Alteração do plano logístico deve nortear investigação sobre Enem, diz ministro
SOFIA FERNANDES
colaboração para a Folha Online, em Brasília
A auditoria montada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) para apurar as responsabilidades civis do vazamento do Enem deve se concentrar na alteração do plano logístico do exame e se o poder público foi avisado ou não das mudanças ocorridas, informou nesta quarta-feira o ministro da Educação, Fernando Haddad.
De acordo com Haddad --que participa de audiência na Câmara--, um novo ambiente de manuseio da prova foi criado na gráfica, diferente do previsto no plano logístico originalmente proposto. Não houve vistoria do governo nesse novo ambiente e pessoas foram contratadas de última hora.
Por que essa decisão foi tomada, quem tomou a decisão, por que motivo e por que o poder público não foi alertado serão perguntas que nortearão a apuração do Inep.
Haddad afirmou que os funcionários do Inep negam terem sido avisados de qualquer mudança. "Abriu-se um ambiente de manuseio inseguro. Até o presente momento, todos os funcionários do Inep foram consultados, todos negaram que o Inep foi informado que o plano logístico nos últimos dias foi alterado."
O ministro, que esteve hoje em audiência pública na comissão de Educação da Câmara, voltou a afirmar que os momentos mais delicados da elaboração do exame são o da impressão e manuseio. "Depois que a prova é distribuída, até pode acontecer um problema na ponta, mas dificilmente vai ser um problema que ponha tudo a perder", disse.
A Polícia Federal está fazendo investigação sobre responsabilidade criminal do vazamento da prova e o Inep sobre responsabilidade civil. A Polícia Federal já indiciou cinco pessoas pelo vazamento.
Comentário do Aguinaldo: Se ficar provado que as tais alterações não avisadas aconteceram, a culpa é da gráfica Plural (Grupo Folha). Vamos ver se os manifestantes que foram para a porta do MEC no Rio de Janeiro irão para a Barão de Limeira...
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