Pratap Chatterjee, Bureau of Investigative Journalism / CartaCapital
É o que uma coletânea de centenas de e-mails promocionais e outros materiais de marketing obtidos pelo WikiLeaks revelam.
Uma empresa alemã oferece a habilidade de rastrear “opositores políticos”; uma compania italiana alega poder controlar smartphones remotamente e usá-los para escutar conversações e fotografar os donos; uma empresa americana permite usuários “ver o que eles [os espionados] veem”; uma empresa sul-africana oferece ferramentas para gravação de bilhões de chamadas telefônicas e armazenamento eterno para o material.
Este material está sendo publicado pelo WikiLeaks e pela ONG Privacy International, um grupo de Direitos Humanos sediado em Londres.
Os arquivos jogam luz sobre uma indústria sombria que vale 5 bilhões de dólares e está crescendo rapidamente. Este tipo de propaganda não é aberta ao público. Pelo contrário: elas são enviadas a contatos-chave – geralmente agências governamentais e forças policiais – em feiras de negócios que são fechadas ao público e à imprensa.
Um roteiro de Hollywood?
Mas essas empresas são reais. E dão consistência aos ativistas que garantem que esse setor que está se proliferando constitui uma nova e não regulada indústria de armas.
“Estes documentos revelam uma indústria vendendo ferramentas não apenas para alvos de intercepções legais… mas para vigilância em massa. Estas ferramentas permitem a governos vasculhar emails, conversas e mensagens de textos de populações inteiras, armazenar, procurar e analisar. Assim como o Google guia sua busca na web. Permitem a um policial à paisana rastrear qualquer um que diz algo rude sobre um ditador. “Não é de se espantar que essas empresas trabalham para países como Egito, Síria e Irã”, diz Ross Anderson, professor de Engenharia de Segurança na Universidade de Cambridge.”
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