmin.
Por isso, para eles é mais fácil trabalhar com a hipótese de derrotar o PT por meio de um golpe, seja ele de que tipo for.

E o melhor caminho para isso é estimular seus apoiadores da extrema direita para ganhar espaço nas ruas e na mídia, tentando espalhar um clima propício para outras medidas de desestabilização do governo federal, seja via Congresso, seja via Judiciário, ou mesmo via intervenção militar - nenhuma hipótese deve ser excluída.
Eles têm know how, têm muito dinheiro, estão organizados, contam com muitos aliados em todos os setores sociais, têm apoio externo.
Não são uma força desprezível.
Não sei como os progressistas e legalistas, incluindo o próprio PT e o governo Dilma, vão atuar para se contrapor a esse movimento claramente golpista - e fascista.
Mas se algo for feito, precisa ser feito logo.
O caldo está começando a esquentar.
O silêncio dos próceres da oposição em relação aos atos fascistas é revelador. Significa que eles apoiam essa marcha da insensatez.
Importante também notar o papel da mídia nesse processo. 
No ano passado, as manifestações de rua cresceram porque tiveram uma cobertura massiva e favorável de toda a imprensa.
O efeito manada foi irresistível a milhares de jovens com seus hormônios borbulhando.
Os jornalões atuaram de maneira irresponsável, estimulando a baderna, e só tiraram o pé no acelerador quando viram que a situação estava ficando fora do controle.
Desta vez, por causa da gravidade do momento, espera-se muito mais responsabilidade.
E racionalidade.
Afinal, quem teria a ganhar se, desgraçadamente, o apelo fascista se impusesse?
Certamente não a imensa maioria da população brasileira.
O golpe só beneficiaria essas pessoas que o patrocinam - e que nem de longe desejam o melhor para o Brasil.
O embrião da serpente está crescendo. 
É preciso matá-lo antes que rompa do ovo.
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