Dia 8 de novembro passado foi inaugurado um gasoduto chamado Nord Stream em Lubmin, costa báltica da Alemanha. Estavam presentes o presidente russo Dmitry Medvedev e os primeiros-ministros da Alemanha, França e Holanda, além do diretor da Gazprom, exportadora russa de gás, e do comissário para Energia da União Europeia.
O Nord Stream é um gasoduto construído no leito do Mar Báltico, estendendo-se de Vyborg, próximo a São Petersburgo, na Rússia, a Lubmin, perto da fronteira da Alemanha com a Polônia, sem passar por qualquer outro país. Da Alemanha, pode prosseguir para a França, Holanda, Dinamarca, Grã-Bretanha e outros ávidos compradores do gás russo.
É uma peça geopolítica estratégica, porque, ao ligar diretamente os dois países, pelo leito do Báltico, deixa de atravessar a Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia Bielo-Rússia ou Ucrânia - roteiros convencionais, antes, para o gás russo. Com isso, esses países deixam de reter qualquer taxa de transporte que poderiam cobrar às nações consumidoras.
O Nord Stream é um arranjo entre empresas privadas com a bênção de seus respectivos governos. A russa Gazprom detém 51%; duas empresas alemãs, 31%; uma companhia da França e outra da Holanda ficam com 9% cada. Investimentos proporcionais (e lucros potenciais) são todos privados.
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